José Antonio Muñoz Rojas, um dos poetas espanhóis da chamada "geração de 36", morreu ontem na sua cidade natal de Antequera, na província de Málaga, a poucos dias de celebrar o seu centésimo aniversário, a 9 de Outubro. Pela atenção que, em verso e prosa, sempre deu às coisas pequenas e simples da vida, ficou conhecido como "poeta do quotidiano", um rótulo que pode ser enganador, já que pouco aproxima Muñoz Rojas dessa poesia espanhola contemporânea muito centrada em vivências do quotidiano citadino, a que os espanhóis chamam "poesia da experiência".
Na sua longa vida, o poeta acompanhou as sucessivas correntes da poesia espanhola do século XX, que foram influenciando a sua própria evolução, mas sem comprometer uma voz que se manteve sempre fiel às suas raízes andaluzas. O seu percurso como poeta, iniciado em 1929 comVersos del Retorno, talvez possa ser aproximado do do português Eugénio de Andrade: pela fortíssima presença do mundo natural, pelo investimento na musicalidade e na perfeição formal, e até pelo modo como, em ambos, o tempo vai trazendo sombras e amarguras a uma lírica essencialmente solar.
Muñoz Rojas foi também um excelente prosador, e há mesmo quem defenda que as suas obras maiores são os livros dos anos 50 em que evoca a Antequera da sua infância, como Las Cosas del CampoouLas Musarañas.
Amigo de poetas como Leopoldo Panero, com quem fundou aNueva Revista, Miguel Hernández, Vicente Aleixandre ou Luís Cernuda, Muñoz Rojas estudou Direito, mas foi durante alguns anos leitor de Espanhol na Universidade de Cambridge, onde apresentou uma tese em Literatura Comparada. Regressado ao país em 1947, foi vivendo entre Madrid - onde se empregou no Banco Urquijo - e Antequera, onde ontem morreu.
Apesar da sua idade avançada, Muñoz Rojas surpreendera os meios literários espanhóis com um regresso em força nos anos 90, publicando, entre outros, os livros de memóriasLa Gran MusarañaeAmigos y Maestros, e ainda um novo livro de poemas,Los Objectos Perdidos- fecho da trilogia iniciada comArdiente Ginete(1934) eCantos a la Rosa(1955) -, que lhe valeu, em 1998, o Prémio Nacional de Poesia atribuído pelo Ministério da Cultura Espanhol. [publico.pt]
Epitáfio para um poeta
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Geoff Burrow, membro do trio britânico Portishead, confirmou à BBC que o grupo está a trabalhar num quarto álbum. O músico espera que o disco, sucessor de "Third", de 2008, esteja concluído no final do próximo ano.
Os longos períodos de espera por novo material dos Portishead estão perto de acabar. O primeiro álbum da banda, "Dummy", foi lançado em 1994 e só três anos depois era lançado um segundo registo discográfico, intitulado "Portishead". Passaram-se 11 anos para que pudéssemos assistir ao lançamento do terceiro disco da banda. Mas agora, mais de um ano volvido de "Third", os britânicos informam que um quarto álbum poderá sair já no próximo ano.
Quem o disse foi o responsável por uma das marcas essenciais da sonoridade dos Portishead - os samples, as batidas digitais -, o produtor e músico Geoff Burrow, confiante que "se tudo correr bem [o álbum] poderá ser lançado dentro de um ano". De acordo com a BBC, o trio já começou a trabalhar em novas canções.
Uma das questões para as quais Burrow ainda não tem resposta é como vai ser editado o novo registo. Actualmente, embora os Portishead não se encontrem vinculados a qualquer editora discográfica, rejeitam a possibilidade de se encarregarem, eles próprios, do lançamento do álbum, que Burrow apelida de "um completo pesadelo".
"[Estar sem uma editora discográfica] é um lugar óptimo para se estar, pela primeira vez. Estamos a contactar outras editoras e apenas a falar sobre o futuro e para onde é que o negócio está a ir".
Por outro lado, a revista musical "NME" informa que Burrow terá sugerido a possibilidade de o disco não ser editado nos formatos habituais. O produtor afirmou ainda que a banda tem "grandes planos" para um novo projecto "de outra perspectiva", sem adiantar mais pormenores.[ipsilon.publico.pt]
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O projecto do arquitecto português David Mares é um dos dez finalistas do concurso internacional de Design intitulado “Shelter Competition” (competição de abrigos, em português), promovido pelo Museu Guggenheim de Nova Iorque.
Aos concorrentes foi pedido um projecto em três dimensões de um abrigo. Ao todo entraram na competição 600 projectos oriundos de 68 países. Entre os dez finalistas escolhidos pelo público está o projecto português de Setúbal que recorre também a um material nacional: a cortiça.
David Mares encontra-se no terceiro lugar com o seu projecto para Vale dos Barris, que foi desenhado para ser ecológico, já que mantém uma temperatura amena perante grandes amplitudes térmicas. O isolamento acústico é mais um dos seus potenciais.
Além do prémio do público, este concurso do conceituado museu de arte moderna e contemporânea contempla também um prémio atribuído por um júri, que será divulgado na “Guggenheim Museum’s 50th Anniversary Celebration”, no dia 21 de Outubro.[publico.pt]
O poeta e ensaísta cabo-verdiano Mário Fonseca faleceu sábado no Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), apurou a PANA de fonte familiar.
Nascido a 12 de Novembro de 1939, na capital cabo-verdiana, Mário Alberto de Almeida Fonseca deixa uma vasta obra literária publicada em revistas, jornais, como o Boletim de Cabo Verde, a folha literária e "Seló" que fundou nos anos 60 com os poetas cabo-verdianos Arménio Vieira (Prémio Camões 2009) e Osvaldo Osório.
Entre as suas obras figura o livro de poesias "O Mar e as Rosas", que foi confiscado em Lisboa, em 1964, pela polícia política portuguesa, aquando do encerramento forçado da então Associação Portuguesa de Escritores.
Mário Fonseca publicou também várias obras em língua francesa, nomeadamente os livros de poesia "Près de la mer" e "Mon Pays est une Musique et Poissons".
Combatente pela causa da libertação de Cabo Verde do jugo colonial português, Mário Fonseca participou em actividades da Associação de Escritores Afro-Asiáticos (Beijing, 1966), no Simpósio Literário Internacional contra o Apartheid (Brazaville, 1987) e nos
Estados Gerais do Livro Francófono (Paris 1989).
Ao longo dos muitos anos em que foi obrigado a viver longe do seu país devido à sua oposição ao regime colonial, Mário Fonseca trabalhou como professor de francês no Senegal e tradutor na Mauritânia e Turquia.
De regresso a Cabo Verde, o escritor colaborou activamente em quase todos os jornais e revistas que circularam no arquipélago após a sua independência, em 1975.
Mário Fonseca, que exerceu vários cargos de responsabilidade em instituições ligadas à cultura, chegou também a ser indicado para desempenhar as funções de presidente do Instituto de Língua Portuguesa, cargo que não pôde desempenhar por motivos de saúde. [portalangop.co.ao]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 27 de Setembro, pelas 21h45, será exibido o filme "Histórias de Caçadeira" de Jeff Nichols com Michael Shannon, Douglas Ligon e Barlow Jacobs.
Sinopse:
Shotgun Stories segue um conflito que irrompe entre dois grupos de meio-irmãos a seguir à morte do pai. Com os campos de algodão e as estradas pequenas do Sudeste do Arkansas como pano de fundo, estes irmãos descobrem até onde estão dispostos a percorrer para proteger a sua família. [cinema.ptgate.pt]
Tate Modern vai dar à obra de Pedro Costa a visibilidade que o realizador português não teve nas salas de cinema britânicas, ao organizar uma retrospectiva completa dos seus filmes, em Londres, que começa sexta-feira.
"O mundo não tem lugares convenientes para o seu trabalho ser visto e compreendido", lamenta Stuart Comer, curador de cinema da Tate, em declarações à agência Lusa. A razão, explica, é que os seus filmes "ocupam um lugar estranho entre a arte e a indústria cinematográfica" que nem sempre é devidamente apreciado pelo público.
Ao organizar uma retrospectiva completa da sua obra com longas e curtas-metragens e mostrando alguns filmes considerados influentes no seu trabalho, Comer espera criar um contexto para os seus filmes serem vistos e compreendidos. A Tate Modern quer também aproveitar a atenção mediática que recebeu no Festival de Cannes o último filme, "Ne Change Rien" [e que terá estreia britânica durante o evento], e "Juventude em Marcha" no ano passado, que "criou uma percepção de que ele é um grande cineasta".
Além das longas-metragens "No Quarto de Vanda", "Juventude em Marcha", "O Sangue", "Casa de Lava" e "Ossos", serão mostradas as curtas "6 Bagatelas", "Tarrafal" e o documentário "Onde Jaz o teu sorriso?". Na segunda parte da retrospectiva, "Carta Branca", são mostrados filmes de outros realizadores que influenciaram ou cuja temática é relacionada com Pedro Costa. É o caso de "Itinéraire de Jean Bricard" e "Sicilia!", ambos de Jean-Marie Straub and Danièle Huillet, "A Luta", de DW Griffith, "O Poder das palavras, de Jean-Luc Godard, "Beauty #2", de Andy Warhol e, na última sessão, a 04 de Outubro, "O Porco", de Jean Eustache, e "Routine Pleasures", de Jean-Pierre Gorin.
O interesse da Tate Modern no trabalho de Pedro Costa, justificou Stuart Comer, é na forma como o cineasta aborda algumas temáticas que são alvo de debate actualmente, como a migração, a pobreza e a globalização. Os seus filmes são "políticos, mas não de forma preto no branco que só quer defender um ponto de vista".
Antes, Pedro Costa "desafia a pensar sobre o que significa alguém nas condições que muitos dos trabalhadores migrantes vivem, o que significa olhar essa imagem". "Os filmes do Pedro são muito influentes em jovens realizadores que conheço", comentou Comer, que conheceu o trabalho de Costa através de amigos que lhe falavam sempre de "um realizador português fantástico"
Um dos críticos de cinema do jornal Guardian considerou Pedro Costa como "o Samuel Becket do cinema" e aconselhou "Ossos", "um dos mais enigmáticos e assombrosos filmes do cinema moderno europeu".
"A retrospectiva de Pedro Costa não é para todos", admite Peter Bradshaw no seu blogue, consciente de que muitas pessoas se aborrecem com os longos planos e grandes silêncios. "Mas se quer ver arte provocadora no ecrã, então é obrigatória", vinca.
Para dar a opinião pessoal e responder a questões sobre o seu trabalho, Pedro Costa apresentará alguns dos filmes na Tate Modern e dará dia 29 de Setembro uma palestra na universidade Birkbek.[publico.pt]
O documentário "Praia de Monte Gordo", de Sofia Trincão e Óscar Clemente, foi distinguido no Festival de Cinema de Lampedusa, em Itália, que terminou no dia 18 de Setembro, informou o Instituto do Cinema e Audiovisual.
O documentário recebeu o prémio da secção "Culturas Locais, Culturas Materiais", no valor de quinhentos euros no Lampedusa In Festival, que decorreu entre 15 e 18 de Setembro.
O filme, de 2006, e com cerca de 30 minutos, narra a história do "Deus Me Proteja", última embarcação tradicional existente na praia de Monte Gordo, no Algarve, e da luta dos pescadores para o salvar da destruição.[visao.pt]
Estreia, hoje, o filme "Chéri" de Stephen Frears com Michelle Pfeiffer, Kathy Bates e Rupert Friend.
Sinopse:
Situado no luxuoso mundo de Paris, antes da I Guerra Mundial, conta a história de um caso amoroso entre uma bela cortesã, Léa (Michelle Pfeiffer), e Chéri (Rupert Friend), o filho da sua colega e rival, Madame Peloux (Kathy Bates). Léa ensina ao mimado e inexperiente rapaz os caminhos do amor, mas ao fim de seis anos Madame Peloux resolve combinar secretamente o casamento entre o seu filho e Edmée (Felicity Jones), filha de outra rica cortesã. A separação entre Léa e Chéri parece inevitável... Eles nunca pensaram quão profundas eram as raízes da sua vida de conforto e prazer e começam a perceber, talvez demasiado tarde, o quanto significam um para o outro. [cinema.ptgate.pt]
"A-Z Entre Imagens e Palavras", uma exposição surpreendente da artista plástica Joana Rêgo, a não perder até 18 de Outubro, na Galeria Municipal de Matosinhos.
Onomatopeia
Menino franzino,
Quase pequenino,
Pequenino, triste,
Neste mundo só...,
Menino, desiste
De que tenham dó!
Desiste, menino,
Que o mundo é cretino...
Deixa o teu violino,
Toca o sol-e-dó.
Cada teu suspiro
Cai ao chão no pó...
Canta o tiro-liro
Tiro-liro-ló.
Deixa o teu violino,
Que não te é destino.
Desiste, menino,
De que tenham dó!
Menino franzino,
Triste e pequenino,
Pequenino, triste,
Neste mundo só...,
Menino, desiste!
Toca o sol-e-dó.
Canta o tiro-liro, repipiro-piro,
Canta o repipiro, tiro-liro-ló
José Régio, A chaga do lado
Escreveu Gomorra aos 26 anos e desde então vive guardado por cinco polícias e é transportado em carros blindados. Roberto Saviano, jornalista e escritor italiano perseguido pela máfia, lembra que Portugal não está imune ao crime organizado com origem em Itália.Roberto Saviano, jornalista e escritor italiano perseguido pela máfia depois de ter escrito, aos 26 anos, o best-seller Gomorra, considera que Portugal não está imune ao crime organizado com origem em Itália e tem de estar atento ao narcotráfico e outros negócios ilegais, numa altura em que aumentou a vigilância nos portos de Espanha.
"É preciso ter cuidado porque o problema está a tornar-se grave. Hoje, o perigo está no facto de as costas espanholas andarem mais vigiadas, o que leva os traficantes a entrar por Portugal. A sociedade portuguesa não sente este problema como seu, mas eles também passam por cá", disse, lembrando que "investigações italianas localizaram aqui muitos investimentos mafiosos feitos com dinheiro branqueado".
Saviano, que denunciou no seu livro os negócios da máfia italiana e foi depois disso ameaçado de morte por diversas vezes, esteve ontem em Santa Maria da Feira a abordar o tema Máfias e Mercado Global. E fê-lo sem qualquer restrição, num discurso frontal, com Portugal a entrar naturalmente na sua intervenção.
"Não sou especialista no crime português, mas há uma certa facilidade de trânsito em certos portos portugueses", vincou o escritor napolitano, nascido em 1979. "Toda a droga que passa em Portugal e Espanha foi, muito possivelmente, comprada por cartéis de droga italianos. Aqui [em Portugal] não matam, não há sangue, e então os governos ficam muito distraídos em relação a estas questões." A lei fica também à margem, uma vez que não há uma jurisprudência contra a máfia. "Há crimes parecidos, mas não existe o crime de pertencer a uma associação mafiosa."
Saviano recuou no tempo, até aos anos 80, para lembrar o assassinato de um dos mais importantes chefes da máfia italiana de então, numa cabine telefónica em Cascais. "Portugal foi um parceiro geográfico desse clã, escondiam-se aqui, branqueavam dinheiro, mas a vizinha Espanha tornou toda a Península Ibérica numa espécie de paraíso para os investimentos."
Sem sair do mesmo território, o escritor considera que os dois países escapam a determinados negócios. Mas convém manter os olhos bem abertos. "Portugal gosta muito da sua relação com as ex-colónias, mas alguém fala do que se está a passar? O golpe na Guiné foi apoiado pelos traficantes. África está a ser colonizada pelos traficantes. Por que é que tudo isto não se tornou num problema diário para a comunidade europeia?"
Indiferença europeia
Dois mercados, dois negócios: o petróleo e a cocaína. "Ignorar isto significa que não se percebe o que está a acontecer", garante Saviano, que lamenta a ausência de estruturas criadas à escala europeia para analisar as redes do crime organizado.
O escritor considera que Gomorra mostra que a Itália quer ser diferente. "Falar das contradições do nosso país significa resistir. Ter escrito um livro significa dar poder à palavra e a palavra mete medo às organizações criminosas, aos políticos, ao poder."
"Como é que um homem assim pode meter medo a uma organização tão poderosa?" A pergunta é de Saviano e surgiu logo no início da sua exposição de ontem, quase como antecipação do que a plateia, num auditório de 200 lugares quase cheio, estaria a pensar. A resposta é imediata.
"A máfia não tem medo de mim, tem medo dos meus leitores, que são cerca de três milhões só em Itália." Gomorra tornou-se um best-seller. "As vendas do livro, que apareceu na televisão, teve atenção das capas dos jornais, amarrou a atenção das pessoas, tudo isto provocou este incómodo." Saviano passou a viver num limbo. "Estás vivo, mas tens uma aura de morte à tua volta."
Christian Poveda, jornalista e autor de um documentário sobre a máfia de El Salvador, assassinado no início deste mês, entrou também no discurso de Saviano. "Quem fala dos poderes é destruído: ou é denegrido ou é morto."
A história do padre da sua terra também foi recordada. "Fez algo único e raro: disse que não se pode ser padre sem denunciar organizações criminosas." Foi assassinado. "Por uma questão de honra e vingança falei dele no meu livro." [publico.pt]
Prosador, poeta e dramaturgo português, Miguel Barbosa foi distinguido pela União Brasileira de Escritores com a Medalha Jorge Amado, informou hoje a editora Nova Vega, que lança em Outubro um novo livro do autor.
O Pelouro da Cultura e a Biblioteca Municipal, no âmbito da sua programação nas artes plásticas, apresenta a exposição no jardim das delícias… de Eduarda Coimbra e Telmo Mota.
Esta exposição vai ser inaugurada no dia 18 de Setembro às 21h30 e estará patente até 1 de Novembro de 2009.
Pode ser visitada de segunda a sábado, das 12h00 às 23h00 e domingo das 15h00 às 23h00.
Estreia, hoje, o novo filme de Joaquim Leitão "A esperança está onde menos se espera" com Ana Padrão, Virgílio Castelo e Diana Figueiredo.
Sinopse:
Lourenço é filho de Francisco Figueiredo, um treinador de futebol que começa a construir uma carreira de sucesso. Tudo corre bem aos Figueiredos: a equipa de Francisco vai à final da Taça de Portugal e Lourenço vai receber o prémio de melhor aluno de um dos melhores e mais caros Colégios da zona de Cascais. Mas tudo começa a correr mal. Francisco é despedido e Lourenço tem de deixar o Colégio e passar a frequentar uma escola secundária oficial cujos alunos são predominantemente da Cova da Moura... Lourenço, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e dura realidade, vai também ajudar o pai a recuperar a dignidade perdida. E a esperança está onde menos se espera... [cinema.ptgate.pt]
Roberto Saviano, jornalista infiltrado no império económico da máfia napolitana, autor do livro “Gomorra”, vai estar no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira no próximo sábado, dia 19 de Setembro, às 15h00, para falar de “Máfias e mercado global”. A par do jornalista e escritor italiano, que vive desde há alguns anos sob protecção policial permanente, vai estar Mário Mendes, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, que desempenha um papel institucional de primeiro plano na luta contra o crime organizado. O encontro é moderado pelo jornalista e comentador Carlos Magno.
Desde a primeira edição, realizada no ano 2000, que o Simpósio de Santa Maria da Feira debate temas ligados à actualidade internacional. Nesta oitava edição, será abordada a problemática da proliferação de fenómenos criminais de tipo mafioso e o papel dos processos de globalização no favorecimento e expansão de tais fenómenos. Do tráfico de drogas às “novas máfias” e ao “crime transnacional”, passando pela crise da legalidade internacional, com a comparação entre guerras e terrorismos, no mundo contemporâneo cruzam-se problemas que, frequentemente, são encarados como estereótipos enganosos ou com paradigmas parciais e inadequados.
Para que possa participar neste simpósio, deverá proceder à sua inscrição de acordo com as indicações dadas na ficha que se anexa.
Por questões de segurança, e dado que haverá controlo de acesso, os participantes do Simpósio terão de apresentar o Bilhete de Identidade/Cartão de Cidadão e deverão comparecer na Biblioteca até às 14h00, para que se proceda à respectiva identificação.
José Régio, Filho do Homem
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O actor Patrick Swayze, famoso por participações em filmes como "Dirty Dancing" e "Ghost" morreu vítima de cancro.
Patrick Swayze tinha 57 anos e mesmo depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro, em Março de 2008, não perdeu a vontade de trabalhar.
Ao mesmo tempo que se sujeitava aos tratamentos do cancro, Patrick Swayze gravou a série televisiva "The Beast", o seu último papel na televisão onde interpretou durante 11 episódios o papel do agente do FBI Charles Barker.
"Estou a passar um inferno. Estou assustado, cansado e pergunto-me porquê a mim?”disse o actor o actor na sua primeira entrevista à televisão depois de conhecer o seu estado de saúde.
No mesmo programa, da jornalista Barbara Walters, da ABC, Patrick Swayze reconheceu que as suas expectativas de vida poderiam não ir além de dois anos, tempo que chegaria a não cumprir já que pereceu ano e meio depois de conhecer a doença.
Nascido a 18 de Agosto de 1952 em Houston, no Texas, Patrick Swayze estreou-se no cinema com o filme "Shatetown" em 1979 e na televisão com a série "North and South" em 1985. [sic.pt]
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O prémio internacional Ostra distinguiu a estrutura "inovadora, criativa e notável" que Mota Freitas criou para Fátima. Em Portugal, o Prémio Secil já o tinha feito em 2007.
Quando Alexandros Tombazis ganhou o concurso para a construção da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, percebeu cedo que iria precisar de quem o representasse em Portugal e acompanhasse a obra. O arquitecto grego escolheu a dupla Joana Delgado e Paula Santos. Por acaso, esta última arquitecta havia trabalhado no Pavilhão do Futuro, construído para a Expo-98, com José da Mota Freitas, engenheiro que se especializou em construções metálicas. E, por acaso, o engenheiro Mota Freitas já era bem conhecido pela reitoria do santuário, dado que, à excepção da Basílica, projectou todas as estruturas que lá foram construídas nas ultimas décadas. Também por acaso, a característica mais marcante do projecto de arquitectura de Tombazis, que são as duas grandes vigas que atravessam, e sustentam, o gigantesco corpo principal da igreja, estava prevista para ser em construção metálica, a especialidade de Mota Freitas. A opção de betão branco que lá se vê surgiu depois, e os acasos param aqui.
Não houve acaso na decisão tomada pela International Association for Bridge and Structural Engineering (IABSE) de atribuir à equipa liderada por Mota Freitas o mais importante prémio internacional na engenharia de estruturas. Depois de Segadães Tavares ter conseguido, em 2004, o mesmo feito com prolongamento da pista do Aeroporto do Funchal, na Madeira, foi a engenharia portuguesa quem concebeu a estrutura mais "inovadora, criativa e notável". Esta é a definição do prémio Ostra-Outstanding Structure, entregue na semana passada em Banguecoque, na Tailândia, à equipa de Mota Freitas.
Este ano, o júri rendeu-se às características daquela estrutura, que permite albergar mais de nove mil pessoas sentadas, num espaço delimitado por uma parede cilíndrica de betão armado e que é atravessado, na zona central, por duas vigas que suportam a estrutura - concebidas de tal forma que o projectista garante a inexistência de fissuras, já que têm capacidade de se expandir e de se retrair, consoante a temperatura. As doze portas de entrada e a cobertura em shed do edifício, que dá conforto, iluminação natural e equilíbrio acústico aos visitantes, são apenas algumas das características mais marcantes - e que foram devidamente assinaladas, em termos domésticos, com o prémio Secil Engenharia Civil, em 2007.
O prémio Ostra foi recebido com assombro. "Não estávamos a contar com esta distinção, nem tínhamos concorrido ao prémio de raiz", disse o engenheiro galardoado, durante uma longa conversa que teve com o P2. Mota Freitas está sempre a sublinhar que o prémio não é dele, mas das mais de 20 pessoas que com ele colaboraram neste projecto. "Candidatámo-nos porque o arquitecto Alexandros Tombazis decidiu apresentar uma candidatura, e depois vieram pedir-nos que a fundamentássemos. No Secil sabíamos que estávamos bem posicionados - em Portugal há excelentes engenheiros, mas o nosso projecto tinha muita força. Em relação ao IABSE foi uma surpresa, porque tem muitos concorrentes a nível internacional, quatro mil representantes de mais de cem países."
Não se pense que há nas palavras de Mota Freitas modéstia. Há, isso sim, uma grande convicção de que em Portugal há grandes engenheiros - "ajudei a formar muitos" - e pouco quem os reconheça. O professor critica o facto de a engenharia não ter o reconhecimento público, apesar de existir "no dia-a-dia", em praticamente tudo. "As pessoas estão tão habituadas a tê-la, que a dão por adquirida. Não pensam que para o telemóvel novo fazer isto e aquilo, estiveram vários cérebros, anos e anos, a aperfeiçoar, a fazer e a acontecer."
Mota Freitas licenciou-se na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e foi nessa casa que deu aulas até ao ano passado. Não foram os 71 anos que completou em Abril que mais lhe pesaram na decisão de não ir à capital da Tailândia receber o prémio. Está há vinte anos numa cadeira de rodas: "Nas cerimónias públicas sou o único, para além do bispo, a poder estar sentado." Ficou paraplégico após uma operação à coluna.
Ser atirado para uma cadeira de rodas abalou-o - ele, que já havia sido atleta federado, trabalhador-estudante, orfeonista, e para quem as 24 horas do dia foram sempre demasiado curtas. Mas a morte de dois filhos e a doença com que se debate a mulher abalaram-no ainda mais. Não gosta de falar disso, mas sublinha que essas más notícias vieram sempre a seguir às boas... "Quando soube do prémio IABSE até fiquei com medo..." Teve ainda um outro desgosto. O de ter sido constituído arguido pelo procurador Pinto Hespanhol no julgamento da queda da Ponte de Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios. "Não tenho ainda a serenidade suficiente para me referir a isso. Mas pretendo esclarecer este assunto quando tiver mais paz de espírito."
Como consegue manter o bom humor, que tantas vezes transpareceu na conversa com o P2, mesmo quando ela era também atravessada por desabafos dolorosos? Primeiro, diz Mota Freitas, porque dar aulas é uma representação. E Mota Freitas tem mais de 40 anos de docência, tantos quantos os de experiência em projectos de engenharia. "Para se ser bom professor, é preciso ser-se um artista. Não basta saber a matéria, é preciso saber dominar a audiência, dizer uma graçola, estar atento a cansaços." Depois, admite que acima da representação que aprendeu no palco da academia, está a fé de um homem religioso, que lhe permite sempre acreditar que não ficará sozinho. "Sou devoto de Nossa Senhora [de Fátima], por isso, este prémio tem um sabor ainda mais especial", admite.
Mota Freitas está longe de pensar que este prémio Ostra é como que um culminar de uma carreira recheada de projectos. Tem pelo menos mais um mente: fazer uma ponte pedonal suspensa na Ponte D. Maria, no Porto. [público.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 13 de Setembro, pelas 21h45, será exibido o filme "Ou morro ou fico melhor" de Laurence Ferreira Barbosa com Florence Thomassin, François Civil, Marine Barbosa.
Sinopse:
Quando o pai abandona a família, Martial, um rebelde de 16 anos, tem de se mudar com a mãe para um apartamento mais pequeno. A separação dos pais e a adaptação a um novo local exacerbam o isolamento do adolescente e o seu ódio ao mundo. Na escola, Martial lida dificilmente com a ideia de fazer novos amigos e aproxima-se de um par de gémeas, Colette e Ernestine. Os três embarcam em aventuras que rapidamente se transformam num desvio perturbante... [cinema.ptgate.pt]
José Régio, Filho do Homem
A Google fez as primeiras concessões aos autores e editores europeus relativamente aos direitos de autor, na tentativa de amolecer a oposição de vários países da União Europeia relativamente ao seu projecto para digitalizar e colocar em linha os milhões de livros publicados mas que já não estão disponíveis para venda nas livrarias.
Realizou-se a primeira sessão da audição que a Comissão Europeia está a fazer sobre este projecto da empresa que está por detrás do motor de busca mais usado da Web, que tem a oposição jurada da Itália e da Alemanha, por exemplo.
A oferta da Google, destinada a acalmar os receios de que crie um monopólio de direitos de autor, é que os livros publicados e ainda comercializados na Europa não poderão ser vendidos em formato electrónico pela Google nos Estados Unidos – a não ser que exista uma autorização expressa dos detentores dos direitos de autor, adianta a agência AFP.
Esta oferta foi feita numa carta enviada este fim-de-semana pela Google a várias organizações nacionais de editores europeus, que fizeram soar os sinais de alerta face ao acordo conseguido pela empresa da Califórnia com os editores e autores norte-americanos.
O acordo assinado pela Google em Outubro previa que a empresa pudesse vender, sem ter de solicitar autorização, livros europeus que não estivessem disponíveis no mercado norte-americano.
Ora este compromisso levantou uma onda de receios na Europa. A Associação de Editores Italianos estimava, na sexta-feira, que este preceito “viola vários pontos da Convenção de Berna sobre os Direitos de Autor", que afirma a necessidade de um acordo prévio para toda a utilização das obras.
Agora, a Google oferece a garantia de que “os livros que estiveram estiverem disponíveis para venda na Europa serão considerados como comercialmente disponíveis [nos Estados Unidos]”, adianta a AFP, que teve acesso ao documento, discutido ontem em Bruxelas. “Estes livros só poderão ser propostos aos utilizadores americanos do Google com autorização expressa dos detentores dos direitos de autor”, estipula o comunicado da Google.
Mais, a empresa convida dois representantes europeus – um ligado aos editores e outro aos autores – para a direcção do serviço de registos de direitos de autor que o acordo assinado com editores e autores norte-americanos já previa, para fazer a gestão dos direitos de autor (a Google deverá receber 37 por cento dos lucros ligados à comercialização de obras digitalizadas, e os editores e autores 63 por cento). [publico.pt]
A projecção de «Francesca» na 66ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza foi suspensa, depois de a longa-metragem, que aborda o racismo italiano contra os romenos, ter causado a indignação no seio político do país. O Circuito Municipal de Veneza revelou que recebeu «uma acção legal contra a distribuição» da obra.
Embora tenha sido bastante aplaudido pelos jornalistas no segundo dia do evento, o filme, de Bobby Paunescu, tendo sido criticado pelo presidente da Câmara de Verona, Flavio Tosi, e a neta de Mussolini, Alessandra, agora deputada, que são referidos na trama.
«Presidente da Câmara de Verona de merda» e «Mussolini é uma puta, que quer matar todos os romenos» foram algumas das expressões que provocaram a ira dos políticos, que adiantaram que iriam processar a produção. Entretanto, Alessandra teria pedido a paralisação da distribuição de «Francesca» ou a eliminação das frases que a insultam.
Por sua vez, Tosi considera que a decisão do município de cancelar as projecções soa a «indiferente», portanto pretende manter o processo contra o cineasta. «Uma produtora ou distribuidora que se respeite deverá consultar um advogado antes de exibir um filme com aqueles conteúdos insolentes», acusou, acrescentando que talvez apenas por isso a produção tenha sido notada «entre as tantas que estão a concurso em Veneza».
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 6 de Setembro, pelas 21h45, será exibido o filme "Os três macacos" de Nuri Bilge Ceylan com Yavuz Bingol, Hatice Aslan e Rifat Sungar, no auditório da biblioteca municipal.
Sinopse:
Uma família desmembrada por força de pequenos segredos que se tornam em enormes mentiras tenta desesperadamente permanecer unida e recusa-se a aceitar a Verdade. Para evitar fazer face a pesadas provas e responsabilidades, eles escolhem ignorar a Verdade, e recusam ver, ouvir ou falar sobre ela, como na fábula dos Três Macacos. Mas evitará este jogo o confronto com a Verdade? [cinema.ptgate.pt]
Estreiam, hoje, os filmes "Assalto ao metro 1 2 3" de Tony Scott com John Travolta, Denzel Washington, John Turturro e James Gandolfini e "O Novo Namorado da Minha Mãe" de George Gallo com Antonio Banderas, Meg Ryan e Colin Hanks.
"Assalto ao metro 1 2 3"
Sinopse:
Walter Garber (Denzel Washington) é um funcionário do metro de Nova Iorque, que vê a sua rotina diária transformada em caos por um crime invulgar: o sequestro do metro. Ryder (John Travolta) é o líder do gang fortemente armado que ameaça executar os passageiros a não ser que uma grande quantia monetária seja paga numa hora... [cinema.ptgate.pt]
"O Novo Namorado da Minha Mãe"
Sinopse:
Depois de o pai de Henry (Colin Hanks) - um agente do FBI - ter morrido na prisão, a sua mãe, Martha, tornou-se sedentária e infeliz. Mas agora que regressa a casa para se juntar à polícia local, descobre que a mãe está esbelta e perdeu peso... e que o novo namorado, Tommy (Antonio Banderas), é suspeito de ser o líder de um grupo de roubo de arte... [cinema.ptgate.pt]
José Régio (17 de Setembro de 1901 - 22 de Dezembro de 1969)
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces,