"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]
Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2010
"Capitalismo - uma história de amor" no auditório da biblioteca

No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 31 de Janeiro, pelas 21h30, será exibido o documentário "Capitalismo - uma história de amor" de Michael Moore, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

 

 



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Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2010
"Invictus" e "A Bela e o Paparazzo"

Estreiam, hoje, os filmes: "Invictus" de Clint Eastwood com Matt Damon, Morgan Freeman e Scott Eastwood; "A Bela e o Paparazzo" de António Pedro Vasconcelos com Soraia Chaves, Marco D'Almeida, Pedro Laginha e Nicolau Breyner.

 

"Invictus"

  

 

Sinopse:

África do Sul, 1994. Nelson Mandela sai Presidente das primeiras eleições inter-raciais e inicia a árdua missão de sarar as feridas de 42 anos de "apartheid": as suas e as de todo um país.
Com a ajuda de François Pienaar (Matt Damon), capitão da Selecção sul-africana de râguebi, Mandela (Morgan Freeman) inspira um país inteiro, ainda consumido pela divisão entre negros e afrikaners (descendentes dos colonos europeus). Confiante que poderia pôr todos a olhar na mesma direcção, Mandela usa a equipa dos Springboks como símbolo da união nacional, levando-a até à final do Campeonato do Mundo de Râguebi de 1995. É então que, contra todas as probabilidades, África do Sul vence a partida contra a fortíssima formação da Nova Zelândia e torna-se campeã do mundo.
Uma história verídica, realizada por Clint Eastwood, que mostra como a inspiração para algo grandioso pode ser encontrada nas pequenas conquistas de um povo. [cinecartaz.publico.pt]

 

"A Bela e o Paparazzo"

 

 

Sinopse:

Mariana (Soraia Chaves) é uma actriz de TV a passar por uma fase particularmente complicada: a novela onde participa está a perder audiência, as filmagens não correm como o esperado e a sua vida privada parece saída de um romance de cordel. Apesar disso, e por culpa dos paparazzi, que a perseguem dia e noite, continua sob os holofotes da imprensa cor-de-rosa e a aparecer continuamente nas capas das revistas do coração. João (Marco D'Almeida) é um paparazzo que vive escondido atrás de uma câmara e que faz da devassa da vida das estrelas o seu ganha-pão. Até que o inesperado acontece: Mariana e João conhecem-se e apaixonam-se.
A partir daí, ele vai provar do seu próprio veneno, pois é o romance de ambos a ser tema de capa de todas as publicações. Agora, o grande problema de João será fazer com que Mariana não descubra a sua verdadeira identidade e, como isso não fosse suficiente, resolver as constantes complicações dos seus dois extravagantes amigos (Nuno Markl e Pedro Laginha).
Uma comédia romântica de António-Pedro Vasconcelos, que tenta rever os valores da imprensa dita cor-de-rosa, as suas verdades e mentiras, e a forma como interfere com a vida de uma celebridade.[cinecartaz.publico.pt]
 



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Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010
Britânico Christopher Reid recebe Prémio Costa

O poeta britânico Christopher Reid foi hoje distinguido com o Prémio Costa de literatura, pela colectânea de poemas "A Scattering", obra que homenageia a sua mulher, a actriz Lucinda Gane, que morreu em 2005.

Os poemas de "A Scattering" (traduzível por "A Dispersão"), escritos durante a fase final da doença da mulher e nos meses subsequentes à sua morte, foram descritos pelos membros do júri como "intensamente emocionantes, absorventes e sinceros".

Reid, de 60 anos, que recebeu o prémio - no valor pecuniário de 30 mil libras (34.500 euros) - em Londres, era um dos cinco finalistas do galardão, que distingue autores radicados no Reino Unido e na Irlanda e que é o único galardão literário que não estabelece distinções entre a literatura infantil e a adulta.[rtp.pt]


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Na mesa dos poetas

 Que música escutas tão atentamente

 
Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
 

Eugénio de Andrade

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010
"Alice no País das Maravilhas"

 

 

O muito aguardado filme estreia a 4 de Março nas salas portuguesas e, enquanto não chega, vamo-nos saciando com detalhes.

Vimos o trailer e já nos entusiasmámos com a perversidade "camp" do Chapeleiro Louco de Johnny Depp, com a Rainha de Copas de Helena Bonham-Carter e com aquilo que, às mãos de Tim Burton, parece vir a ser uma nunca antes tão perturbadora "Alice no País das Maravilhas".
O muito aguardado filme estreia a 4 de Março nas salas portuguesas e, enquanto não chega, vamo-nos saciando com detalhes. Como a banda sonora, que o histórico colaborador de Burton, Danny Elfman, partilha com um caldeirão de bandas agora revelado - e no mínimo surpreendente.
Domina aquela espécie de punk para adolescente trautear, como o dos All-American Rejects ("The poison"), o da colaboração entre Mark "Blink 182" Hoppus e Pete "Fall Out Boy" Wentz ("In transit") ou o dos Plain White T's ("Welcome to mistery"). Também há pitadas de gótico adulto na cabeleira de Robert Smith ("Very good advice"), um traço de eyeliner preto via Avril Lavigne ("Alice (Underground)") e um grupo de personagens que, fossem contemporâneas de Lewis Carroll, poderiam ter integrado a galeria de figuras bizarras com que o autor inglês povoou o País das Maravilhas: sim, os Tokyo Hotel também marcam presença, acompanhados por Kerli, com "Strange".
Fugindo ao padrão, temos os Franz Ferdinand ou os Wolfmother. Isto, claro, sem esquecer aquele clássico impossível de ignorar: "White rabbit", dos Jefferson Airplane, foi regravado por Grace Potter And The Nocturnals.[ipsilon.publico.pt]


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Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2010
Jean Simmons: 1929 - 2010

 

 

Irrompeu no cinema como Ofélia, em Hamlet, ao lado de Laurence Olivier, foi estrela nas décadas de 1950 e 1960. A actriz Jean Simmons, intérprete em mais de 50 filmes e três dezenas de séries televisivas, nomeada para dois Óscares e vencedora de um Emmy, morreu sexta-feira de cancro do pulmão na sua casa em Santa Monica, na Califórnia, EUA, a uma semana de completar 81 anos.

"A minha carreira foi uma série de surpresas. Não estudei arte dramática e aprendi ao mesmo tempo que fazia. Nunca deixei de aprender", disse em 1993 à agência AFP, que ontem a recordava como actriz de uma beleza clássica. Esse traço levou-a a ser escolhida para papéis de várias heroínas da Antiguidade. David Lean, Otto Preminger, Joseph L. Mankiewicz e Stanley Kubrick foram realizadores que dirigiram Simmons.
Nascida a 31 de Janeiro de 1929, em Londres, começou aos 15 anos, no filme Give Us the Moon, de 1944, uma carreira que se prolongaria por seis décadas. O papel de Estella, na adaptação feita por David Lean, em 1946, da obra Great Expectations, de Charles Dickens, chamou a atenção para as suas qualidades e teve impacto na jovem dançarina e actriz. Até então, representar fora essencialmente divertimento. "Foi aí que pensei: "Sim, acho que é isto"", recordaria numa entrevista em 1990.
Com Ofélia, no Hamlet dirigido e interpretado por Olivier em 1948, que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária e um prémio de interpretação no Festival de Veneza, Jean estava lançada.
Em 1950, ano em que se casou com o actor Stewart Granger, trocou os estúdios britânicos por Hollywood, onde se tornou estrela da 20th Century Fox e passeou a sua versatilidade por filmes de época, romances, musicais e dramas. Em 1956 tornou-se cidadã norte-americana.
Destacou-se em filmes como The Actress, de George Cukor (1953); Guys and Dolls, de Mankiewicz, com Marlon Brando e Frank Sinatra (1955); ou Spartacus, de Stanley Kubrick, com Kirk Douglas (1960). O seu desempenho como alcoólica em The Happy Ending, de 1969, dirigido por Richard Brooks, o segundo marido, de que se divorciaria em 1977, valeu-lhe uma nomeação para o Óscar de melhor actriz. O galardão voltou a fugir-lhe.
A partir dos anos 1970 as suas presenças no cinema tornaram-se raras. "Todas as actrizes têm de enfrentar o facto de que há raparigas mais jovens e mais bonitas mesmo atrás de si", diria em 1988 ao Toronto Star, em declarações agora recuperadas pelo Los Angeles Times. Por essa altura, a sua presença já era mais frequente na televisão. Pelo seu papel na mini-série The Thorn Birds, adaptação de um romance de Colleen McCullough, Jean ganhou em 1983 um Emmy. Em 1995 ainda voltou ao cinema, em How to make an American Quilt, com Winona Ryder e Anne Bancroft. "A minha carreira teve muitos altos e baixos, mas basicamente foi maravilhosa", disse em 1989 ao Los Angeles Times. [publico.pt]

 



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Sábado, 23 de Janeiro de 2010
“Welcome” no auditório da biblioteca

 

No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 24 de Janeiro, pelas 21h30, será exibido o filme "Welcome" de Philippe Lioret com Vincent Lindon, Firat Ayverdi e Audrey Dana, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

 

Sinopse:
Bilal, 17 anos, deixou o Iraque depois de a sua namorada ter emigrado para o Reino Unido. Vive uma viagem aventureira pela Europa só para a voltar a ver. Mas no Norte de França a caminhada chegou abruptamente ao fim. Bilal e Mina estão separados pelo Canal da Mancha - o mais movimentado do mundo. Terá Bilial a coragem para o atravessar? É então que começam os treinos na piscina local. Lá conhece Simon, o nadador-salvador, que lhe ensina o nado crawl depois de o jovem lhe confidenciar o seu plano. [cinema.ptgate.pt]
 


publicado por bibliotecadafeira às 11:11
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Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010
Cineasta Pedro Costa e escritor Almeida Faria vencem Prémio Universidade de Coimbra

 

Depois de premiar um historiador, um matemático, uma especialista em estudos clássicos, um neurocientista, entre outros, o Prémio Universidade de Coimbra foi este ano atribuído "ex-aequo" a um realizador de cinema e a um escritor: o cineasta Pedro Costa e o romancista e dramaturgo Almeida Faria foram os escolhidos pelo júri, que lembrou tratarem-se de dois homens "mais conhecidos e valorizados no estrangeiro do que em Portugal”.
Numa sociedade que é "ingrata com os seus artistas", disse o reitor da Universidade de Coimbra e presidente do júri, Seabra Santos, o prémio procurou este ano "chamar a atenção para aquilo que de muito bom o país faz na área da literatura e do cinema". Por isso, a escolha recaiu sobre Pedro Costa e Almeida Faria: "São de gerações diferentes, têm formas de arte diferentes mas têm os dois uma imensa qualidade e contribuem para o prestígio do nosso país e para a valorização da nossa língua e da nossa cultura", justificou Seabra Santos.
Pedro Costa nasceu em Lisboa em 1959 e recebe o prémio poucos meses depois de ter estreado o novo filme “Ne Change Rien”, que foi apresentado na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes de 2009. Entre as suas obras destacam-se os filmes “O Sangue” (1989), “Ossos” (1997), “No Quarto da Vanda” (2000) e "Juventude em Marcha" (2006). "Em Portugal há dois grandes cineastas: um que é reconhecido, Manoel de Oliveira, e outro que não o é ainda, Pedro Costa, embora já conte com muitos admiradores no estrangeiro, como provam os prémios que já recebeu no estrangeiro", defendeu Seabra Santos, na cerimónia em que foram conhecidos os galardoados.
O outro vencedor, Almeida Faria, tem 66 anos e uma dezena de obras publicadas nos géneros do romance, ensaio, conto e teatro. Já venceu vários prémios literários portugueses e, de acordo com o júri, destacou-se como um "dos primeiros cultores na ficção nacional da estética do 'novo romance'" e como um "verdadeiro pensador do mundo português e da sua época".
Em sete edições, esta foi a segunda vez que, por dificuldades em escolher apenas uma, o prémio foi atribuído em ex-aequo a duas personalidades. A primeira aconteceu em 2005 com a distinção do historiador António Hespanha e do actor e encenador Luís Miguel Cintra.
Os dois vencedores deste ano vão repartir um prémio de 25 mil euros, que será atribuído no dia 1 de Março, dia em que a Universidade de Coimbra completa 720 anos. Este ano fazia parte do júri Guilherme de Oliveira Martins (Presidente do Centro Nacional de Cultura), Miguel Valverde (director do Festival de Cinema Indie-Lisboa), Fernando Rollo (docente da Universidade Nova de Lisboa), entre outros.[publico.pt]
 
Títulos disponíveis, de Almeida Faria, na biblioteca municipal.
Títulos disponíveis, de Pedro Costa, na biblioteca municipal.
 

 



publicado por bibliotecadafeira às 15:51
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Jacques Martin: 1921 – 2010

 

O autor de banda desenhada francês Jacques Martin, que criou a personagem Alix, morreu aos 88 anos, anunciou a editora Casterman.
Jacques Martin, que nasceu em Estrasburgo e estudou na Bélgica, era considerado um dos últimos elementos da escola clássica de banda desenhada franco-belga, a mesma de Hergé e Edgar P. Jacobs.
Para a editora Casterman, a morte de Jacques Martin representa «o desaparecimento do último gigante da banda desenhada belga».
Uma das suas mais populares criações, surgida em finais dos anos 1940 na revista Tintin, foi Alix, um jovem e corajoso gaulês protegido de Júlio César.
Jacques Martin trabalhou durante duas décadas com Hergé, o pai do Tintim, e criou ainda, entre outras, as personagens Lefranc e Jhen.
Por causa de problemas de visão, nos últimos anos Jacques Martin contou com a ajuda de vários colaboradores que concretizaram as suas histórias.
Em Portugal, a série Alix foi publicada durante os anos 1980 pelas Edições 70 e posteriormente pela Asa, com álbuns como "Alix - o imperador da China", "Alix - o filho de Espártaco", "Alix - O príncipe do Nilo".
Em poucas semanas, a banda desenhada franco-belga perde assim dois nomes importantes.
No começo de Janeiro morreu o desenhador franco-belga Tibet, criador das personagens de banda desenhada Ric Hochet e Chick Bill. [diariodigital.pt]
 
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
 


publicado por bibliotecadafeira às 15:47
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Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2010
"Nas Nuvens" e "Não há crimes perfeitos"

Estreiam, hoje, os filmes: "Nas Nuvens" de Jason Reitman com George Clooney, Vera Farmiga e Anna Kendrick; "Não há crimes perfeitos" de James DeMonaco com Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio e Seymour Cassel.

 

"Nas Nuvens"

 

 

Sinopse:

Ryan Bingham (George Clooney), um perito em downsizing corporativo, é protótipo máximo do moderno viajante. Ryan habituou-se a um estilo de vida livre por entre aeroportos, hotéis e carros de aluguer. Consegue levar tudo o que necessita no seu pequeno trolley; é membro VIP de todos os programas de fidelização que existem; e está prestes a atingir o seu objectivo de vida: 10 milhões de milhas, como cliente regular - e porém... Ryan não tem na vida a que se possa agarrar. Quando se apaixona por uma companheira de viagem (Vera Farmiga), o seu patrão (Jason Bateman), inspirado por uma ambiciosa jovem perita em eficiência (Anna Kendrick), ameaça limitá-lo ao escritório, longe das constantes viagens. Deparando-se com a perspectiva, simultaneamente aterradora e excitante de ter de deixar de voar, Ryan começa a vislumbrar o verdadeiro significado de ter um lar. [cinema.ptgate.pt]

 

"Não há crimes perfeitos"

 

 

Sinopse:

Sully (Ethan Hawke), um séptico limpa fossas, é capaz de tudo para conseguir proporcionar ao seu filho um futuro brilhante. Jasper (Seymour Cassel), um homem humilde dono de uma mercearia gourmet, tem uma grande qualidade, aos olhos dos mafiosos que o obrigam a trabalhar para eles: é surdo-mudo. Parmie Tarzo (Vincent D'Onofrio), o chefe da máfia local, quer acabar com todos os seus concorrentes. Todos eles vivem em Staten Island, à sombra de Manhattan. Quando as suas vidas e sonhos se interceptam, nada de bom poderá acontecer... [cinema.ptgate.pt] 



publicado por bibliotecadafeira às 13:34
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Na mesa dos poetas

Há Dias

 

Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda.

Eugénio de Andrade

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:59
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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2010
David Bowie "A reality tour"

 

 

Sem perspectivas de lançamento de um novo álbum de estúdio em 2010, David Bowie está mesmo assim nas notícias: em Março, vai ser homenageado por 28 bandas num álbum tributo. Carla Bruni ("Absolute beginners"), Duran Duran ("Boys keep swinging"), Soulwax ("TBA"), A Place to Bury Strangers ("Sufragette City"), Warpaint ("Ashes to ashes"), Chairlift ("Always crashing in the same car"), entre outros, reuniram-se para gravar alguns dos clássicos do músico britânico. Para algo de completamente diferente, os Megapuss, a banda de Devendra Banhart, e o ex-Red Hot Chili Peppers John Frusciante, em "joint-venture" com os Swahili Blonde, optaram por versões em castelhano dos temas "Sound + Vision" e "Red money", respectivamente.

Os MGMT, anteriormente anunciados como parte do projecto, já não constam na lista de participações do álbum, ainda sem nome, cuja receita reverte inteiramente para a instituição de caridade Warchild. Entretanto, já no dia 25 de Janeiro, o camaleão do rock lança o trabalho ao vivo "A reality Tour", gravado em 2003, também com edição em DVD.[ipsilon.publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



publicado por bibliotecadafeira às 12:39
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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010
"Avatar" grande vencedor dos Globos de Ouro

O épico 3D de James Cameron, “Avatar”, foi o grande vencedor dos Globos de Ouro que decorreram esta madrugada em Los Angeles, tendo conquistado a estatueta de melhor filme e de melhor realizador.

Na categoria de comédia, foi o filme “A Ressaca”, de Todd Phillips – igualmente um sucesso de bilheteira - que arrecadou a estatueta de melhor película, nos prémios que são considerados a rampa de lançamento para os Óscares, que serão distribuídos em Março próximo.
“O 3D é o futuro”, disse James Cameron – o realizador de Titanic – aos jornalistas, nos bastidores dos prémios. “Aquilo que ‘Avatar’ pôde fazer graças ao seu sucesso foi dar permissão aos outros realizadores para pensarem no 3D”, estimou, citado pela Reuters.
Na categoria de melhores interpretações, Sandra Bullock conquistou a estatueta de melhor interpretação feminina num filme dramático - "The Blind Side” (ainda sem tradução oficial em Português) – ao passo que Jeff Bridges foi considerado o melhor actor dramático, pelo seu papel de cantor “country” caído em desgraça em "Crazy Heart."
Em comédia, foram os actores Robert Downey, Jr. (“Sherlock Holmes”) e Meryl Streep ("Julie & Julia”) que levaram para casa os Globos de Ouro de melhor actor e actriz, respectivamente.
O filme “O Laço Branco”, de Michael Haneke, Palma de Ouro em Cannes 2009, conquistou a estatueta de melhor filme estrangeiro.
Na categoria de televisão, a série "Mad Men”, acerca do quotidiano de uma agência publicitária nova-iorquina na década de 1960, conquistou o seu terceiro Globo de Ouro consecutivo.
Na categoria comédia foi a série “Glee”, sobre um clube de canto e dança de um típico liceu norte-americano, que conquistou o Globo de Ouro, destronando do seu trono a série “30 Rock – Rockefeller 30”.
A antiga estrela de “ER” Julianna Margulies levou para casa a estatueta de melhor actriz de televisão numa série dramática - "The Good Wife" – e Michael C. Hall conquistou a estatueta de melhor actor dramático pelo seu papel de justiceiro em “Dexter”.
Alec Baldwin voltou a arrebatar o Globo de Ouro de melhor interpretação masculina numa série de comédia com “30 Rock – Rockefeller 30” e Toni Collette venceu com as suas múltiplas interpretações na série cómica “As Taras de Tara”.[publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:01
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Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010
Sete filmes portugueses integram Festival Premiers Plans em França

Sete filmes portugueses, sobretudo curtas-metragens de estreia, foram seleccionados para o vigésimo terceiro Festival Premiers Plans, dedicado a primeiras obras e que começa no dia 22 deste mês em Angers, França.

Na competição de curtas-metragens está "Arena", de João Salaviza, Palma de Ouro em Cannes, enquanto “Algo Importante”, do ilustrador João Fazenda, e “Pássaros”, do autor de banda desenhada Filipe Abranches, foram seleccionados para a competição de cinema de animação.
Fora de competição serão exibidos ainda "A meio da noite", animação de Fernando José Saraiva, e o premiado “Canção de amor e Saúde”, curta-metragem de João Nicolau.
Na programação para os mais pequenos foi incluído "A noite", de Regina Pessoa.
A única longa-metragem portuguesa seleccionada foi "Cinerama", de Inês Oliveira, que tem estreia comercial em Portugal a 18 de Março e que conta no elenco com Sofia Marques, Ricardo Aibéo e Diogo Dória.
"Gosto de trabalhar uma ficção como documentarista, aplicando os meus métodos de investigação que a cada filme adapto. A minha proposta com este filme é dar a ver e ouvir três crónicas que são expostas como um tríptico, ou como uma música de três andamentos", refere a realizadora na nota de intenções.
O Festival Premiers Plans, que já deu a conhecer primeiras obras de realizadores como Fatih Akin, Matteo Garrone e Arnaud Desplechin, decorrerá de 22 a 31 de Janeiro, em Angers, no norte de França. [publico.pt]

 



publicado por bibliotecadafeira às 11:45
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"Birdwatchers" no auditório da biblioteca

No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 17 de Janeiro, pelas 21h30, será exibido o filme "Birdwatchers" de Marco Bechis com Claudio Santamaria, Alicélia Batista Cabreira e Chiara Caselli, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

 

Sinopse:

Mato Grosso do Sul, Brasil, hoje. Os fazendeiros têm uma vida rica e cheia de diversão. Possuem plantações transgénicas que se perdem de vista e passam os serões com os turistas vindos para ver os pássaros - Birdwatchers. Contudo, nos limites das suas propriedades cresce o descontentamento por parte dos Índios, antigos proprietários legítimos das terras. O suicídio de mais um jovem da reserva catalisa o conflito entre estes dois mundos opostos. No entanto, reside a “curiosidade do outro”. Uma curiosidade que aproximará o jovem aprendiz de xamã, Osvaldo, e a filha de um fazendeiro. [cinema.ptgate.pt]
 



publicado por bibliotecadafeira às 10:15
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Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010
"O Laço branco", "Nove" e "Parceiros no Crime"

Estreiam, hoje, os filmes: "O Laço Branco" de Michael Haneke com Ulrich Tukur, Susanne Lothar e Josef Bierbichler; "Nove" de Rob Marshall com Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Judi Dench, Kate Hudson e Sophia Loren; "Parceiros no Crime" de Mimi Leder com Morgan Freeman, Antonio Banderas e Radha Mitchell.

 

"O Laço Branco"

 

Sinopse:

 A acção decorre durante os 15 meses que precedem a I Guerra Mundial. A história é contada por um narrador que, tendo presenciado alguns dos factos, tenta encontrar fundamentos e justificações para os anos posteriores da História do seu país.
Numa aldeia remota, no Norte da Alemanha, vários incidentes vão retirar os seus habitantes da calma monotonia a que se habituaram. Esses eventos, de grande violência, parecem ser rituais punitivos justificados pela fervorosa religião protestante. Até que o professor da aldeia (Christian Friedel) começa a tentar perceber o terrível segredo por detrás de tudo...
Filmado a preto e branco, é, segundo as próprias palavras de Michael Heneke, um filme sobre "a origem de todo tipo de terrorismo, seja ele de natureza política ou religiosa".
Foi o grande vencedor da Palma de Ouro na 62.ª edição do Festival de Cannes e é o candidato alemão para o Óscar de melhor filme estrangeiro.[cinecartaz.publico.pt]

 

"Nove"

 

Sinopse:

 Guido Contini (Daniel Day-Lewis) é um famoso realizador que se vê confrontado com uma profunda crise de meia-idade. A sua criatividade ressente-se com os dilemas pessoais e, a meio de um filme, sente-se a desabar. E as sete mulheres da sua vida parecem só acrescentar desequilíbrio à sua já instável existência: a esposa dedicada (Marion Cotillard), a amante (Penélope Cruz), a musa dos seus filmes (Nicole Kidman), a melhor amiga (Judi Dench), uma jornalista de moda (Kate Hudson), uma prostituta (Stacy Ferguson) e, finalmente, a sua mãe (Sophia Loren).
Um filme de Rob Marshall, adaptado do famoso musical homónimo da Broadway e uma homenagem ao grande clássico "8 ½", em que Fellini se auto-retrata como um cineasta em crise.
O filme está nomeado para cinco Globos de Ouro (a 17 de Janeiro): melhor comédia, actor em comédia (Daniel Day-Lewis), actriz (Marion Cotillard), actriz secundária (Penélope Cruz) e tema original. [cinecartaz.publico.pt]

 

"Parceiros no crime"

 

Sinopse:

 A longa carreira de Keith Ripley (Morgan Freeman), famoso ladrão profissional, já conheceu melhores dias e Jack Monahan (Antonio Banderas), seu colega de profissão, está num momento particularmente complicado da sua vida. Quando se encontram a meio de um "trabalho", percebem que um tem o que falta ao outro e resolvem arriscar uma parceria num assalto particularmente complicado: o roubo dos dois Ovos Imperiais Fabergé, guardados na Rússia, num dos mais bem protegidos cofres do mundo. Até que Alexandra (Radha Mitchell), a afilhada de Ripley, é raptada pelo KGB e tudo se complica.[cinecartaz.publico.pt]

 



publicado por bibliotecadafeira às 13:40
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Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2010
Na mesa dos poetas

Os amantes sem dinheiro

 

Tinham o rosto aberto a quem passava
Tinham lendas e mitos
E frio no coração.
Tinham jardins onde a lua passeava
De mãos dadas com a água
E um anjo de pedra por irmão.

 

Tinham  como toda a gente
O milagre de cada dia
Escorrendo pelos telhados,
E olhos de oiro
Onde ardiam
Os sonhos mais tresmalhados.

 

Tinham fome e sede como os bichos,
E silêncio
À roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
Um pássaro nascia dos seus dedos
E deslumbrado penetrava nos espaços.

 

Eugénio de Andrade

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 13:32
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Terça-feira, 12 de Janeiro de 2010
King Midas Sound: Waiting for you

 

 

 

Das arestas do dubstep, das esquinas da crise, das sombras poéticas da noite nas grandes metrópoles, nasce "Waiting For You", álbum dos britânicos King Midas Sound.

 

A música jamaicana, corporizada pelo reggae, o dub ou o dancehall, teve um impacto decisivo nas dinâmicas pop dos anos 90. Algumas das movimentações mais relevantes daquela década (Massive Attack, Portishead, Tricky) foram inspiradas pela cultura dos "sistemas de som" jamaicanos. Na presente década não se pode dizer que a influência do dub se tenha dissipado. Quando muito abrandou, embora, como com todas as regras, existam algumas excepções. Neste caso, a excepção chama-se dubstep, a linguagem que teve origem nas caves dos clubes londrinos na segunda metade dos anos 2000, personificada por Burial, Kode9, Skream ou Benga.

Tanto os dois álbuns de Burial ("Burial" e "Untrue") como "Memories Of The Future", de Kode9 + The Spaceape, respiravam o mesmo ambiente claustrofóbico que rodeava as canções dos projectos saídos, nos anos 90, da cidade inglesa de Bristol, mas "Waiting For You", dos King Midas Sound, assume de forma mais directa essa descendência.

Há obras que parecem captar a essência de determinados períodos de forma definitiva. Em 1996, Tricky lançou o álbum "Pré-Millennium Tension", nomeando um período de ambiente social conturbado, pouco antes do final do milénio. Os britânicos The xx, a grande revelação de 2009, fixaram os dias que correm através de uma música de crise, austera, minimal, negra. O mesmo se poderia dizer dos King Midas Sound depois deste "Waiting for You": som obscuro, poesia digital feita de sombreados, rostos ocultos de vagabundos pelas ruas da cidade, a crise em cada inflexão vocal, em cada som. No centro, cadências fantasmagóricas que devem muito ao dub(step), aveludadas por vozes soul, uma sonoridade que parece unir pontas da segunda metade dos anos 90 (Tricky), da alvorada do novo século (Spacek) e da segunda metade do mesmo (Kode9).  [ipsilon.publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:39
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Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010
Eric Rohmer: 1920 - 2010

O realizador francês Éric Rohmer morreu hoje aos 89 anos de idade.

Nascido em 1920, Éric Rohmer iniciou a sua carreira como realizador em 1952, com o filme "Les petites filles modèles", que não terminou por problemas de produção. Alguns anos mais tarde, em 1959, realizou "Le signe du lion", com Claude Chabrol como produtor.
Em 1969, Rohmer realiza "Ma nuit chez Maud", com Jean-Louis Trintignant e Françoise Fabian nos papéis principais. É esse filme o primeiro a chamar a atenção da crítica especializada.
A Mostra Internazionale d'Arte Cinematografica de Veneza atribuiu-lhe, em 2001, um prémio pelo conjunto da sua carreira.
"Les amours d'Astrée et Céladon", realizado em 2007, acabaria por ser a última obra de Rohmer, que era professor da Sorbonne desde 1973. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



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Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2010
"Os limites do controlo" no auditório da biblioteca

No âmbito da programação do Cineclube da Feira, dia 10 de Janeiro, pelas 21h30, será exibido o filme "Os limites do controlo" de Jim Jarmusch com Isaach De Bankolé, Alex Descas, Jean-François Stévenin, no auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

 

Sinopse:

Em terras de Espanha, a história de um forasteiro, homem solitário e misterioso, cujas actividades permanecem meticulosamente à margem da lei. Prestes a finalizar um trabalho, ele não confia em ninguém. O seu alvo não é divulgado e o seu destino é incerto... [cinema.ptgate.pt]



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Jovem portuguesa finalista num concurso para criar cartaz do Dia da Europa 2010

A aluna portuguesa de design Diana Jung é uma das dez finalistas de um concurso europeu que irá eleger o cartaz alusivo ao Dia da Europa 2010, organizado pela Comissão Europeia.
 

Dos 1700 projectos internacionais apresentados a concurso foram seleccionados dez finalistas, entre eles a aluna portuguesa da Escola Superior de Artes e Design (ESAD), de Matosinhos, Diana Jung.

O concurso intitula-se "I Love Europe", decorre até 31 de Janeiro, e a escolha do cartaz será feita pelo próprio público, através do voto online no site: http://www.designeurope2010.eu/index.php?lang=pt.[rtp.pt]

 



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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010
Clara Sánchez vence prémio Nadal

A espanhola Clara Sánchez venceu o prémio Nadal, com o livro «Lo que Esconde tu Nombre», na 66ª edição da distinção literária mais importante de Espanha, que, pela primeira vez desde 1989, não atribuiu o prémio de finalista.

Uma história de terror psicológico sobre a ocupação da costa espanhola de Alicante por antigos membros nazis permitiu à escritora castelhana arrecadar os 18 mil euros do prémio.

A obra, de base verídica (a presença de antigos nazis refugiados no anonimato da costa mediterrânica espanhola), centra-se em três personagens: Julián, um sobrevivente octogenário de Mathausen, que retomou o trabalho de um amigo que dedicou toda a sua vida a perseguir os nazis que os torturaram; e um casal de alemães a morar há vários anos na costa de Alicante. [diariodigital.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:00
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"Cinzas e Sangue" e "O Sítio das Coisas Selvagens"

Estreiam, hoje, os filmes: "Cinzas e Sangue" de Fanny Ardant com Ronit Elkabetz, Abraham Belaga e Marc Ruchmann; "O Sítio das Coisas Selvagens" de Spike Jonze com Forest Whitaker, Catherine Keener, Paul Dano, James Gandolfini e Lauren Ambrose.

 

"Cinzas e Sangue"

 

Sinopse:

Exilada em Marselha após o assassínio do seu marido, dez anos antes, Judith (Ronit Elkabetz) decide ceder aos desejos dos seus três filhos e regressar à Roménia, o seu país natal, para a celebração do casamento de uma prima que reunirá todo o clã. De volta a casa, Judith cedo compreende as razões que a levaram ao afastamento e porque se recusou durante todos estes anos a rever a família. Mas este reencontro familiar será tudo menos pacífico. Velhos ressentimentos, ódios e inimizades renascem...
Um drama familiar escrito e realizado por Fanny Ardant.[cinecartaz.publico.pt]

 

"O Sítio das Coisas Selvagens"

 

Sinopse:

Max (Max Records) é um menino igual aos outros. Porque não compreende o mundo dos adultos, acha-se sempre vítima das suas injustiças. Depois de uma discussão mais acesa com a sua mãe é posto de castigo no seu quarto. É então que decide fugir para "O Sítio das Coisas Selvagens", uma floresta encantada, onde encontra medonhas criaturas que, tal como ele próprio, têm grande dificuldades em lidar com as suas emoções e sentimentos. Lá, ele vai tornar-se no líder das criaturas, compreendendo por fim, como é difícil conciliar os desejos e opiniões de muitas cabeças diferentes.
Uma história sobre monstros, enormes e horríveis, que se tornam os grandes companheiros dos meninos que querem aterrorizar.
Realizado por Spike Jonze, baseia-se no clássico infantil com o mesmo nome de Maurice Sendak que, neste filme, entra como produtor ao lado de Tom Hanks.[cinecartaz.publico.pt]

 



publicado por bibliotecadafeira às 11:29
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Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010
Na mesa dos poetas

 

Eugénio de Andrade
[nascimento : Póvoa de Atalaia (Fundão)em 19 de Janeiro de 1923]
[morte : 13 de Junho de 2005 (82 anos) Porto, Portugal]
 
 
Adeus
 
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
 
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
 
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
 
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
 
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
 
Adeus.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



publicado por bibliotecadafeira às 11:19
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Colm Tóibin vence o Costa Novel Award

Colm Tóibin, com «Blooklyn», foi o grande vencedor do Costa Novel Award, derrotando o favorito «Wolf Hall», de Hilary Mantel, vencedor do Man Booker Prize de 2009.

Além de Colm Tóibin, os outros vencedores foram os seguintes:

«Beauty», de Raphael Selbourne, First Novel Award
«The Strangest Man», de Graham Farmelo, Costa Biography Award
«A Scattering», de Christopher Reid, Costa Poetry Award
«The Ask and the Answer (Chaos Walking, Book Two)», Patrick Ness, Costa Children's Book Award

Cada vencedor recebeu cerca de 5 500 euros, mas caso vença o prémio final, o Costa Book of the Year, a conta bancária sobre mais uns 28 mil euros. O vencedor será revelado no dia 26. [diariodigital.pt]
 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



publicado por bibliotecadafeira às 11:10
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Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010
Dez finalistas no Prémio Literário Casino da Póvoa

Sete escritores portugueses, uma brasileira, um espanhol e um mexicano são os dez finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros. O vencedor será anunciado na 11ª Edição do Correntes D’ Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que se realizará de 24 a 27 de Fevereiro, na Póvoa de Varzim.

“Rakushisha”, da brasileira Adriana Lisboa (Quetzal); “O Cónego”, de A.M. Pires Cabral (Cotovia); “O Verão Selvagem dos Teus Olhos", de Ana Teresa Pereira (Relógio d’Água); “Três Lindas Cubanas” do mexicano Gonzalo Celorio (Quetzal); “A Eternidade e o Desejo”, de Inês Pedrosa (Dom Quixote); “O Mundo - o mundo é a rua da tua infância”, do espanhol Juan José Millás (Planeta); “Myra”, de Maria Velho da Costa (Assírio & Alvim); “A Sala Magenta” de Mário de Carvalho (Caminho), "A Mão Esquerda de Deus" de Pedro Almeida Vieira (Dom Quixote) e “O Apocalipse dos Trabalhadores”, de Valter Hugo Mãe (Quidnovi) são as obras escolhidas pelo júri desta edição dedicada a trabalhos em prosa de autores de língua portuguesa, castelhana ou hispânica publicados em Portugal entre Julho de 2007 e Junho de 2009 (excluindo obras póstumas e de autores que receberam este prémio nos últimos seis anos).
O júri constituído por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J. B. Martinho, Patrícia Reis, Vergílio Alberto Vieira irá decidir qual o vencedor numa reunião que acontecerá no dia 22 de Fevereiro. [publico.pt]



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Segunda-feira, 4 de Janeiro de 2010
Lhasa de Sela: 1972 - 2010

 

 

A cantora americano-mexicana Lhasa de Sela, que contava 37 anos, morreu na sexta-feira à noite em Montreal, no Canadá, onde vivia há vários anos. O anúncio foi feito ontem por David-Etienne Savoie, que geria a carreira da artista, que passou várias vezes por Portugal.

“Um cancro da mama que ela combateu com coragem e determinação durante mais de 21 meses finalmente levou-a”, anunciou Savoie através de um comunicado divulgado em nome de familiares e amigos da cantora.
Lhasa de Sela morreu na sua casa em Montreal no dia 1 de Janeiro, pouco depois da meia-noite, precisa o mesmo texto.
Nascida a 27 de Setembro de 1972, em Big Indian, a norte do estado de Nova Iorque, Lhasa absorveu várias culturas, fruto do espírito nómada com que vivia. Viajou durante vários anos com a família pelos Estados Unidos e México.
Essa diversidade cultural reflecte-se na sua música, com um imaginário de sons e palavras (em inglês, francês ou espanhol) que remetem para a América Latina, para a vida cigana ou para a cultura árabe.
Lhasa começou a cantar com 13 anos em cafés e bares de São Francisco, Califórnia, com um repertório retirado do jazz.
Mantendo a itinerância e o espírito de saltimbanco, a artista passou pelo Canadá, onde compôs o primeiro álbum, “La Llorona”, editado em 1997. Depois de uma longa pausa, editou "The Living Road" (2003)
No ano passado, quando já se encontrava doente, Lhasa terminou o seu último disco, “Lhasa”, e, em Maio, chegou fazer dois concertos de apresentação no Théâtre Corona de Montreal e no Théâtre des Bouffes, em Paris. Segundo o comunicado do agente, a cantora preparou uma tournée internacional que devia ter arrancado durante o Outono de 2009, mas foi anulada. Lhasa trabalhava ainda num novo disco, onde interpretaria canções dos artistas chilenos Victor Jara e Violeta Parra.
Os seus três discos venderam mais de um milhão de cópias em todo o mundo. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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«A Quinta-feira dos Pássaros» vence Prémio Gaspar Fructuoso

«A Quinta-feira dos Pássaros», da autoria de Paulo Assim (nome artístico), foi o vencedor do Prémio Gaspar Fructuoso, distinção instituída pela Câmara Municipal da Ribeira Grande.
«A Quinta-feira dos Pássaros» foi considerado o melhor livro dos seis finalistas. Paulo Assim, que escreveu o seu primeiro romance, «conduz num registo autobiográfico por considerações e memórias acerca do período da revolução de Abril de 1974. Ao longo de mais de 140 páginas, Paulo Assim retrata, através de um miúdo de 11 anos de idade, a realidade social de uma típica família simples e pobre de Portugal que viveu os tempos que antecederam o 25 de Abril», lê-se num comunicado.

O júri do Prémio Gaspar Fructuoso foi constituído por Maria da Graça Castanho, Madalena San-Bento, Daniel de Sá e Ricardo Silva, na qualidade de presidente da edilidade.

«A obra é reveladora de grande maturidade literária e de uma originalidade de autor perfeitamente identificável, dada, por exemplo, a mestria de uso de recursos expressivos e de pontuação», escreve o júri. [diariodigital.pt]

 



publicado por bibliotecadafeira às 13:14
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