Estreiam, hoje, os filmes: "Tulpan" de Sergei Dvortsevoy com Askhat Kuchinchirekov, Samal Eslyamova, Ondas Besikbasov e Tolepbergen Baisakalov; Burlesque" de Steven Antin com Cher, Christina Aguilera, Eric Dane, Cam Gigandet, Julianne Hough, Alan Cumming, Peter Gallagher, Kristen Bell, Stanley Tucci; "Skyline - o alvo somos nós" de Colin Strause e Greg Strause com Eric Balfour, Scottie Thompson, Brittany Daniel, Crystal Reed, Neil Hopkins, David Zayas e Donald Faison.
"Tulpan"
Sinopse:
Nas estepes do Cazaquistão vive o jovem Asa (Askhat Kuchinchirekov) com a sua irmã Samal (Samal Eslyamova) e o seu cunhado Ondas (Ondas Besikbasov). Ondas é um homem duro, cuja vida como pastor o tornou solitário e de poucas falas. Já Asa é delicado e sonhador. Recentemente regressado da Marinha russa, tenta reencontrar o seu lugar dentro da comunidade cazaque: ser pastor e casar com uma mulher que o ame e cuide dele para o resto da sua vida. Mas, para que isso seja possível, terá de conquistar a simpatia de Tulpan, a única rapariga disponível de toda a planície. Porém, o amor entre os dois parece não querer acontecer e o jovem vai ter de encontrar uma outra maneira de encontrar a felicidade...
Primeira longa-metragem de ficção do veterano documentarista Sergei Dvortsevoy, "Tulpan" venceu o prémio Un Certain Regard na edição de 2008 do Festival de Cannes. [cinecartaz.publico.pt]
"Burlesque"
Sinopse:
A jovem Ali (Christina Aguilera) é dona de uma extraordinária voz. Vive numa pequena cidade do Iowa, mas sonha com os palcos da grande cidade. Um dia decide deixar a sua vida para trás e partir para Los Angeles, onde percebe que as oportunidades de mostrar o seu talento são raras. Até que descobre o Burlesque, um cabaré em decadência gerido por Tess (Cher), para quem o espectáculo é a sua vida. Decidida a fazer parte de tudo aquilo, fica a trabalhar como empregada de mesa, conquistando a simpatia de Jack (Cam Gigandet), o alegre empregado do bar, e de Sean (Stanley Tucci), o talentoso director de cena e confidente de Tess. E não demorará muito até que Ali tenha a oportunidade da sua vida, ao demonstrar que, para além dos seus dotes físicos como dançarina, a sua voz singular é capaz de arrebatar o público e, com isso, resgatar o Burlesque da quase total falência. [cinecartaz.publico.pt]
"Skyline - o alvo somos nós"
Sinopse:
Los Angeles. Depois de uma festa pela noite dentro, um grupo de amigos é despertado por luzes estranhas, descobrindo um sem-número de naves alienígenas a sobrevoar tudo o que a sua vista alcança. Ameaçados por uma fonte de luz intensa que parece querer sugar, aos poucos, todos os seres humanos do planeta, o grupo terá de tentar encontrar uma forma de salvar as suas vidas....
Realizado pelos irmãos Colin e Greg Strause (realizadores de "Aliens vs. Predador - Requiem", com um extenso currículo em efeitos visuais), com um orçamento reduzido e utilizando como cenário principal o próprio apartamento de Los Angeles onde Greg mora, "Skyline" é o primeiro filme de uma série de ficção científica cuja principal premissa cita as recentes declarações do astrofísico inglês Stephen Hawking: "Se encontrarmos extraterrestres ou se extraterrestres nos encontrarem, imagino que será como quando Colombo encontrou a América. E o resultado não foi muito bom para os americanos nativos". O segundo filme da série encontra-se já em rodagem. [cinecartaz.publico.pt]
A obra de recuperação e valorização da Igreja do Sacramento, na Baixa de Lisboa, foi distinguida com o Prémio Vilalva 2010, atribuído anualmente pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O prémio, no valor de 50 mil euros, será entregue à Irmandade do Santíssimo Sacramento numa cerimónia a 10 de Janeiro na igreja.
O objectivo do prémio é destacar, entre vários projectos a concurso, o que mais se distinga pelo seu contributo para a defesa do património histórico nacional. No caso da Igreja do Sacramento, o júri – constituído pela historiadora de arte Dalila Rodrigues, o engenheiro António Lamas, o arquitecto José Pedro Martins Barata, o olisipógrafo José Sarmento de Matos e o director do Serviço de Belas-Artes da Fundação, Manuel da Costa Cabral – sublinha “a qualidade do trabalho realizado num edifício de grande relevância artística, valorizado pela inclusão na Baixa de Lisboa”.
A intervenção envolveu o restauro dos tectos da nave e do presbitério, dos vãos dos janelões das paredes laterais da nave e das nove telas do presbitério e do baptistério – que são, assim como os tectos da nave, da autoria do pintor setecentista Pedro Alexandrino.
O júri diz esperar que o prémio constitua um incentivo para a conclusão do restauro da igreja, nomeadamente do exterior. [publico.pt]
O suplemento literário Babelia, do jornal espanhol El Pais, escolheu "Verão" de John Coetzee, o livro do ano em Espanha.
Nos lugares abaixo ficaram "Poesía Reunida" de William Butler Yeats, "Blanco Nocturno" de Ricardo Piglia, "O Sonho do Celta" de Mario Vargas Llosa e "El Amor Verdadero" de José María Guelbenzu.
O maestro, compositor, musicólogo e historiador Manuel Ivo Cruz faleceu, aos 75 anos, no Hospital de Santo António, no Porto, disse à Lusa fonte da família. [...]
A mesma fonte da família disse que o musicólogo, a residir há alguns anos no Porto, “apesar de doente, continuava activo e escrevia muito”.
Nascido em Lisboa, em 1935, Manuel Ivo Soares Cardoso Cruz - filho do maestro Ivo Cruz (1901-1985) - formou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Deu o primeiro concerto, ainda como estudante, em 1954, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, e formou-se com distinção, como maestro, pela Academia de Mozart da Universidade de Salzburgo, na Áustria.
Regressou a Lisboa e tornou-se director musical e chefe da Orquestra Filarmónica de Lisboa.
Dirigiu programas de música da RTP, colaborou nas temporadas de ópera do Teatro da Trindade, em Lisboa, e nos concertos das orquestras sinfónicas da RDP.
Foi maestro-director do Teatro Nacional de São Carlos, fundou e dirigiu os Cursos Internacionais da Costa do Estoril, e foi maestro convidado em diversos concertos e óperas em Espanha, Alemanha, França, Grécia, Itália, Brasil, Estados Unidos da América, Rússia e Venezuela.
Foi presidente e director artístico do Círculo Portuense de Ópera, no Porto, e da Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz.
Procurou divulgar obras musicais portuguesas menos conhecidas, fazendo, para isso, investigação na área da musicologia histórica portuguesa e apresentando um vasto reportório documentado, publicado pela EMI, Numérica e Tecla, segundo os dados biográficos da Infopédia.
Manuel Ivo Cruz recebeu, em 1969, o Prémio Moreira e Sá do Orfeão Portuense e foi distinguido pela França com o título de Oficial de Mérito Cultural e Artístico, e pelo Brasil com a Ordem do Rio Branco.
Foi ainda agraciado com a condecoração portuguesa de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em 2004, nas comemorações do 50.º aniversário da carreira artística, com a Medalha Municipal de Mérito, grau ouro, entregue pela Câmara Municipal do Porto. [publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: "O Mágico" de Sylvain Chomet com as vozes de Jean-Claude Donda, Edith Rankin e Jil Aigrot; "Não há família pior" de Paul Weitz com Robert De Niro, Jessica Alba e Ben Stiller.
"O Mágico"
Sinopse:
Se até aos anos 50 o "music hall" tinha um enorme peso no mundo do espectáculo, a partir dos finais dessa década, especialmente com a aparição do rock e das super estrelas da música, o interesse do público começa a mudar de direcção. E é assim que o nosso mágico percebe que a sua actividade como ilusionista está em perigo e que, se nada fizer contra isso, cairá na miséria como tantos outros artistas de renome. Por esse motivo abandona os grandes salões de Paris e segue o seu rumo em direcção à Escócia onde encontra Alice, uma rapariga muito especial que mudará toda a sua forma de viver.
Um filme de animação realizado por Sylvain Chomet ("Belleville Rendez-Vous" nomeado para Óscar em 2004) a partir de um argumento original de Jacques Tati, escrito em 1956 em forma de uma carta a Helga Marie-Jeanne Schiel, sua filha bastarda. Nomeado para melhor filme de animação para os Globos de Ouro na edição de 2011 (cuja cerimónia decorrerá a 16 de Janeiro). [cinecartaz.publico.pt]
"Não há família pior"
Sinopse:
Depois de um início de relacionamento difícil e após 10 anos de quase conciliação, Jack Byrnes (Robert De Niro), o ex-agente da CIA com mania da perseguição, regressa para atemorizar Greg Focker (Ben Stiller), agora seu legítimo genro e pai dos seus dois queridíssimos netos. Quando, durante as férias de Natal, toda a família se reúne, Greg terá de comprovar a sua competência enquanto novo patriarca dos Fockers ou, pelo contrário, perder toda a credibilidade tão arduamente conquistada nos últimos anos.
Depois do sucesso de "Um Sogro do Pior" (2000) e de "Uns Compadres do Pior" (2004), a cómica saga dos Fockers regressa pelas mãos de Paul Weitz ("Era Uma Vez Um Rapaz", "Uma Boa Companhia"). Conta ainda com a participação de Owen Wilson, Jessica Alba, Dustin Hoffman, Harvey Keitel e Barbra Streisand. [cinecartaz.publico.pt]
Há Palavras que Nos Beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperançar louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
"Eça de Queiroz – Uma Biografia", de A. Campos Matos, foi o vencedor do Grande Prémio de Literatura Biográfica 2008/2009 atribuído pela Direcção da Associação Portuguesa de Escritores.
A vitória da obra de A.Campos Matos, que nasceu na Póvoa de Varzim em 1928, foi unânime, segundo o comunicado da Associação Portuguesa de Escritores. A nota destaca a “apurada e rigorosa investigação, tanto da vida como da obra do autor estudado; o aprofundamento dos dados até agora existentes e apresentação de novos elemento [que] constituem um contributo importante para o esclarecimento de dúvidas ainda persistentes em outros biógrafos”.
Ainda de acordo com o comunicado, foram admitidas a concurso 21 obras de escritores portugueses, publicadas por 14 editoras diferentes, “nos domínios da biografia e autobiografia, de memórias e diários”. O júri, que foi presidido por José Correia Tavares, era composto por Liberto Cruz, Silvina Rodrigues Lopes e Vergílio Alberto Vieira.
A.Campos Matos, arquitecto de formação, colabora regularmente com o Jornal de Letras e escreveu vários livros sobre Eça de Queiroz, como “Imagens do Portugal Queirosiano”, publicado pelas Edições Terra Livre em 1976.
Em edições anteriores, o galardão distinguiu livros de Maria Teresa Saavedra, Eduardo Prado Coelho e João Bigotte Chorão.
O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi distinguido com o Prémio Trienal Millennium bcp pelo contributo para a cultura arquitectónica nas últimas décadas. A Trienal de Arquitectura de Lisboa anunciou o vencedor da segunda edição do galardão durante uma cerimónia realizada no Museu da Electricidade, na presença do Presidente da República, Cavaco Silva (foto). O prémio máximo da Trienal visa distinguir um arquitecto português ou estrangeiro que se tenha "destacado de forma consistente pela importância da sua obra no contexto internacional e pelo contributo que esta representa para a cultura arquitectónica das últimas décadas". O prémio, que não tem um valor pecuniário envolvido, consiste numa escultura criada por um artista plástico. Este ano foi desenhada por Rui Chafes, e intitula-se Nós somos as casas, inspirada no tema geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, "Falemos de Casas/Let"s Thalk About Houses". [dn.pt]
O Prémio Louis Delluc, que distingue o melhor filme francês do ano, foi ganho pela produção luso-francesa "Mistérios de Lisboa", realizado pelo chileno Raul Ruiz. "O Escritor Fantasma", de Roman Polankski" , "Dos Homens e dos Deuses", de Xavier Beauvois ou "Carlos" de Olivier Assayas eram outros dos potenciais vencedores. "Mistérios de Lisboa", adaptação do romance com o mesmo nome de Camilo Castelo Branco, já tinha sido distinguido no Festival de San Sebastián e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
O vencedor do prémio Delluc do ano passado foi "Um Profeta", de Jacques Audiard, que viria a ser um dos cinco nomeados para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. No passado, realizadores como Jean-Luc Godard, Jacques Tati e Alain Resnais foram distinguidos com o galardão, que é atribuído desde 1937.
Do elenco do filme, que estreou em Portugal em Outubro, fazem parte Léo Seydoux, Maria João Bastos e Ricardo Pereira. O júri do prémio foi presidido por Gilles Jacob, director do Festival de Cannes.
Segundo o press release da distribuidora Atalanta, o filme, que ainda está em exibição no cinema King em Lisboa, vai ser exibido no dia 22 deste mês no Cine-Teatro S. Pedro em Abrantes. Em Janeiro, "Mistérios de Lisboa" vai ser visto em Faro, Portimão, Sesimbra. [publico.pt]
O escritor Vasco Graça Moura venceu a edição deste ano do Prémio Clube Literário do Porto, anunciou a instituição.
A entrega da sexta edição do galardão ao autor pretende "distinguir a carreira" do "notável escritor, natural do Porto, nos géneros da poesia, da ficção, do ensaio e da tradução".
O prémio, no valor de 25 mil euros, será entregue numa cerimónia que se realiza no próximo dia 29, no Porto, onde Graça Moura será apresentado pelo historiador e deputado José Pacheco Pereira, acrescenta a nota do clube portuense. [rtp.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, a 19 de Dezembro, pelas 21h30, na biblioteca municipal, o filme "Lola" de Brillante Mendoza.
Título: Perto
Autora ilustradora: Natalia Colombo
Editora: Kalandraka
O senhor Pato vai trabalhar todos os dias.
O senhor Coelho também vai trabalhar todos os dias.
Cruzam-se sempre...
“Perto” é uma fábula sobre a falta de comunicação, uma reflexão poética e profunda sobre as relações interpessoais e o individualismo, os desejos e as emoções. Do ponto de vista literário, destaca-se pela sua simplicidade narrativa e pela engrenagem interna do relato, que plasma o paralelismo entre as acções dos protagonistas: um pato e um coelho que vivem encerrados na sua solidão; nesse sentido, a obra convida o leitor a não voltar as costas aos outros, “ficando privado da possibilidade de compartilhar os momentos mais simples e felizes da vida”, como explica a autora.
O realizador Blake Edwards morreu aos 88 anos. Blake Edwards, o criador da série cinematográfica "A Pantera Cor-de-Rosa".
Considerado um dos cineastas mais importantes da comédia dos anos 1960 e 70, inesquecível pela parceria com o actor inglês Peter Sellers, Blake Edwards morreu esta manhã na sua casa em Los Angeles, rodeado pela mulher, a actriz Julie Andrews, e pelos filhos. Os filmes que realizou, como os vários da série "A Pantera Cor-de-Rosa", ou como o delirante "A Festa", mostraram-no como um mestre na direcção do humor físico dos protagonistas e na exploração do burlesco, mas, sobre essa camada de comicidade, escondia-se algo mais. "Seria incapaz de atravessar a vida caso não tivesse a capacidade de ver a sua dor de uma forma cómica", cita-o hoje o site da revista "Variety".
Nascido em 26 de Julho de 1922 em Tulsa, Oklahoma, Blake Edwards começou a trabalhar em cinema após completar os estudos em Beverly Hills. Primeiro e muito brevemente como actor, ainda nos anos 1940. Depois, como argumentista, trabalhou num western, "Panhandle", ou, com o realizador Robert Quine, em musicais como "Cruisin' Down The River". Seria na televisão, contudo, que veria o seu talento primeiro validado. "Peter Gunn", a série que idealizou para a CBS em 1958, tornou-o uma figura reconhecida no meio. A figura do protagonista, um detective privado com elegância de músico jazz e a frieza de personagem do cinema negro americano, e o ambiente em que se movia, os Estados Unidos à beira de profundas transformações sociais no final da década de 1950, eram já, de certa forma, marcas do que se seguiria.
Não por acaso, o autor da célebre banda sonora de "Peter Gunn", Henry Mancini, assinaria poucos anos depois a ainda mais célebre música que se tornou indissociável de "Pantera Cor-de-Rosa" - e é justo que a música, e a música de Mancini em especial, se ligue dessa forma ao percurso de Edwards, já que, principalmente nas comédias, há algo de realmente musical no seu trabalho.
A sua primeira grande marca na história do cinema não chegaria, contudo, numa comédia. Em 1961, dirige Audrey Hepburn em "Boneca de Luxo", adaptação do romance de Truman Capote, e transforma a história da bela, frágil e contraditória Holly Golightly num imenso sucesso crítico e comercial. Três anos depois, chegaria o filme pelo qual será mais recordado: "A Pantera Cor-de-Rosa", o primeiro da série que segue o inefável e incrivelmente desastrado Inspector Closeau, ou seja, um inesquecível Peter Sellers de bigode bem definido e sempre embrulhado numa gabardine. Sellers e Edwards trabalharam juntos em seis filmes da série que lhes deu definitivo protagonismo.
Para muitos, porém, o melhor momento da colaboração entre realizador e actor terá acontecido em "A Festa", de 1968, verdadeiro furacão de nonsense e cómico burlesco com Peter Sellers no papel de um medíocre actor indiano convidado por engano para uma festa da alta-sociedade de Hollywood, cenário aproveitado por Edwards para criar uma certeira sátira de costumes - era, assinale-se como curiosidade, o filme preferido de Elvis Presley.
Havia em Blake Edwards, filho de uma família disfuncional, como apontou várias vezes (foi criado pela mãe e pelo padrasto e só conheceu o pai biológico aos 40 anos), uma vontade de mostrar aquilo que se escondia sobre a fachada de normalidade e do politicamente correcto do quotidiano. O realizador fê-lo nas suas comédias com Sellers, mas fê-lo também na outra vertente da sua obra, que inclui filmes como "Tudo Boa Gente", de 1981, ou "Victor/Victoria", do ano seguinte. Ambos protagonizados por Julie Andrews, a sua segunda mulher, com quem se casou em 1969, são, respectivamente, uma sátira à comunidade criada em redor de Hollywodd e uma reflexão sobre identidade sexual e preconceito. [publico.pt]
Francisco Tropa é o representante de Portugal na 54.ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia.
A indicação do artista que ocupará o Pavilhão de Portugal na próxima Bienal de Veneza foi feita pelo comissário Sérgio Mah, nomeado curador desta representação oficial pelo despacho conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério da Cultura através da sugestão da Direcção-Geral das Artes, instituição responsável pela organização e produção da participação nacional na bienal internacional de arte. A bienal apresenta uma grande exposição colectiva e dezenas de pavilhões nacionais que reúnem na cidade italiana centenas de artistas do mundo inteiro. A exposição da 54.ª edição da Bienal de Veneza decorrerá de 4 de Junho a 27 de Novembro de 2011, sob o título "Iluminações". [dn.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: "Stone - Ninguém é Inocente" de John Curran com Robert De Niro, Edward Norton e Milla Jovovich; "Katalin Varga" de Peter Strickland com Hilda Péter, Tibor Pálffy,Norbert Tankó e Melinda Kantor; "Mammuth" de Gustave Kervern, Benoît Delépine com Gérard Depardieu, Yolande Moreau e Isabelle Adjan; "Entrelaçados" de Nathan Greno, Byron Howard com Mandy Moore, Zachary Levi e Donna Murphy.
"Stone - Ninguém é Inocente"
Sinopse:
Jack Mabry (Robert De Niro) é um oficial de liberdade condicional que, a apenas uma semana da reforma, se depara com um caso particularmente difícil e que mudará a sua vida: Gerald "Stone" Creeson (Edward Norton) é um assassino condenado pela morte dos seus avós que precisa de provar que está apto a sair em liberdade condicional. Percebendo as suas poucas hipóteses de conquistar a simpatia de Jack, Stone recorre aos atributos de Lucetta (Milla Jovovich), sua jovem mulher, para seduzir o agente e fazê-lo mudar de ideias. E é assim que, um homem com uma vida tranquila, vê todo o seu mundo ruir no meio de um jogo de sexo e mentiras, onde ninguém parece estar inocente...
Realizado por John Curran ("O Véu Pintado", "Desencontros") inspira-se numa peça do escritor e argumentista Angus MacLachlan. [cinecartaz.publico.pt]
"Katalin Varga"
Sinopse:
Depois de revelado um segredo de anos, Katalin Varga (Hilda Péter) é repudiada pelo seu marido e ostracizada por toda a aldeia, sendo obrigada a partir com Orban (Norbert Tankó), o seu filho de dez anos, numa longa e incerta viagem em busca do verdadeiro pai da criança. Durante 11 anos, ela guardou o segredo e não se atreveu a seguir as estradas da Transilvânia, mas nada do que a trouxe até ali foi esquecido. Ao longo do caminho, as paisagens cada vez mais perturbadoras lembram-na que, no final da jornada espera-a o seu passado mas, com ele, também a possibilidade de remição.
Primeira obra de Peter Strickland, um filme bucólico na Hungria rural sobre vingança e redenção.
Urso de Prata no Festival de Berlim de 2008 - Prémio para a Melhor Contribuição Artística. [cinecartaz.publico.pt]
"Mammuth"
Sinopse:
Serge, também conhecido por Mammuth (Gérard Depardieu), atingiu finalmente o momento pelo qual ansiava: a reforma. Porém, ao fazer a sua inscrição na Segurança Social descobre que lhe faltam uma série de pontos para poder usufruir dos seus direitos. Aparentemente, dez dos seus empregadores esqueceram-se de o declarar. Agora, incentivado por Catherine (Yolande Moreau), a sua mulher, ele monta a sua velha Munch Mammuth e segue numa viagem ao passado, em busca das declarações de trabalho que lhe faltam. E é assim que, numa viagem de apenas alguns dias, vai compreender que toda a sua vida foi visto como um ignorante e, apesar das inseguranças e dos seus 60 anos de idade, acaba por dar uma nova direcção à sua vida.
Depois de "Aaltra" (2004), "Avida" (2006) e "Louise-Michel" (2008), a dupla de realizadores franceses Gustave de Kervern e Benoît Delépine regressa com o seu humor característico. [cinema.ptgate.pt]
"Entrelaçados"
Sinopse:
Flynn Rider (Voz de Zachary Levi), o fora-da-lei mais procurado de todo o reino, encontra refúgio numa altíssima torre onde dá de caras com Rapunzel (Mandy Moore), uma bela (e ousada) donzela cuja farta cabeleira de 20 metros é apenas uma das suas extraordinárias peculiaridades. Porém, mesmo as raparigas mais corajosas têm as suas fraquezas e este bandido tem um poder de sedução bastante acima da média, acabando por arrebatar o pobre coração de Rapunzel. Assim, depois de um castigo eterno naquela torre solitária, ela encontra a oportunidade de toda uma existência de aborrecimentos: sair para o mundo, enfrentar o perigo e viver grandes aventuras. Mas, uma vez fora da torre, será ela capaz de lidar com um bandido sedutor, um cavalo polícia, um camaleão com instintos paternalistas e um bando de rufias carrancudos?
Realizado por Nathan Greno e Byron Howard, é a mais recente animação dos estúdios Disney, numa versão renovada da história de Rapunzel, um dos mais famosos contos dos irmãos Grimm. [cinema.ptgate.pt]
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill
(Lisboa, 19 de Dezembro de 1924 - 21 de Agosto de 1986),
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill
O cantor espanhol Enrique Morente morreu hoje aos 67 anos, em Madrid, depois de complicações causadas por uma operação cirúrgica a que foi submetido no passado dia 4.
O cantor, que estava há vários dias em coma induzido, foi internado a semana passada para ser operado a um cancro no estômago. Horas depois desta operação, Morente foi submetido a nova cirurgia por causa de uma hemorragia.
Segundo o jornal espanhol “El País”, o porta-voz da família confirmou que o cantor morreu durante a tarde de hoje, depois de estar, desde domingo, em estado de morte cerebral.
Enrique Morente, natural de Granada, ficou conhecido pelo seu percurso no flamenco, a imprensa espanhola fala do cantor como uma das figuras mais emblemáticas da cultura espanhola.
O cantor tinha concertos marcados até ao próximo ano. Para esta semana, Morente tinha quatro concertos, em San Sebastian, Bilbao, Pamplona e Vitoria. Para trás ficam cerca de duas dezenas de discos gravados.
Enrique Morente actuou em Setembro passado em Lisboa, no Teatro S. Carlos. [publico.pt]
Apesar da crescente internacionalização do cinema português, não é comum ver três filmes nacionais entre os melhores do ano para uma conceituada revista norte- -americana como a New Yorker. No entanto, no seu Top 15 encontramos O Estranho Caso de Angélica, de Manoel de Oliveira (8.º), Aquele Querido Mês de Agosto, de Miguel Gomes (10.º) e Ne change rien, realizado por Pedro Costa (11.º). A lista é liderada pelos últimos filmes de Martin Scorsese, David Fincher e Sofia Coppola.
Estas três produções nacionais têm sido das que têm feito melhor carreira internacional nos últimos tempos. Basta lembrar que Aquele Querido Mês de Agosto foi o único filme a representar Portugal na secção competitiva do Festival de Cannes de 2008 e, no ano passado, foi eleito o Melhor Filme no Buenos Aires International Festival of Independent Cinema. Este misto de documentário com ficção, realizado por Miguel Gomes, estreou--se no mês de Junho na Alemanha.
Já Manoel de Oliveira, que recentemente celebrou 102 anos de vida, esteve presente na edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Cannes a apresentar O Estranho Caso de Angélica, que abriu a secção "Um Certo Olhar". Este era um projecto idealizado pelo realizador há já 50 anos anos e para o qual contou com as colaborações de Luís Miguel Cintra, Isabel Ruth, Leonor Silveira, Ricardo Trêpa e Pilar López de Ayala, no papel de Angélica. O filme passou ainda na sessão de abertura da 34.ª edição da Mostra de Cinema de São Paulo, onde o realizador foi homenageado.
Pedro Costa é outro dos cineastas portugueses com uma carreira internacional mais produtiva. Ne change rien estreou-se mundialmente no ano passado também no Festival Internacional de Cinema de Cannes, sendo que já passou por países como Japão, EUA ou Espanha, sendo que o cineasta chegou a ser ainda homenageado em Granada. Ne change rien foi ainda exibido em Novembro no centro Anthology Film Archives, em Nova Iorque, que em 2007 lhe dedicou uma retrospectiva completa da sua cinematografia. [dn.pt]
A revista britânica Songlines elegeu o disco Guia do fadista António Zambujo como um dos 10 melhores álbuns do ano, ao lado das últimas edições de Femi Kuti ou Hot Club Of Cowtown.
Esta é a segunda vez que um disco de Zambujo é eleito um dos melhores do ano pela Songlines, já que o mesmo aconteceu com o álbum Outro Sentido. [dn.pt]
American Film Institute (AFI) anunciou a lista anual dos dez melhores filmes e séries de televisão do ano. "A Rede Social" e "Toy Story 3" foram dois dos apontados no cinema, e "Mad Men" e "The Big C" destacaram-se na televisão.
No momento da escolha dos melhores, o AFI tem em consideração o conteúdo desenvolvido, a sua contribuição para o engrandecimento da cultura do país e a sua influência junto do público e dos artistas.
A par de "A Rede Social" (David Fincher) e "Toy Story 3", o American Film Institute elegeu também "Cisne Negro" (Darren Aronofsky), "The Fighter" (David O. Russell), "A Origem" (Christopher Nolan), "Os Miúdos Estão Bem" (Lisa Cholodenko), "127 Horas" (Danny Boyle), " A Cidade" (Ben Affleck), "True Grit" (Joel & Ethan Coen) e "Winter's Bone" (Debra Granik).
As menções especiais ficaram para "The King's Speech" (Tom Hooper) e "Waiting For ‘Superman'" (Davis Guggenheim).
Na televisão fazem parte da lista: "Boardwalk Empire", "Breaking Bad", "Glee", "Uma Família Muito Moderna", "The Pacific", "Temple Grandin", "Rockefeller 30" e "The Walking Dead".
Criado em 1967, o AFI promove a preservação de obras cinematográficas e forma novos cineastas. David Lynch e Paul Schrader são dois realizadores que passaram pelo AFI Conservatory.
A cerimónia de entrega dos prémios realiza-se no dia 14 de Janeiro. [publico.pt]
O italiano Roberto Saviano foi distinguido com o Prémio Livro Europeu do Ano, na categoria de não ficção, com "A Beleza e o Inferno", e a finlandesa Sofi Oksanen venceu na de ficção, com o romance "Purge".
O júri, presidido pelo escritor e realizador alemão Volker Schlöndorff, decidiu premiar dois livros marcados pela violência que se exerce no norte e no sul do continente europeu.
“Purge” (“Puhdistus”, em finlandês), editado pela Stock e já distinguido com o Prémio Femina Étranger 2010, relata a violência de que foram vítimas as mulheres estónias durante a ocupação soviética.
Filha de mãe estónia e pai finlandês, Sofi Oksanen tem 32 anos e venceu em 2008, ano em que foi publicado o seu romance na Finlândia, os três maiores prémios literários do país, entre os quais o equivalente ao francês Goncourt.
Ninguém ousara até agora abordar desta forma o tema da dor psicológica e física das mulheres num país ocupado.
“Durante muito tempo, tudo isso permaneceu no domínio da tradição oral. Depois de 1991, novas palavras apareceram em estónio, como ocupação, resistência”, explicou recentemente a autora sobre este seu terceiro romance.
Com “A Beleza e o Inferno”, volume que reúne vários ensaios e reportagens, o jornalista italiano Roberto Saviano triunfou sobre as 26 obras propostas pelos outros países da União Europeia, entre as quais as de nomes como Eduardo Lourenço.
Depois da publicação de “Gomorra” (Caderno, 2008), obra sobre a Camorra, máfia napolitana, que o celebrizou mundialmente, Roberto Saviano tornou-se alvo de perseguição dos mafiosos que denunciou, tendo-se visto obrigado a viver na clandestinidade, sempre sob protecção policial, e é sobre isso que reflecte em “A Beleza e o Inferno”.
Mas não só: além de falar do inferno que é a vida em fuga permanente, escreve também sobre a beleza que, apesar de tudo, resiste e da qual não se esquece.
Neste livro, recorda, por exemplo, uma ida às escondidas ao estádio do Barcelona para ver jogar Lionel Messi, a “Pulga”, um dia em que Miriam Makeba foi cantar para ele, Saviano, ou a história de Anna Politkovskaia, ontra jornalista destemida, assassinada por ser essa a única forma de a silenciar.
O Prémio Livro Europeu do Ano é organizado pela União Europeia e tem como objectivo promover os valores europeus e contribuir para uma melhor compreensão dos cidadãos da União Europeia como entidade cultural. [publico.pt]
Títulos disponíveis, na biblioteca municipal, de Roberto Saviano.
"Os Inquilinos", do brasileiro Sérgio Bianchi, venceu o 14.º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, que terminou ontem com uma homenagem a Manoel de Oliveira, e que incluiu a estreia nacional da sua longa-metragem mais recente, "O Estranho Caso de Angélica".
O filme de Sérgio Bianchi conquistou também a preferência do público e os prémios de melhores actor e actriz pelas interpretações de Marat Descartes e Ana Carbatti. Bianchi, conhecido por colocar o dedo nas feridas actuais do Brasil, mostra o quotidiano de um homem que se apercebe que não tem mecanismos para lidar com o mundo que o rodeia, provocando uma sensação de claustrofobia numa história em que três vizinhos alteram a vida de uma família comum.
O prémio revelação foi para “A Espada e a Rosa”, do português João Nicolau, igualmente distinguido pelo júri dos cineclubes. A entrevista com a realizadora belga Chantal Akerman, em “Chantal Akerman, de Cá”, realizada pelo brasileiro Gustavo Beck, conquistou os prémios especiais do público e da crítica.
Nas curtas-metragens, “Avó”, de Michael Wahrmann, foi o melhor dos 29 títulos em competição. Em 12 minutos, o cineasta centra a câmara num miúdo que festeja o 10.º aniversário e começa a descobrir o mundo.
O prémio revelação e a menção honrosa do júri dos cineclubes foram para “O Céu no Andar de Baixo”, do brasileiro Leonardo Cata Preta (foi também o filme mais votado pelo público). O prémio especial do júri foi para “Pickpocket”, de João Figueiras, enquanto “Não Filme em Três Actos e um Prelúdio”, de Rita Macedo, e “Náufragos”, dos brasileiros Gabriela Almeida e Matheus Rocha, tiveram menções honrosas.
O júri dos cineclubes atribuiu o primeiro lugar a “A History of Mutual Respect”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt; a crítica preferiu “O Voo de Tulugaq”, de André Guerreiro Lopes, e o Prémio 2: Onda Curta foi para “Descalço”, de Tomás Baltazar. [publico.pt]
A exposição Bravo, Lapa e Palolo, da Colecção de Serralves, que inaugura a 11 de Dezembro, e a presença de Manoel de Oliveira no Festival de Cinema Luso Brasileiro, no dia 12, encerram as comemorações do 10º aniversário da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira.
Ao longo deste ano, o Município de Santa Maria da Feira assinalou o 10º aniversário da abertura do novo edifício da Biblioteca Municipal. Dez anos marcados por uma intensa actividade, que trouxe a este equipamento mais de um milhão de visitantes e utilizadores.
Dez anos de momentos únicos que, indelevelmente, marcam a história desta Biblioteca: que acolheu vultos da cultura mundial como Eduardo Lourenço, José Saramago Salman Rushdie, Francesco Alberoni, Gianni Vattimo, Bernard Henri-Lévy, Vasco Graça Moura, Roberto Saviano, Shirin Ebadi, Kurt Westergaard e tantos outros, que partilharam as suas inquietudes e a sua visão do Homem e do mundo.
Dez anos marcados pela preocupação de promover o contacto com o artista, e o objecto artístico com exposições de Antonio Possenti, Luca Alinari, Spencer Tunick, Paulo Neves, Júlio Pomar, Graça Morais, Armanda Passos, David Almeida, entre outros; no cinema, com a participação, no Festival de Cinema Luso Brasileiro, dos maiores vultos da cinematografia portuguesa e brasileira.
Dez anos cuja celebração culminará com a inauguração no dia 11, pelas 17h30, da exposição Bravo, Lapa e Palolo, constituída por obras da Colecção da Fundação de Serralves, e no dia 12, pelas 21h30, com a presença de Manoel de Oliveira, no contexto do Festival de Cinema Luso Brasileiro, onde lhe será prestado um tributo pela sua obra, no seu 102.º aniversário.
Durante dez anos, procurámos compor a felicidade de cada um, pois cremos, apropriando-nos das palavras de José Saramago, no texto introdutório do catálogo da exposição colectiva, apresentada no ano em que celebrou, na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, o seu 80.º aniversário, que "... Ao invés do que se imagina, a felicidade não é uma coisa só. A felicidade é uma saca de linhagem que contém coisas pequenas e grandes, um pão, um afecto, uma ideia, uma sede de água, a luz de uma vela, uma toalha de mesa, a dobra de um lençol, uma folha de papel escrita, outra por escrever, um ramo de árvore, uma flor de cacto, uma nuvem, o sopro do vento, o passo da chuva, o regresso do sol, uma pedra na mão, o universo inteiro...".
Título: Tanto, tanto!
Autor: Trish Cooke
Ilustrador: Helen Oxenbury
Editora: Gatafunho
Álbum narrativo de grandes dimensões e fortes jogos cromáticos, Tanto, tanto! tematiza, com recurso a um enredo linear, muito simples e de estrutura paralelística, a manifestação dos afectos em família, em particular junto dos bebés, como forma de promover a união e o equilíbrio. As ilustrações, ao completarem o sentido do texto, recriam, com humor e de forma pormenorizada e com recurso ao movimento e à acção, uma família singular na qual o bebé ocupa uma posição de destaque, uma vez que é segunda a sua perspectiva que a acção se desenrola. Original, sobretudo no panorama editorial português, é o facto de a família retratada ser de cor negra, permitindo a representação de elementos culturais particulares e incentivando o diálogo sobre as situações propostas.
Quase seis décadas após a sua estreia, a ZON Lusomundo traz de volta ao grande ecrã a mais icónica obra de Manoel de Oliveira, em cópia restaurada em alta definição "Aniki Bóbó" e "Douro, Faina Fluvial" de Manoel de Oliveira, que festeja a 11 de Dezembro o seu 102º aniversário.
Manoel de Oliveira estará na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira, no Festival de Cinema Luso Brasileiro a 12 de Dezembro.
"Aniki Bóbó"
Sinopse:
Em 1942, Manoel de Oliveira realizou "Aniki-Bóbó" afirmando-se como um dos mais importantes cineastas portugueses. Vinte anos depois, contrariando tudo o que de mal se tinha dito na altura da estreia, o filme fez sensação em Cannes, nos Encontros Internacionais do Filme para a Juventude. Hoje, este filme é apontado como uma obra memorável de Manoel de Oliveira mesmo por muitos daqueles que não gostam, não compreendem e não aceitam a maioria dos seus filmes. É uma história sobre as crianças pobres do Porto que brincam nas ruas aos "polícias e ladrões". Um deles rouba uma boneca para dar à rapariga dos seus sonhos. Entre o realismo mágico e o lirismo documental, "Aniki-Bóbó" afirma-se como uma obra pioneira do neo-realismo. [cinecartaz.publico.pt]
"Douro, Faina Fluvial"
Sinopse:
Filmado em 1931 e com 21 minutos, é o primeiro filme de Manoel de Oliveira onde, a partir de um período de 24 horas, é reconstituída a agitação da zona ribeirinha do Porto. Ainda sem experiência no cinema, o realizador filma toda a actividade que se desenvolve diariamente na margem do Douro: a circulação, o carregamento e descarregamento de barcos, o rio, as pessoas, a Ponte de D. Luís e os bairros circundantes. Em 1931, depois de uma primeira montagem o realizador apresentou pela primeira vez "Douro, Faina Fluvial" como filme mudo. Três anos depois, estreou em versão sonora. E, em 1994, a partir de materiais da versão original, num restauro imaculado pela Cinemateca Portuguesa, o realizador apresentou a nova visão do filme.[cinecartaz.publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: "As Aventuras de Sammy: A Passagem Secreta" de Ben Stassen com as vozes de Melanie Griffith, Isabelle Fuhrman, Yuri Lowenthal; "As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada" de Michael Apted com Skandar Keynes, Georgie Henley, Ben Barnes, Will Poulter; "Scott Pilgrim Contra o Mundo" de Edgar Wright com Michael Cera, Alison Pill e Mary Elizabeth Winstead.
"As Aventuras de Sammy: A Passagem Secreta"
Sinopse:
A aventura começa no momento em que Sammy (Voz de Yuri Lowenthal), uma pequena tartaruga do mar, quebra o seu ovo e sai para o mundo, numa solarenga praia californiana. Logo após o nascimento conhece uma tartaruguinha de nome Shelly (Isabelle Fuhrman) por quem se apaixona de imediato e com quem vive momentos inesquecíveis. Até que, numa situação inesperada, se perdem um do outro. Assim, durante os 50 anos que se seguem, os dois apaixonados irão viver uma busca incessante na esperança de um reencontro. Nessa busca Sammy vai encontrar amigos, vai salvar e ser salvo e perceber que em tudo, muito especialmente nas questões do amor, nunca se pode perder a esperança.... [cinecartaz.publico.pt]
"As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada"
Sinopse:
As personagens da extraordinária história criada pelo irlandês C.S. Lewis voltam a ganhar vida na terceira aventura da série "As Crónicas de Nárnia". Através de um estranho quadro, Lucy e Edmund Pevensie (Georgie Henley e Skandar Keynes), na companhia do seu antipático primo Eustace (Will Poulter), são transportados através de Inglaterra para o mundo mágico de Nárnia onde reencontram o outrora príncipe Caspian (Ben Barnes), agora soberano. A bordo do Caminheiro da Alvorada, um navio colossal, farão uma excitante e perigosa viagem a umas ilhas misteriosas, o que será, uma vez mais, um enorme teste à sua coragem e auto-domínio. E, no fim da jornada, algo de muito importante estará à sua espera... [cinecartaz.publico.pt]
"Scott Pilgrim Contra o Mundo"
Sinopse:
Scott Pilgrim (Michael Cera) é um rapaz de 22 anos cuja única excentricidade é tocar numa banda. A recuperar de uma relação castradora com Knives Chau (Ellen Wong), que o persegue por todo o lado, conhece Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), uma rapariga absolutamente encantadora que apenas tem um senão: o seu passado romântico. Ramona, para além dela própria, traz consigo sete ex-namorados(as) que, para além de muito violentos, ainda não conseguiram interiorizar que a relação terminou. Agora, Scott tem de perceber que, para ganhar o amor da nova namorada, terá de, numa luta desigual, vencer sete adversários impiedosos.
Escrito e realizado por Edgar Wright ("Hot Fuzz - Esquadrão de Província", Shaun of the Dead ), é baseado na novela gráfica com o mesmo nome criada por Bryan Lee O'Malley. [cinecartaz.publico.pt]
Muita coisa mudou desde a primeira edição do Prémio Turner, criado em 1984. A arte e os artistas já não são os mesmos e, 26 anos depois, o som chegou e venceu.
Susan Philipsz, 45 anos, foi a primeira artista a trabalhar com som e a fazer parte da shortlist do mais importante prémio de arte britânica. E ganhou 30 mil euros.Apontada como favorita pelos críticos da imprensa britânica, a artista escocesa, nascida em Glasgow, ficou a saber que seria a escolhida numa cerimónia realizada ontem na Tate Britain, em Londres.A artista cria instalações com música e recorrendo à sua própria voz, explorando a forma como o espaço e o som se relacionam e influenciam mutuamente. “Interessa-me perceber como o som define o espaço e nos alerta para ele”, disse Philipsz no vídeo de apresentação do trabalho, disponível no site do Channel 4, que transmitiu a cerimónia em directo. “O som tem efeitos psicológicos e consegue cativar-nos, despertar-nos”, acrescentou.“Lowlands”, o trabalho apresentado na Tate Britain e que lhe valeu o prémio, foi inspirado no original homónimo que desenvolveu em Glasgow, para a edição deste ano do Festival Internacional de Artes Visuais. Susan Philipsz pegou numa música tradicional escocesa – um lamento do século XVI de um marinheiro perdido no mar – e com ela fez uma instalação em três pontes da cidade. Quem sobre elas passava – de carro ou a pé – era convidado a descobrir de onde vinha o som.“Quando estava a trabalhar no projecto descobri que existiam três versões diferentes da mesma música e por isso decidi gravar as três e colocá--las em pontes”, disse a artista, explicando que com isso quis “despertar os sentidos das pessoas” para aquilo que se passa debaixo daquelas estruturas viárias. “É que por cima é tudo muito bonito mas, por baixo, é escuro.”Nos quatro finalistas estavam também o pintor Dexter Dalwood, a escultora Angela de la Cruz e o colectivo The Otolith Group.O Turner Prize é um dos momentos mais aguardados do calendário das artes contemporâneas e anualmente distingue o que de melhor se faz no Reino Unido. O prémio vai para o artista plástico britânico que mais se destacar em exposições ou outro tipo de apresentações durante o ano.O júri desta edição contou com uma portuguesa, a directora do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Isabel Carlos.[publico.pt]
Jorge Molder foi o escolhido pelo júri da 10ª edição do Grande Prémio EDP/Arte. O vencedor foi anunciado esta segunda-feira, numa cerimónia que decorreu no Museu da Electricidade e que contou com a presença da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Jorge Molder destaca-se na área da fotografia e o seu trabalho pode ser encontrado em quase todas as mais importantes colecções portuguesas, como a da Caixa Geral de Depósitos (Lisboa), a da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (Lisboa), e a do Centro de Arte Moderna José de Azeredo de Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). O fotógrafo português tem ainda trabalhos em muitas colecções estrangeiras como Art Institute of Chicago, Artothèque de Grenoble (Grenoble), Everson Museum of Art (Syracuse, Nova Iorque), Fonds National d'Art Contemporain (Paris), Maison Européenne de la Photographie (Paris), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madrid), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), e Museo Estremeño Iberoamericano de Arte Contemporáneo (Badajoz).
Jorge Molder foi ainda director do Centro de Arte Moderna, da Fundação Calouste Gulbenkian.
O Grande Prémio EDP/Arte é o mais significativo em Portugal atribuído às artes plásticas, premiando o vencedor com 35 mil euros. Jorge Molder vai ter ainda uma exposição retrospectiva da sua obra, organizada pela Fundação EDP.
O artista não esteve presente na cerimónia por motivos profissionais.
O júri da edição deste ano, presidido por António Mexia (presidente do conselho de administração executivo do grupo EDP e presidente da Fundação EDP), foi constituído por António Franco (director do MEIAC – Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, de Badajoz), António Gomes Pinho (presidente do conselho de fundadores da Fundação de Serralves e professor universitário), Alexandre Melo (sociólogo, crítico de arte e professor univeritário), Jean-François Chougnet (director do Museu Coleccção Berardo e curador), Jorge Silva Melo (encenador, cineasta, director artístico dos Artistas Unidos) e João Pinharanda (consultor para as Artes da Fundação EDP).
Criado em 2000, este prémio é uma iniciativa trienal da Fundação EDP e distingue artistas plásticos portugueses, com carreira historicamente relevante, desenvolvida em Portugal ou no estrangeiro, e cujo trabalho tenha contribuído para afirmar as tendências estéticas contemporâneas.
Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny (2002), Álvaro Lapa (2004) e Eduardo Batarda (2007) foram alguns dos artistas já distinguidos por este prémio. [publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
"The King's Speech" foi o vencedor da edição deste ano do Moet British Independent Film Awards (BIFA): cinco galardões. O filme, que conta a história do rei Jorge VI de Inglaterra, protagonizado por Colin Firth, e a luta contra a sua gaguez nervosa, recebeu o prémio de melhor filme, melhor actor (Colin Firth), melhor actor secundário (Geoffrey Rush), melhor actriz secundária (Helena Bonham Carter) e ainda melhor argumento, de David Seidler.
A actriz Carey Mulligan venceu na categoria de melhor actriz, pelo seu papel no filme "Never Let Me Go".
Gareth Edwards, realizador de "Monsters", uma produção de ficção-cientifica independente, foi galardoado com o prémio de melhor realizador, vencendo nomes como Mike Leigh e Tom Hooper.
O prémio de melhor estreia na realização foi para Clio Barnard, por "The Arbor". Joanne Froggatt foi considerada a actriz revelação, pelo seu papel em "In Our Name".
"Um Profeta", filme de Jacques Audiard, foi considerado o melhor filme estrangeiro, "Enemies Of The People" venceu na categoria de melhor documentário, "Son Of Babylon" ganhou o Raindance award, e "Baby" distinguiu-se como a melhor curta-metragem britânica.
Os prémios do cinema independente britânico foram criados em 1998 e distinguem o que melhor se faz no cinema britânico. [publico.pt]
"O Escritor-Fantasma" de Roman Polanski foi o grande vencedor da 23ª edição dos Prémios do Cinema Europeu: seis prémios, incluindo o de melhor filme e melhor realizador.
Polanski não esteve presente na cerimónia que decorreu em Tallin, na Estónia, mas agradeceu as distinções via videoconferência. Além de melhor filme e melhor realizador, "O Escritor-Fantasma" arrecadou ainda o prémio para melhor argumento, melhor actor (Ewan McGregor), melhor banda sonora, para Alexandre Desplat, e melhor direcção artística, para Albrecht Konrad.
O filme de Polanski já tinha sido distinguido este ano, em Fevereiro, no Festival de Berlim, com o Urso de Prata.
Em destaque, esteve também o filme "Líbano", do realizador israelita Samuel Maoz. O filme estava nomeado para cinco categorias e venceu o prémio para melhor fotografia e o prémio FIPRESCI, da Federação Internacional da Crítica Cinematográfica.
Sylvie Testud recebeu o galardão de melhor actriz por "Lourdes", ao interpretar uma mulher que admite a possibilidade de um milagre para a sua doença.
"Carlos", de Olivier Assayas, distinguiu-se na categoria de melhor montagem e "O Ilusionista", de Sylvain Chomet, foi considerado o melhor filme de animação.
O actor suíço Bruno Ganz recebeu o prémio de honra pela sua carreira e Gabriel Yared, compositor libanês, recebeu a mesma distinção pelos contributos ao cinema com bandas sonoras como "O Paciente Inglês".
Os Prémios de Cinema Europeu foram criados em 1988 e são concedidos anualmente pela Academia Europeia do Cinema. [publico.pt]