Título: Sabes onde é que os teus pais se conheceram?
Autor: Maria Inês de Almeida
Ilustração: Paulo Galindro
Editora: Booksmile
Sinopse:
“Sabes onde é que os teus pais se conheceram" é um livro que vai deixar as crianças curiosas para descobrir o que aconteceu na primeira vez que os pais se viram, e a convidá-los a contar a história de como se apaixonaram. Já os pais vão poder recordar esse momento mágico e partilhá-lo com os seus filhos e, quem sabe, até encontrar no livro a sua história. Terá sido num jogo de futebol? Na bomba de gasolina, enquanto abasteciam? A comprar bilhetes para o concerto da banda preferida?
Estreiam, hoje, os filmes: "A Casa dos Sonhos" de Jim Sheridan, com Daniel Craig, Rachel Weisz, Naomi Watts; "Os Famosos e os Duendes da Morte + Voodoo" de Esmir Filho com Henrique Larré, Ismael Caneppele, Tuane Eggers; "Millennium 3 – A Rainha no Palácio das Correntes de Ar" de Daniel Alfredson com Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Lena Endre; "Os Bem-Amados" de Christophe Honoré, com Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Ludivine Sagnier, Louis Garrel, Paul Schneider, Milos Forman e o "O Ùltimo Reduto" de Jonathan English com Paul Giamatti, Jason Flemyng, Brian Cox, Derek Jacobi.
"A Casa dos Sonhos"
Sinopse:
Will e Libby Atenton (Daniel Craig e Rachel Weisz) e as filhas pequenas de ambos trocam Manhattan por Nova Inglaterra em busca de mais sossego. Mas a casa para onde se mudam, que de início parecia o lugar com que sempre sonharam, começa a revelar pormenores assustadores relacionados com a antiga família que a habitava. É então que descobrem, através de Ann Patterson (Naomi Watts), que, alguns anos antes, foram ali encontradas mortas uma mulher e duas crianças supostamente assassinadas por Peter Ward, o marido, hoje internado num hospital psiquiátrico. Assustado mas determinado a desvendar o mistério por detrás do crime, Will resolve visitar Peter, cujo passado lhe desperta a curiosidade. É então que, no hospital, lhe é revelado algo terrível que nunca poderia imaginar: ele e Peter Ward são a mesma pessoa...
Entre duas realidades paralelas que não consegue compreender, este homem vai ter de encontrar as respostas que o ligam ao passado e, para isso, apenas poderá contar com o auxílio de Ann que, aparentemente, também guarda os seus próprios segredos. Um "thriller" psicológico realizado por Jim Sheridan ("Em Nome do Pai", "Na América", "Entre Irmãos"). [cinecartaz.publico.pt]
"Os Famosos e os Duendes da Morte + Voodoo"
Sinopse:
Mr. Tambourine (Henrique Larré) é um jovem de 16 anos, fã de Bob Dylan, a viver numa pequena aldeia brasileira de cultura alemã e cujo maior sonho é assistir ao vivo a um concerto do seu ídolo. Isolado num lugar onde pouco ou nada lhe desperta interesse, viaja pelo mundo através da internet, onde encontra novos lugares e conhece pessoas iguais a si. Até conhecer o recém-chegado Julian e a sua história sinistra - o estranho vai transformar-se então numa obsessão que alimentará os dias até então tranquilos de Mr. Tambourine.
A partir do livro homónimo do escritor brasileiro Ismael Caneppele - que assina o argumento e ainda assume o papel de Julian -, a primeira longa-metragem de Esmir Filho é um drama melancólico sobre a adolescência.
A abrir a sessão a curta "Voodoo", de Sandro Aguilar ("A Zona"), sobre a magia empática e os seus dois princípios: Lei da Similaridade e a Lei do Contágio. [cinecartaz.publico.pt]
"Millennium 3 – A Rainha no Palácio das Correntes de Ar"
Sinopse:
Lisbeth Salander (Noomi Rapace) encontra-se entre a vida e a morte, com uma bala alojada no crânio, depois de ter sido incriminada pela morte dos jornalistas que tencionavam expor a verdade sobre o tráfico de mulheres na Suécia. Com inimigos poderosos a desejar silenciá-la, Lisbeth terá de encontrar maneira de sobreviver e testemunhar contra algumas das mais poderosas individualidades do país. Para isso, poderá contar apenas com o seu grande aliado: o jornalista Mikael Blomkvist, que também está determinado a pagar o preço necessário para acabar com aquela associação criminosa, cujas ramificações, cada vez mais complexas e aterradoras, parecem não ter fim.
Realizado por Daniel Alfredson, a adaptação do terceiro tomo da trilogia "Millennium" de Stieg Larsson, falecido em 2004, antes de poder ver a
sua obra tornar-se um fenómeno da literatura mundial. [cinecartaz.publico.pt]
"Os Bem-Amados"
Sinopse:
Duas gerações de mulheres, Madeleine e Vera, mãe e filha. As suas vidas e os seus amores, as suas ilusões e desenganos. Esta é a história delas e dos homens que amaram, seja no passado de Madeleine, na década de 60, com a emancipação feminina e o amor livre, ou na fuga ao compromisso que marca a geração de Vera, durante os anos 90 e passagem do século.
Um musical escrito e realizado por Christophe Honoré ("Em Paris") que tem no elenco alguns dos mais importantes actores franceses da actualidade:
Catherine Deneuve, Chiara Mastroianni, Louis Garrel e Ludivine Sagnier. O filme conta ainda com a participação especial do premiado realizador checo Milos Forman ("Amadeus", "Voando Sobre um Ninho de Cucos") e do conhecido cantautor francês Michel Delpech. [cinecartaz.publico.pt]
"O Último Reduto"
Sinopse:
A 15 de Junho de 1215, um diploma formal, a "Magna Carta", defendia o direito dos homens livres contra o poder absoluto e despótico dos monarcas ingleses, que se tornavam automaticamente sujeitos à lei. O rei João I (Paul Giamatti), então regente de Inglaterra, foi forçado a aceitar e a assinar o acordo e obrigado a devolver o castelo de Rochester ao arcebispo da Cantuária (Charles Dance). Mas, sem aceitar a derrota que aquele documento implicava, decide criar um exército de mercenários e recuperar o poder através do terror e da violência, dando origem a uma revolta entre os barões. É é assim que, cercado no castelo por um exército implacável, um grupo de homens valentes se une contra um rei e a sua sede de poder.
Realizado por Jonathan English, um filme de acção e aventura baseado na verdadeira história do cerco ao castelo de Rochester que, apesar de ter
terminado em tragédia, se tornou num dos símbolos de liberdade e luta contra o absolutismo. [cinecartaz.publico.pt]
Como se faz uma revolução?
O Norte de África e o Médio Oriente estão em chamas. “As liberdades não são dadas, elas são tomadas!”disse Petr Kropotkin. Este é o significado daquilo que está acontecer.
Não emergiu um único líder político em oposição a Kadafi, Assad, Mubarak ou Ben Alì, mas o povo, pessoas, a gente comum. É a revolução do “Senhor Pereira”. É estranho, é novo. No passado, para um Rheza Palavi havia Khomeini, para Farouk havia Nasser, hoje seria impensável.
Por outro lado, podemos falar hoje de revoluções ou será mais correcto falar de motins no termo dos quais, um sistema de poder transnacional inexoravelmente se reconstitui?
Que espaço deixa para uma verdadeira mudança o Império global descrito por Toni Negri, nos seus textos mais recentes?
Data: 15 de Outubro de 2011
Hora: 15h00
Local: Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira
António Negri
Mona Prince
Vasco Lourenço
Inscrições: limitadas e sujeitas a confirmação
Contactos: tel. 256 377 030 | fax. 256 377 031 | e-mail biblioteca@cm-feira.pt
O último filme de Pedro Serrazina, "Os Olhos do Farol", foi já nove vezes premiado como "melhor curta-metragem" ou "melhor animação" em
festivais de cinema, o último dos quais no CINEPORT que terminou no domingo, em João Pessoa, no Brasil.
Em declarações hoje à Lusa, o realizador manifestou-se "surpreendido" com o reconhecimento que os seus filmes têm obtido em festivais internacionais de cinema de animação de todo o mundo.
"É surpreendente, faz com que uma pessoa se sinta humilde perante o seu próprio trabalho", considerou.
O seu último filme, uma coprodução entre Portugal e a Holanda, é uma curta de 15 minutos que combina personagens desenhadas com imagem real do mar e cenários pintados.
Além do prémio obtido no Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (CINEPORT), Pedro Serrazina congratulou-se também com o reconhecimento obtido na Alemanha, no Lucas - Frankfurt Film Festival (Best animation). Este festival vai já na sua 34.ª edição e é dedicado a filmes para crianças.
Itália, Rússia, Alemanha, Turquia, Brasil, Espanha, Inglaterra, Irlanda, França, Bélgica, Grécia, Angola, Polónia, México e Dinamarca são alguns dos países onde "Os olhos do Farol" já foi exibido, desde que estreou em 2010.
O primeiro filme de Pedro Serrazina, "História do Gato e da Lua", estreou-se em competição no festival de Cannes'96 e foi galardoado com 15 prémios internacionais.
"Há dias, na Alemanha, uma jovem russa contou-me que o 'Gato' era estudado nas aulas de cinema da Universidade de Moscovo. É surpreendente", frisou o realizador.
Nascido em Lisboa em 1968, Pedro Serrazina estudou arquitetura no Porto durante cinco anos, deixando o curso incompleto para se dedicar profissionalmente ao cinema de animação.
Em 1996 mudou-se para Inglaterra para tirar um curso de mestrado no Royal College of Arts, onde permaneceu um ano extra como assistente, pesquisando o "uso do espaço como elemento narrativo no cinema de animação".
Desde então tem combinado uma carreira académica com o desenvolvimento do seu trabalho criativo em várias áreas.
Projetos recentes incluem a publicação de um livro de ilustrações e contos, "Pequenas Estórias Sem Importância" editado como complemento de uma performance para crianças, exibida no Teatro do Campo Alegre, no Porto (2006).
Nos últimos quatro anos, Pedro Serrazina foi diretor do curso de licenciatura em Animation Arts na University for the Criative Arts, Maidstone, onde organizou AniMaidstone 2009.
Este evento internacional combinou a produção de cinco animações/documentários realizados por estudantes e dedicados às comunidades desfavorecidas de Maidstone, com uma conferência dedicada a questões de identidade cultural no cinema de animação e documentário.
Pedro Serrazina é também professor convidado da Universidade Católica do Porto e participa regularmente em júris e workshops internacionais.
Recentemente deixou o seu cargo de diretor de curso em Inglaterra para dedicar mais tempo a projectos pessoais. [dn.pt]
Jorge Manuel d’Abreu Palma nasceu em Lisboa, a 4 de Junho de 1950, e com apenas seis anos, ao mesmo tempo que aprendia a ler e a escrever, iniciou os seus estudos de piano, realizando, com apenas oito anos, a sua primeira audição no Conservatório Nacional, numa altura em que era aluno de Maria Fernanda Chichorro.
Em 1963, venceu o segundo prémio e uma menção honrosa num Concurso Internacional das Juventudes Musicais, realizado em Palma de Maiorca, ao mesmo tempo que prosseguia os seus estudos normais, primeiro no Liceu Camões, depois num Colégio Interno, em Mouriscas, perto de Abrantes. [ler mais]
Novo disco "Com Todo Respeito" de Jorge Palma
Os fãs de Jorge Palma no Facebook foram os primeiros a ouvir o tema de apresentação de Com Todo Respeito, o novo álbum do compositor, que chega às lojas a 24 de Outubro. A canção, Página em branco, pode ser ouvida naquela rede social desde ontem.
Quatro anos separam este trabalho de originais do seu antecessor, o comercialmente bem sucedido Voo Nocturno. Jorge Palma reconhece um bloqueio criativo no novo single, mas de muito menor duração: "Tenho uma página em branco e uma guitarra na mão/ Ando nisto há quatro dias e não me sai a canção".
Os Demitidos, a banda que acompanha o músico desde Norte (2004), também estão de volta.Com Todo Respeito conta, de resto, com Cristina Branco, Carlos Barreto, Carlos Bica, Bruno Vasconcelos e Vicente Palma como convidados. Carlos Tê e José Luis Peixoto contribuem com uma letra cada. Flak é o produtor.
Com Todo Respeito é editado a 24 de Outubro, com o selo da EMI Music Portugal. O concerto de apresentação do álbum acontece poucos dias depois, a 27, no espaço TMN Ao Vivo, em Lisboa. [ípsilon.publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o CD de Jorge Palma “Com todo o respeito”.
Primeiro, uma menção honrosa. Agora, o Prémio da Crítica Internacional. O filme Sangue do Meu Sangue, do realizador João Canijo, recebeu hoje mais um galardão não oficial do festival San Sebastian, que este sábado termina em Espanha.
Em competição por este prémio estavam outros 15 filmes. Acabou por vencer o novo trabalho de Canijo, que na quinta-feira assegurou a difusão na estação de televisão pública espanhola ao receber a menção honrosa na atribuição do prémio Otra Mirada da TVE.
Sangue do Meu Sangue, que o cineasta escreveu em parceria com os actores, narra o amor de uma mãe solteira pela filha, interpretadas por Rita Blanco e Cleia de Almeida.
Para a produtora Midas Filmes, a “atribuição destas duas distinções tem um significado muito especial”, tanto pela participação “extremamente importante” da TVE no cinema nacional como por ser atribuído “por um grupo alargado e prestigiado de críticos”, refere em comunicado.
A escolha pertenceu a cinco jornalistas de cinema da federação internacional da imprensa cinematográfica, a FIPRESCI, de um júri presidido por Paulo Portugal e do qual faziam ainda parte Horacio Bernades, da Argentina, Geri Krebs, da Suíça, Stanislav Ulver, da República Checa, e Imma Merino Serrats, de Espanha.
O filme estreia em Portugal a 6 de Outubro e continuará a ser exibido nos festivais internacionais – em Toronto, no Rio de Janeiro e em Busan (Coreia do Sul). [publico.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 25 de Setembro, pelas 21.45h, o filme "Cisne" de Teresa Villaverde.
O Prémio Máxima de Literatura foi atribuído esta sexta-feira a Inês Pedrosa pelo livro "Os Íntimos" (editado pela Dom Quixote em 2010). Esta é a segunda vez que a escritora vence este prémio, depois de em 1998 ter sido distinguida com o romance "Nas Tuas Mãos" (Dom Quixote).
Segundo o comunicado do júri, constituído por Maria Helena Mira Mateus, Valter Hugo Mãe, Leonor Xavier e Laura Torres, directora da Máxima, Inês Pedrosa foi escolhida por unanimidade.
O Prémio Máxima de Literatura, no valor de quatro mil euros, é o único prémio literário exclusivamente atribuído a mulheres em Portugal.
Inês Pedrosa nasceu em 1962. Iniciou a carreira como jornalista e, desde Fevereiro de 2008, é directora da Casa Fernando Pessoa.
Depois do best seller "Fazes-me Falta" (mais de 100 mil exemplares vendidos) e de ter sido finalista do Prémio PT de Literatura com "A Eternidade e o Desejo", Inês Pedrosa regressou ao romance em Abril de 2010 com "Os Íntimos", uma visita ao universo dos homens. Os seus livros têm sido publicados em Espanha, em Itália, no Brasil e na Alemanha.
Prémio Máxima Ensaio
Na categoria de Ensaio, Maria de Fátima Bonifácio foi a vencedora. A historiadora venceu o Prémio Máxima Ensaio com o livro "Monarquia Constitucional 1807 - 1910", uma síntese magistral do regime que dominou o século XIX português, editado pela Texto.
Licenciada em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, Maria de Fátima Bonifácio é doutorada, também em História, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. De acordo com o comunicado do júri do prémio, no valor de 1500 euros, "a sua produção científica aborda sobretudo a história portuguesa do século XIX, com particular atenção para o período entre 1834 e 1851". Ainda este ano, a historiadora publicou na Dom Quixote, "Memórias do Duque de Palmela", original inédito de 424 páginas que se encontra há dois séculos perdido entre o espólio do Arquivo Nacional Torre do Tombo e que transcreveu, editou e prefaciou.[ipsilon.publico.pt]
Salman Rushdie esteve, a 01 de Dezembro de 2006, com Claúdio Torres e Anselmo Borges, na biblioteca municipal, no Simpósio de Santa Maria da Feira:“Qual é o Deus do Mediterrâneo”.
Escritor inglês de origem indiana, nasceu a 19 de Junho de 1947, em Bombaim (Índia). Terminou em 1968 a licenciatura em História na Universidade de Cambridge e trabalhou como actor e redactor publicitário.
Apesar de o seu nome se ter tornado famoso em todo o mundo por ter sido condenado à morte por motivos religiosos, Rushdie já antes se havia notabilizado com o seu segundo romance Midnight's Children (Os Filhos da Meia-noite , 1980) que recebeu não só o Booker Prize desse ano mas também, em 1993, o Booker of Bookers para o melhor dos vencedores desse prémio num período de 25 anos.
Antes deste já tinha escrito Grimus (1975). Entre antologias de contos e ensaios foi publicando os romances Haroun and the Sea of Stories (Harum e o Mar de Histórias , 1990), The Moor's Last Sigh (O Último Suspiro do Mouro , 1995) e The Ground Beneath Her Feet (O Chão que Ela Pisa , 1999).
A obra de Rushdie é marcada pelo fascínio pela cultura e mitologia indo-europeias, sendo constituída por fábulas alegóricas sobre temas históricos e filosóficos. [ler mais]
Título: A aranha e eu
Autor: Fran Alonso
Editora: Kalandraka
Sinopse:
Um belo dia, de repente, uma aranha gorda e feia, saltou do céu e veio aterrar no meu corpo. Primeiro, a descarada, explorou um dedo do meu pé, volumoso como um kiwi. Depois, subiu até aos meus tornozelos, rugosos como a pele de uma tangerina.
Um álbum de grande beleza artística e literária, ideal para todos os públicos, desde os primeiros leitores até aos adultos, pela delicadeza com que as palavras percorrem a geografia do corpo humano na figura de uma menina, comparando cada parte com um fruto, através do seu formato, tamanho e textura. O recurso à aranha, socialmente considerada como um animal pouco querido, proporciona um subtil contraste e inclusivamente um certo toque de humor, tornando os leitores partícipes das sensações que a protagonista recebe da narrativa ao longo do percurso do insecto. Esta obra oferece uma abordagem visual e poética do corpo humano.
Estreiam, hoje, os filmes: "A morte de Carlos Gardel" de Solveig Nordlund com Rui Morrison, Teresa Gafeira e Celia Williams; "Post Mortem" de Pablo Larraín com Alfredo Castro, Antonia Zegers e Amparo Noguera; "Uivo" de Rob Epstein, Jeffrey Friedman com James Franco, Todd Rotondi e Jon Prescott; "Amor, Estúpido e Louco" de Glenn Ficarra, John Requa com Steve Carell, Ryan Gosling e Julianne Moore; o documentário "Cave of Forgotten Dreams" de Werner Herzog com Werner Herzog, Dominique Baffier e Jean Clottes.
"A morte de Carlos Gardel"
Sinopse:
Nuno (Carlos Malvarez), o filho toxicodependente de Álvaro e de Cláudia (Rui Morrison e Celia Williams), encontra-se numa cama de hospital em coma devido a uma overdose. Durante dois dias, ele é visitado por várias pessoas da família que sofrem o pesadelo da sua morte iminente e, supostamente, evitável. Assim, confortado por eles e através das suas memórias, vamos conhecendo o passado de Nuno e o presente de cada um, com as suas tristezas, culpas e desolações. É então que Álvaro, o pai, numa fuga ao sofrimento, transforma a sua paixão pelo tango - e pelo cantor argentino Carlos Gardel - numa obsessão sem limites.
Baseado na obra homónima de António Lobo Antunes, um drama realizado por Solveig Nordlund ("Aparelho Voador a Baixa Altitude", "A Filha") que é, segundo a própria realizadora, um filme sobre "um conjunto de más consciências". [cinecartaz.publico.pt]
"Post Mortem"
Sinopse:
Chile, Setembro de 1973. A história decorre durante os dias do golpe de Estado pelo general Augusto Pinochet contra o Governo de Salvador Allende. Mario Cornejo (Alfredo Castro) é um homem triste e solitário a trabalhar numa morgue de Santiago, onde transcreve os relatórios das autópsias. Nancy Puelma (Antonia Zegers), a sua vizinha, é uma corista de cabaret que se recusa a envelhecer. Um dia os caminhos de ambos cruzam-se e Mario apaixona-se irremediavelmente. Obcecado, segue a vida de Nancy, observando todos os seus passos. Até que, uma manhã, ele encontra a casa dela destruída. É então que, em desespero, passa a procurar o seu rosto em cada cadáver que chega à morgue. Até, finalmente, a encontrar...
Terceira longa de Pablo Larraín, "Post Mortem" é o segundo tomo de uma trilogia dedicada aos anos negros da ditadura chilena (o primeiro foi "Tony Manero", em 2008).[cinecartaz.publico.pt]
"Uivo"
Sinopse:
Em 1956, Allen Ginsberg edita a obra "Howl and Other Poems", que se tornaria no livro de poesia mais vendido da História dos EUA. No ano seguinte, em São Francisco, esse livro, assim como o seu autor, é levado a tribunal acusado de obscenidade. A defesa ficará a cargo de Jake Ehrlich (Jon Hamm), um advogado prestigiado pela sua apaixonada defesa da liberdade civil. Através de uma entrevista ficcionada e seguindo o jovem Ginsberg (James Franco) durante todo o processo, os realizadores Rob Epstein e Jeffrey Friedman, mostram uma época fulcral no Movimento Beat e a sua importância no seio da contracultura dos EUA no final da década de 50, por muitos considerado como o esboço do movimento hippie, nascido na década seguinte. [cinecartaz.publico.pt]
"Amor, Estúpido e Louco"
Sinopse:
Cal (Steve Carell) chegou aos 40 anos com tudo aquilo com que sonhou: uma boa situação económica, uma esposa dedicada e dois filhos que não dão preocupações. Porém, tudo se esfuma quando, subitamente, Emily (Julianne Moore), a mulher, lhe pede o divórcio. Depois de algum tempo de total apatia e autocomiseração, Cal decide que está na hora de seguir a sua vida e voltar ao "activo". Porém, cedo percebe que as suas técnicas de sedução, eficazes no passado, se tornaram obsoletas. É então que dá de caras com Jacob (Ryan Gosling), um solteirão empedernido com muito jeito para mulheres que se transforma numa espécie de consultor de imagem de Cal e que o transforma num autêntico íman de sedução. Porém, por muitas voltas que dê ao seu coração, há coisas que Cal não consegue alterar...
Realizado por Glenn Ficarra e John Requa, a dupla responsável por "Eu Amo-te Phillip Morris", uma das mais bem sucedidas comédias de 2010. [cinecartaz.publico.pt]
"Cave of Forgotten Dreams"
Sinopse:
As grutas de Chauvet só foram vistas por um pequeno número de pessoas. Agora, Werner Herzog leva-nos ao seu interior onde estão as gravuras mais antigas da humanidade até hoje conhecidas. [cinema.ptgate.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: "Killer Elite - O Confronto" de Gary McKendry com Robert De Niro, Jason Statham e Yvonne Strahovski; "Os olhos de Julia" de Guillem Morales com Belén Rueda, Lluís Homar e Pablo Derqui; "O caçador de trolls" de André Øvredal com Otto Jespersen, Glenn Erland Tosterud e Johanna Mørck.
"Killer Elite - O Confronto"
Sinopse:
Para salvar Hunter (Robert De Niro), o seu amigo e mentor Danny Bryce (Jason Statham), um ex-membro das forças especiais inglesas, é obrigado a deixar um exílio auto-imposto, voltar ao activo e reunir Davies (Dominic Purcell) e Meyer (Aden Young), os seus antigos parceiros.
Juntos, os três homens vão ter de se infiltrar na unidade militar britânica SAS (Special Air Services) e destruir Spike (Clive Owen) e o seu grupo de assassinos a tempo de evitar um conflito de escala internacional.
Com realização de Gary McKendry, um thriller de acção baseado na obra "The Feather Men", de sir Ranulph Fiennes, que o autor afirma ter sido baseada em factos reais. [cinecartaz.publico.pt]
"Os olhos de Julia"
Sinopse:
Julia (Belén Rueda) é informada do suicídio de Sara, a sua irmã gémea. Chocada e incrédula decide investigar a fundo as circunstâncias que terão levado Sara a esse acto e vasculhar tudo o que se passou ao longo dos últimos meses de vida da irmã. Quanto mais as investigações avançam mais Julia se convence de que se terá tratado de assassínio e de que tudo está de alguma maneira relacionado com a doença degenerativa dos olhos que afectou ambas e que acabou por cegar a irmã. Porém, apesar dos seus esforços, parece que nem mesmo Isaac (Lluís Homar), o seu marido, concorda consigo. Assim, à medida que se embrenha naquele estranho enigma, mais profundamente ela se perde numa espiral de solidão e trevas.
Segunda obra do espanhol Guillem Morales depois de "El habitante Incierto"(2004), conta com Guillermo del Toro na equipa de produção. [cinecartaz.publico.pt]
"O caçador de trolls"
Sinopse:
Após um surto de ataques a ursos numa reserva natural no Norte da Noruega, que o Governo tenta desdramatizar, alguns estudantes de cinema decidem apurar a verdade. Ignorando os avisos das autoridades sobre os perigos, munem-se de uma câmara de vídeo e partem em busca de material para um documentário. Durante a busca, conhecem Hans (o comediante Otto Jespersen), um homem enigmático conhecido como o "caçador de trolls". E é então que os jovens descobrem o segredo mais bem guardado do Governo norueguês: a existência de trolls, seres que eles julgavam apenas habitar na sua imaginação.
Um "mockumentary" (falso documentário) que mistura o terror com a comédia, realizado por André Øvredal. O filme abriu a última edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. [cinecartaz.publico.pt]
O pintor Júlio Resende morreu esta quarta-feira, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos. O corpo do artista ficará em câmara-ardente na igreja paroquial de Valbom.
Júlio Resende, nascido no Porto a 23 de Outubro de 1917, frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e de Paris, tendo iniciado a sua actividade artística como ilustrador em semanários infantis e na imprensa diária ainda quando era jovem.
Em 1946, ano em que apresentou a sua primeira exposição em Lisboa, José Resende obteve uma bolsa de estudo no estrangeiro do “Instituto para a Alta Cultura”, tendo sido nesta sua passagem pela Europa, em especial por Paris e Madrid, onde teve contacto com as obras de Picasso e Goya, que Júlio Resende despertou para a pintura abstraccionista.
"Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha proporcionado o primeiro passo. Aurora Jardim, figura conhecida nos meios literários e jornalísticos do Porto, intercedera junto do pintor Alberto Silva que dirigia, então, a Academia Silva Porto, para que eu viesse a frequentar as lições de pintura aí ministradas. Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras", escreveu o pintor, no site Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende, instituição onde está reunido um espólio de cerca de dois mil desenhos que Júlio Resende reuniu ao longo da sua carreira.
Na década de 1950, o pintor fixa-se no Porto, partilhando o tempo entre a arte e o ensino. Por influência da região, a gente do mar passou a constituir o tema dominaste da sua pintura, tendo apresentado a sua obra em exposições individuais em países como Espanha, Bélgica, Noruega e Brasil. Por vários anos, foi o representante de Portugal em exposições colectivas nas Bienais de Veneza, Ohio, Londres, Paris e São Paulo, nesta última destacando-se em 1951, quando venceu o Prémio Especial da Bienal. Em 1959, volta a surpreender, conseguindo uma menção honrosa, e dez anos depois, vence o Prémio Artes Gráficas na Bienal de Artes de S. Paulo, com ilustrações do romance "Aparição".
Nos anos 1960, Resende interessou-se ainda por projectos de decoração e arquitectura, colaborando na decoração do Palácio da Justiça de Lisboa, para onde realizou seis painéis em grés. No Porto, criou dois painéis cerâmicos para o Hospital de São João e ainda o gigantesco painel de azulejos "Ribeira Negra" existente à saída do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís I. Os painéis acabariam mesmo por se tornarem num dos seus trabalhos mais apreciados.
Júlio Resende foi nomeado Membro da Academia Real das Ciências, Letras e Belas-Artes Belgas, em 1972, e em 1982 recebeu as insígnias de Comendador de Mérito Civil de Espanha atribuídas pelo Rei de Espanha.
Em Portugal foi distinguido com o Prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) em 1985. [publico.pt]
O rapaz de camisola verde
De mãos nos bolsos e de olhar distante,
Jeito de marinheiro ou de soldado,
Era um rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Perguntei-lhe quem era e ele me disse
“Sou do monte, Senhor, e um seu criado”.
Pobre rapaz de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Porque me assaltam turvos pensamentos?
Na minha frente estava um condenado.
Vai-te, rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ouvindo-me, quedou-se o bravo moço,
Indiferente à raiva do meu brado,
E ali ficou de camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Soube depois ali que se perdera
Esse que só eu pudera ter salvado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Ai do rapaz da camisola verde,
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Negra madeixa ao vento,
Boina maruja ao lado.
Pedro Homem de Mello
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
Os Arcade Fire venceram o Polaris Music Prize, a distinção musical mais ambicionada no Canadá, equivalente ao prémio britânico Mercury Prize, que distinguiu este ano PJ Harvey.
“The Suburbs” foi coroado, por um júri composto por 11 elementos (críticos, jornalistas e especialistas na área), o melhor álbum canadiano do ano, na segunda-feira numa cerimónia no Masonic Temple, em Toronto.
“Estamos muito honrados”, disse o vocalista Win Butler, ao receber o prémio, no valor de 30 mil dólares (22 mil euros).
O Polaris Music Prize torna-se assim no quarto troféu entregue este ano aos Arcade Fire, pelo álbum “The Suburbs”, o terceiro trabalho de inéditos, depois de terem vencido o Grammy, o Juno e o Brit Award.
O júri do prémio canadiano definiu o álbum como poderoso e “perfeitamente composto”. “‘The Suburbs" comprova a elegância da própria maturidade dos Arcade Fire”, explicou à BBC Nick Patch, membro do júri.
Para trás ficaram nomes como Braids, Austra, Destroyer, Galaxie, Hey! Rosetta, Ron Sexsmith, Colin Stetson, Timber Timbre e The Weeknd.
O prémio, instituido em 2006, já distinguiu nas edições passadas os Fucked Up, Caribou, Final Fantasy e Patrick Watson. [publico.pt]
O edifício Living Foz, no Porto, um projecto de Paulo Fernandes Silva, do atelier dEMM, venceu o prémio internacional Leaf Awards 2011 na categoria Young Architect of the Year.
Para o arquitecto de 28 anos, o prémio, anunciado na sexta-feira em Londres, "é muito importante porque demonstra o reconhecimento do que se faz da habitação", disse à agência Lusa, sublinhando que os "trabalhos comerciais são raramente premiados".
O edifício de 40 apartamentos distribuídos por sete andares tem varandas a toda a volta e é rodeado por uma área de jardim. Com uma forma geométrica, o prédio parece composto por um conjunto de placas sobrepostas de forma irregular, criando reentrâncias e desacertos. É o resultado "de uma nova abordagem na arquitectura dentro do que se faz na habitação", explicou Paulo Fernandes Silva, que trabalhou neste projecto com os arquitectos Isabela Neves e Tiago Soares Lopes. Segundo o arquitecto, formado na Escola Superior Artística do Porto, um dos aspectos que o júri destacou foi precisamente o "princípio geométrico das fachadas" e a forma como este se estende aos arranjos exteriores, "criando espaços de circulação, de afastamento e de paragem".
A construção do prédio esteve envolvida em polémica. Os vizinhos contestaram a volumetria da obra e a Câmara do Porto chegou a decretar o embargo da empreitada, no final de 2010, na sequência de uma decisão judicial. [publico.pt]
Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933 — Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida. [ler mais]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 18 de Setembro, pelas 21h45, o filme "Confissões de uma namorada de serviço" de Steven Soderbergh.
"José e Pilar" é o candidato português aos Óscares
O documentário "José e Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, é o candidato português aos Óscares de Hollywwod, informou hoje o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).
Co-produzido pelos realizadores brasileiro Fernando Meirelles e espanhol Pedro Almodóvar, que são membros da Academia Americana de Artes e Ciências Cinematográficas, "José e Pilar" é um documentário sobre a vida em comum do escritor e Nobel português da Literatura, José Saramago, e da sua companheira de décadas, a jornalista e tradutora luso-espanhola Pilar del Río.
O filme foi o escolhido para representar Portugal na corrida à nomeação para Melhor Filme Estrangeiro, "por uma comissão composta por representantes de associações do sector, previamente submetida à aprovação da Academia Americana de Artes e Ciências Cinematográficas", refere o ICA,em comunicado. Estreadoem Portugal, Espanha e Brasil, o documentário será distribuído nos Estados Unidos pela Outsider Pictures, disse à Lusa, recentemente, o realizador Miguel Gonçalves Mendes.
Porém, segundo o cineasta, a estreia nos Estados Unidos só deverá acontecerem Abril. Ora, só são candidatos a uma nomeação para os Óscares de 2012 os filmes que estreiam em sala nos Estados Unidos entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de2011. Apetição pública dirigida ao ICA que foi criada na Internet pedindo que "José e Pilar" fosse o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro somou, até hoje, 2.439 assinaturas.
Os nomeados para os Óscares de 2012 serão conhecidos a 24 de Janeiro. A cerimónia decorrerá no dia 26 de Fevereiroem Los Angeles, Califórnia. Portugal nunca conseguiu uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro. Em 2010, o candidato de Portugal nesta categoria foi "Morrer como um homem", de João Pedro Rodrigues. [dn.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o primeiro romance de José Saramago "Clarabóia", que nunca foi publicado.
Título: Migrando
Autor: Mariana Chiesa Mateos
Editora: Orfeu Negro
Sinopse:
Migrando tem duas capas, dois pontos de partida, mas é indiferente por onde se começa a viagem. Neste livro, aves e pessoas cruzam os céus. Fazem as malas, abrem as asas e lançam-se à aventura... Dedicada aos que deixaram a sua terra para re-existirem noutro lugar, esta história sem palavras e de imagens poéticas, mostra como a palavra migrante pode ser sinónimo de sofrimento e fragilidade, mas também de coragem e futuro. Um livro de desenhos, no qual cada leitor re-inventa a própria história.
Estreiam, hoje, os filmes: "Meia noite em Paris" de Woody Allen com Tom Hiddleston, Rachel McAdams e Michael Sheen; "Cuidado com o que desejas" de David Dobkin com Ryan Reynolds, Jason Bateman e Olivia Wilde; "Spy Kids 4D - Todo o Tempo do Mundo" de Robert Rodriguez, com Jessica Alba, Joel McHale e Rowan Blanchard.
"Meia noite em Paris"
Sinopse:
"Cuidado com o que desejas"
Sinopse:
Dave e Mitch (Jason Bateman e Ryan Reynolds) são amigos desde sempre. Apesar do afecto mútuo e de tanta coisa em comum, as circunstâncias fizeram com que os seus caminhos tenham divergido: o primeiro é um advogado brilhante, marido de uma mulher belíssima e pai e três crianças encantadoras; o segundo, um boémio imaturo com fobia a relações estáveis ou qualquer tipo de compromissos. Uma noite, em conversa sobre as mágoas e frustrações das suas vidas, cada um dá por si a invejar o outro. É então que, contra todas as leis da lógica, despertam no dia seguinte com as vidas (e corpos) trocados. Sem saber o que fazer perante o absurdo da situação, apenas uma coisa lhes vem à cabeça: viver o dia-a-dia sem arruinar a vida do amigo até arranjarem forma de reverter a situação. Até lá, ambos vão aprender que nenhuma vida é perfeita e que tudo tem um lado menos atraente...[cinecartaz.publico.pt]
"Spy Kids 4D - Todo o Tempo do Mundo"
Sinopse:
Os escritores portugueses Gonçalo M. Tavares e João Tordo são finalistas do Prémio Portugal Telecom 2011.
As obras “Uma Viagem à Índia”, de Gonçalo M. Tavares e “As Três Vidas”, de João Tordo fazem parte das dez obras escolhidas para o prémio que este ano está na 9ª edição e que contempla romance, conto, poesia, crónica, dramaturgia e autobiografia, escritos em língua portuguesa e publicados no Brasil.
As outras são de escritores brasileiros: “Em Trânsito”, de Alberto Martins; “O Homem Inacabado”, de Donizete Galvão; “Nada a Dizer”, de Elvira Vigna; “Cidade Livre”, de João Almino; “Ribamar”, de José Castello; “Minha Guerra Alheia”, de Marina Colasanti; “Modelos Vivos”, de Ricardo Aleixo e “Passageiro do Fim do Dia”, de Rubens Figueiredo.
O prémio será atribuído em Novembro, em São Paulo. O primeiro lugar receberá 100 mil reais (cerca de 42 mil euros) ; o segundo, 35 mil (14,800 euros), e o terceiro, 15 mil (cerca de 6300 euros). O júri é constituído pelos quatro curadores do Prémio (Selma Caetano, coordenadora, Lourival Holanda, Regina Zilberman e Maria Esther Maciel) e ainda por António Carlos Viana, Benjamin Abdala Júnior, Eneida Maria de Sousa, Luiz Ruffato, Maria da Glória Bordini e Regina Dalcastagné. Na 8ª edição do Prémio, “Leite Derramado” (Companhia das Letras), o quarto romance do compositor e escritor Chico Buarque foi o vencedor, seguido de “Outra Vida” (Alfaguara) o quarto romance do escritor Rodrigo Lacerda e de “Lar,” (Companhia das Letras) do escritor Armando Freitas Filho. [publico.pt]
Morreu o britânico Richard Hamilton, considerado por muitos como o pai da "pop art", anunciou o seu galerista Larry Gagosian, responsável da The Gagosian Gallery, sem adiantar as causas da morte. O artista tinha 89 anos.
“O mundo da arte perdeu uma das suas principais figuras”, escreveu em comunicado o galerista, explicando que a influência de Hamilton nos jovens artistas era “imensurável”.
Apesar da sua idade, Richard Hamilton continuava activo e estava agora a preparar uma grande retrospectiva itinerante da sua obra, que passaria por Los Angeles, Filadélfia, Londres e Madrid entre 2013 e 2014.
Richard Hamilton alcançou notoriedade na década de 1950 com a obra “Just What Is It That Makes Today’s Homes So Different, So Appealing?”, uma colagem de um casal nu, fisicamente idealizados, onde ele segura um chupa vermelho que diz pop, numa casa onde a referência a vários produtos é marcante.
Talvez por isso, este trabalho foi destacado por muitos historiadores de arte como o arranque do movimento artístico da pop art. O próprio termo “pop art” é atribuído a Hamilton, quando este escreveu num texto de 1957: “A ‘pop art’ é popular, transitória, dispensável, low cost, produzida em massa, jovem, sexy, glamorosa e um grande negócio”. Assim designava o movimento que acabou por ser mais reconhecido através de nomes como Andy Warhol ou Roy Lichtenstein.
Da fotografia à pintura, da colagem à escultura, passando pelas mais modernas tecnologias, Richard Hamilton explorou e experimentou as mais diversas áreas.
“A minha ambição sempre foi ser multi-alusivo. Eu queria ter a vida toda no meu trabalho”, disse ele uma vez, aqui citado pelo “The Telegraph”. Nunca teve medo de provocar e por isso alguns dos seus trabalhos não escondiam as suas posições políticas. Em 2007, durante a intervenção militar britânica na guerra do Iraque, Hamilton imprimiu um retrato de Tony Blair, vestido como cowboy.
Também representou Mick Jagger numa obra e foi responsável pela capa do álbum “White Album”, dos Beatles.
“Nós temos os nossos ícones nacionais e as nossas celebridades pop. Mas nem Francis Bacon nem Lucian Freud ou Damien Hirst moldaram tanto a arte moderna da forma que Hamilton fez quando pôs um chupa com a palavra Pop na mão de um homem musculado”, escreve o crítico de arte do The Guardian, Jonathan Jones, no obituário do artista.
Para Nicholas Serota, director da Tate Gallery, Hamilton foi sempre muito admirado pelos seus pares, “incluindo Andy Warhol e Joseph Beuys. “Ele morreu como terá desejado”, disse à BBC.
O próprio artista, numa entrevista à BBC no ano passado, garantiu estar orgulhoso do seu percurso. “Fiz exactamente o que sempre quis fazer e sempre tive muita sorte a fazer isso.”[publico.pt]
Povo
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seio...
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
O filme “América”, de João Nuno Pinto, é a única produção portuguesa a integrar a lista dos 45 filmes candidatos à nomeação de Melhor Filme Europeu de 2011. Entre os nomes anunciados esta segunda-feira pela Academia Europeia de Cinema, estão Lars von Trier com “Melancolia”, Pedro Almodóvar, com “La piel que habito”, Nanni Moretti, com “Habemus Papam” e Tom Hooper, com “O Discurso do Rei”.
No total, estão representados 32 países europeus, alguns com mais do que um filme, como é o casa da Espanha que aparece na lista com quatro produções – além de Almodôvar, estão nomeados “Pa negre”, de Agustí Villaronga, “También la lluvia”, de Iciar Bollain, e “Balada triste de trompeta”, de Álex de la Iglesia. Os finalistas ao prémio, conhecido como os Óscares da Europa, vão ser conhecidos no dia 5 de Novembro, no Festival de Cinema de Sevilha. A 24ª edição da entrega dos prémios acontece um mês depois, a 3 de Dezembro em Berlim, na Alemanha, na sede da Academia.
Além do vencedor do Óscar deste ano na categoria de Melhor Filme, “O Discurso do Rei”, está ainda corrida ao prémio de Melhor Filme Europeu, a longa-metragem dinamarquesa que ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Num Mundo Melhor”, de Susanne Bier.
O filme “América”, que se estreou em Portugal em Maio, vai estar nos festivais de Cineport (Brasil), de cinema em língua portuguesa e que se realiza em João Pessoa de 19 a 25 de Setembro, e de Cottbus (na Alemanha), que vai acontece entre 1 e 6 de Novembro.
Os finalistas ao galardão vão agora ser escolhidos pelos 2500 membros da Academia Europeia de Cinema, presidida pelo realizador Wim Wenders.
Nas próximas semanas vão ser conhecidas as listas dos filmes candidatos à nomeação nas categorias de documentário, animação, curta e primeiro filme.
Para além do prémio do júri, a Academia anunciou ainda os candidatos ao Prémio do Público do Melhor Filme Europeu: “Animals United”, de Reinhard Klooss e Holger Tappe; “También la lluvia”, de Icíar Bollaín; “Num Mundo melhor”, Susanne Bier; “O Discurso do Rei”, de Tom Hooper; “Les Petits Mouchoirs”, de Guillaume Canet; “Potiche”, de François Ozon; “Unknown”, de Jaume Collet-Serra; e “Benvenuti al Sud”, de Luca Mineiro.
“O Escritor-Fantasma”, de Roman Polanksi, foi o grande vencedor da edição dos prémios de 2010, ao arrecadar o galardão de Melhor Filme Europeu. [publico.pt]
Cantor, compositor, escritor (para adultos e crianças), actor (de teatro e cinema), realizador, Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”. [ler mais]
Sérgio Godinho diz que fica «um bocado inquieto» quando está muito tempo sem compor, por isso tem um novo disco, 'Mútuo Consentimento', que serve também para assinalar os 40 anos de carreira.
Não é bem carreira, porque nunca gostou de pensar nas coisas assim a longo prazo, explicou numa entrevista à agência Lusa. Prefere que se diga que são quarenta anos de escrita de canções, desde que lançou em 1971 o álbum Os sobreviventes, e que Mútuo Consentimento é só o «continuar» desse trabalho.
Mútuo Consentimento, que sai no dia 12, surge cinco anos depois de Ligação Directa. Pelo meio ainda editou um álbum ao vivo no Teatro Municipal Maria Matos, em Lisboa.
Com o habitual grupo de Assessores - os músicos que o acompanham há vários anos - Sérgio Godinho gravou 12 novas canções, que surgiram de um método habitual de composição nestes 40 anos: «Olhar à volta e ver o que se passa», disse.
«Eu o que faço é tentar contar coisas, falar de coisas, fazer interrogações à minha maneira e saber que há pessoas que são tocadas por isso», sublinhou o cantautor, hoje com 66 anos.
Essas interrogações são «contos de um instante», como canta numa das canções do novo disco e tanto podem falar de amor, como Intermitentemente, como da situação do país e das incertezas do presente, em Acesso bloqueado.
O álbum é também o resultado de um renovado «mútuo consentimento» do que tem feito em todos estes anos: «O disco vive de partilhas nossas entre os Assessores e eu, de partilhas com os outros, com os convidados, com os públicos com o qual foi sempre construído».
Na verdade, estas canções que surgem em Mútuo Consentimento foram quase todas reveladas ao vivo no final do ano passado em dois concertos em Lisboa e no Porto.
«Foi uma espécie de partilha. Disse: Estão aqui estas canções novas, vocês gostam?», recordou.
Depois desse primeiro rascunho, convidou alguns artistas portugueses a entrarem no disco, porque as músicas assim pediam esse «mútuo consentimento».
Ao pianista Bernardo Sassetti e ao percussionista António Serginho, que participaram nesses concertos-rascunho, juntaram-se ainda Hélder Gonçalves, dos Clã, David Santos (o mentor de noiserv), a Roda de Choro de Lisboa ou ainda Francisca Cortesão, conhecida como Minta.
O disco abre com uma «uma declaração poética em relação à música», um tema precisamente intitulado Mão na Música, com mais de seis minutos, durante o qual Sérgio Godinho, num registo quase de spoken word cadenciado, vai desfilando o que pensa - e sabe - sobre a música.
A fechar foi incluída a canção Faz parte, que Sérgio Godinho recuperou do espetáculo Os Três Cantos, com José Mário Branco e Fausto Bordalo Dias.
Quarenta anos de escrita de canções - de mais de duas centenas de canções - são vistos por Sérgio Godinho como «um rio que está a fluir» que não é separável da vida pessoal.
«Tive e tenho uma vida muito rica, tive muitos assuntos problemáticos, mas não sinto um peso. Aprendi sempre com essas coisas, por isso [os 40 anos] são-me leves», resumiu.
A apresentação oficial do álbum Mútuo Consentimento está marcada para o dia 16 no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.
Além das canções novas, Sérgio Godinho garante que estará sempre com um pé nas canções mais conhecidas do passado, porque tem gosto em partilhá-las com as pessoas, em «mútuo consentimento».[sol.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o CD de Sérgio Godinho “Mútuo consentimento”.
A curta-metragem “Conto do Vento”, de Cláudio Jordão e Nelson Martins, foi considerada a melhor em competição no MOTELx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que terminou este domingo.
Segundo um comunicado do júri, “Conto do Vento” foi a curta-metragem escolhida entre 12 concorrentes nacionais porque inclui “uma história criativa, um ponto de vista original e sensibilidade artística em retratar uma fábula sobre uma menina e a sua mãe numa sociedade preconceituosa, contada pelo vento”.
Os realizadores Cláudio Jordão e Nelson Martins falaram à agência Lusa antes do início do festival – que decorreu nos últimos cinco dias, no Cinema São Jorge, em Lisboa – sobre a sua “história de embalar com meninos e meninas, velhos e velhas, fogueiras e monstros, mortes e gritos”.
“Haver sítio para mostrar os filmes é um primeiro passo para potenciar a produção” de cinema de terror em Portugal, disseram, na altura, Cláudio Jordão e Nelson Martins, referindo-se ao MOTELx.
Ambos disseram também não ter dúvidas de que haja público para ver horror. “Há muitas pessoas, nas quais eu me incluo, ou me incluía, que dizem à partida que não gostam de terror, porque vêem o terror de uma forma muito redutora”, realçou Nelson Martins.
O júri – composto pelo realizador Frederico Serra, por Christian Hallman, membro da direção da Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico, e por Tiago Matos, sound designer da Obvio Som, parceiro do MOTELx, que à ultima hora teve de substituir Nicolau Breyner – decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a “Banana Motherfucker”, de Pedro Florencio e Fernando Alle.
De acordo com o mesmo comunicado, a menção honrosa foi atribuída ao filme por se “destacar dos outros na competição, pelo ‘timing’ humorístico, pela originalidade e pela comédia física, pegando num fruto diário e transformando-o numa máquina de matar malvada”.
Os realizadores de “Conto do Vento” vão receber um prémio monetário de 3 mil euros, 5 mil euros em serviços de pós-produção vídeo na Pixel Bunker, 3 mil euros em serviços de pós-produção áudio na Obviosom e um fim de semana num hotel.
Ao Prémio MOTELx - Melhor Curta de Terror Portuguesa concorreram cerca de 70 trabalhos.
O homenageado desta edição do festival foi Eli Roth, realizador de “Cabin Fever” e “Hostel”, entre outros, que, em entrevista à Lusa, alertou contra o mal que a pirataria está a fazer ao cinema, defendendo que os fãs, os realizadores e os estúdios de cinema “têm de chegar a um acordo, têm de dizer: ‘compraremos quando chegar a um preço em que nos sentimos mal por estar a roubar’”.
A organização do festival ainda não contabilizou o número exacto de espectadores, mas adiantou já à agência Lusa que o público deste ano ultrapassou o da edição passada. [publico.pt]