A coreógrafa alemã Pina Bausch morreu hoje aos 68 anos, noticiou a France 24. A autora de "Café Müller", a única peça que interpretou, terá sabido há cinco dias que sofria de cancro, lê-se no site da companhia de Bausch, Tanztheater de Wuppertal, na Alemanha.
"Pina Bausch morreu esta manhã [no hospital], de uma morte inesperada e rápida, cinco dias depois de lhe ter sido diagnosticado cancro", informou em comunicado a porta-voz do Tanztheater, Ursula Popp. "No domingo ela ainda esteve em cena com a sua companhia, na Ópera de Wuppertal", assinalou ainda Popp.
Figura maior da dança expressionista alemã, Bausch era uma criadora consagrada e uma das maiores coreógrafas do mundo. Tendo crescido no hotel-restaurante dos seus pais, sempre se pensou que "Café Müller" era inspirado nessa sua experiência, na sua vida, algo que negou ao PÚBLICO em entrevista em Abril passado. Nascida em Solingen, na Alemanha, a 27 de Julho de 1940, começou a estudar dança aos 14 anos na Escola de Folkwang d'Essen (ouest) com o coreógrafo Kurt Jooss, um dos fundadores do movimento Ausdruckstanz, uma corrente que combina o movimento, a música e elementos da arte dramática na sua dança.
A passagem pela conceituada escola de dança norte-americana Juilliard permitiu-lhe o contacto com Anthony Tudor, Jose Limon t Mary Hinkson.
"Café Müller" é a sua peça mais conhecida, dançada por Bausch, e apenas interpretada uma vez em Portugal, há 15 anos, por ocasião de Lisboa - Capital Europeia da Cultura e a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, que organizou um ciclo retrospectivo à volta da sua obra. No ano passado,
o Centro Cultural de Belém e o Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, organizaram um ciclo de conversas, filmes e três peças: a estreia nacional de "Nefés", sobre Istambul, "Masurca Fogo", feita sobre Lisboa em 1998 e apresentada na altura, e "Café Müller".
Reconhecidamente uma figura avessa a entrevistas e a falar em público, disse em entrevista ao PÚBLICO no final de Abril de 2008: "Nunca gostei de peças que se desenrolam num só nível; o ambiente das minhas está sempre a mudar, com o fim sempre em aberto. Eu também não sei. Há mais perguntas que respostas. Há muitas perguntas". [publico.pt]
O Prémio Castelo de Prata, que distingue a melhor longa-metragem do Festival Internacional de Cinema Jovem (FEST), é atribuído ao filme finlandês «The home of dark butterflies - A casa das borboletas negras», do realizador Dome Karukoski.
O filme foi uma das 10 longas-metragens a concurso no festival que terminou ontem em Espinho e conta a história de um jovem de 14 anos que, depois de uma infância traumática em sucessivos lares adoptivos, é colocado num lar para crianças mal-comportadas.
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 28 de Junho, pelas 21h45, será exibido o filme "Che: O argentino" de Steven Soderbergh com Benicio Del Toro, Santiago Cabrera, Demián Bichir e Julia Ormond, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.
Michael Jackson, o “Rei da Pop”, morreu aos 50 anos, vítima de uma paragem cardíaca. Ao início da tarde de ontem (horário da Califórnia) os serviços de emergência médica foram chamados à sua residência para socorrer o cantor, aparentemente em paragem respiratória — poucas horas mais tarde, já a partir do hospital universitário UCLA, para onde foi transportado, surgia a confirmação da morte.
Aparentemente, o músico terá sofrido um colapso em casa. Foi socorrido por uma equipa de paramédicos, que o encontraram sem pulso e não lograram reanimá-lo. Segundo as autoridades, chegou ao hospital em estado de coma profundo e foi pronunciado morto. Desconhece-se qual seria o seu estado de saúde antes do episódio fatal. Uma autópsia foi já marcada e deverá ocorrer ainda na sexta-feira.
A música de Michael Jackson marcou de forma indelével os anos 80 e influenciou toda uma geração de músicos. O seu álbum “Thriller”, lançado em 1982, é um ícone da música pop e continua a ser o disco mais vendido da história da música. E os vídeos que acompanharam os seus sucessos transformaram a indústria, abrindo a porta ao sucesso dos canais televisivos musicais como a MTV.
A carreira de Michael começou precocemente, acompanhando os seus irmãos no bem sucedido grupo “Jackson 5” logo aos cinco anos de idade. A sua canção “I want you back” está entre as melhores melodias da pop. Aos treze anos, e enquanto ainda actuava com os irmãos, iniciou a carreira a solo.
Depois de se rebelar contra a Motown, aos 17 anos, Michael enveredou para um som disco. Era a transição para a idade adulta e para a independência — com Quincy Jones como produtor, “Don’t Stop ‘Til You Get Enough” projectou Jackson para o topo das tabelas.
Com “Thriller” — o disco mais vendido da tabela americana durante 37 semanas consecutivas — e “Bad” tornou-se o músico mais famoso do mundo.
Michael Jackson foi por duas vezes reconhecido no “Rock’n Roll Hall of Fame” e venceu 13 Grammys. O seu trabalho humanitário — foi o responsável pelo “single” de ajuda a África “We Are the World” — foi reconhecido pelo Presidente Ronald Reagan.
Tão espectacular como o seu fulgurante sucesso foi o seu colapso: há doze anos que Jackson se mantinha afastado dos palcos.
A sua vida quotidiana, misteriosa e excêntrica, foi motivo de especulação durante décadas — alegadamente, Jackson dormia numa câmara de oxigénio, tratava o chimpanzee Bubbles como seu filho e queria transformar o seu rosto numa cópia do de Diana Ross, que idolatrava. O músico morava em reclusão num rancho chamado “Neverland”, uma propriedade de dez quilómetros quadrados que mais parecia um parque de diversões — e que esteve recentemente em hasta pública.
A sexualidade de Jackson também sempre foi motivo de especulação. O músico casou por duas vezes: a primeira das quais com Lisa Marie Presley, a filha de Elvis, o “Rei do Rock n’ Roll”, e depois com a sua enfermeira Deborah Rowe, mãe dos seus dois filhos mais velhos. A identidade da mãe do seu terceiro filho não é conhecida.
Os filhos, sempre escondidos das objectivas dos paparazzi por densos véus de cores escuras têm 12, 11 e seis anos e nomes bizarros: Prince Michael Joseph Jackson Jr, Paris Michael Katherine Jackson e Prince Blanket Michael Jackson II.
Michael Jackson admitiu publicamente ter-se submetido a várias cirurgias plásticas e ter lutado contra dependências de comprimidos e estupefacientes. Um controverso documentário realizado pela britânica Granada Television, em 2003, deixava implícitos vários casos de abuso sexual de meninos que Jackson acolhia no seu rancho e dormiam na sua cama.
Um desses casos chegou a tribunal: em 2005, Michael Jackson foi acusado de abusar de um menino de 13 anos e julgado pelo crime de pedofilia num mediático processo, no qual terminou absolvido. Depois disso, o cantor retirou-se dos Estados Unidos e foi viver para o Bahrain. Passou tempo na Irlanda e França e no passado mês de Maio, regressou a Los Angeles.
Jackson procurava agora reavivar a sua carreira com uma série de 50 concertos na O2 Arena de Londres, cujos bilhetes esgotaram poucas horas depois de serem postos à venda. De acordo com a imprensa norte-americana, esses ecpectáculos seriam uma espécie de pontapé de saída para uma tournée mundial de três anos e um novo álbum de originais. Além disso, Jackson tinha planos para transformar o seu mítico “Thriller” numa espécie de musical para casino, a apresentar em La Vegas e Macau.
A notícia da sua morte foi recebida com choque e consternação nos Estados Unidos — e em particular pela comunidade afro-americana que via Jackson como um emblema da cultura negra nos Estados Unidos. Minutos depois da confirmação da notícia, o reverendo Al Sharpton classificava Michael Jackson como um ícone mundial, e elogiava o seu génio musical e talento artístico, a sua generosidade e humanitarismo. “O mundo nunca deixará de escutar Michael Jackson”, declarou.
O lendário produtor Quincy Jones divulgou um comunicado lamentando a perda de Michael Jackson. “Michael tinha tudo: talento, graça, profissionalismo e dedicação. Hoje perdi o meu irmãozinho; parte da minha alma morreu com ele”.
Os fãs do artista começaram imediatamente a reunir-se nas imediações do centro médico da UCLA (onde estavam reunidos os seus irmãos) e da casa em Holmby Hills que o músico alugara recentemente, obrigando a polícia a intervir para garantir a circulação automóvel. Em Nova Iorque, Times Square tornou-se o centro das homenagens.
Muitas rádios americanas começaram a passar exclusivamente a música de Michael Jackson. A MTV recuperou os seus “telediscos” numa emissão especial. No YouTube, os vídeos de Jackson passaram a ser os mais procurados. [publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
A actriz norte-americana Farrah Fawcett, conhecida pelo seu papel na série televisiva "Os Anjos de Charlie", morreu de cancro do cólon aos 62 anos, em Los Angeles. A doença foi diagnosticada em 2006.
A actriz morreu rodeada pela família e amigos após três anos de luta contra o cancro. Entre eles estava o ex-companheiro Ryan O'Neal, com quem viveu durante 27 anos e que teria mesmo proposto casamento a Fawcett nos últimos dias.
Ao longo do dia, de acordo com a AFP, a televisão americana ABC dava já indicações de que Fawcett estaria em estado muito grave e a jornalista Barbara Walters avançara não estar segura de que a actriz sobrevivesse ao dia de hoje. Foi também noticiado que Farrah Fawcett tinha já recebido a extrema-unção.
Após o primeiro diagnóstico e os tratamentos que se seguiram, foi declarada a remissão da doença em 2007. No entanto, apenas três meses depois, a doença regressou e tinha-se espalhado para o seu fígado. Fawcett tentou todo o tipo de tratamentos e viveu publicamente a doença.
Farrah Fawcett foi não só uma actriz de fama internacional, como um ícone de beleza nos anos 1970. O seu penteado era imitado e as imagens promocionais da série de TV ornamentavam os quartos dos jovens. A imagem de pin-up e a beleza, bem como o carácter “camp” da série de televisão “Os Anjos de Charlie”, que foi recentemente adaptada para o cinema, eram factores que a descredibilizavam na busca de papéis mais sérios. Além disso, a vida pessoal turbulenta (as relações amorosas com Lee Majors ou Ryan O’Neal, a toxicodependência do filho ou as agressões de um namorado) não a deixava de fora dos tablóides.
Mas continuou a tentar papéis mais duros, tendo atingido o máximo do reconhecimento com o telefilme "The Burning Bed" (1984), em que interpretou uma mulher vítima de violência doméstica – foi nomeada para o seu primeiro Emmy. No currículo estão também filmes como "Somebody Killed Her Husband" (1978), "Sunburn" (1979) ou "The Apostle", com Robert Duvall. No teatro, foi protagonista de "Extremities", recorda o "Los Angeles Times". [publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes "Coco avant Chanel" de Anne Fontaine com Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde e Alessandro Nivola e "Transformers: retaliação" de Michael Bay com Megan Fox, Shia LaBeouf, Hugo Weaving, Josh Duhamel e John Turturro.
"Coco avant Chanel"
Sinopse:
Esta é a história de uma jovem francesa no início do século XX. Uma rapariga tal como tantas outras que não tinha nada, era pobre, não tinha estudos nem amizades. Uma mulher que, mesmo assim, conseguiu transformar a promessa de uma vida banal num surpreendente destino. Ela tornou o seu talento natural de simples costureira na arma para se libertar das amarras. Ela inventou um estilo que não só ofuscou todos os outros, como permanece na moda um século depois. Ela criou roupa que se tornou num símbolo de independência e de elegância. Ela amou e foi amada mas manteve um espírito livre, no coração de uma era que considerava o amor e a liberdade como condições contraditórias. O seu nome era Gabrielle (Audrey Tautou). E quando num cabaret de segunda, um grupo de homens bêbados e sorridentes a apelidou de "Coco", no seguimento de uma canção que tentou cantar entre a animada multidão, ela não aceitou apenas esta alcunha embaraçosa. Mas adoptou-a orgulhosa e teimosamente, impondo-a ao mundo inteiro: Coco Chanel. [cinema.ptgate.pt]
"Transformers: retaliação"
Sinopse:
Passaram dois anos desde que Sam Witwicky (LaBeouf) e os Autobots conseguiram proteger a raça humana da invasão dos Decepticons. Agora Sam prepara-se para outro desafio: sair de casa para ir para o colégio. Com o planeta Cybertron inabitável, também os Autobots começam uma nova vida na Terra, num projecto secreto em que, juntamente com os militares, formam a equipa NEST, cuja missão é procurar os Decepticons que ainda se escondem no planeta. Mas os Autobots não são vistos com bons olhos por todos - o concelheiro de Segurança Nacional Theodore Galloway (Hickey) é o rosto da vontade de banir todos os Transformers do planeta Terra. Entretanto, a vida "normal" de Sam terá de esperar: os Decepticons descobrem o que ele ainda não sabe - que ele é a chave para o destino da batalha entre o bem e o mal. Agora, juntamente com os Autobots, os soldados do NEST e de um velho inimigo agora aliado, Sam e a amiga Mikaela (Fox) têm de desvendar o segredo da presença dos Transformers na Terra, e os sacrifícios que terão de ser feitos para a proteger de uma vingança anunciada - o regresso do Decepticon The Fallen. [cinema.ptgate.pt]
O albanês Ismail Kadaré, um dos escritores europeus de mais destaque no século XX, foi distinguido hoje com o Prémio Príncipe de Astúrias de Letras, divulgado na cidade espanhola de Oviedo.
Ismaïl Kadaré nasceu em 1936, em Gjirokastra, no Sul da Albânia. Estudou em Tirana e em Moscovo no Instituto Gorky. Após a ruptura do seu país com a União Soviética, em 1960, iniciou uma actividade jornalística e publicou os seus primeiros poemas. É sem dúvida o mais conhecido escritor albanês e as suas obras estão traduzidas em diversas línguas.
Em Portugal o autor tem parte da sua obra publicado nas Publicações Dom Quixote, como são os casos de «Palácio dos Sonhos» (1992), «A Pirâmide» (1994), «Abril Despedaçado» (2002), «A Filha de Agamémnon e o Sucessor» (2008) e o livro de ensaios «Três Cantos Fúnebres pelo Kosovo» (2002). Em Junho de 2005 Kadaré foi galardoado com o Man Booker International Prize pela sua carreira literária.
No total, Kadaré superou 31 candidaturas vindas de 25 países, derrotando na fase final o britânico Ian McEwan, o checo Milan Kundera, o holandês Cees Noteboom e o italiano Antonio Tabucchi.
O Prémio Principe das Astúrias de Letras já distinguiu nomes como Mario Vargas Llosa, Camilo Jose Cela, Günter Grass, Doris Lessing, Arthur Miller, Susan Sontag, Paul Auster ou Amos Oz.
O prémio será entregue no próximo mês em Outubro, em Oviedo. Kadaré vai receber 50 mil euros e uma estatueta desenhada originalmente por Joan Miró. [diariodigital.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal
Portugal
Portugal
quero falar contigo
Não faças esses olhos de quem viu um lobisomem
Achas esquisito porventura que queira falar contigo
é que tenho coisas muito importantes para te dizer e só
agora arranjei a coragem suficiente
Portugal
eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me sentir
como se tivesse oitocentos
Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os infiéis ao norte de África
só porque não podia combater a doença que lhe atacava
os órgãos genitais e nunca mais voltasse
às vezes quase chego a acreditar que é tudo mentira
que o Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney
e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente
Portugal
não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino nacional
que os meus egrégios avós me perdoem
Ontem estive a jogar ao poker com o Velho do Restelo
ele anda na consulta externa do Júlio de Matos
deram-lhe uns electrochoques e está a recuperar
à parte o facto de agora me tentar convencer que nos
espera um futuro de rosas
Portugal
um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver se
contraía a febre do Império
mas a única coisa que consegui apanhar foi um resfriado
Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr
encontrar uma pétala que fosse
das rosas que o Gil Eanes trouxe do Bojador
Portugal
eu se tivesse dinheiro comprava um império e dava-to
Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir
Portugal
Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém
Sabes
estou loucamente apaixonado por ti
Pergunto a mim mesmo
Como me pude apaixonar por um velho decrépito e idiota
como tu
mas que tem um coração doce ainda mais doce que os pasteis
de Tentúgal
e o corpo cheio de pontos negros para eu poder espremer
à minha vontade
Portugal estás a ouvir-me?
Eu nasci em 1957 Salazar estava no poder nada de ressentimentos
o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que emigraram
nada de ressentimentos
um dia bebi vinagre nada de ressentimentos
Portugal
ia propor-te um projecto eminentemente nacional
que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que o Camões
lá deixou
Portugal sabes de que cor são os meus olhos?
São castanhos como os de minha mãe
Portugal
gostava de te beijar muito apaixonadamente na boca.
Jorge de Sousa Braga
O Prémio PhotoEspaña Baume&Mercier 2009 foi entregue ao fotógrafo do Mali, Malick Sidibé pelos seus retratos do quotidiano feitos durante as décadas de 1960 e 70. Para o júri, o prémio foi entregue a um fotógrafo com "qualidades excepcionais de retratista" que é já um dos mais célebres profissionais do sector em África.
O fotógrafo captou, através dos trabalhos feitos no seu estúdio, o Studio Malick, e nas ruas de Bamako, a capital do Mali, "um período importante da história africana, que foi uma etapa de emancipação, de revoluções culturais, de orgulho e de esperança no futuro", descreve ainda o júri de um dos mais importantes eventos da fotografia mundial.
O prémio consiste em 12 mil euros, na compra da sua obra e num troféu criado pelo pintor e artista gráfico Eduardo Arroyo.
Malick Sidibé foi já distinguido, no passado, com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, com o Prémio Hasselblad (Suécia) e do Centro Internacional de Fotografia de Nova Iorque. Com o prémio na PhotoEspaña deste ano, Malick Sidibé congratulou-se por poder ter "transmitido a mensagem de África a todo o mundo".
Também ontem foram divulgados os restantes prémios do PhotoEspaña 2009, entre os quais o galardão Bartolomé Ros para a melhor trajectória espanhola na fotografia, um prémio para a carreira de Isabel Muñoz, fotógrafa "valente e especial" nas palavras da responsável pelo prémio, Rosa Ros, em declarações ao diário espanhol ABC. O prémio Bartolomé Ros tem também um valor pecuniário de 12 mil euros.
Entre os restantes galardões do evento que este ano teve exposições em Madrid, Cuenca e duas mostras em Portugal, no Museu Colecção Berardo, contam-se o Prémio Festival Off Saab para a exposição Acidentes de Jin Shi (Galeria Magee), o Prémio do Público M2-El Mundo para a exposição Resiliência (Instituto Cervantes), o Prémio Descubrimientos PHE Epson para a fotógrafa mexicana Alejandra Laviada (que assim terá uma exposição na próxima edição do PhotoEspaña) e o Prémio Revelação para Carlos Sanva, o Prémio Valores Humanos para a fotógrafa Simona Ghizzoni pelo trabalho Odd Days. [publico.pt]
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Uma pequenina luz
Parte do espólio que foi doado pela família de Jorge de Sena já está na Biblioteca Nacional de Portugal. Em Setembro, os restos mortais do escritor, que há 50 anos partiu para o exílio no Brasil e nos Estados Unidos, serão transladados para o cemitério dos Prazeres em Lisboa.
Agora os estudiosos de Jorge de Sena (1919-1978) podem ter acesso ao espólio do escritor sem terem que se deslocar a Santa Barbara, na Califórnia, nos EUA, onde o escritor esteve exilado e morreu.
A família e a viúva Mécia de Sena doou o espólio do escritor – de que fazem parte manuscritos, objectos pessoais, obras de arte e a biblioteca do autor – à Biblioteca Nacional de Portugal (BNP). E o ministro da Cultura disse na cerimónia de apresentação e depósito do espólio que em Setembro os restos mortais do poeta, ficcionista, dramaturgo e professor universitário vão ser transladados dos Estados Unidos para um jazigo “condigno” no cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
“O meu pai tinha o desejo de ser enterrado aqui um dia e de ter aqui os seus papéis”, afirmou Maria José de Sena, filha do escritor, que considera estar assim cumprido o que desejava o autor de “Sinais de Fogo”.
“Isto é um gesto extraordinário depois do que se passou”, defendeu o ministro da Cultura. “É um gesto de civismo e de apaziguamento”. José António Pinto Ribeiro considera que a zanga entre Jorge de Sena e a sua pátria foi “muito para além daquilo que era permitido”. E recordou: “Houve pessoas que se esforçaram por o trazer de volta, mas a verdade tem que ser dita: a seguir ao 25 de Abril poucas se empenharam nisso”.
Na sala encontravam-se o general Ramalho Eanes e sua mulher. O ministro agradeceu àqueles que ajudaram o país a fazer justiça a Jorge de Sena e a que se devolvesse Sena aos portugueses através da Biblioteca Nacional.
Jorge de Sena é um extraordinário escritor de língua portuguesa, sublinhou. “Quando conhecemos a obra e a vida de Sena só podemos agradecer-lhe pelo que ele escreveu e por ele ter sido quem foi." [publico.pt]
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"Este é o meu disco mais filosófico, no sentido em que aborda questões da vida e da morte, o que estamos aqui a fazer e para onde vamos, mas encaradas de uma forma natural, não temos de nos deprimir por levantarmos estas questões." Assim define Rodrigo Leão o seu novo disco, A Mãe. "É uma homenagem à minha mãe mas queria que este disco não fosse só isso, porque já comecei a trabalhar neste álbum há dois anos enquanto que o que aconteceu à minha mãe foi muito rápido..." [dn.sapo.pt]
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Sinopse:
"O Leitor" começa na Alemanha após a Segunda Grande Guerra Mundial quando o adolescente Michael Berg (David Kross) fica doente e é ajudado por Hanna (Kate Winslet), uma desconhecida com o dobro da sua idade. Michael recupera entretanto da escarlatina e vai à procura de Hanna para agradecer. Ambos são rapidamente arrastados para um apaixonado mas secreto caso amoroso. Michael descobre que Hanna adora que leiam para ela e a relação física entre eles intensifica-se. Hanna deixa-se cativar, à medida que Michael lê alguns clássicos para ela. Apesar da intensa relação entre eles, um dia Hanna desaparece misteriosamente e Michael fica confuso e de coração partido. Oito anos depois, Michael é um estudante de direito que observa os julgamentos de guerra nazis e fica estupefacto ao ver Hanna novamente na sua vida - desta vez como arguida no tribunal. À medida que o passado de Hanna é revelado, Michael desvenda um grande segredo que irá ter impacto na vida de ambos. [cinema.ptgate.pt]
O projecto de transformação do centenário Mercado Ferreira Borges num centro de animação cultural polivalente e uma linha de mobiliário que dispensa o uso de ferramentas e ferragens valeram aos seus autores, ex aequo, o Prémio Nacional de Indústrias Criativas, que foi anunciado na estação do Rossio, em Lisboa.
O Hard Club, uma sala de concertos que já fez história na marginal de Gaia e está agora a transferir a sua actividade para o velho recinto da Praça do Infante, no Porto, alargando-a a outras vertentes de animação cultural e de lazer, e o projecto Cut Furniture, de Mariana Silva, de Leiria, são os vencedores da primeira edição deste Prémio lançado em Novembro passado, sustentado por uma rede de nove parceiros públicos e privados e gerido pela Fundação de Serralves e pela Unicer.
Os dois projectos vão dividir os 25 mil euros do prémio e ser-lhes-á também dada entrada na Incubadora de Artes de Serralves.
O júri, constituído por representantes da Unicer e de Serralves, atribuiu também uma menção honrosa ao projecto Ideias.M, de Júlio Martins e João Petiz, dois engenheiros da Universidade do Porto que propõem a construção de instrumentos musicais e outros produtos ligados às artes a partir de materiais compósitos, nomeadamente fibra de carbono usada na aeronáutica e nos protótipos da Fórmula 1.
A escolha dos premiados foi justificada pelo júri por ver neles o reflexo “do conceito emergente das indústrias criativas”. “Ambos compreendem actividades inovadoras e criativas e responderam de forma eficaz ao desafio de transformar ideias em negócio, adaptando o modelo de actividade à realidade do mercado nacional perante a actual conjuntura económica”, lê-se na declaração do júri, que realçou também a qualidade dos dez projectos nomeados para a fase final do concurso, depois de uma pré-selecção de 36 das 171 candidaturas apresentadas.
O projecto de instalação do Hard Club no Mercado Ferreira Borges está já em curso e, esta semana mesmo, o velho edifício no centro histórico do Porto começou a receber os andaimes para as obras de requalificação, que deverão começar na próxima semana, depois de os responsáveis pelo projecto, desenhado pelo arquitecto Francisco Aires Mateus, terem recebido luz verde do Igespar. No valor global de dois milhões de euros, o programa prevê a transformação do mercado numa sala de concertos, estúdio de gravação, livraria-discoteca, restaurante-cafetaria-esplanada e ainda um espaço vocacionado para as crianças.
O Cut Furniture é um projecto de produção de peças de mobiliário com material valchromat, uma fibra de madeira mais sofisticada do que o MDF, resistente, ecológico e não tóxico, que tem a vantagem suplementar de não exigir a utilização de pregos, parafusos, cola ou outros materiais acessórios. [publico.pt]
O 11º PortoCartoon abre hoje ao público no Museu Nacional da Imprensa e noutros locais da cidade, com um total de 530 caricaturas, a maioria das quais sobre a crise, tema do concurso deste ano.
«Acertámos em cheio na escolha deste tema», disse o presidente do Museu Nacional da Imprensa, organizador do PortoCartoon, Luís Humberto Marcos, destacando a «riqueza muito forte» dos 300 cartoons sobre a crise seleccionados para o salão.
Luís Humberto Marcos realçou a qualidade dos três primeiros premiados no concurso deste ano, especialmente o que obteve o primeiro prémio, da autoria do romeno Mihai Ignat.
O cartoon vencedor representa um empregado de mesa a desenhar na toalha dois pratos e talheres e o cliente do restaurante a desenhar na mesma toalha uma nota de 100.
«Há aqui uma interacção. É uma crise que não pode isolar nenhuma parte da sociedade. Não é uma crise só deste lado ou daquele», sublinhou o director do museu.
O desenho vencedor foi reproduzido por Acácio de Carvalho para uma escultura em ferro que será inaugurada junto ao Castelo do Queijo. [diariodigital.pt]
O maestro e compositor José Calvário morreu, aos 58 anos, em Oeiras. José Calvário sofreu um enfarte em Novembro de 2008 e encontrava-se desde então em estado vegetativo. Depois de ter estado internado em vários hospitais, ficou alojado numa unidade de cuidados continuados em Oeiras.
O cantautor Fernando Tordo considerou Calvário "um músico de eleição, um grande talento, um grande orquestrador e excelente compositor", cuja morte é de "lamentar profundamente".
Ouvido pela agência Lusa, Tordo lembrou ter gravado vários discos com o maestro, entre os quais "Adeus, tristeza" (o primeiro), "O Menino Ary dos Santos" e "Só ficou amor por ti", os três gravados em Londres, nos estudios da Abbey Road.
Para Tordo, tratava-se de um "músico português conceituado, como qualquer grande 'craque' dos Estados Unidos, da China ou do Japão, em Inglaterra e, muito especialmente, nos estúdios da Abbey Road, os mais famosos do mundo".
Já Carlos do Carmo, que não privou com José Calvário, considera-o "um músico talentoso" cujo trabalho "é completamente actual".
"As orquestrações de José Calvário para as duas canções de José Luís Tinoco que interpretei no Festival da Canção da RTP de 1976 são completamente actuais, ele era um músico à frente do seu tempo", declarou o cantor.
No Festival da Canção da RTP de 1976, Carlos do Carmo cantou duas canções de José Luís Tinoco: "No teu poema" e "Os lobos e ninguém", com orquestrações de José Calvário.
"Duas orquestrações notáveis para duas canções igualmente notáveis", comentou o cantor. "Quando as ouvimos, sentimos que as orquestrações são completamente actuais", comentou Carlos do Carmo, que não voltou a trabalhar com José Calvário. "Trabalhei sobretudo com o Thilo Krassman, depois com o Bernardo Sassetti, e não aconteceu outra oportunidade de trabalhar com ele".
Mas os dias de gravação para o disco que veio a chamar-se "Uma Flor de Verde Pinho", do título da canção que venceu o Festival da Canção de 1976, foram de um "convívio muito agradável". Nesse ano, todas as canções do Festival foram interpretadas por Carlos do Carmo, com diferentes autores para as letras e as músicas. [publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: "Ligações Perigosas" de Kevin Macdonald com Russell Crowe, Ben Affleck, Rachel McAdams, Helen Mirren, Robin Wright Penn, Jeff Daniels, Harry J. Lennix e Viola Davis e "A Ressaca" de Todd Phillips com Bradley Cooper, Heather Graham e Ken Jeong.
"Ligações Perigosas"
Sinopse:
Stephen Collins (Ben Affleck), um carismático e promissor político, é visto como o futuro do partido. Todos o olham como o melhor candidato para a campanha presidencial, até que a sua assistente e amante é brutalmente assassinada e segredos enterrados começam a ser revelados. O repórter Cal McCaffrey (Russell Crowe), um velho amigo de Collins, foi destacado para investigar o caso pela sua implacável editora, Cameron (Helen Mirren). Mas assim que ele e a colega Della (Rachel McAdams) tentam descobrir a identidade do assassino, vão perceber que, quando há milhões em jogo, não há integridade, amor ou vida que esteja a salvo. [cinema.ptgate.pt]
"A Ressaca"
Sinopse:
Dois dias antes do seu casamento, Doug e três amigos rumam em direcção a Las Vegas para uma despedida de solteiro que nunca mais irão esquecer. Mas na verdade, quando os três padrinhos acordam na manhã seguinte, eles não conseguem lembrar-se de nada. Sem saberem como e porquê, eles encontram um tigre na casa de banho e um bébé de 6 meses no guarda-roupa da suite do Hotel Caesars Palace. A única coisa que não conseguem encontrar é Doug. Sem qualquer pista sobre o que se passou na noite anterior e com muito pouco tempo, o trio tem agora que tentar reconstituir a noite passada para encontrar Doug e regressar rapidamente a L.A. a tempo do seu casamento. [cinema.ptgate.pt]
Chegou ontem ao fim um percurso de leitura, acompanhado pelo núcleo pedagógico, em vinte turmas, do 3º e 4º ano, de quinze escolas EB1, do concelho, através do projecto biblioteca itinerante: está na hora da leitura, que envolveu, neste ano lectivo, trezentas crianças.
Portugal vai participar no VI Festival de Cinema Europeu - Euroscópio 2009, que se vai realizar na Venezuela, de 18 de Junho a 2 de Julho, com dois filmes, “Sapatos Pretos” de João Canijo e “Dot.com”, uma comédia de Luís Galvão Teles. [publico.pt]
A curta-metragem "This place the roads have no end", realizada em 2008 pelo iraniano Tofigh Amani, venceu a edição deste ano do PORTO7 - Festival Internacional de Curtas-metragens do Porto, revela um comunicado da produtora Avilajet, organizadora do evento.
De acordo com o comunicado, o Prémio Avilajet, para o melhor argumento original, foi atribuído a "Tart", uma curta-metragem realizada em 2008 por Martin de Barra e produzida pela irlandesa Underground Films.
Um júri presidido por António Costa Valente, professor na área do Cinema na Universidade de Aveiro, decidiu ainda atribuir a distinção para o melhor actor a Pharaoh Anderson-McRay, pela sua interpretação em "Basket Bronx", realizada por Martin Rosete e produzido este ano pela espanhola Kamel Films/Estafarte.
O PORTO7, que terminou com a exibição dos filmes premiados, decorreu durante quatro dias no Museu Nacional Soares dos Reis, possibilitando o visionamento de dez horas de filmes nas sessões competitivas e 12 horas nas sessões de exibição. [publico.pt]
Uma voz que em disco encanta pelas suas múltiplas texturas e nunca é evanescente ou vaporosa
O disco de estreia de Mayra Andrade, "Navega", não serviu apenas como descoberta de uma grande voz cabo-verdiana jovem, também se tornou um surpreendente êxito de vendas e crítico, valendo-lhe digressões e galardões, rara sintonia que, por norma, só distingue os eleitos.
Era um disco que, longe de ser clássico, respirava classe, muito por força da voz aveludada de Mayra. Essa voz enche "Storia, Storia", o segundo e recém editado disco da cantora e compositora, de enlevos e subtis requebros: é uma voz que não é dada a dramatismos e que, se ao vivo pode tornar-se demasiado delicodoce, em disco encanta pelas suas múltiplas texturas e nunca é evanescente ou vaporosa. Como a sua autora, cuja biografia passa por vários países, "Storia, Storia" não tem um único centro: pode usar a música cabo-verdiana como fundação, mas as canções estão repletas de instrumentos que vêm de outras paragens, havendo koras africanas, o cubano tres (uma guitarra de três cordas), conjuntos de percussões da Bahia e metais vindos do jazz para confundir genealogias. Além da voz e da rica instrumentação, há três elementos definidores em "Storia, Storia": a riqueza melódica, os arranjos luxosos (cortesia de Jacques Morelembaum, o arranjador de Caetano Veloso) e o ritmo, nunca crepitante, antes ondulante, de mar em dia de mansidão. [ipsilon.pt]
A soprano russa Ekaterina Shcherbachenko conquistou o primeiro lugar do concurso internacional de canto BBC Cardiff Singer of the World, cuja final se realizou domingo na capital do País de Gales.
Shcherbanenko, que cantou em francês e italiano antes de terminar a actuação em inglês, com "The Rake`s Progress", de Igor Stravinski, impôs-se a intérpretes do Japão, Itália, Ucrânia e da República Checa na final da categoria de ópera.
A soprano russa, de 32 anos, receberá um prémio pecuniário no valor de cerca de 18 mil euros. [rtp.pt]
Estreia, hoje, o filme "Génova" de Michael Winterbottom com Colin Firth, Catherine Keener e Hope Davis.
Sinopse:
A cidade italiana de Génova oferece um recomeço a Joe (Colin Firth) e às suas duas filhas, uma família que procura novas vidas depois da morte inesperada da mãe. Enquanto Kelly explora o centro deste misterioso novo mundo, Mary acaba de ver o fantasma da sua mãe deambulando nas ruas da cidade... [cinema.ptgate.pt]
Poema do Meu País
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
O escritor peruano Mario Vargas Llosa e a presidente filipina, Gloria Arroyo, foram hoje distinguidos com o Prémio Internacional Dom Quixote de La Mancha 2009, atribuído pelo Governo da região espanhola de Castela-La Mancha.
Os prémios, no valor de 25.000 euros cada, foram atribuídos por unanimidade nas duas categorias: o mais destacado percurso individual, para Vargas Llosa, e o melhor trabalho institucional, para Gloria Arroyo.
Na presidente das Filipinas, o júri reconheceu a iniciativa educativa do seu país em introduzir a língua espanhola nos planos de estudo nacionais, o que alarga a área de colaboração política, institucional e económica que se realiza em língua espanhola.
Em Vargas Llosa, valorizou-se o facto de ter enriquecido com a sua mestria o território criativo da língua espanhola, fazendo da sua obra literária uma das mais sólidas e prestigiadas referências da cultura.
Na primeira edição dos galardões, no ano passado, os premiados foram o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o escritor mexicano Carlos Fuentes e a cerimónia de entrega foi presidida pelo rei de Espanha.
Este ano, a entrega dos prémios decorrerá na cidade de Toledo em data ainda por definir, próxima de 12 de Outubro.
Integraram o júri, presidido pelo presidente regional de Castela-La Mancha, José María Barreda, o director da Real Academia Espanhola da Língua, Victor García de la Concha, o conselheiro delegado do grupo de comunicação Prisa, Juan Luis Cébrian, e o presidente do grupo editorial Santillana, Emiliano Martínez.
A autora de teatro francesa Yasmina Reza triunfou em Nova Iorque, onde a adaptação norte-americana da sua peça «Os deuses da carnificina» ganhou o prémio de melhor peça do ano.
Na 63ª edição dos «Tony Awards», os prémios norte-americanos para o mundo do teatro e o teatro de variedades, a distribuição compreendia vedetas como Jane Fonda, Elton John ou James Gandolfini, herói da série «Os Sopranos».
A peça de Yasmina Reza garantiu aos seus autores, produtores e intérpretes três prémios: o de melhor actriz para Marcia Gay Harden, o melhor produtor para Matthew Warchus, e o de melhor peça. [diariodigital.pt]
O escritor António Lobo Antunes e o arquitecto Álvaro Siza Vieira são dois dos galardoados com o Premio Extremadura a la Creación 2009, ao lado do escritor espanhol Alonso Gil e do seu compatriota jornalista José Miguel Santiago Castelo.
Os prémios divulgados, são a maior distinção artística e literária da região fronteiriça espanhola e visam reconhecer a relevância das obras dos galardoados no contexto ibero-americano e da Extremadura.
Os nomes dos distinguidos foram divulgados pela conselheira de Cultura e Turismo do Governo da Extremadura, Leonor Flores, acompanhada pelos presidentes os júris de cada um dos prémios, a saber, Iñaki Martínez, Emilio Tuñón, Eduardo Lourenço e Luis Mateo.
Leonor Flores salientou que este ano se assinala o 10º aniversário destes galardões, que se consolidaram a partir de 2003.
Lobo Antunes e Siza Vieira receberão cada um 42.000 euros, enquanto os distinguidos espanhóis, naturais da Extremadura, 18.000 euros.
Emílio Tuñón destacou o percurso de Siza Vieira, que soube transmitir o seu legado às novas gerações, designadamente a utilização de materiais específicos das regiões na criação de edifícios para o futuro e que permanecerão no tempo.
Eduardo Lourenço qualificou Lobo Antunes como «um grande romancista» cuja obra se caracteriza pelos acontecimentos que viveu na Guerra Colonial em Angola, para onde foi mobilizado em 1970, e pelo seu conhecimento da humanidade e a mente do ser humano por ser psiquiatra.
O ensaísta considera Lobo Antunes, autor entre outros de «O Arquipélago da Insónia», como um dos nomes centrais da literatura portuguesa e ter projectado esta através das suas obras, tanto em Espanha como na Europa e no resto do mundo.
Os Prémios serão entregues a 06 de Setembro em Cáceres, no âmbito das cerimónias do Dia da Extremadura. [diariodigital.pt]
Títulos disponíveis de António Lobo Antunes, na biblioteca municipal.
Títulos disponíveis de Siza Vieira, na biblioteca municipal.
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 07 de Junho, pelas 21h45, será exibido o filme "Júlia - uma vida de sombras" de Erick Zonca com Aidan Gould, Jude Ciccolella, Kate del Castillo, Saul Rubinek e Tilda Swinton , no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.
Sinopse:
A escritora norte-americana Marilynne Robinson venceu o Prémio Orange de Ficção 2009, anualmente atribuído ao melhor romance em língua inglesa escrito por uma mulher, com o romance "Home", o terceiro que publicou em 28 anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a notícia da decisão unânime do júri, anunciada quarta-feira à noite, não causou surpresa, já que Marilynne Robinson, de 65 anos, é por muitos considerada uma das maiores romancistas vivas.
A presidente do júri, a profissional da rádio Fi Glover, afirmou que "Home", "uma abordagem maravilhosamente arquitectada das relações familiares e da redenção", foi "o claro vencedor" de entre as seis obras que integravam a "shortlist". [rtp.pt]
O site The Auteurs dá aos cinéfilos aquilo que não conseguem ver com qualidade em mais nenhum recanto da Internet, mais virada para o mainstream: filmes que rodam pelo circuito internacional, clássicos mais alternativos, “pérolas” estreadas apenas em festivais de cinema, documentários, filmes experimentais, cinema de autor... Tudo isto em vídeo de alta qualidade e com preços por streaming a rondar os 3,5 euros.
A quantidade de filmes disponíveis varia em função da região em que está cada utilizador, mas inclui, desde já, para Portugal, clássicos como “Caro Diário” (Nanni Moretti), “Mulholland Dr.” (David Lynch) e “Dogville” (Lars Von Trier), e ainda os portugueses “Body Rice” (Hugo Vieira da Silva), “O Fatalista” (João Botelho) e “Transe”, de Teresa Villaverde.
O site é um novo projecto nascido em Silicon Valley que fornece video-on-demand aos cinéfilos mais exigentes, conseguindo igualmente agradar aos puristas do som (com Dolby surround) e da imagem, ao enviar os ficheiros comprimidos para os PC’s (desde que equipados com Flash), a uma velocidade quase instantânea e em alta qualidade.
“A nossa empresa é a combinação entre ‘geeks’ de filmes e ‘totós’ do audiovisual”, descreveu Efe Cakarel, o fundador da empresa, citado pela “Wired”. “Mesmo que um dos filmes que nós disponibilizamos esteja acessível noutro site, não será a mesma coisa, por causa da mais-valia que os nossos técnicos dão à compressão dos ficheiros”.
O site oferece actualmente centenas de títulos, oriundos de cerca de 30 países, mas planeia expandir até aos milhares o número de filmes disponíveis até ao final do ano. Para aceder aos filmes, basta que o utilizador se registe no site e escolha qual o filme a ver. Depois de pagar, o filme fica disponível, estando limitado o número de vezes que um utilizador o pode ver. O ficheiro não poderá ser descarregado para o disco duro, como forma de evitar a pirataria.
Há duas semanas, o realizador norte-americano Martin Scorsese uniu os esforços da sua organização – a World Cinema Foundation, responsável por recuperar e restaurar filmes antigos – à tecnologia disponibilizada pelo The Auteurs, a fim de que possam, no futuro, pôr à disposição dos internautas cerca de 3000 filmes, todos eles com prémios e excelentes críticas na “bagagem”. Outros parceiros desta cinemateca online são o americano The Criterion Collection, a europeia Celluloid Dreams e a argentina Costa Films. [publico.pt]