Lenny Kravitz nasceu em Nova Iorque a 26 de Maio de 1964, é um cantor, multi-instrumentista e produtor norte-americano, cujo estilo "retrô" incorpora elementos de rock, soul, funk, reggae, hard rock, psicodélico, folk, e baladas.
Filho do produtor de televisão Sly Kravitz e da actriz Roxie Roker, Lenny Kravitz cresceu inserido no mundo do espectáculo, tendo desenvolvido desde cedo uma forte ligação com a música, sempre encorajada pelos pais.
O primeiro passo do seu percurso musical foi dado quando entrou para o California Boys Choir, na Califórnia, local para onde se mudou com a família em 1974, tendo deixado para trás a cidade de Brooklyn. Kravitz revelou-se um auto-didacta ao aprender sozinho a tocar vários instrumentos, e pouco tempo depois, em 1978, o seu talento tornava-se cada vez mais evidente, tendo o músico integrado o projecto de música do liceu de Beverly Hills, que frequentava na altura. [http://cotonete.clix.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 30 de Outubro, pelas 21.45h, o filme "Post Mortem" de Pablo Larraín.
José Luís Peixoto nasceu a 4 de Setembro de 1974 em Galveias, Ponte de Sor. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great New Writers das livrarias norte-americanas Barnes & Noble. O seu romance Cemitério de Pianos recebeu oPrémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gaveta de Papéis. Os seus romances estão publicados na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzidos num total de vinte idiomas. [joseluispeixoto.net]
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Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o novo livro de José Luís Peixoto "Abraço".
O Grande Prémio de Literatura Biográfica/Associação Portuguesa de Escritores será entregue pelo presidente da Câmara Municipal albicastrense, Joaquim Mourão, às 17:00, no "foyer" do Cine Teatro Avenida.
O galardão, no valor de 5000 euros, tem periodicidade bienal e é totalmente patrocinado pela edilidade, correspondendo o Grande Prémio 2011 a obras publicadas nos anos de 2008 e 2009.
O júri foi presidido por José Correia Tavares e constituído por Liberto Cruz, Silvina Rodrigues Lopes e Vergílio Alberto Vieira.
Ao galardão concorreram 21 títulos de 14 editoras, tendo sido a obra de A. Campos de Matos escolhida por unanimidade.
Segundo o júri, a biografia escolhida distingue-se "pela apurada e rigorosa investigação tanto da vida como da obra" do autor de "Os Maias". [dn.pt]
Estreiam, hoje, os filmes "As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne" de Steven Spielberg com Jamie Bell, Daniel Craig e Simon Pegg; "A lista dos ex" de Mark Mylod com Anna Faris, Chris Evans e Ari Graynor; "Não tenhas medo do escuro" de Troy Nixey com Katie Holmes, Bailee Madison e Guy Pearce; os documentários: "O meu Raúl" de Patrícia Vasconcelos com Raul Solnado; "Crazy Horse" de Frederick Wiseman com Philippe Decouflé e Philippe Katerine.
"As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne"
Sinopse:
Depois de, numa feira de antiguidades, encontrar uma réplica de um velho barco designado de "Licorne", o destemido Tintim (Jamie Bell) é arrastado para uma grande aventura em busca de algo inesperado. Ao investigar aquela miniatura, descobre o mapa de um tesouro muito antigo, frustrando os planos de Ivan Ivanovich Sakharine (Daniel Craig), um salteador que está convencido de que o jovem se terá aliado ao velho pirata Rackham. Com a ajuda de Milou, o seu fiel amigo de quatro patas, do capitão Haddock (Andy Serkis, o Gollum da trilogia "O Senhor dos Anéis"), um lobo-do-mar de péssimo feitio, e da dupla Dupond e Dupont (Simon Pegg e Nick Frost), dois polícias desastrados mas cheios de boas intenções, o repórter vai atravessar desertos e tempestades, na busca de um navio afundado, comandado por um antepassado de Haddock, que contém um valioso tesouro e uma terrível maldição.
Com realização de Steven Spielberg e produção de Peter Jackson e Kathleen Kennedy, o filme baseia-se na mais carismática personagem criada, em 1929, por Hergé (1907-1983), centrando a sua trama em três histórias independentes: "O Caranguejo das Tenazes de Ouro", "O Segredo do Licorne" e "O Tesouro de Rackham, o Terrível". Em versão animada, recorre às técnicas "performance capture" em 3D, que permite que os gestos e as emoções dos actores sejam reproduzidos nas suas personagens digitais. [cinecartaz.publico.pt]
"A lista dos ex"
Sinopse:
Ally Darling (Anna Faris) quase entra em depressão quando se depara com um artigo de uma revista que afirma que as mulheres com mais de 20 parceiros sexuais têm uma grande probabilidade de ficarem sem par para o resto das suas vidas. Alarmada com o seu rol de 19 rapazes, mas decidida a reverter a situação, apenas uma coisa lhe ocorre: fazer uma lista dos seus ex-namorados e encontrar-lhes o rasto, não vá dar-se o caso de ter desperdiçado o amor da sua vida. Agora, com uma longa lista de nomes e apenas um "bónus" para gastar, Ally pede ajuda a Colin Shea (Chris Evans), o seu vizinho e amigo, para a acompanhar nesta viagem ao passado.
Realizado por Mark Mylod, uma comédia romântica baseada no livro homónimo de Karyn Bosnak. [cinecartaz.publico.pt]
"Não tenhas medo do escuro"
Sinopse:
Sally (Bailee Madison), de nove anos, chega a uma pequena cidade do estado de Rhode Island para ir viver com o pai e com a jovem namorada deste (Guy Pearce e Katie Holmes) numa altura em que o par está a remodelar uma mansão do século passado.
Ao explorar o lugar, a criança descobre uma cave fechada que lhe desperta a atenção. Apesar dos esforços de Mr. Harris (Jack Thompson), um dos empregados da casa que a aconselha a se afastar daquele lugar, ela acaba constantemente atraída ali por um estranho apelo de uma voz desconhecida. E quando descobre, aterrorizada, a existência de criaturas malignas que a querem atrair para o seu mundo subterrâneo, Sally tenta alertar o pai e a madrasta para o facto de a casa estar assombrada. Mas nada os parece convencer de que ela fala a verdade.
Um filme de terror, com argumento de Matthew Robbins e Guillermo del Toro e realização de Troy Nixey, baseado no telefilme realizado, em 1973, por John Newland. [cinecartaz.publico.pt]
"O meu Raúl"
Sinopse:
Realizado por Patrícia Vasconcelos, um documentário de 52 minutos que se centra na vida e na obra do actor Raúl Solnado (1929-2009). Usando testemunhos inéditos do próprio e imagens de arquivo da RTP, a realizadora mostra-o nas suas diferentes facetas, seja na sua vida privada, seja enquanto homem de teatro, revista, rádio ou televisão.
Estreado na RTP1 a 7 de Agosto de 2010, por ocasião do 1º aniversário da morte de Raúl Solnado, chega agora ao grande ecrã a versão cinematográfica. [cinecartaz.publico.pt]
"Crazy Horse"
Sinopse:
Criado por Alain Bernardin e inaugurado a 19 de Maio de 1951 na Avenida George V, em Paris, Crazy Horse tornou-se num dos mais emblemáticos cabarés de todo o mundo, onde o estereótipo da beleza feminina e o erotismo dão o mote a um espectáculo de striptease.
É neste cenário inspirador que o reconhecido documentarista americano Frederick Wiseman ("Ballet", "A Dança - Le Ballet de L'Opera de Paris", "Boxing Gym") regressa ao seu registo habitual, apresentando à sua própria assistência as hierarquias, a disciplina e o sacrifício que implicam uma encenação destas proporções. [cinecartaz.publico.pt]
To My Wife
I can write no stately proem
As a prelude to my lay;
From a poet to a poem
I would dare to say.
For if of these fallen petals
One to you seem fair,
Love will waft it till it settles
On your hair.
And when wind and winter harden
All the loveless land,
It will whisper of the garden,
You will understand.
And there is nothing left to do
But to kiss once again, and part,
Nay, there is nothing we should rue,
I have my beauty,-you your Art,
Nay, do not start,
One world was not enough for two
Like me and you.
Oscar Wild
Com o romance “Os Malaquias”, a escritora brasileira Andréa del Fuego é a vencedora da sétima edição do Prémio Literário José Saramago. O anúncio acaba de ser feito numa cerimónia no edifício sede do Grupo BertrandCírculo, em Lisboa. O prémio, no valor de 25 mil euros, foi entregue à escritora pelo secretário de Estado, Francisco José Viegas, e foi atribuído por unaminidade.
“Eu ficaria satisfeita com ‘Os Malaquias’ ele nem precisaria de ser publicado. Estar aqui hoje é enorme, é gigante. Jamais poderia pensar, sonhar, ou tomar um ácido e delirar que eu ganharia o Prémio José Saramago. Não chegaria a esse delírio!”, confessou a autora na cerimónia.
O Prémio Literário José Saramago, que foi instituído pela Fundação Círculo de Leitores e é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.
A escritora, natural de São Paulo, tem formação em publicidade, fez produção de cinema e realizou duas curtas-metragens, “Morro da Garça”, inspirada nas paisagens de Guimarães Rosa, e “O Beijo e Ela”. Andréa del Fuego, que se estreou literariamente em 2004 com a antologia de contos “Minto enquanto posso”, esteve entre os finalistas da edição deste ano do Prémio São Paulo de Literatura com este seu primeiro romance, "Os Malaquias" (editado no Brasil pela Língua Geral).
"Os Malaquias" conta a história da família de Andréa, cujos bisavós morreram ao serem atingidos por um raio. Aqui fica um excerto: "Um gato esticou as pernas, as paredes se retesaram. A pressão do ar achatou os corpos contra o colchão, a casa inteira se acendeu e apagou, uma lâmpada no meio do vale. O trovão soou comprido alcançar o lado oposto da serra. Debaixo da construção a terra, de carga negativa, recebeu o raio positivo de uma nuvem vertical. As cargas invisíveis se encontraram na casa dos Malaquias. O coração do casal fazia a sístole, momento em que a aorta se fecha. Com a via contraída, a descarga não pôde atravessá-los e aterrar-se. Na passagem do raio, pai e mãe inspiraram, o músculo cardíaco recebeu o abalo sem escoamento. O clarão aqueceu o sangue em níveis solares e pôs-se a queimar toda a árvore circulatória. Um incêndio interno que fez o coração, cavalo que corre por si, terminar a corrida em Donana e Adolfo."
À sétima edição do prémio, que celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 a José Saramago, podiam concorrer obras publicadas em 2009 ou 2010 enviadas pelos escritores ou editores dos países da lusofonia cujos autores tivessem até 35 anos à data da sua publicação. O júri do Prémio José Saramago foi, nesta edição, presidido pela directora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes, e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela "presidenta" da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Por escolha da presidente Guilhermina Gomes, integraram também o júri Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos.
"'Os Malaquias' é um romance áspero, poético, original. Voltado para a paisagem rural, a que raramente os autores contemporâneos se circunscrevem, seu perfil arcaico e trágico suscitam emoções intensas", considerou a jurada Nelida Piñon. "Oferta-nos uma leitura da qual não se sai incólume, cada capítulo traçado para nos perturbar.Uma criação que, enquanto avança, sem pausa que nos console, distancia-se dos intimismos, dos individualismos exacerbados, do falso cosmopolitismo que ora pauta a produção urbana.Como se estivera a autora centrada em retratar a injustiça e a crueldade de que somos forjados". Para a escritora brasileira, graças "ao inusitado vigor de sua narrativa", Andréa del Fuego, "merece o prémio Saramago 2011, talhado para o seu talento", disse. [publico.pt]
Título: Zonzo o cabritinho
Autor: Jamie Rix
Ilustração: Lynne Chapman
Editora: Livros Horizonte
Sinopse:
Ser um cabrito montês não tem piada nenhuma quando se tem medo das alturas! Apresentamo-vos o Zonzo. Mal se vê lá no alto da montanha, logo a cabeça se lhe põe a girar e os joelhos a abanar. Será o nosso Zonzo capaz de encontrar o valente cabritinho que existe dentro dele? Numa história movimentada e divertida, aprende-se a encarar os medos e a fazer amigos.
Nota: Livro recomendado para a Educação Pré-Escolar, destinado a leitura autónoma e leitura com apoio do educador ou dos pais.
Nneka nasceu em Warri, na Nigéria, no final de 1981, e é filha de pai nigeriano e mãe alemã. O seu nome significa algo como 'a mãe é suprema, a mãe é a melhor' na linguagem dos Igbo, tribo que vive no este da Nigéria e da qual é descendente.
A ligação à música começou logo em criança, como membro dos coros da escola e da igreja. Aos 18 anos emigrou para Hamburgo, na Alemanha, e começou a levar a sério a sua carreira como cantora, em paralelo com um curso de antropologia. Por esta altura, Nneka colabora com o produtor de hip hop DJ Farhot. Em 2004, tem o primeiro encontro com o grande público ao fazer a primeira parte de um concerto de Sean Paul num dos maiores parques de Hamburgo. [http://cotonete.clix.pt]
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Nneka é um dos nomes que representam a Soul do século XXI. O seu novo disco “Soul is Heavy” tem a colaboração de nomes como Black Thought (The Roots), no tema “God Knows Why”, e Ms. Dynamite em “Sleep”, afirmando as suas credenciais como uma estrela em rápida ascensão na música de intervenção negra.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o CD de Nneka “Soul is heavy”.
Na perplexidade em que nos encontramos, dentro do abalo de um mundo incerto e perigoso, aí está um tema que obriga a pensar. Foi disso que tratou o Simpósio deste ano em Santa Maria da Feira, organizado pela autarquia local, no sábado passado. Foram exactamente quatro horas de debate, no dia em que nas ruas de 951 cidades de mais de 80 países milhares manifestavam a sua indignação.
O que aí fica são apenas impressões, perplexidades, interrogações.
Quem primeiro falou foi Mona Prince, professora de Literatura Inglesa na Suez Canal University. Uma muçulmana liberal - foi bom podermos brindar com um copo de vinho - que participou nas manifestações da Praça Tahrir, obrigando à queda de Mubarak. E contou, exuberante, como tudo se passou em crescendo. Primeiros pedidos: liberdade, pão e trabalho. Depois: não queremos este regime. E os egípcios uniram-se e partilhavam e cristãos e muçulmanos rezavam juntos e todos cantavam a uma só voz e "isso mexe com o corpo". A vida era na Praça Tahrir. A experiência maior: o poder de estar juntos.
E agora? Depois dos acontecimentos trágicos do passado domingo, dia 9, as pessoas estão divididas, e algumas desiludidas. Afinal, os negócios não têm nacionalidade nem religião. O exército quer manter-se no poder? Vai impor-se um Estado islâmico? Mona Prince manifestou a convicção de que nunca os fundamentalistas tomarão o poder, "teremos um Egipto como Estado laico". Oxalá!
Depois, falou Vasco Lourenço. Quem é o revolucionário? "O que faz o máximo do possível". O programa de Abril foi em grande parte cumprido. A democracia está aí, pôs-se fim à guerra colonial. O desenvolvimento foi mais difícil, mas ninguém pode esquecer as transformações económicas, culturais, sociais, operadas. "A mulher foi quem mais ganhou."
Mas desde há alguns anos que vimos advertindo para a necessidade de sociedades mais justas: "Ou arrepiamos caminho ou a revolução dos escravos chegará." E aí está a revolução árabe. De qualquer modo - e referia-se também a Portugal -, não podemos continuar a assistir aos "roubos do capital". A revolta dos escravos também cá vai chegar. O problema é que " se sabe como se começa, ninguém sabe como se acaba". Aqui, Carlos Magno, o moderador, lembrou o princípio da incerteza e manifestou a esperança fundada de que se não chegue a uma conflitualidade incontrolável.
Finalmente, a palavra era do filósofo italiano António Negri, antigo intelectual da esquerda radical, um pensador fundamental no debate filosófico-político contemporâneo. Foi um discurso polémico, denso e ágil, de que só se pode dar pinceladas. Falou de coisas ainda em curso, perguntando se a crise não revela os limites do sistema em que vivemos, uma fractura na democracia como a temos vivido. Fundamentalmente, o que está em causa é a incapacidade de o sistema económico se adaptar às novas figuras da produção social.
A transformação essencial é que o trabalho é menos produção material do que intelectual: os valores da riqueza vêm da capacidade da produção cognitiva. A produção não está nas fábricas, mas na vida toda. A economia neoliberal não sabe responder à "biopolítica": a sociedade produtiva avança mais do que o Estado nacional ou a finança.
Aí estão os endividados, todos endividados. Mas o trabalho é comum. Os Estados nacionais são impotentes, porque o mundo se globalizou. As constituições que temos estão ultrapassadas, porque vêm de um sistema antigo. Hoje, trabalha-se comunitariamente, todos participam na produção. Urgência maior: encontrar o fundamento comum - o comum entre os homens, para lá do privado. As constituições são um contrato. Hoje, porém, quem estabelece o contrato? A finança mundial? Mas ela faz o contrato com quem?
A nova constituição não pode estar assente no medo, como pretendeu Hobbes, mas nesse fundamento comum, sabendo, com Espinosa, que a liberdade em conjunto se multiplica, exactamente como a capacidade vital.
Agora, a opressão é em rede, mas a informática também traz uma potência global de transformação. [dn.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira, será exibido, na biblioteca municipal, a 23 de Outubro, pelas 21h45, o filme "Dos homens e dos deuses" de Xavier Beauvois.
Valter Hugo Mãe nasceu em Saurimo, Angola, no ano de 1971. Licenciado em direito, pós-graduado em literatura portuguesa moderna e contemporânea. Vive em Vila do Conde.
Publicou cinco romances:o filho de mil homens (2011), a máquina de fazer espanhóis (2010) o apocalipse dos trabalhadores (2008), o remorso de baltazar serapião, vencedor do prémio José Saramago (2006) e o nosso reino (2004). [valterhugomae.com]
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Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Já está disponível, na biblioteca municipal, o novo livro de Valter Hugo Mãe “O filho de mil homens”.
Estreiam, hoje, os filmes: "Pater" de Alain Cavalier com Vincent Lindon, Alain Cavalier e Bernard Bureau; "Incendies - a mulher que canta" de Denis Villeneuve com Lubna Azabal, Maxim Gaudette e Mélissa Désormeaux-Poulin; "O Barão" de Edgar Pêra com Marina Albuquerque, Marcos Barbosa e Vítor Correia; "Românticos Anónimos"de Jean-Pierre Améris com Benoît Poelvoorde, Isabelle Carré e Lorella Cravotta; "Não Sei Como Ela Consegue" de Douglas McGrath com Sarah Jessica Parker, Pierce Brosnan e Greg Kinnear; "Actividade Paranormal 3" de Henry Joost e Ariel Schulman com Katie Featherston, Sprague Grayden e Mark Fredrichs.
"Pater"
Sinopse:
Alain Cavalier e Vincent Lindon, amigos há longos anos, examinam a interacção entre um realizador e um actor e a natureza das relações de poder entre ambos. Numa conversa a dois, e através de uma relação de realizador/actor, pai/filho, discutem que filme farão juntos. Cúmplices, vestindo as peles de um Presidente da República e do seu primeiro-ministro, delineiam um jogo político, discutem estratégias, reais e fictícias, concordam e divergem...
Um filme entre a ficção e o documentário que tenta baralhar o espectador. Em competição no Festival de Cannes, "Pater" conquistou os críticos e o público, recebendo uma ovação de 17 minutos. [cinecartaz.publico.pt]
"Incendies - a mulher que canta"
Sinopse:
Após a morte prematura da mãe, Jeanne e Simon (Mélissa Désormeaux-Poulin e Maxim Gaudette) recebem, em testamento, dois envelopes distintos dirigidos ao pai, supostamente falecido, e a um irmão que não imaginavam sequer existir. Conscientes dos segredos que precisam ser revelados, deixam as suas vidas para trás e partem em direcção à sua terra de origem, no Médio Oriente, em busca do pai e do irmão que não conhecem, tentando cumprir o último desejo da progenitora. E é desta maneira improvável, cruzando fronteiras e épocas, que eles conhecem o passado e a cultura da sua família e encontram as respostas que sempre procuraram: quem foi a sua mãe e quais os mistérios que circundam a sua vida.
Realizado por Denis Villeneuve, o filme é baseado na aclamada peça do escritor e actor canadiano de origem libanesa Wajdi Moua. Depois de estreado no Festival de Veneza, "Incendies - A Mulher que Canta" foi um dos nomeados ao Óscar de melhor filme estrangeiro na edição de 2011.[cinecartaz.publico.pt]
"O Barão"
Sinopse:
No ano de 1943, durante a II Guerra Mundial, a produtora americana Valerie Lewton chegou a Portugal e casou-se com um actor português que lhe deu a conhecer o conto "O Barão", escrito por Branquinho da Fonseca. Valerie viu nele a história perfeita para um filme de terror, começando, em segredo, as filmagens numa fábrica do Barreiro.
Quando a PIDE soube da existência do filme, mandou destruir os negativos. A equipa técnica foi repatriada e os actores portugueses deportados para o Tarrafal, na ilha de Santiago, Cabo Verde, onde morreram torturados na "frigideira".
Em 2005, foram descobertas duas bobinas e o guião do filme nos arquivos do cineclube do Barreiro. Através delas o realizador Edgar Pêra decidiu fazer o "remake" do filme original, contando a história de um barão tirânico que aterroriza a população das montanhas do Barroso, no Norte de Portugal. [cinecartaz.publico.pt]
"Românticos Anónimos"
Sinopse:
Jean-René Van Den Hugde (Benoît Poelvoorde) é o chefe de uma pequena fábrica de chocolate e Angélique (Isabelle Carré) a mais brilhante e talentosa artífice de chocolate que ele alguma vez conheceu.
Com uma enorme paixão por chocolate em comum, depressa nasce entre eles um amor profundo. Mas o sentimento vai ter de superar uma prova difícil. É que Jean-René e Angélique partilham outro traço que lhes irá dificultar o romance: uma timidez patológica que quase lhes impossibilita as relações com outros seres humanos. Agora, para puderem viver o amor que sentem um pelo outro, terão de vencer todos os entraves que a timidez e as emoções descontroladas podem causar a uma relação quase inevitavelmente condenada ao fracasso. Porém, quando tudo entre eles parece falhar, surge uma luz ao fundo do túnel... [cinecartaz.publico.pt]
"Não Sei Como Ela Consegue"
Sinopse:
Para além de um cargo de topo numa das mais prestigiadas empresas financeiras de Londres, Kate Reddy (Sarah Jessica Parker) é uma dona de casa (quase) perfeita, uma esposa esforçada e a mãe dedicada de duas crianças pequenas. O que a sua carreira exige, a sua vida familiar reivindica em dobro, o tempo insiste em escapar-lhe das mãos e nenhum esforço é suficiente para agradar a todos.
Assim, de exigência em exigência e de frustração em frustração, Kate vai fazendo diariamente uma espécie de malabarismo ao mesmo tempo que tenta gerir um constante, e angustiante, sentimento de culpa.
Realizado por Douglas McGrath ("Emma", "O Nosso Espião em Havana", "Infame") e baseado no best-seller de Allison Pearson, um filme sobre as dificuldades em conciliar as várias áreas na vida de uma mulher do século XXI. [cinecartaz.publico.pt]
"Actividade Paranormal 3"
Sinopse:
Neste terceiro filme, o jovem casal que se debate com espíritos ocultos irá encontrar ligações ao passado. Quando Katie regressa de casa de Kristi, sua irmã gémea, trazendo uma caixa contendo cassetes de vídeo caseiras com mais de duas décadas, não esperava encontrar nelas algumas das respostas mais ansiadas. Ali, em várias horas de filmagens, ela vê-se a si e à irmã, ainda crianças, em contacto com um espírito que as duas invocaram num jogo inocente de que não têm qualquer memória. Se, a princípio, as duas meninas o julgam amistoso, depressa percebem, aterrorizadas, que puseram em risco as suas vidas e a de todos os que as rodeiam.
Realizado por Henry Joost e Ariel Schulman, um filme de terror psicológico que pretende ser uma espécie de "prequela" da história de "Actividade Paranormal" criada, em 2009, por Oren Peli (agora apenas na equipa de produção) que se tornou num extraordinário caso de sucesso nas salas de cinema de todo o mundo. [cinecartaz.publico.pt]
Oscar Wilde [Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde]
(16 de Outubro de 1854 — 30 de Novembro de 1900)
A Villanelle
O singer of Persephone!
In the dim meadows desolate
Dost thou remember Sicily?
Still through the ivy flits the bee
Where Amaryllis lies in state;
O Singer of Persephone!
Simaetha calls on Hecate
And hears the wild dogs at the gate;
Dost thou remember Sicily?
Still by the light and laughing sea
Poor Polypheme bemoans his fate;
O Singer of Persephone!
And still in boyish rivalry
Young Daphnis challenges his mate;
Dost thou remember Sicily?
Slim Lacon keeps a goat for thee,
For thee the jocund shepherds wait;
O Singer of Persephone!
Dost thou remember Sicily?
Oscar Wild
Julian Barnes, 65 anos, autor de dez romances e de três livros de contos, esteve três vezes na lista dos finalistas do Prémio Man Booker para ficção, com os romances “O Papagaio de Flaubert” em 1984; “Inglaterra, Inglaterra”, em 1998, e “Arthur & George”, em 2005.
O júri, presidido pela escritora Stella Rimington e constituído pelo escritor e jornalista Matthew d'Ancona, pela escritora Susan Hill, pelo político e escritor Chris Mullin e por Gaby Wood, a responsável pela secção de livros do jornal Daily Telegraph, considerou que a obra tem “as marcas da literatura britânica clássica”.
O autor de “The Sense of an Ending” recebeu o prémio no valor de 50 mil libras (cerca de 57 mil euros) durante a cerimónia que decorreu no London's Guildhall. O escritor vive em Londres e pela sua carreira literária recebeu recentemente o David Cohen Prize for Literature 2011.
A lista de finalistas era composta pelos romances: “The Sisters Brothers” do canadiano Patrick DeWitt; “Jamrach’s Managerie”, de Carol Birch (autora que esteve na lista longa de 2003 com “Turn Again Home”); “Half-Blood Blues”, da canadiana Esi Edugyan; “Snowdrops”, de A.D. Miller ("Quando a Neve Começa a Derreter”, sairá em Portugal na editora Civilização) e “Pigeon English”, de Stephen Kelman.
Dos seis finalistas, o livro de Julian Barnes é aquele que tem menos páginas e tem como tema a amizade na infância, o suicídio e as imperfeições da memória. Uma história onde há um homem, Tony Webster, que teve uma relação no passado com uma rapariga, Veronica, e por onde passa o suicídio de um amigo.
Barnes descreve o seu romance como um livro sobre “o tempo e a memória e sobre o modo como o tempo afecta a memória”. É a história de um homem, que já passou a meia-idade, e que se apercebe que algumas coisas que lhe aconteceram na vida afinal não eram bem como ele pensava.
Uma polémica surgiu quando foram anunciados os finalistas do prémio deste ano por causa de o romance “The Stranger's Child”, de Alan Hollinghurst (Picador - Pan Macmillan) não ter ficado entre os seleccionados.
O vencedor do ano passado, “A Questão Finkler”, de Howard Jacobson, vendeu 250 mil exemplares só no Reino Unido. [publico.pt]
A obra "Ribamar", do escritor brasileiro José Castello, venceu o Prémio Literário Nacional Jabuti, do Brasil, na categoria romance, e "1822", de Laurentino Gomes, foi distinguido na categoria reportagem.
"Estou feliz, acabei de saber hoje de madrugada", disse à Lusa o escritor José Castello, que se encontra em Portugal por ter sido júri do Prémio literário LeYa.
José Castello voltou a ser distinguido com o Jabuti, depois de em 1994 ter sido galardoado na categoria de ensaio, pelo livro "Poeira da Paixão", uma biografia de Vinicius de Moraes. [ionline.pt]
O escritor João Ricardo Pedro é o vencedor do prémio LeYa 2011, com o romance "O teu rosto será o último", anunciou hoje o júri, presidido por Manuel Alegre, em Alfragide no edifício sede da editora.
Depois de no ano passado, o júri ter decidido não atribuir o prémio, invocando falta de qualidade dos textos apresentados a concurso, João Ricardo Pedro torna-se no terceiro escritor distinguido com o prémio, ao qual concorreram este ano 162 romances. "O teu rosto será o último" é o livro de estreia do autor, que não tinha até agora nenhuma obra editada, tendo sido escolhido por maioria. "É a minha primeira obra, a minha primeira tentativa de fazer qualquer coisa", diz ao PÚBLICO João Ricardo Pedro, revelando que estava confiante numa vitória. "Se não estivesse à espera, não tinha concorrido."
"É um livro arriscado e que facilmente toca as pessoas que o lêem e acho que o júri foi tocado", continua o escritor, que achava que podia ganhar, notando no entanto que não leu nenhuma das outras obras a concurso.
O júri foi constituído pelos escritores Carlos Heitor Cony, Nuno Júdice e Pepetela; o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira; Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo; e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo.
O Prémio Leya foi criado em 2008 no sentido de distinguir um romance inédito escrito em português.
O prémio, de 100 mil euros – e que é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa –, foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português. Nas duas primeiras edições foi conquistado pelo brasileiro Murilo Carvalho, com a obra “O Rastro do Jaguar” (2008), e pelo moçambicano João Paulo Borges Coelho, com “O Olho de Hertzog” (2009).
Protestou nas ruas e na Internet contra a situação do Egipto - e viu Mubarak abandonar o poder. Agora, acha que o país “está muito mal” e custa-lhe acreditar no retorno da violência.
Foram dias inteiros passados na principal praça da cidade, para os manifestantes, e dias inteiros marcados por directos do mesmo local, para o resto do Mundo. No Cairo, capital do Egipto, milhares de pessoas saíram à rua a 25 de Janeiro de 2011 e muitos só regressaram a casa a 12 de Fevereiro, quando Mubarak, o presidente apelidado de vitalício, decidiu abandonar o poder. Fê-lo de frente para os manifestantes e para o mundo.
Mona Prince, 41 anos, escritora e professora universitária na cidade egípcia de Suez, é referida como uma das "bloggers" mais activas do seu país. Durante a revolução, não hesitou em relatar o que se passava na Praça Tahrir e, a 27 de Janeiro, publicou um testemunho que funcionou como um alarme global. Depois de contar como foi agredida e assediada por membros da polícia estatal, durante uma das manifestações, Prince terminou o relato com uma pequena frase que representa o seu estado de espírito: "Apesar da dor, continuarei a protestar". E assim foi.
Em Portugal para participar no Simpósio "As Revoluções Possíveis", em Santa Maria da Feira, organizado pela câmara municipal da cidade, Mona Prince falou ao P3, em entrevista, da actual situação do seu país, do livro que está a escrever e dos recentes ataques do exército a civis.
A utopia de Tahrir
Não abandonou a praça após ter sido atacada e quando fala desses dias não deixa transparecer a dor de um momento certamente inesquecível. Oito meses depois da queda de Mubarak, Mona Prince não hesita em dizer que o seu país "está muito mal".
Os acontecimentos de 8 de Outubro chocaram-na e diminuíram o seu optimismo. Numa manifestação contra a discriminação religiosa, em frente ao quartel-general da televisão egípcia, o exército não esteve com meias medidas e matou Mina Daniel, um cristão copta que fazia ouvir o seu desagrado. Foi o momento mais violento desde que a revolução no Egipto começou.
"O exército somos nós, o povo, os nossos irmãos, primos e vizinhos. Sempre disseram que o exército nunca mataria o povo, mas fizeram-no na semana passada. É muito triste. Para mim, se o fizeram uma vez, podem fazê-lo de novo e, nesse caso, não sabemos o que acontecerá nos tempos que se avizinham", lamenta Mona. Para trás ficaram as certezas, conseguidas naqueles dias de Janeiro e Fevereiro, de que as coisas iam mudar.
A utopia de uma sociedade sem confrontos religiosos, com pessoas educadas, que Mona viveu na Praça Tahrir, esfumou-se com o levantar das tendas e das casas-de-banho improvisadas. As redes sociais e os blogues continuam, no entanto, a despertar consciências num país com 90 milhões de habitantes, "mais de metade, iletrados".
"Vai levar anos, uma ou duas gerações, no mínimo, para que os resultados da revolução surjam", considera a académica. Mas não é impossível. Mona Prince está a escrever um livro sobre o dia-a-dia na Praça Tahrir e sobre os momentos que se seguiram à queda de Mubarak, para ser editado em árabe até 25 de Janeiro de 2012. Espera que não tenha de acrescentar mais capítulos como o da última semana.[p3.publico.pt]
Aurea venceu o Best Portuguese Act, dos Prémios MTV EMA (European Music Awards). A cantora, escolhida pelos fãs, que podiam votar no site da MTV, é agora candidata ao prémio Worldwide Act, em competição com artistas escolhidos de outros 22 países onde a MTV tem canais regionais.
Um ano após o lançamento do seu álbum de estreia, homónimo, Aurea, 23 anos, destacou-se num registo soul e blues, tendo alcançado em apenas 4 meses o primeiro lugar do top de vendas nacional com o single “Busy (For Me)”. A cantora já é dupla platina em Portugal.
Em comunicado, Aurea agradeceu à MTV a oportunidade e distinção. “Obrigada a todos vocês que me acompanham pela vossa força, dedicação e carinho incondicionais, à minha família e a toda a minha equipa, Rui, João, Ricardo, músicos e técnicos por me aturarem por essa estrada fora e me fazerem sentir sempre em casa onde quer que esteja.”
A competir com Aurea estavam os Amor Electro, o DJ Diego Miranda, os Expensive Soul e os The Gift.
Até ao dia 24 de outubro, Aurea vai disputar com os restantes finalistas dos 22 países da Europa onde a MTV está presente, a oportunidade de representar a Europa na categoria Worlwide Act. A votação está a decorrer em www.mtvema.com, online e mobile.
O Worldwide Act pretende celebrar a diversidade e abrangência da música que a MTV tem para oferecer, elevando os MTV EMA a uma dimensão global. No dia 24 serão revelados os finalistas de cada região (Europa, Ásia/ Pacífico, América do Norte, América Latina, Médio Oriente/ Índia/ África).
O grande vencedor será revelado em directo na cerimónia dos MTV EMAs, dia 6 de Novembro, em Belfast.
Segundo o comunicado da MTV, Portugal foi o segundo país europeu a mobilizar mais pessoas para a votação, que somou os 36 milhões de votos.
Nos European Music Awards, atribuídos anualmente desde 1994 e considerados um dos mais importantes prémios europeus da música, Lady Gaga lidera a corrida com seis nomeações, seguida dos norte-americanos Katy Perry e Bruno Mars, com quatro cada um. [publico.pt]
Título: Adivinha quanto eu gosto de ti
Autor: Sam McBratney
Ilustração: Anita Jeram
Editora: Caminho
Sinopse:
Às vezes, quando gostamos muito, muito de alguém, queremos encontrar uma maneira de descrever como os nossos sentimentos são grandes. Mas, como descobrem a Pequena Lebre Castanha e Grande Lebre Castanha, o amor não é coisa fácil de medir!
[…] O quarteto formado por Chris Martin (piano e voz), Jonny Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo) e Will Champion (bateria) é mais uma das bandas produto de universidades. Martin e Buckland conheceram-se em 1996, logo nos primeiros dias de aula na University College London. Da amizade, surgiu o núcleo do que viria a ser os Coldplay. Logo depois Berryman juntou-se aos dois e o trio apresentava -se como Pectoralz. No ano seguinte, teve o seu nome mudado para Starfish. Em 1998 chega o último integrante, Will Champion. Ele originalmente não tocava bateria e aprendeu o instrumento para entrar na banda, que logo em seguida foi batizada de Coldplay. No mesmo ano o quarteto lançou o seu primeiro EP, Safety EP, com apenas 500 cópias. Entre as que foram distribuídas a gravadoras e amigos, sobraram apenas 50 para a venda ao público. Ninguém poderia imaginar que este número se multiplicaria tanto.[…] [blitz.aeiou.pt]
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Coldplay: «Mylo Xyloto pode ser o nosso último álbum»
Chris Martin assumiu ao Mail On Sunday que «Mylo Xyloto» pode ser a derradeira obra dos Coldplay.
Para o vocalista, o disco resume «três anos de trabalho árduo». Martin confessou não imaginar nova torrente de energia para a gravação de um sucessor.
O músico vê em Adele e Justin Bieber dois dos artistas que jogam no mesmo campeonato que os Coldplay. «Competimos com eles que são mais novos», vincou.
«Temos que nos esforçar para colocarmos tanta energia na nossa música como eles. Se acabar, acabou. Consigo viver com isso», deixou escapar.
Para Martin, o mais importante é agir como se «cada álbum fosse o último». «Mylo Xyloto» é editado no dia 24. [diariodigital.pt]
O escritor espanhol Javier Moro, autor de títulos como “Uma Paixão Indiana” (editado em Portugal pela Caderno) e de “O Sari Vermelho” (Planeta) acaba de receber o Prémio Planeta, atribuído há já 60 anos pelo prestigiado grupo editorial espanhol.
Moro ganhou sábado à noite os 600 mil euros do prémio com um romance sobre o imperador Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) noticiou este domingo o espanhol “El País” na sua edição “online”. O livro chegará às livrarias espanholas com o título “El Imperio eres Tu”.
A outra finalista a este prémio que em termos monetários é o mais importante do mundo depois do Nobel e se destina a obras escritas em espanhol foi Inma Chácon com o romance “Tempo de Arena”. [publico.pt]
Dupla de coreógrafos foram distinguidos com o prémio Prix Jardin d’Europe, no valor de 10 mil euros, a mais importante distinção para a emergente dança contemporânea europeia.
A dupla de coreógrafos portuguesa Sofia Dias e Vítor Roriz recebeu este sábado, em Bucareste, o prémio Jardim d’Europe, no valor de dez mil euros, atribuído por um júri internacional composto por oito críticos à peça “Um Gesto não passa de uma ameaça”. Apresentada na passada quarta-feira no 6º Xplore Dance Festival que decorreu na capital romena, a coreografia distinguiu-se do conjunto dos trabalhos apresentados por nomes emergentes da cena europeia.
O Prémio Jardin d’Europe, na sua 4ª edição, é a mais importante distinção para a nova criação contemporânea europeia e resulta da colaboração de 14 instituições, entre elas o ImpulsTanz, em Viena, e a companhia Ultima Vez, em Bruxelas. O festiaval iDans, em Istambul ou a companhia Cullberg Ballet, em Estocolmo.
Na crítica publicada no P2 aquando da estreia de “Um gesto que não passa de uma ameaça” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a 2 de Julho deste ano, Luísa Roubaud escrevia: “A peça evidencia basear-se na improvisação e numa aturada escuta introspectiva. Mas estamos longe de uma catarse: Dias e Roriz lançaram-se, literalmente, de corpo e alma, num intenso brainstorming motor, mental e verbal, e é dele que emana toda a Dinâmica dramatúrgica; contudo, sob a aparente associação livre, o cuidado com os ínfimos detalhes com que corpo e voz dão visibilidade cénica à insondável linha condutora que liga o material apresentado, denota decantação e selecção, prevalência do controlo sobre o risco”. A coreografia mereceu 4 de 5 estrelas.
“Um gesto que não passa de uma ameaça” é apresentado dias 22 de Outubro em Évora (Festival Internacional de Dança Contemporânea), 12 de Novembro em Estarreja (Cine-teatro de Estarreja), e de 24 a 26 de Novembro em Lisboa (Espaço Alkantara). [publico.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 16 de Outubro, pelas 21.45h, o filme "Os Gatos Persas" de Bahman Ghobadi.
Shirin Ebadi esteve, a 02 de outubro de 2010, com Kurt Westergaard e Paulo Moura, na biblioteca municipal, no Simpósio de Santa Maria da Feira: “Identidade, liberdade e violência”.
Biografia
Recebeu o Nobel da Paz em 2003. Foi a primeira cidadã iraniana e a primeira mulher muçulmana a receber um Nobel.
Biografia
Shirin Ebadi nasceu em Hamadã, a 21 de Junho de 1947, onde o seu pai, Mohammad Ali Ebadi, era um conhecido Professor de Direito Comercial. Em 1948 mudou-se com a sua família para Teerão.
Em 1965, foi admitida no curso de Direito da Universidade de Teerão e em 1968 concluiu a licenciatura. Em Março de 1969, tornou-se a primeira mulher iraniana a ser nomeada juiz.
Prosseguiu os seus estudos na Universidade de Teerão, tendo concluído um mestrado em 1971. Em 1975, tornou-se a primeira mulher iraniana a presidir a um tribunal legislativo.
Após a Revolução Islâmica de 1979, por pressão dos clérigos conservadores que consideravam que o Islão proibia as mulheres de serem juízes, ela e outras mulheres foram demitidas do cargo de juizes, sendo autorizadas, somente, a realizar trabalhos administrativos nos tribunais. Após vários protestos, acabaram por ser nomeadas "especialistas em leis", pelo Ministério da Justiça. Dada a sua situação profissional, Shirin Ebadi pediu uma reforma antecipada, solicitando, por vários anos, autorização para exercer advocacia, que lhe foi concedida em 1993.
Durante esse período, escreveu diversos livros e artigos que a tornaram conhecida.
Actividade Profissional
Como advogada, é conhecida pela sua intervenção em numerosos casos de violação de direitos humanos, sobretudo de mulheres e crianças, de dissidentes, membros de minorias religiosas e de publicações encerradas pelo governo iraniano. Neste contexto, foi a representante legal de Ezzat Ebrahim-Nejad, a única vítima mortal dos protestos estudantis de 1999 e de Zahra Kazemi, uma fotojornalista irano-canadiana que morreu numa prisão no Irão.
Shirin Ebadi esteve envolvida na elaboração da lei contra abuso físico de crianças, aprovada, pelo parlamento iraniano, em 2008, e fundou duas organizações não-governamentais: a Sociedade para a Protecção dos Direitos das Crianças e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos.
Prémio Nobel
Em 10 de Outubro de 2003, o Comité Nobel atribuiu-lhe o Nobel da Paz pela sua luta na defesa da democracia e dos direitos humanos, especialmente os direitos das mulheres e das crianças.
Desde que recebeu o prémio, Shirin Ebadi tem viajado por diversos países estrangeiros, dando conferências e recebido homenagens, publicando documentos e defendendo pessoas acusadas de crimes políticos no Irão.
Ameaças
Em Abril de 2008, Shirin Ebadi declarou à agência Reuters que o respeito pelos Direitos Humanos no Irão tinha regredido nos últimos dois anos e aceitou defender os dirigentes Bahá'ís, presos no Irão em 2008.
Nesse mesmo mês, Ebadi tornou públicas as ameaças contra a sua vida e segurança da sua família e que as mesmas advertiam-na a não fazer discursos no estrangeiro e a não defender os membros da comunidade Bahá'í. Uma das suas filhas, Nargess Tavassolian, também foi acusada de se ter convertido à religião Bahá'í, um crime que, no Irão, é punido com a pena de morte.
Em Dezembro de 2008, um grupo de manifestantes atacou a sua casa e a polícia iraniana encerrou o escritório do Centro dos Defensores dos Direitos Humanos. Na ocasião, a organização Human Rights Watch afirmou estar "extremamente preocupada" com a segurança de Shirin Ebadi.
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Estreiam, hoje, os filmes: "Identidade secreta" de John Singleton com Taylor Lautner, Alfred Molina e Jason Isaacs; "Contágio" de Steven Soderbergh com Gwyneth Paltrow, Tien You Chui e Josie Ho; "Route Irish - A Outra Verdade" de Richard Ayoade com Noah Taylor, Paddy Considine e Craig Roberts; "No meu lugar" de Eduardo Valente com Dedina Bernardelli, Luca De Castro e Luciana Bezerra; "Os Três Mosqueteiros" de Paul W.S. Anderson com Logan Lerman, Matthew Macfadyen e Ray Stevenson; "Submarino" de Richard Ayoade com Noah Taylor, Paddy Considine e Craig Roberts; "Terça, Depois do Natal" de Radu Muntean com Dragos Bucur, Maria Popistasu e Mimi Branescu.
"Identidade secreta"
Sinopse:
Apesar de ter uma vida tranquila e uma família que o apoia incondicionalmente, Nathan Harper (Taylor Lautner) sempre se considerou um inadaptado. Um dia, Karen (Lily Collins), a sua namorada, descobre uma fotografia sua em criança num site de pessoas desaparecidas, sob o nome de Steven Price. Com o mundo a ruir à sua volta e um sentimento de descrença em relação a todos em quem sempre confiou, ele parte em busca de respostas sobre quem verdadeiramente é. Porém, ao desencadear uma série de acontecimentos, Natham acaba por perceber que a sua vida está ligada a uma intriga internacional e que é perseguido por pessoas que o querem silenciar. Convencido de que tudo aquilo poderá estar ligado a um pesadelo recorrente que o perturba desde a infância, ele vai procurar ajuda junto da Dra. Bennett (Sigourney Weaver), a sua psiquiatra. [cinecartaz.publico.pt]
"Contágio"
Sinopse:
De regresso de uma viagem de negócios a Hong Kong, Beth Emhoff morre subitamente do que parece ser uma gripe comum, deixando Mitch, o seu marido, completamente arrasado. Poucos dias depois, outros casos com os mesmos sintomas chegam aos hospitais do país, incluindo o seu filho pequeno, que acaba também por morrer. É o início de uma pandemia fatal. E, apesar de a comunidade científica estar focada em encontrar uma maneira de travar aquele vírus, o pânico instala-se. À medida que a população se debate com um vírus mortal sem precedentes, torna-se imperativo, não apenas encontrar a cura, como travar o medo, que se demonstra ainda mais perigoso do que a própria doença....
Um thriller de acção realizado por Steven Soderbergh, que se debruça sobre as hipotéticas consequências de uma epidemia a nível mundial na sociedade contemporânea, onde a mobilidade é praticamente total. O elenco conta com a presença de Laurence Fishburne, Marion Cotillard, Matt Damon, John Hawkes, Jude Law, Gwyneth Paltrow ou Kate Winslet, entre outros. [cinecartaz.publico.pt]
"Route Irish - A Outra Verdade"
Sinopse:
Fergus (Mark Womack) persuade Frankie (John Bishop), o seu melhor amigo, a integrar a sua equipa de segurança privada no Iraque por um salário que lhes promete mudar a vida. Apesar de pouco motivado e consciente dos perigos da missão, Frankie acaba por ceder. Três anos depois, Frankie sofre um atentado na "Route Irish" em Bagdad, considerada a estrada mais perigosa do mundo, acabando por morrer. Revoltado e com dificuldade em lidar com os sentimentos de culpa, Fergus recusa a versão oficial que refere o episódio como um acidente e regressa a Inglaterra. Aí, decidido a investigar por conta própria, une-se a Rachel (Andrea Lowe), a viúva de Frankie, acabando por desvendar uma intriga que porá em causa, não apenas as suas vidas, mas tudo aquilo em que acreditam.
Um drama de Ken Loach ("Brisa de Mudança", "A Canção de Carla", "Sweet Sixteen"), sobre as vidas de pessoas comuns que, por dinheiro, seguem sem preparação para um cenário de guerra, onde o Bem e o Mal têm contornos pouco definidos. [cinecartaz.publico.pt]
"No meu lugar"
Sinopse:
Um agente da polícia do Rio de Janeiro tem que tomar uma decisão difícil quando se vê confrontado com um assalto que acaba por envolver reféns numa casa de classe média-alta. Aquele momento vai marcar a vida das três famílias envolvidas, inclusivamente a dele próprio. Assim, como resultado daquele trágico incidente que resulta na morte de um homem, o espectador depara-se com três histórias em lugares e tempos distintos: alguns dias antes um rapaz apaixona-se pela empregada da vítima; dias depois o polícia depara-se com um processo e é suspenso; cinco anos após os factos a mulher da vítima volta com os seus filhos e o novo marido para vender a casa onde tudo aconteceu. [cinecartaz.publico.pt]
"Os Três Mosqueteiros"
Sinopse:
Porthos, Athos e Aramis são os mais destemidos mosqueteiros de toda a França. Envolvidos numa conspiração que visa destronar o Rei, eles vão unir-se ao jovem D'Artagnan (Logan Lerman), conhecido pela sua coragem e determinação, para combater o terrível Cardeal Richelieu (Christoph Waltz), e a sua misteriosa cúmplice, M'lady De Winter (Milla Jovovich), e frustrar os seus planos de usurpar o trono.
A mais recente versão cinematográfica do clássico de Alexandre Dumas, desta vez pelas mãos de Paul W. S. Anderson ("Alien vs Predador", "Paranormal", "Resident Evil: Ressurreição") e com tecnologia em 3D. [cinecartaz.publico.pt]
"Submarino"
Sinopse:
Reino Unido, 1985. Oliver Tate (Craig Roberts) é um adolescente de 15 anos, inteligente, egocêntrico e dono de uma confiança invejável. De certa forma ostracizado pelos colegas de escola, ele é perito em negar a realidade, julgando-se um génio. Até à chegada do próximo Verão ele propôs-se a duas coisas: perder a virgindade com Jordana (Yasmin Paige), a sua também excêntrica e impopular recém-namorada, e salvar a relação já muito desgastada dos seus pais. Porém, até lá, Oliver tem ainda muitas lições a aprender.
Com argumento e realização de Richard Ayoade e com Ben Stiller na equipa de produção, uma comédia dramática que adapta para grande ecrã o romance escrito por Joe Dunthorne, em 2008. [cinecartaz.publico.pt]
"Terça, Depois do Natal"
Sinopse:
Paulo (Mimi Branescu) e Adriana (Mirela Oprisor) são casados há dez anos e são pais de Mara, de oito. Apesar da aparente felicidade, Paulo mantém uma relação extraconjugal com Raluca (Maria Popistasu), a jovem dentista da sua filha. E mesmo ocupado com os últimos preparativos antes do Natal, os problemas da filha e a relação com a esposa, decide fazer uma visita ao consultório de Raluca, onde inesperadamente, encontra Adriana. É o momento em que ambas se encontram pela primeira vez. Apesar de não originar um confronto entre os três, esta circunstância faz com que Paulo perceba que tem de tomar uma decisão definitiva: escolher a segurança de uma relação de dez anos ou o risco de uma paixão que pode deitar tudo a perder. E ele sabe que o seu tempo se esgotou e que tem apenas até terça-feira, depois do Natal, para o fazer... [cinecartaz.publico.pt]
Oscar Wilde [Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde]
(16 de Outubro de 1854 — 30 de Novembro de 1900)
A Lament
O well for him who lives at ease
With garnered gold in wide domain,
Nor heeds the splashing of the rain,
The crashing down of forest trees. -
O well for him who ne'er hath known
The travail of the hungry years,
A father grey with grief and tears,
A mother weeping all alone. -
But well for him whose feet hath trod
The weary road of toil and strife,
Yet from the sorrows of his life
Builds ladders to be nearer God.
Oscar Wild
O romance "Peregrinação de Enmanuel Jhesus" (Dom Quixote, 2010), do escritor e jornalista Pedro Rosa Mendes, ganhou o prémio PEN Clube na categoria de narrativa. O ensaísta Luiz Fagundes Duarte, que integrou o júri, a par de Maria João Cantinho e do ficcionista Manuel de Queiroz, disse ao PÚBLICO que a escolha foi consensual e unânime. "Concorriam cerca de 50 romances, mas logo no início da reunião começou a ficar claro que o vencedor iria ser o romance de Pedro Rosa Mendes".
Considerando que se trata de "uma história muito interessante e muito bem contada", Fagundes Duarte destaca sobretudo "o trabalho de linguagem" do autor, referindo ainda o modo como este romance aborda "a expansão da cultura e língua portuguesas".
Na categoria de poesia, o vencedor foi o poeta e dramaturgo Jaime Rocha, com "Necrophilia" (Relógio D"Água, 2010), obra escolhida por Francisco Belard, Liberto Cruz e Manuel Frias Martins.
O júri do prémio de ensaio - constituído por Maria João Reynaud, Álvaro Manuel Machado e Fernando Cabral Martins - decidiu atribuí-lo, ex aequo, a João Barrento, pelo livro "O Género Intranquilo: Anatomia do Ensaio e do Fragmento", e a Jorge Vaz de Carvalho, autor de "Jorge de Sena: 'Sinais de Fogo' como Romance de Formação". Ambos os livros foram publicados em 2010 pela Assírio & Alvim.
Como habitualmente, o PEN Clube atribuiu ainda um prémio destinado a consagrar a primeira obra de um autor, elegendo desta vez o romance "Rio Homem" (ASA, 2010), estreia literária do actor André Gago. O júri integrou elementos dos jurados dos restantes prémios, e ainda a escritora Teresa Salema, presidente do PEN Clube.
Os vencedores nas três categorias principais irão receber, cada um, cinco mil euros, cabendo ao vencedor da melhor primeira obra um prémio monetário de 2500 euros.
A cerimónia de entrega dos prémios, que terá lugar nas instalações da Sociedade Portuguesa de Autores, ainda não está marcada, mas Teresa Salema disse ao PÚBLICO esperar que ainda seja possível agendá-la para este ano. [publico.pt]
Roberto Saviano esteve, a 19 de Setembro de 2009, com Mário Mendes, na biblioteca municipal, no Simpósio de Santa Maria da Feira: “Máfias e mercado global”.
Roberto Saviano, o jornalista e escritor italiano perseguido pela máfia depois de ter escrito, aos 26 anos de idade, o best-seller "Gomorra", é "um escritor de coragem" distinguido com o prémio PEN/Pinter.
O escritor, de 32 anos, divide o prémio - entregue anualmente desde 2009 - com David Hare, dramaturgo e argumentista inglês conhecido pelos seus trabalhos marcadamente políticos.
O PEN/Pinter é entregue pela organização literária e de direitos humanos PEN em honra do prémio Nobel Harold Pinter, distinguindo todos os anos um escritor britânico ou residente no Reino Unido e um escritor que tenha sido perseguido pelas suas ideias, categoria na qual se insere Roberto Saviano, apenas conhecido na cerimónia de entrega do prémio.
Depois da publicação de "Gomorra" - uma obra que o celebrizou mundialmente sobre a Camorra napolitana, na qual Saviano se conseguiu infiltrar -, o jornalista e escritor tornou-se alvo de perseguição dos mafiosos que denunciou, tendo passado a viver na clandestinidade, sempre sob protecção policial.
"Roberto Saviano enfrentou a máfia napolitana, primeiro no livro 'Gomorra' e depois no filme [adaptado do livro]", disse David Hare na cerimónia de entrega do prémio, que aconteceu na segunda-feira em Londres. "Ele arriscou muito a sua própria segurança. A minha esperança ao dividir este prémio com ele é que este reconhecimento da PEN possa, de qualquer forma, tornar a sua vida mais fácil."
Numa mensagem enviada à organização, Saviano - cujo paradeiro se desconhece mas que não impede algumas aparições públicas - agradeceu a distinção, dedicando o prémio "a todos os que fizeram com que fosse possível tornar as minhas palavras perigosas para alguns poderes que precisam de silêncio e sombra". "Porque é quando se sente que tantas pessoas precisam de ver, de saber e de mudar, e não apenas de ser entretidas ou confortadas, que vale a pena continuar a escrever."
Antonia Fraser, chefe do júri e viúva de Harold Pinter, escreveu ainda em comunicado que "Harold ficaria muito orgulhoso por ter o seu nome associado a dois escritores tão maravilhosos", exaltando a coragem de cada um. [publico.pt]
Mia Couto, escritor moçambicano, é o vencedor da sétima edição do Prémio Eduardo Lourenço, no valor de 10 mil euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
A decisão foi comunicada por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no final de uma reunião do júri, a que presidiu, realizada nas instalações do CEI, naquela cidade.
Instituído em 2004, o prémio anual, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI, destina-se a galardoar personalidades ou instituições, portuguesas ou espanholas, "com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica".
Desta vez, segundo o presidente do júri, foi atribuído a Mia Couto, escritor que "alargou os horizontes da língua portuguesa e da cultura ibérica".
João Gabriel Silva disse à agência Lusa que a distinção foi entregue ao escritor Moçambicano "por unanimidade e aclamação", num conjunto de 15 concorrentes, pela importância que a sua obra representa "para o espaço ibérico".
"Todos reconhecemos a sua enorme contribuição para a cultura ibérica. Acho que é uma excelente escolha, é alguém que enormemente engrandece a cultura portuguesa e ibérica", declarou. [dn.pt]