A escritora norte-americana Ursula K. Le Guin e o autor britânico Ian MacLeod foram premiados esta semana com os prémios literários de ficção científica Nebula e Arthur C. Clarke, respectivamente.
Segundo o jornal The Guardian, Ursula Le Guin, de 79 anos, venceu esta semana o prémio Nebula com o romance «Powers», o terceiro de uma série intitulada «Annals of the Western Shore», que inclui os títulos «Gifts» (2004) e «Voices» (2006).
Esta é a sexta vez que a escritora vence o prémio Nebula, desta vez com uma história que acompanha as aventuras de Gavir, um escravo com poderes cognitivos.
Estreia, hoje, o filme "Singularidades de uma rapariga loira" de Manoel de Oliveira com Rogério Samora, Miguel Guilherme e Leonor Silveira.
Sinopse:
Numa viagem de comboio para o Algarve, Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida senhora. Relata a sua paixão pela rapariga loira que vivia na casa do outro lado da rua, Luísa Vilaça. Assim que a conheceu, quis de imediato casar com ela. O tio, para quem trabalhava, discordava da relação, e por isso despediu-o e expulsou-o de casa. Macário consegue enriquecer em Cabo-Verde e quando já tem a aprovação do tio para finalmente casar com a sua amada, descobre então a "singularidade" do carácter da noiva... [cinema.ptgate.pt]
Abril de sim, Abril de Não
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
É um edifício que nasce na água e sobre o qual se pode caminhar. A nova ópera de Oslo, do atelier norueguês Snohetta, quer ser um símbolo da Noruega moderna.
A Ópera de Oslo foi notícia há um ano por uma razão que a ultrapassou completamente: na inauguração, a chanceler alemã, Angela Merkel, apareceu com um enorme decote que surpreendeu todos e que a atirou para as primeiras páginas dos jornais. Agora a Ópera volta a ser notícia por razões que têm tudo a ver com ela, sobretudo com o edifício: o projecto do atelier norueguês Snohetta, recebeu um dos mais prestigiados prémios de arquitectura, o Mies van der Rohe.
Há 700 anos que não se construía na Noruega um centro cultural com esta dimensão. E estamos a falar de uma área do tamanho de quatro estádios de futebol, de um interior com 1100 divisões, e de um dos mais modernos e tecnologicamente avançados palcos de ópera do mundo. O auditório principal tem 1350 lugares, e existe uma segunda sala com capacidade para 400 pessoas, além de uma sala de ensaios com 200 lugares.
Mas o que torna esta ópera excepcional é o seu telhado inclinado, que começa junto à água, na baía de Oslo, e permite que as pessoas subam por ele e passeiem sobre o edifício.
A ambição foi, desde o início, grande. Pretendeu-se criar “um importante símbolo do que a Noruega moderna representa como nação e expressar o papel que a ópera e o ballet devem ter na sociedade”, explica o Snohetta no texto em que apresenta o projecto (os três sócios do atelier, Kjetil Traedal Thorsen, Tarald Lundevall e Craig Dykers, são também os responsáveis pela nova Biblioteca de Alexandria, no Egipto).
O edifício é além disso, sublinha por seu lado o texto do prémio Mies van der Rohe, “o primeiro elemento da transformação da zona da baía de Oslo, com o objectivo de voltar a ligar a cidade à sua frente marítima”. E é “uma paisagem arquitectónica aberta ao público”.
É precisamente esse factor, essa “generosidade” do edifício, que o crítico de arquitectura Jorge Figueira destaca. “Estabelece uma relação muito física com os utilizadores. Convida as pessoas a estarem nele mesmo não estando dentro dele”. Confessa, contudo, que não o considera “uma obra surpreendente”. Sendo “sem dúvida muito qualificada, não é particularmente inovadora”, diz.
Figueira vê na ópera “uma espécie de encontro entre a excelente tradição da arquitectura nórdica, no uso dos materiais, no rigor construtivo, no tema da organicidade das formas, e o desejo muito contemporâneo de criar um ícone”. E vê na forma como esta ideia é trabalhada a influência de elementos da arquitectura modernista brasileira, nomeadamente nessas rampas que “permitem circular em cima do edifício, tornando-o também um circuito exterior”.
No interior os arquitectos usaram sobretudo madeira, invocando a tradição dos construtores de barcos noruegueses. A par disso, pediram a vários artistas (o atelier tem uma colaboração especialmente próxima com o artista dinamarquês Olafur Eliasson, com quem fez em 2007 o pavilhão da Serpentine Gallery, em Londres), para fazerem intervenções — Eliasson, por exemplo, fez um vestiário.
A Ópera de Oslo foi escolhida para o Prémio Mies van der Rohe — que tem um valor de 60 mil euros, e é apoiado pela União Europeia — de entre uma lista de cinco finalistas que incluía o Zenith Music Hall de Estrasburgo (França) do Studio Fuksas, a Universidade Luigi Bocconi de Milão (Itália) dos Grafton Architects, o Centro Multimodal do Tramway de Nice (França) do Atelier Marc Barani, e a Biblioteca, Centro para Seniores e Pátio Interior em Barcelona (Espanha) dos RCR Arquitectes. [público.pt]
A ilustradora Madalena Matoso venceu o Prémio Nacional de Ilustração 2008 pelo seu trabalho no livro «A charada da bicharada», de Alice Vieira, anunciou a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB).
O romeno Mihai Ignat venceu o Grande Prémio da 11.ª edição do PortoCartoon - World Festival, este ano dedicado à crise. O presidente do júri, o francês Georges Wolinski, citado pela Lusa, considerou a obra vencedora "um desenho extremamente subtil", que mereceu a "aprovação unânime dos oito membros do júri".
Peter Nieuwendijk, secretário--geral da Federação Internacional de Organizações de Cartoon e membro do júri que anunciou no Porto os vencedores da edição deste ano, classificou o desenho vencedor como "um excelente cartoon", porque são necessários "apenas cinco segundos" para perceber a mensagem.
De acordo com Wolinski, o júri não teve "muita dificuldade em escolher os três primeiros", afirmou, elogiando também os vencedores do segundo e terceiro prémios, o português Augusto Cid e o polaco Zygmunt Zaradkiewicz, respectivamente.
Para Augusto Cid, vencedor da edição de 2008, "é sempre compensador sentirmos que há um juízo positivo sobre a arte que fazemos, sobretudo neste caso, com um júri maioritariamente estrangeiro", afirmou ao DN. "Tive a felicidade de ter uma boa ideia e de a ter conseguido passar para o papel de uma forma que sensibilizou outras pessoas", considerou.
O tema deste ano, a crise, "é inspirador", refere Augusto Cid que define um bom cartoon pela "oportunidade" e "forte carga humorística, que revele uma análise da situação". "É por isso que é um espaço de opinião", reforça.
Os vencedores vão receber os prémios em Junho, quando for inaugurada a exposição, que decorrerá nas instalações do Museu Nacional da Imprensa, no Porto. [dn.sapo.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 26 de Abril, pelas 21h45, será exibido o filme "O casamento de Rachel" de Jonathan Demme com Anne Hathaway, Rosemarie DeWitt, Mather Zickel, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.
Sinopse:
Quando Kym (Anne Hathaway) volta a casa para o casamento da sua irmã Rachel, ela traz consigo uma longa história de crise pessoal, conflitos familiares e tragédia. O casamento do casal, repleto de amigos e familiares, tinha tudo para ser um alegre fim-de-semana de festa, música e amor, mas Kym torna o ambiente muito pesado e tenso... [cinema.ptgate.pt]
As Portas Que Abril Abriu
No âmbito das actividades de promoção de leitura para a infância será apresentado no auditório da biblioteca, no dia 24 de Abril, pelas 21h00, o livro “Do Cinzento ao Azul Celeste” de Ana Oliveira e ilustração de Helena Veloso.
João Pedro Rodrigues participa com "Morrer como Um Homem" na secção Un Certain Regard, Pedro Costa e João Nicolau estão na Quinzena dos Realizadores – com "Ne Change Rien", documentário sobre a actriz e cantora francesa Jeanne Balibar), a nova curta “Canção de Amor e Saúde”, respectivamente. Há uma parte do próximo Festival de Cannes que fala português.
Mas vamos ganhar distância: há sobretudo muitos europeus e muitos asiáticos a competir na 62ª edição do festival, que decorre de 13 a 24 de Maio: Pedro Almodóvar ("Los Abrazos Rotos"), Michael Haneke ("Das Weisse Band"), Ken Loach ("Looking for Eric"), Gaspar Noé ("Enter the Void", um filme de terror que tem algumas hipóteses de estar à altura do “caso” que foi outro filme do realizador, "Irreversível"), Park Chan-wook ("Thirst", Alain Resnais ("Les Herbes Folles"), Elia Suleiman ("The Time that Remains"), Johnnie To ("Vengeance"), Tsai Ming-liang ("Visage") e Lars von Trier ("Antichrist").
Num ano em que Cannes olha para o oriente – o próximo e o extremo, se tivermos em atenção que a neozelandesa Jane Campion, com "Bright Star", e o filipino Brillante Mendoza, com "Kinatay", também entram nestas contas –, a América tem uma participação menos volumosa, mas não necessariamente secundária, na competição principal.
Cannes queria ter, e teve, o novo de Quentin Tarantino (Palma de Ouro em 1994 com "Pulp Fiction"), "Inglorius Basterds", e o novo de Ang Lee, "Taking Woodstock". E, já fora de competição, há "Drag me to Hell", de Sam Raimi – sessão à meia-noite, tal como previa a "Variety", que acertou em quase tudo menos em "Tetro", de Francis Ford Coppola, e "Bad Lieutenant", de Werner Herzog. Nenhum dos dois consta do programa hoje anunciado em conferência de imprensa.
Nova animação da Pixar na abertura
O festival abre com "Up", a nova animação da Pixar, e fecha com o duplo "biopic" "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen. Ainda em competição, ombro a ombro com Almodóvar, Tarantino e Resnais, estarão a americana Andrea Arnold, com "Fish Tank", os frances Jacques Audiard, com "Un Prophète", e Xavier Giannoli, com "À l’Origine", o italiano Marco Bellocchio, com "Vincere", a catalã Isabel Coixet, com "Map of the Sounds of Tokyo", e o chinês Lou Ye, com "Spring Fever".
Na secção Un Certain Regard, Cannes continua a olhar para Oriente – “A nova geração de cineastas do Leste e do Extremo Oriente não tem forma, leis ou tradições para obedecer (...). Nunca tem falta de ideias visuais”, escreveu o director Thierry Fremaux no programa desta edição. Há filmes do sul-coreano Bong Joon-ho, do iraniano Bagman Ghobadi, dos romenos Hanno Höfer, Razvan Marculescu, Cristina Mungiu, Constantin Popescu, Ioana Uricaru e Corneliu Porumboiu, dos russos Nikolay Khomeriki e Pavel Lounguine, do japonês Hirozaku Kore-Eda, do tailandês Pen-Ek Ratanaruang e do israelita Haim Tabakman, entre outros.
Fora de competição, mas ainda dentro do “ranking” das novidades mais aguardadas da próxima edição: Alejandro Amenábar ("Agora"), Terry Gilliam ("The Imaginarium of Doctor Parnassus"), Robert Guédiguian ("L’Armée du Crime") e Michel Gondry ("L’Épine dans le Coeur"). [publico.pt]
Marcelino Sambé, um jovem bailarino português de 14 anos, venceu o Youth American Grand Prix Competition de 2009 na categoria júnior, na final realizada no City Center, em Nova Iorque, disse à agência Lusa António Laginha.
Os prémios incluem uma parte em dinheiro e bolsas de estudo em escolas de dança de renome internacional como as norte-americanas American Ballet Theatre e New Yiork City Ballet, Paris Opera Ballet, San Francisco Ballet ou Royal Ballet, indicou Laginha, director da edição online da Revista da Dança.
Estreia, hoje, o filme "Um amor de perdição" de Mário Barroso com Tomás Alves, Patrícia Franco, William Brandão, Ana Padrão, Paulo Pires e Beatriz Batarda.
Sinopse:
Esta poderia ser a história de um encontro entre Simão e Teresa, sob fundo de conflito entre duas famílias da burguesia portuguesa... Simão é um adolescente quase criança, solitário, intransigente, narcisista, destrutivo e suicidário que atrai como uma aura fatal, uma luz negra, a maior parte das pessoas com quem se cruza. Mas Teresa existe, ou é apenas uma ideia, uma imagem, um reflexo? Teresa é uma aparição. Um pretexto para uma revolta amoral e violenta, para "um amor de perdição". [cinema.ptgate.pt]
Noite de Abril
Hoje, noite de Abril, sem lua,
A minha rua
É outra rua.
Talvez por ser mais que nenhuma escura
E bailar o vento leste
A noite de hoje veste
As coisas conhecidas de aventura.
Uma rua nova destruiu a rua do costume.
Como se sempre nela houvesse este perfume
De vento leste e Primavera,
A sombra dos muros espera
Alguém que ela conhece.
E às vezes, o silêncio estremece
Como se fosse a hora de passar alguém
Que só hoje não vem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
A Biblioteca Digital Mundial (The World Digital Library - WDL) já está disponível online.
Ficam agora disponíveis na Internet, gratuitamente e em várias línguas, conteúdos essenciais de várias culturas mundiais como manuscritos...
A escritora Elisabeth Strout conquistou o Prémio Pulitzer na categoria de ficção com «Olive Kitteridge», uma colectânea de relatos protagonizados por uma professora de Matemática de uma localidade do estado de Maine.
Com a província natal da autora como cenário, «Olive Kitteridge» é uma reflexão sobre a solidão e a perda. Os críticos literários já o tinham eleito como um dos melhores livros publicados em 2008 nos Estados Unidos.
Na categoria de teatro foi distinguida «Ruined», de Lynn Nottage, uma peça baseada nos testemunhos recolhidos pela autora junto de mulheres vítimas do conflito armado que há anos devasta a República Democrática de Congo.
O título da peça, actualmente em cena na Broadway, prende-se com a condição a que fica condenada a mulher vítima de violação ou de mutilação dos órgãos genitais.
Na Não Ficção, a obra premiada foi «Slavery by Another Name: The Re-Enslavement of Black Americans from the Civil War to World War II», de Douglas A. Blackmon, na História «The Hemingses of Monticello: An American Family», de Annette Gordon-Reed e na Biografia «American Lion: Andrew Jackson in the White House», de Jon Meacham.
O Pulitzer da Música coube a «Double Sextet», do compositor norte-americano Steve Reich.
O escritor J. G. Ballard morreu, aos 78 anos, vítima de doença prolongada. A notícia foi dada pela agente Margaret Hanbury, que disse que o autor de “Crash” e “Império do Sol” estava doente há já “vários anos”, adiantou a BBC.
Ballard era apresentado como escritor de ficção científica, mas costumava dizer que os seus livros eram “uma imagem da psicologia do futuro”. “Império do Sol”, o seu livro mais aclamado, baseava-se na sua infância passada num campo de prisioneiros japoneses, na China, durante a II Guerra Mundial. Publicado pela primeira vez em 1984, “Império do Sol” ganhou o Guardian Fiction Prize e o James Tait Black Memorial Prize, tendo sido finalista do Booker Prize; foi adaptada a cinema pelo realizado Steven Spielberg.
Também “Miracles of Life” começa e termina em Xangai, a cidade onde nasceu e onde passou a maior parte da guerra. Nele faz um relato de como passou do campo de Lunghua para uma Inglaterra traumatizada pela guerra, e como este país se transformou ao longo das décadas seguintes.
Ballard tirou o curso de Medicina em Cambridge e foi porteiro do Covent Garden, antes de partir para o Canadá. Publicou o seu primeiro romance em 1961, “The Drowned World”. Continuou a escrever artigos científicos a acompanhar a sua carreira literária. [publico.pt]
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O artista plástico Gabriel Abrantes, 25 anos, é o vencedor da 8ª edição do Prémio EDP Novos Artistas, que visa distinguir valores emergentes da arte contemporânea.
O júri, que esteve hoje reunido, também decidiu atribuir uma menção honrosa a Mauro Cerqueira, 27 anos.
Três cidades alemãs são o berço da Bauhaus na sua primeira vida. Weimar é a inicial, onde em 1919 Walter Grouppius funda a escola. Em Dessau ergue-se o edifício emblemático desta espécie de construtivismo alemão. É ali que, a partir de 1925, funciona a escola de arquitectura e design. Hannes Meyer e Mies Van der Rohe passam a directores, a partir de 1927 e 1930, respectivamente. Berlim é a terceira cidade a receber a Bauhaus mas só por um ano. Em 1933, a escola é definitivamente encerrada por incompatibilidades várias com o regime nazi.
A história da Bauhaus é agitada e, por vezes, contraditória face aos episódios internos imediatamente anteriores. Escola de design quando o problematizar dos objectos para as massas era ainda uma disciplina incipiente, dirigida por arquitectos que criavam produtos e habitações industrializáveis, formava uma elite de estudantes para pensar artigos para as massas. O que fez, afinal, a Bauhaus ser a referência da criação para várias áreas?
A Bauhaus tinha no seu início uma definição utópica: um edifício-escola do futuro dedicado à construção, onde se combinavam todas as artes numa só unidade – a arquitectura seria a súmula de todas elas. Na educação formal da época as zonas criativas eram estanques. Gropius preconizava o desenvolvimento de um novo método de ensino baseado no trabalho manual, em que artistas e artesãos ensinavam sem hierarquia. E cedo se junta a este pensamento a inclusão da tecnologia industrial que conhecia, então, um novo apogeu. A arte associada à tecnologia passa a ser o mote da Bauhaus. Utilizam-se os meios de produção modernos para fazer artigos em grande quantidade sem descurar nem a funcionalidade nem a estética. Esta aliança forma-função é a própria definição de design.
O fim da escola não dita o fim do programa Bauhaus. Van der Rohe, Gropius e outros emigram para os EUA e ali desenvolvem tanto o seu trabalho de “arquitecto que faz projectos, mobiliário e peças de design”, como ensinam nas melhores universidades do país. Em 1937, a Nova Bauhaus é fundada em Chicago, recuperando os princípios de Gropius, sob a direcção de László Moholy- -Nagy. Esta escola é progressivamente absorvida pelo instituto tecnológico da cidade. Hoje, a Bauhaus está de novo na Alemanha. Em Berlim funciona o Arquivo-Museu do Design, em Dessau está a Fundação Bauhaus que ocupa o edifício desenhado pelo primeiro director da escola. Além das peças influenciadas por esta teoria do design, do decorrente Estilo Internacional na arquitectura, os desenhos realizados na fase mais luminosa da Bauhaus continuam a ser concretizados. As cadeiras Barcelona e Brno, de Mies Van der Rohe, são só dois exemplos dos muitos possíveis. [maximainteriores.pt]
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Estreiam, hoje, os filmes "Linha de Passe" de Walter Salles e Daniela Thomas e "Isto é Inglaterra" de Shane Meadows. Estes filmes foram exibidos na biblioteca municipal: "Linha de Passe" foi o filme de abertura do 12º Festival de Cinema Luso-Brasileiro e "Isto é Inglaterra" no 14º aniversário do Cineclube da Feira.
"Linha de Passe"
Sinopse:
São Paulo. 19 milhões de habitantes, 200 quilómetros diários de engarrafamento. No coração de uma das maiores metrópoles do mundo, quatro irmãos tentam reinventar suas vidas. Reginaldo, o mais novo, procura obstinadamente o seu pai, que nunca conheceu. Dario, prestes a completar 18 anos, sonha com uma carreira como jogador de futebol profissional. Dinho, funcionário de um posto de gasolina, procura na religião o refúgio para um passado obscuro. Dênis, o irmão mais velho, já é pai de um filho e ganha a vida como estafeta. No centro desta família está Cleusa, 42 anos, grávida do quinto filho. Ela trabalha duro como empregada doméstica enquanto luta para manter os filhos na linha. Para sobreviver à brutalidade de uma cidade onde as oportunidades se afunilam, eles só podem contar um com o outro. [cinema.ptgate.pt]
"Isto é Inglaterra"
Sinopse:
"This Is England" é a história de umas férias escolares de Verão, essas longas semanas entre dois anos lectivos onde muitas coisas que podem mudar a vida de uma pessoa podem acontecer. Estamos em 1983 e as aulas acabaram. Shaun (Thomas Turgoose) é um rapaz de 12 anos, bastante reservado, que está a crescer numa triste cidade costeira e cujo pai morreu em combate, na Guerra das Falklands. Durante estas férias de Verão, Shaun vai encontrar novos modelos masculinos a seguir quando os rapazes da cena skinhead local o aceitam no seu seio. Com estes novos amigos, Shaun descobre o mundo das festas, do primeiro amor e das botas do Dr Martin! É aí que conhece Combo (Stephen Graham), um skinhead mais velho e racista, que saíu há pouco tempo da prisão. Na medida em que o bando de Combo molesta as minorias étnicas da pequena cidade, o caminho está aberto para um ritual de passagem que levará Shaun da inocência à experimentação.[cinema.ptgate.pt]
O escritor e académico francês Maurice Druon faleceu terça-feira, aos 90 anos, na sua residência em Paris, informou a historiadora e politóloga Hélène Carrère d`Encausse, da Academia Francesa.
Nascido em Paris a 23 de Abril de 1918, no seio de uma família de origem russa, Druon, gaullista incondicional, combateu na resistência francesa à ocupação nazi. Com o também escritor Joseph Kessel, seu tio, compôs "Le chant des partisans", o hino dos resistentes.
Correspondente de guerra na África do Norte e durante as campanhas da França e da Alemanha, publica, já em tempo de paz, o seu primeiro romance, "La Dernière brigade".
Analisa depois a alta sociedade francesa em três romances, todos com tradução em Portugal: "As grandes famílias", de 1946, distinguido com o Prémio Goncourt, "A queda dos corpos", de 1950, "Encontros nos infernos", 1951, este último alvo da censura portuguesa.
Druon consagrou grande parte da sua carreira à defesa da língua francesa.
"Era um amigo muito querido, é uma perda imensa para a Academia. Ele era a memória da Academia", disse Hélène d`Encausse, também de origem russa.
A obra literária de Druon inclui ainda o ciclo "Os reis malditos" - de que estão publicados em Portugal "O reino de ferro" e "As rainhas estranguladas" -, "Alexandre le Grand" (1958) e "Les Mémoires de Zeus" (1963).
Eleito em 1966 para a Academia Francesa, em Abril de 1973 é nomeado ministro dos Assuntos Culturais, sob a presidência de Georges Pompidou, ao mesmo tempo que assume responsabilidades políticas no seio do partido gaullista RPR.
Ensaísta ("La Culture et l`Etat", 1985), dramaturgo ("Un Voyageur", 1954, "La Contessa", 1961), foi eleito secretário perpétuo da Academia Francesa em Novembro de 1985. Demite-se deste cargo em Outubro de 1999 e publica ainda vários ensaios.[rtp.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
O suíço Peter Zumthor é o Prémio Pritker de Arquitectura 2009. O arquitecto de 65 anos, que em Setembro esteve em Lisboa como conferencista e para uma mostra retrospectiva do seu trabalho, foi distinguido pela sua obra de uma vida. Mas o júri do prémio considerado como o Óscar da arquitectura destaca três construções fundamentais: as Termas de Vals (1996), na sua Suíça natal, a Capela de St. Nikolaus von der Flüe (2007), na Alemanha, e o Kolumba Museum (2007) em Colónia.
Zumthor “é um arquitecto magistral admirado pelos seus colegas de todo o mundo pelo seu trabalho centrado, sem compromissos e excepcionalmente determinado”, diz o júri do Pritzker (entre os quais figura o arquitecto Renzo Piano, Prémio Pritzker em 1998) em comunicado.
O presidente do júri, Thomas J. Pritzker, presidente da Fundação Hyatt que atribui o prémio desde 1979, considera que os edifícios do arquitecto suíço “têm uma presença forte e intemporal” e que ele combina com “raro talento” o pensamento “rigoroso” com uma “dimensão verdadeiramente poética”.
O arquitecto suíço de 65 anos esteve em Portugal em Setembro de 2008 para o "Warm-Up" da bienal ExperimentaDesign que regressa em Setembro a Lisboa. Além da conferência que leccionou na Aula Magna da Universidade de Lisboa, Zumthor escolheu a LX Factory, em Alcântara, para albergar a mostra retrospectiva "Peter Zumthor Edifícios e Projectos 1986-2007". A exposição, que esteve na LX Factory entre 6 de Setembro e 2 de Novembro e estendia-se por 3000 m2.
O prémio (um medalhão de bronze e 75,7 mil euros) será entregue a 29 de Maio em Buenos Aires, Argentina. A suíça já tinha recebido o Pritzker em 2001, para as mãos da dupla Jacques Herzog e Pierre de Meuron. Em 1992, Álvaro Siza tornou-se o único português a receber o Pritzker.O suíço Peter Zumthor é o Prémio Pritker de Arquitectura 2009. O arquitecto de 65 anos, que em Setembro esteve em Lisboa como conferencista e para uma mostra retrospectiva do seu trabalho, foi distinguido pela sua obra de uma vida. Mas o júri do prémio considerado como o Óscar da arquitectura destaca três construções fundamentais: as Termas de Vals (1996), na sua Suíça natal, a Capela de St. Nikolaus von der Flüe (2007), na Alemanha, e o Kolumba Museum (2007) em Colónia.
Zumthor “é um arquitecto magistral admirado pelos seus colegas de todo o mundo pelo seu trabalho centrado, sem compromissos e excepcionalmente determinado”, diz o júri do Pritzker (entre os quais figura o arquitecto Renzo Piano, Prémio Pritzker em 1998) em comunicado.
O presidente do júri, Thomas J. Pritzker, presidente da Fundação Hyatt que atribui o prémio desde 1979, considera que os edifícios do arquitecto suíço “têm uma presença forte e intemporal” e que ele combina com “raro talento” o pensamento “rigoroso” com uma “dimensão verdadeiramente poética”.
O arquitecto suíço de 65 anos esteve em Portugal em Setembro de 2008 para o "Warm-Up" da bienal ExperimentaDesign que regressa em Setembro a Lisboa. Além da conferência que leccionou na Aula Magna da Universidade de Lisboa, Zumthor escolheu a LX Factory, em Alcântara, para albergar a mostra retrospectiva "Peter Zumthor Edifícios e Projectos 1986-2007". A exposição, que esteve na LX Factory entre 6 de Setembro e 2 de Novembro e estendia-se por 3000 m2.
O prémio (um medalhão de bronze e 75,7 mil euros) será entregue a 29 de Maio em Buenos Aires, Argentina. A suíça já tinha recebido o Pritzker em 2001, para as mãos da dupla Jacques Herzog e Pierre de Meuron. Em 1992, Álvaro Siza tornou-se o único português a receber o Pritzker. [publico.pt]
S/ título (da série Dromos) acrílico sobre tela 200x300cm, 2008-9
Informamos que, por despacho do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de
O horário do dia 09 de Abril será o seguinte:
09h00 / 12h30.
Edgar Martins, de 32 anos, tornou-se ontem à noite o fotógrafo mais novo a vencer o Prémio BES Photo, um dos mais importantes galardões de arte contemporânea atribuídos em Portugal com uma dotação de 25 mil euros. O júri de premiação era constituído pelos curadores Agnès Sire e Paul Wombell e pela artista plástica Helena Almeida, vencedora da primeira edição BES Photo.
Abril
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
A Academia Nacional de Belas Artes (ANBA) distinguiu ontem a pintora Maria Keil, 94 anos, com o Grande Prémio Aquisição/2009.
A Academia afirmou em comunicado que a pintora "tem atingido a maior repercussão nacional e internacional" e realça que desde a segunda metade do século XX se tem destacado "nas mais diferentes áreas da criação artística e da intervenção cultural e cívica".
O presidente da ANBA, António Valdemar, sublinhou à Lusa que Maria Keil, autora de vários painéis públicos na avenida Infante Santo em Lisboa, ou de algumas estações do Metropolitano, "é uma das maiores artistas portuguesas e continua a ser um exemplo notável de lucidez, vigor e sensibilidade".
A decisão foi tomada por unanimidade por um júri constituído por António Valdemar, Manuel Reis Santos e António Marques Miguel, respectivamente presidente, vice-presidente e secretário-geral da ANBA, e ainda pelos académicos efectivos José Augusto França, Joaquim Correia, António Inverno e Luís Filipe de Abreu.
O galardão, instituído na década de 1980, distingue anualmente, de forma rotativa, uma figura com obra representativa na pintura, na escultura e na arquitectura.
Júlio Resende, Júlio Pomar, Alice Jorge, Sá Nogueira, Luís Filipe de Abreu e Manuel Reys Santos são alguns dos artistas que já receberam este galardão.
"Maria Keil tem um lugar muito representativo no panorama português do século XX da pintura, do desenho, da cerâmica, da ilustração e design do livro e até da filatelia", disse à Lusa António Valdemar.
"Maria Keil afirmou-se nos anos 1930, na sequência da II Exposição dos Independentes realizada na SNBA, e cedo ganhou, entre os artistas plásticos da sua geração, um estilo muito próprio, na interpretação da figura humana e da própria paisagem", explicou Valdemar.
O presidente da ANBA referiu ainda ser Maria Keil "a última aluna viva de Veloso Salgado", pintor representado em vários museus nacionais, autor de várias telas da Assembleia da República, e mestre, entre outras figuras do modernismo, de Eduardo Viana.
Em declarações à Lusa, António Valdemar acrescentou: "Com 95 anos - a completar no próximo mês de Julho - Maria Keil continua a trabalhar, a conviver com os amigos, a sair à rua, sozinha, desde a sua residência no Restelo até ao seu atelier, no 3º andar de um prédio do Príncipe Real, com uma fascinante vista para o Tejo".
Maria Keil era casada com o arquitecto Francisco Keil do Amaral, falecido em 1975. [publico.pt]
A semana europeia do Presidente norte-americano, Barack Obama, terminou com uma vitória e uma derrota que nada têm a ver com política: o seu livro de memórias, Dreams With My Father (A Minha Herança, em português, editado pela Casa das Letras), venceu um British Book Award na categoria de Melhor Biografia; mas Obama não recebeu o prémio de Melhor Autor, para o qual estava nomeado com o seu livro político, The Audacity of Hope (A Audácia da Esperança, na mesma editora).