Amor como em Casa
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
Manuel António Pina
in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde”
O 15º Festival de Cinema Luso-Brasileiro decorre na Feira de 4 a 11 de Dezembro e, com um arranque dedicado a Tom Jobim, aposta este ano "num contraponto entre autores consagrados e novos valores" de ambas as cinematografias.
Segundo fonte da organização, o certame pretende assim apresentar "propostas da mais pura ousadia em contacto direto com a segurança narrativa dos mestres", numa "mistura feliz que procura a abrangência de públicos".
A abertura do festival estará a cargo do filme "A Música segundo Tom Jobim", do realizador Nelson Pereira dos Santos, que, ligado ao movimento do Cinema Novo Brasileiro, assinou títulos como "Rio 40 Graus" e "Vidas Secas".
Para a organização do evento, a obra sobre António Carlos Jobim é "o grande destaque" do certame, por se tratar de um "filme magistral" em que Nelson Pereira dos Santos - convidado de honra no festival - recorre a "uma impressionante galeria de músicos famosos" para retratar "a trajetória do grande compositor brasileiro, autor de uma obra eterna, de alcance internacional".
"Um filme memorável em que a música é o único personagem", realça a mesma fonte. "Não há uma palavra sequer no filme, e nem é preciso", acrescenta.
O encerramento do certame caberá, por sua vez, ao filme "As Canções", do realizador Eduardo Coutinho, que tendo dirigido "Cabra Marcado Para Morrer", é apontado como "o mais influente documentarista brasileiro" e autor da filmografia "mais sólida" desse género cinematográfico no que se refere à produção do seu país.
Entre a exibição de "A Música segundo Tom Jobim" e a apresentação de "As Canções", o Festival de Cinema Luso-Brasileiro de 2011 reparte-se, contudo, por dois eixos estruturantes: a competição e os seus programas paralelos.
No primeiro caso, estarão a concurso seis longas-metragens e 30 curtas, observando a organização do festival que essas obras se distribuem em partes iguais por autores de Portugal e do Brasil.
Nas longas-metragens há, ainda assim, "uma predominância de primeiras obras em confronto com as de Karim Ainouz, o cineasta mais premiado de sempre em Santa Maria da Feira", e nas curtas adivinha-se "uma disputa acesa por filmes de diversos quadrantes e géneros", destacando-se o regresso de Michael Wahrmann, que venceu a edição de 2010 com o filme "Oma".
Quanto à restante programação do festival, destaca-se ainda uma homenagem póstuma a Pedro Hestnes (1962-2011), numa iniciativa envolvendo vários realizadores que trabalharam com esse ator português, e é de referir também a retrospetiva sobre o brasileiro Gustavo Spolidoro, que, no início da sua carreira, "nutria um gosto muito particular pela construção de ficções em plano sequência" e entretanto "migrou para o documentário".
Na secção "Sangue Novo", estará em foco o português Carlos Conceição; na "Docs" é "imperativo" referir o filme de Gonçalo Tocha "É na Terra não é na Lua"; e na "Porto de Honra" exibem-se apenas obras de cineastas da cidade Invicta.[diariodigital.pt]
Título: A bomba e o general
Autor: Umberto Eco
Ilustração: Eugenio Carmi
Editora: Quetzal
Sinopse: A bomba e o general é um livro sobre a guerra e as coisas estranhas que os homens fazem. É explicado o que é um átomo, porque é que é bom e porque é que pode ser mau, e depois que esse mesmo átomo e os seus companheiros resolvem revoltar-se contra o general e esconder-se na cave para que as bombas fiquem vazias e a guerra e a morte atómica não possam acontecer. Depois de um primeiro final feliz e de paz, o epílogo do general é irónico e amargo. Acaba como porteiro de hotel para poder continuar a usar os galões, o que até parece engraçado. Só que a última página é de tirar o fôlego.
Amália da Piedade Rodrigues nasce numa família pobre e numerosa, que, vinda da Beira Baixa, tentava a sorte na capital. Passado pouco tempo, os pais voltam para a província, e deixam Amália com quatorze meses a viver com os avós maternos. [amalia.com]
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Fado conquista unanimidade na UNESCO
'Estranha Forma de Vida’, tema celebrizado pela voz de Amália Rodrigues, foi ouvido em Bali no início da noite de domingo (fim da manhã em Portugal) graças ao telemóvel que o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, aproximou do microfone da sala onde o Comité Intergovernamental da UNESCO acabara de aprovar a candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade.[cmjornal.xl.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, a 27 de Novembro, pelas 21h45, na biblioteca municipal, o filme "Temos Papa" de Nanni Moretti.
Daniel Silva foi jornalista e trabalhou para a UPI, primeiro em Washington e depois no Cairo, como correspondente para o Médio Oriente. Nesse período cobriu diversos conflitos políticos e a guerra Irão-Iraque. Conheceu a sua mulher, correspondente da NBC, e regressaram aos Estados Unidos, onde Daniel Silva foi produtor da CNN durante vários anos, tendo sido responsável por alguns programas muito populares, como Crossfire, The International Hour e The World Yoday, entre outros.[wook.pt]
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Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o livro de Daniel Silva "O caso Rembrandt".
Estreiam, hoje, os filmes: "Um método perigoso" de David Cronenberg com Viggo Mortensen, Keira Knightley e Michael Fassbender; "Arthur Christmas" de Sarah Smith com as vozes de James McAvoy, Jim Broadbent e Bill Nighy; "Habemus Papam - Temos Papa" de Nanni Moretti com Michel Piccoli, Nanni Moretti e Jerzy Stuhr; "Imortais" de Tarsem Singh com Henry Cavill, Mickey Rourke e Stephen Dorff.
"Um método perigoso"
Sinopse:
Em 1907, Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) iniciam uma parceria que iria mudar o rumo das ciências da mente assim como o das suas próprias vidas. Seis anos depois, tudo isso se altera e eles tornam-se antagónicos, tanto no que diz respeito às suas considerações científicas como no que se refere às questões de foro íntimo. Entre os dois, para além das divergências de pensamento, surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma jovem russa de 18 anos internada no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli. Com diagnóstico de psicose histérica e tratada através dos recentes métodos psicanalíticos, ela torna-se paciente e amante de Jung e, mais tarde, em colega e confidente de Freud. Isto, antes de se tornar numa psicanalista de renome.
Realizado por David Cronenberg ("eXistenZ", "Crash"), "Um Método Perigoso" é baseado na peça "The Talking Cure", do dramaturgo e argumentista inglês, nascido nos Açores, Christopher Hampton, inspirada na obra de John Kerr. [cinecartaz.publico.pt]
"Arthur Christmas"
Sinopse:
Arthur (Voz de James McAvoy) é o filho mais novo do verdadeiro Pai Natal (Jim Broadbent), neto do Avô Natal (Bill Nighy) e irmão de Steve (Hugh Laurie). Esta família, tal como todas as outras, tem os seus problemas e, entre eles, as coisas nem sempre são pacíficas - especialmente no que toca à noite de consoada.
Hoje em dia, com a evolução tecnológica, a distribuição de presentes acontece de uma maneira quase sem falhas, através de computadores de última geração e tecnologia de ponta. No entanto, desta vez, parece que algo correu menos bem e ficou um presente por entregar a uma das milhões de crianças crentes na magia do Natal.
Apesar de todos parecerem desvalorizar o acontecido, Arthur acha que, enquanto o espírito natalício perdurar, nenhuma criança no mundo poderá ficar sem presente. Assim, ajudado pelo Avô Natal, e recorrendo aos antigos métodos de distribuição, os dois vão percorrer o mundo para que aquele presente chegue ao seu destino antes do nascer do Sol.
Com este filme, a distribuidora Columbia TriStar Warner, em parceria com a AMI, doará 10 cêntimos por espectador aos centros Porta Amiga da AMI que reverterão para as ceias de Natal. [cinecartaz.publico.pt]
"Habemus Papam - Temos Papa"
Sinopse:
Depois da morte do Papa, os cardeais de todo o mundo reúnem-se para, em clausura, eleger o seu sucessor (Michel Piccoli). Enquanto isso, na Praça de São Pedro, milhares de pessoas aguardam ansiosamente a primeira aparição do novo Sumo Pontífice. Porém, esmagado com o peso da responsabilidade, o herdeiro de S. Pedro entra em pânico, recusando-se a aparecer em público. Depois de tudo tentarem, os seus conselheiros decidem chamar um dos mais reconhecidos psicanalista do país (Nanni Moretti) para o ajudar a ultrapassar a crise. Mas nada parece surtir efeito. E, depois de três dias com o mundo suspenso, vagueando solitariamente pelas ruas de Roma, ele tem de encontrar a coragem necessária para tomar a única decisão possível...
Uma comédia dramática, realizada por Nanni Moretti ("Querido Diário", "O Quarto do Filho"), sobre a dúvida, a angústia e a vulnerabilidade do ser humano. [cinecartaz.publico.pt]
"Imortais"
Sinopse:
O cruel Exército do rei Hyperion (Mickey Rourke) percorre todo o império grego destruindo aldeias e massacrando os povos que encontram pelo caminho. Este rei sanguinário não deixará que ninguém se intrometa no seu objectivo: libertar o poder dos Titãs adormecidos e, com a sua ajuda, destruir os deuses do Olimpo e toda a Humanidade.
Nada nem ninguém parece capaz de parar a força destrutiva de Hyperion. Até o jovem Theseus (Henry Cavill) jurar vingar a sua mãe, selvaticamente assassinada. Assim, com a ajuda de Phaedra (Freida Pinto), Theseus reúne um pequeno grupo de seguidores e enfrenta o seu destino numa luta desesperada para salvar o mundo dos mortais e dos imortais, tornando-se no herói que todos ansiavam. [cinecartaz.publico.pt]
Completas
A meu favor tenho o teu olhar
testemunhando por mim
perante juízes terríveis:
a morte, os amigos, os inimigos.
E aqueles que me assaltam
à noite na solidão do quarto
refugiam-se em fundos sítios dentro de mim
quando de manhã o teu olhar ilumina o quarto.
Protege-me com ele, com o teu olhar,
dos demónios da noite e das aflições do dia,
fala em voz alta, não deixes que adormeça,
afasta de mim o pecado da infelicidade.
Manuel António Pina
in “Algo Parecido Com Isto, da Mesma Substância”
Título: Desculpa, mas esse livro é meu
Autora e Ilustradora: Lauren Child
Editora: Oficina do Livro
Sinopse:
Quem disse que os livros não conquistam as crianças? Saiba como um livro se converte num objecto de eleição fascinante.
A Lola adora livros. Neste momento, há um livro que é "especialmente extra-especial" para ela. Convencida de que aquele livro não pode ser de mais ninguém, Lola nem quer acreditar quando sabe que este foi requisitado na biblioteca… por outra criança. Será que haverá outro livro à sua altura?
Prémios
Vencedora do Smarties Gold Award
Vencedora da Kate Greenaway Medal
Finalista dos Bristish Book Awards - Children´s Book of the Year
Paulo Gonzo, é o nome artístico de Alberto Ferreira Paulo.
Existem poucos cantores Portugueses com uma carreira tão extensa, conseguindo sempre inspirar audiências com uma mistura única de Blues,
Jazz, Rhythm e Soul caracterizada por uma criatividade e inovação únicas e que se mantêm renovadas a cada novo álbum.Paulo Gonzo é esse artista, e com uma carreira que já se prolonga há mais de vinte e cinco anos, é já um verdadeiro ícone, não apenas para toda uma geração que cresceu a ouvi-lo, mas também para uma nova vaga de fãs e novos artistas que nele se inspiram e o escutam com admiração. [paulogonzo.info]
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Paulo Gonzo lança novo albúm em português
Paulo Gonzo está de regresso às edições discográficas com um novo álbum de originais, em português, com data de lançamento no dia 21 de Novembro 2011.
O novo trabalho chama-se "Só Gestos" e tem como singles de avanço os temas "O (Teu) Brinquedo" e "São Gestos", que já rodam nas principais rádios nacionais.
Em "Só Gestos", Paulo Gonzo contou com a participação especial de Tito Paris (Voz e Guitarra Nylon em "Negra"), Pedro Jóia (Guitarra Nylon), Carlos Lopes (Acordeão), Jair de Pina (Percussão) e José Vasconcelos (Teclados).
Miguel Sousa Tavares também participa neste álbum como compositor no tema "Vem" que encerra este novo trabalho discográfico de Paulo Gonzo. [dn.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o CD de Paulo Gonzo “Só gestos”.
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 20 de Novembro, pelas 21.45h, o filme "Os bem-amados" de Christophe Honoré.
Rui Zink nasceu em Lisboa em 1961. Escritor e professor no Departamento de Estudos Portugueses na Faculdade da Ciências Sociais e Humanas
da Universidade Nova de Lisboa, é autor duma obra diversificada e multifacetada. [ler mais]
Novo livro de Rui Zink é uma história de amor
Chama-se "O amante é sempre o último a saber" o novo romance de Rui Zink. É o primeiro em que conta uma história de amor e chega às livrarias a 10 de Outubro, numa edição da Planeta.
"É a história de Teresa A.C., uma senadora da vida política portuguesa que vai a Tóquio tentar encontrar o filho perdido. E vai acompanhada de Tano, o ex-professor de artes marciais dele, que acabou por ser uma figura paternal para o malogrado Bernardo", disse hoje à Lusa o escritor.
A acção passa-se "metade e meia no Japão, meia metade em Portugal" - explicou -, porque, na sua opinião, com todas as diferenças, japoneses e portugueses têm aspectos em que são muito parecidos. Só que não sabem". Para escrever o livro, o escritor deslocou-se ao Japão e foram as pessoas o que mais lhe interessou.
"O livro tem muitos diálogos, o que sempre facilita a leitura. E Portugal já merecia uma história de amor tão bonita e comovente como esta" concluiu o autor. [dn.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o novo livro de Rui Zink "O amante é sempre o último a saber".
Estreiam, hoje, os filmes: "A pele onde eu vivo" de Pedro Almodóvar com Antonio Banderas, Elena Anaya e Blanca Suárez; "A saga Twilight: Amanhecer Parte I" de Bill Condon com Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner; "Os encantos do 6º andar" de Philippe Le Guay com Fabrice Luchini, Sandrine Kiberlain e Natalia Verbeke; "O mundo no arame" de Rainer Werner Fassbinder com Klaus Löwitsch, Barbara Valentin e Mascha Rabben.
"A pele onde eu vivo"
Sinopse:
Há 12 anos, Robert Ledgard (Antonio Banderas), um cirurgião plástico reconhecido pelas suas investigações em terapia celular, perdeu a mulher num terrível acidente de viação que lhe causou queimaduras e lhe desfigurou o rosto. Desde então, vive em clausura na sua mansão, obcecado com a sua nova descoberta: uma pele artificial que, apesar de sensível ao tacto, não sente dor e é quase indestrutível. Porém, o avanço da pesquisa presume encontrar uma vítima que se possa transformar numa cobaia humana. Para isso, o Dr. Ledgard decide ultrapassar todos os conceitos éticos ou deontológicos, tornando uma jovem sua prisioneira.
A mais recente obra de Pedro Almodóvar retrata a obsessão, a vingança e a capacidade de sobrevivência. O argumento baseia-se na novela de terror "Mygale", escrita em 1995, pelo francês Thierry Jonquet.[cinecartaz.publico.pt]
"A saga Twilight: Amanhecer Parte I"
Sinopse:
Depois de todas as adversidades, Bella Swan e Edward Cullen (Kristen Stewart e Robert Pattinson) casam-se, numa cerimónia de sonho, e viajam em lua-de-mel para o Brasil onde, numa ilha paradisíaca, consumam o seu amor. Poucas semanas depois, Bella descobre que, contra todas as probabilidades, está grávida de uma criatura híbrida. Apesar da felicidade do momento, ambos compreendem que as suas vidas correm perigo. É que, além do bebé crescer demasiado depressa e de uma maneira agressiva para o corpo humano, a matilha de lobos Quileute, temendo a criatura que está prestes a nascer, prepara-se para destruir mãe e cria. Assim, novamente quebrado o equilíbrio entre vampiros e lobisomens, todos se preparam para uma guerra sem tréguas...
Após o fenómeno de popularidade dos filmes "Crepúsculo" (2008), "Lua Nova" (2009) e "Eclipse" (2010), chega agora aos cinemas a primeira parte do quarto volume da saga "Luz e Escuridão", de Stephenie Meyer, desta vez com Bill Condon na realização. [cinecartaz.publico.pt]
"Os encantos do 6º andar"
Sinopse:
1960, Paris. Jean-Louis Joubert (Fabrice Luchini), um seríssimo corretor da bolsa e irrepreensível cidadão, descobre um grupo de espanholas, todas elas empregadas de limpeza, que vivem no sexto andar do seu sorumbático prédio. Através de Maria (Natalia Verbeke), a jovem e atraente empregada da sua própria casa, ele vai descobrir um mundo antagónico ao seu, onde as tristezas não pagam dívidas e a alegria e a extravagância são um modo de viver. É então que, transformado por aquelas mulheres e pela atracção física que o liga a Maria, Jean-Louis decide dar uma volta de 180 graus à sua vida. Mas, quase a entrar na meia-idade, será mesmo capaz de mudar a sua maneira de ser e o modo sisudo com que sempre encarou a existência. Uma comédia de costumes realizada por Philippe Le Guay, com argumento de Le Guay e Jérôme Tonnerre. [cinecartaz.publico.pt]
"O mundo no arame"
Sinopse:
Uma mini-série televisiva de duas partes, estreada em Outubro de 1973. Rodada em Paris, adapta um romance de ficção científica do americano Daniel Galouye sobre um cientista que, ao investigar acontecimentos estranhos relacionados com um "mundo virtual" criado num laboratório, dá por si a questionar a própria natureza da realidade.
Com 3h25 de duração total, "O Mundo no Arame" nunca teve exibição comercial em sala e, depois de passar na televisão, caiu no esquecimento, interrompido apenas por pontuais retrospectivas do cineasta. O seu restauro, a cargo da Fundação Fassbinder e sob a supervisão do director de fotografia original, Michael Ballhaus, sublinha mais uma vez a noção de "liberdade" que percorria o cinema dos anos 1970. [cinecartaz.publico.pt]
Manuel António Pina
Sabugal - 18 de Novembro de 1943
Algumas Coisas
A morte e a vida morrem
e sob a sua eternidade fica
só a memória do esquecimento de tudo;
também o silêncio de aquele que fala se calará.
Quem fala de estas
coisas e de falar de elas
foge para o puro esquecimento
fora da cabeça e de si.
O que existe falta
sob a eternidade;
saber é esquecer, e
esta é a sabedoria e o esquecimento.
Manuel António Pina
in "Aquele que Quer Morrer"
A dupla de arquitectos portugueses José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano, com o projecto de um Bar no Jardim 9 de Abril, em Lisboa, foi segunda-feira premiada na quinta edição dos Prémios de Arquitectura Ascensores Enor.
Os arquitectos foram distinguidos na categoria Ascensores Enor de Portugal, numa cerimónia que decorreu em Vigo, Espanha, tendo recebido um prémio pecuniário de quatro mil euros.
A dupla José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano (com 31 e 33 anos, respectivamente) integraram um conjunto de 69 projectos portugueses a concurso nesta quinta edição dos prémios, tendo chegado seis à final.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, o arquitecto José Maria Cumbre explicou que o Bar no Jardim 9 de Abril “é um espaço que procura não constituir uma barreira entre aquilo que é o jardim e as vistas que se estabelecem a partir” daquele local.
“Procura ser parte do jardim e da vista, no entanto, criando um espaço de estar que é ambíguo entre o exterior e o interior. Basicamente procura, através da sua impermeabilidade, transparência e leveza, não constituir uma barreira visual ao Jardim 9 de Abril”, descreveu.
Questionado pelos jornalistas sobre a forma de fazer arquitectura em tempos de crise, o jovem arquitecto foi peremptório: “esforço, dedicação e o amor enorme à profissão, contando com uma equipa de colaboradores que também pensam da mesma maneira”.
Na opinião de José Maria Cumbre, “os momentos de crise criam um espaço de enorme reflexão, não só na vida profissional como na vida pessoal”, antecipando que irão surgir “novas estratégias, novas lógicas conceptuais e de projectar”.
Para o jovem arquitecto, “é uma enorme honra” ver o trabalho do seu gabinete “reconhecido”, salientando a satisfação em “perceber que é possível conseguir fazer-se arquitectura de uma forma bastante cuidada e rigorosa, mesmo tendo um atelier de dimensões tão reduzidas”.
“É bom poder partilhar o nosso trabalho e vê-lo ser reconhecido no meio de tantos arquitectos cujos trabalhos são de tanta importância e qualidade, como é o caso de Eduardo Souto de Moura, que foi aqui homenageado”, sublinhou.
Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker 2011, foi distinguido com o galardão de Mérito e Excelência na quinta edição dos Prémios de Arquitectura Ascensores Enor.
Nas outras categorias, o vencedor do Grande Prémio de Ascensores Enor foi o arquitecto espanhol Juan Domingo Santos, com a obra do Museu da Água, em Granada.
No caso de Madrid, a distinção foi para o edifício dos laboratórios químicos e o campus externo da Universidade de Alcalá de Henares, em Madrid, projeto do arquiteto Hector Fernández Elorza.
Para o júri, a melhor obra arquitectónica da Galiza foi o Parque Arqueológico de Arte Rupestre, do atelier RVR e, no caso de Castela e Leão distinguiram as salas de aula da Faculdade de Biologia e Ciências Ambientais da Universidade de León, do atelier de arquitectura espanhol DMG.
O galardão da melhor obra de arquitectura jovem foi para o Ginasio 704, em Barcelona, da autoria de David Lorente, Josep Ricart, Xavier Ros e Roger Tudó. [publico.pt]
Esta primeira edição do prémio teve um júri presidido por Luís Adriano Carlos, em representação da Modo de Ler, e incluiu também Inês Lourenço, Jorge Sousa Braga, José Manuel Mendes, Miguel Moura (em representação da família herdeira de Eugénio de Andrade) e Luís Miguel Queirós.
O júri escolheu “A Criança que Ri.” por unanimidade, de um conjunto de cerca de meia centena de obras enviadas a concurso.
O prémio – no valor de 10 mil euros e com o patrocínio do BPI, da Rosto Editora e dos herdeiros de Eugénio de Andrade – vai ser entregue a Carlos Torres Figueiredo numa cerimónia pública a realizar no Porto a 19 de Janeiro de 2012, dia do nascimento do poeta de “As Mãos e os Frutos”.
Está previsto que o Prémio de Poesia Eugénio de Andrade tenha periodicidade bienal. [publico.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 13 de Novembro, pelas 21.45h, o filme "Poesia" de Lee Chang Dong.
Nasceu no Porto em 1971, onde reside. Jornalista desde 1989 recebeu em 1994 o prémio de jornalismo da Lufthansa e em 1996 a menção honrosa dos Prémios Gazeta de Jornalismo do Clube de Jornalismo/ Press Club. […] [instituto-camoes.pt]
[ler mais]
(já disponível na biblioteca municipal)
Há um homem solitário que decide que quer ser famoso. Um “livro grossíssimo” de 1200 páginas, passeado debaixo do braço nos transportes públicos, à espera de ser notado. Há um autor húngaro fugido da segunda Guerra Mundial, um belizenho que conta histórias ainda mais recuadas no tempo. E há o Porto, a glória ou a falta dela, o amor. Há de tudo, mas não há nada. É tudo inventado.
"Uma Mentira Mil Vezes Repetida", o último romance de Manuel Jorge Marmelo, é como as matrioscas, “em que se vai abrindo e vão saindo cada vez mais bonecas lá de dentro”, compara o autor. O narrador, homem solitário, inventa um livro. Inventa Oscar Shindinski, o autor da obra-prima "Cidade Conquistada", que acredita estar amaldiçoado por Marcos Sacatepequez, que escreve o episódio com que o livro abre. As histórias são desfiadas dentro de um autocarro, onde o narrador se senta e espera a glória.
Espera que o notem. Ou que ao menos notem o livro que carrega: um calhamaço, sem nada lá dentro – folhas impressas de apontamentos da internet, despropositadamente alinhadas -, inventado à medida que o abordam. E preenchido com questões da actualidade. Com reflexões.
Sobre a intolerância
Este é um livro sobre a intolerância – “Contra os judeus, primeiro, mas depois a intolerância como traço comum de todos os grandes problemas da actualidade. A que está na origem das guerras religiosas, a intolerância económica, a racial”. Manuel Jorge Marmelo quis fazer um livro sobre isto. Mas fez mais: deixou uma reflexão sobre a celebridade, a necessidade dela (ainda que, mais do que a celebridade, o que o narrador procura, acredita Marmelo, seja companhia), e sobre a literatura (pode ou não o livro ser mais do que a vida?).
É um mundo de mentira, mas não de mentirosos: no fundo, é sobre a solidão, sobre o anonimato indesejado, sobre um homem em busca de alguém que o ouça e o faça sentir gente. Quantos assim passeiam nos transportes públicos diariamente? Mais do que uma inspiração, o autocarro “é uma espécie de máquina literária, produtora de todas as histórias que estão dentro do livro”, conta Jorge Marmelo. “Um pouco como a Madeleine do Proust, aqui é o autocarro o suscitador das histórias.”
Algumas das histórias foram transportadas para "Uma Mentira Mil Vezes Repetida" do blogue que o autor portuense escreve - “São apontamentos da realidade, que deram o colorido do autocarro”, explica Manuel Jorge Marmelo. Foram (e são: a rúbrica “Crónicas do Autocarro” continua a ser actualizada) escritas durante as viagens do próprio autor, também utente dos transportes públicos. Um livro auto-biográfico? “Tem muitas das minhas reflexões sobre o mundo e sobre a literatura. Mas sou um bocadinho menos parvo do que o narrador do livro”. [p3.publico.pt]
Três perguntas a… Manuel Jorge Marmelo
1- O que representa, no contexto da sua obra, o livro «A Mentira Mil Vezes Repetida»?
R- É, espero, o fecho de um ciclo que dediquei àquilo a que chamam metaliteratura, à literatura que tem como centro a própria ideia de literatura. Nesse sentido, é o fim da tetralogia iniciada com Os Fantasmas de Pessoa e que continuou com Aonde o Vento Me Levar e As Sereias do Mindelo. Mas também acho que já disse isto antes e, depois, acabei por voltar a enredar-me.
2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- O livro parte da ideia de que o espaço fechado de um autocarro, ou de outro transporte público qualquer, pode funcionar como uma espécie de máquina literária, um sítio onde as histórias se contam e ouvem, levando os participantes a viajar para muito mais longe do que aquilo que o autocarro ou o metro permitem. Essa é a função do falso livro que o personagem principal carrega no autocarro: incluir todas as histórias que se queira inventar.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Neste momento estou a escrever a resposta à pergunta anterior. Num sentido mais lato, estou na redacção de um jornal onde se espera que escreva notícias. Às vezes, à noite, ao fim do dia, ainda encontro ânimo para escrever outras coisas, e faço-o, que hão-de ganhar corpo e sair para a rua quando for o tempo certo.[correiodoporto.com]
Estreiam, hoje, os filmes: "Nos idos de março" de George Clooney com Ryan Gosling, George Clooney e Philip Seymour Hoffman; "Alta golpada" de
Brett Ratner com Ben Stiller, Eddie Murphy, Casey Affleck; "Inquietos" de Gus Van Sant com Mia Wasikowska, Jane Adams e Schuyler Fisk; "Sem tempo" de Andrew Niccol com Amanda Seyfried, Justin Timberlake, Cillian Murphy e Vincent Kartheiser; "O bom coração" de Dagur Kari com Paul Dano, Brian Cox e Bill Buell; "Histórias de Shanghai - quem me dera saber" de Jia Zhang-ke.
"Nos idos de março"
Sinopse:
Stephen Meyers (Ryan Gosling) é o consultor de campanha do governador Mike Morris (George Clooney), que se prepara para a corrida às presidenciais dos EUA. Decidido em fazer vencer quem ele acredita sinceramente ser o melhor representante do seu país, Stephen está totalmente comprometido naquela campanha. Porém, dada a manipulação e artifícios que se multiplicam ao seu redor, o homem vai ter de encarar a realidade a frio e mudar a sua maneira de ver os homens e o seu trabalho. Entre o que é moralmente correcto e o que na verdade esperam dele, vai envolver-se num jogo onde desejaria nunca ter entrado...
Realizado por George Clooney, é a adaptação da peça Farragut North, escrita, em 2008, por Beau Willimon, baseada na campanha às presenciais de 2004 do democrata norte-americano Howard Dean. O título do filme é uma alusão ao 15 de Março do calendário romano, dia em que Júlio César foi assassinado por um grupo de conspiradores, no ano de 44 a.C. [cinecartaz.publico.pt]
"Alta golpada"
Sinopse:
Josh Kovacs gere um dos mais sumptuosos e protegidos edifícios de Nova Iorque. A ele nada lhe escapa e a sua equipa faz de tudo para satisfazer todos os caprichos dos abastados residentes do prédio. Quando Arthur Shaw, o magnata da Wall Street que habita a "penthouse", é mantido em prisão domiciliária acusado de roubar mais de dois milhões de dólares aos seus accionistas, Josh e todos os empregados do prédio entram em pânico. É que Arthur, sedutor, convencera-os a entregarem-lhe a gestão das suas reformas que, neste momento, se transformaram em zero. Decidido a fazer justiça pela sua própria conta, o grupo contrata os serviços de Slide, um bandido profissional cujos esquemas ultrapassam os seus parcos conhecimentos na área. Porém, nisto, como em tudo, o rigor e a organização são coisas essenciais e tudo o que poderia correr mal àquele grupo, acaba por acontecer....
Realizada por Brett Ratner ("Hora de Ponta", "Dragão Vermelho", "X-Men - Confronto Final"), uma comédia de acção que junta no elenco uma série de estrelas: Ben Stiller, Eddie Murphy, Casey Affleck, Alan Alda, Matthew Broderick, Téa Leoni ou Gabourey Sidibe.[cinecartaz.publico.pt]
"Inquietos"
Sinopse:
Enoch Brae (Henry Hopper) é um rapaz deprimido que, desde a morte trágica dos pais, vive com a tia, com quem tem uma relação muito próxima. Desde que os pais partiram, numa tentativa de lidar com o seu próprio sofrimento, o rapaz passou a conversar com o fantasma de Hiroshi, um kamikaze japonês falecido na II Guerra, e ganhou o estranho hábito de ir a funerais de desconhecidos. Num desses funerais, conhece Annabel (Mia Wasikowska), uma rapariga alegre que sofre de um tumor no cérebro e que tem apenas mais três meses de vida. Contra todas as expectativas, os dois apaixonam-se profundamente. E enquanto ela está determinada a viver aqueles últimos meses em plena felicidade, ele vive a angústia constante de perder quem ama uma vez mais.
Uma história dramática sobre o amor e a morte realizada por Gus Van Sant ("O Bom Rebelde", "Paranoid Park", "Milk"), seguindo um argumento de Jason Lew. [cinecartaz.publico.pt]
"Sem tempo"
Sinopse:
Num futuro próximo, a genética veio revolucionar a vida humana ao conseguir manipular o gene do envelhecimento. Assim, após os 25 anos ninguém envelhece. Mas, para evitar problemas de sobrepopulação, a morte passa a depender do tempo que cada um tem, tempo esse que passou a servir de moeda de troca, substituindo o dinheiro. Compra-se tempo, ganha-se tempo, compra-se com tempo, vende-se por tempo. É assim que quem é rico tem a imortalidade ao seu alcance, enquanto os pobres morrem jovens.
Aos 28 anos, Will Salas (Justin Timberlake) esforça-se por sobreviver e, de maneira a ganhar vida extra, está ligado ao submundo das lutas ilegais. Até conhecer Henry Hamilton (Matt Bomer), um milionário desiludido que, aos 105 anos, está farto de viver. Ao conhecer a história e a sede de vida do seu novo amigo, Henry passa-lhe todo o tempo que lhe resta e suicida-se, não imaginando o que a sua morte iria desencadear. Will acaba acusado de assassínio e perseguido pela polícia que, aparentemente, esconde algo que ninguém poderia imaginar.
Um thriller futurista escrito e realizado por Andrew Niccol que, 14 anos depois de "Gattaca", está de volta ao tema da manipulação genética. [cinecartaz.publico.pt]
"O bom coração"
Sinopse:
Lucas (Paul Dano) é um jovem sem-abrigo a viver um momento difícil. Deprimido com a vida e descrente no que o futuro lhe reserva, decide abandonar tudo e suicidar-se. Porém, até isso não passa de uma tentativa frustrada e acaba num hospital, a dividir quarto com Jacques (Brian Cox), uma personagem pouco amistosa que, estranhamente, lhe irá alterar a existência.
Jacques, por seu turno, está pela quinta vez numa instituição médica a tentar sobreviver a um quinto ataque cardíaco, cuja origem está no pouco saudável estilo de vida e feitio irascível. Consciente de que a sua vida está por um fio, resolve "adoptar" Lucas e torná-lo no herdeiro da sua maior fortuna: um bar pouco convencional que ele gosta mais do que tudo no mundo. E é assim que, de uma maneira peculiar e cheia de contrariedades, Lucas começa uma nova vida e entre os dois nasce uma relação especial que lhes ensinará o valor da amizade e da solidariedade. Mas, a chegada de Sarah (Stephanie Szostak), uma jovem rapariga a precisar de ajuda, vai complicar tudo... [cinecartaz.publico.pt]
"Histórias de Shanghai - quem me dera saber"
Sinopse:
Shanghai, uma enorme e superpovoada cidade, cheia de histórias para contar. Dezoito pessoas evocam memórias das suas vidas e reflectem sobre o seu passado difícil, depois da vitória comunista de 1949 e das enormes dificuldades durante os anos da Revolução Cultural. Uns partiram a tempo para Taiwan, outros ficaram. As escolhas mudaram o seu caminho. Agora, ao olharem para trás, percebem que nada poderia ficar como antes.
Um documentário do realizador chinês Jia Zhang-ke ("Plataforma", "O Mundo", "Still Life - Natureza Morta", "24 City") que, com este filme, volta a debruçar-se sobre o passado recente do seu país e na grande influência do comunismo nos dias de hoje. [cinecartaz.publico.pt]
"Passageiro do fim do dia", do brasileiro Rubens Figueiredo, que já tinha sido considerado o melhor livro do ano pelo Prémio São Paulo de Literatura, é o Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011. O português Gonçalo M. Tavares também subiu ao pódio, é o segundo classificado da edição deste ano com "Uma viagem à Índia".
.A obra de Rubens Figueiredo já tinha recebido o Prémio São Paulo de Literatura para melhor livro do ano. A história deste livro passa-se dentro de um "ônibus" urbano. No final de um dia de semana, Pedro apanha o autocarro do centro para a periferia, na hora de ponta. Vai visitar a namorada e deixa o pensamento fluir durante a viagem misturando recordações com o que vai vendo à sua volta.
Em segundo lugar, ficou o já muito premiado em Portugal, "Uma viagem à Índia", do escritor português Gonçalo M. Tavares que já recebeu o Prémio Portugal Telecom de Literatura em 2007.
E o terceiro lugar do Prémio Portugal Telecom 2011 foi para "Minha Guerra alheia", de Marina Colasanti (Editora Record) que narra a infância da jornalista e escritora que nasceu conta em Asmara, capital da Eritreia.
A cerimónia de entrega dos prémios que decorreu em São Paulo, no Brasil, foi apresentada pelos actores Deborah Bloch e José Wiker.
Antes do anúncio dos vencedores os escritores presentes iam respondendo a perguntas sobre as obras que iam sendo apresentadas, uma a uma, e chegavam a ler excertos.
Os 10 finalistas foram divulgados em Setembro passado e foi durante a tarde de hoje, que o júri final - constituído por Antônio Carlos Viana, Benjamin Abdala Júnior, Eneida Maria de Sousa, Maria da Glória Bordini, Maria Esther Maciel (Curadora), Lourival Holanda (Curador), Luiz Ruffato, Regina Dalcastagné, Regina Zilberman (curadora), Selma Caetano (curadora coordenadora) - se reuniu e escolheu os três premiados.
O primeiro lugar recebe um prémio no valor de 100 mil reais (41 700 euros) , o segundo 35 mil (14 600 euros) e o terceiro, 15 mil reais (6257 euros).
Dois escritores portugueses e oito brasileiros faziam parte dos dez finalistas desta nona edição do prémio literário que o ano passado foi atribuído a "Leite Derramado", de Chico Buarque: o vencedor "Passageiro do fim do dia", de Rubens Figueiredo (Editora Companhia das Letras); "As três vidas", do português João Tordo (Editora Língua Geral); o segundo classificado "Uma viagem à Índia", de Gonçalo M. Tavares (Editora Leya); "Ribamar", de José Castello (Editora Bertrand) que foi o vencedor do Prémio Jabuti deste ano,; "Cidade Livre", de João Almino (Editora Record); a terceira obra classificada "Minha Guerra alheia", de Marina Colasanti (Editora Record); "Em trânsito", do poeta Alberto Martins (Editora Companhia das Letras); "Nada a dizer", de Elvira Vigna (Editora Companhia das Letras); "Modelos vivos", do poeta Ricardo Aleixo (Editora Crisálida) e "O homem inacabado", do poeta Donizete Galvão (Portal/Dobra Editorial).
Em 2012, o Prémio Portugal Telecom de Literatura vai comemorar dez anos. [publico.pt]
A um Homem do Passado
Estes são os tempos futuros que temia
o teu coração que mirrou sob pedras,
que podes recear agora tão fundo,
onde não chegam as aflições nem as palavras duras?
Desceste em andamento; afinal era
tudo tão inevitável como o resto.
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se
da tua vista os bons e os maus momentos.
Tu ainda tinhas essa porta à mão.
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.)
Agora já não é possível morrer ou,
pelo menos, já não chega fechar os olhos.
Manuel António Pina
in “Nenhum sítio”
O romance “Trás-os-Montes”, de Tiago Manuel Ribeiro Patrício, venceu por unanimidade o Prémio Revelação Agustina-Bessa Luís, no valor de 25 mil euros, disse à Lusa fonte da Estoril Sol que institui o galardão.
Tiago Manuel Ribeiro Patrício, 32 anos, farmacêutico, é o terceiro vencedor deste prémio que, além do valor pecuniário, garante a publicação da obra através da editora Gradiva.
Na acta do júri, presidido pelo escritor Vasco Graça Moura, a que a Lusa teve acesso, salientam-se “as qualidades de escrita reportadas à dureza de um universo infantil numa aldeia de Trás-os-Montes e à maneira como o estilo narrativo encontra uma sugestiva economia na expressão e comportamentos das personagens”.
O Prémio, instituído pela Estoril Sol em 2008 por ocasião do seu 50.º aniversário, distingue um romance inédito de autor português até 35 anos, sem qualquer obra publicada no género.
O júri foi composto ainda por Guilherme d’Oliveira Martins, em representação do Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, e ainda Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
Os anteriores distinguidos foram Raquel Ochôa com “A Casa-Comboio” e que este ano publicou uma biografia da infanta Maria Antónia de Bragança, neta do Rei D. Miguel, e o neurologista Paulo Mourão com “A cabeça Séneca”. Em 2008 o Prémio não foi atribuído “por falta de qualidades dos textos apresentados”, segundo fonte do júri.
O vencedor deste ano, Tiago Manuel Patrício, nasceu no Funchal, é orientador de um curso de poesia no Hospital Psiquiátrico do Telhal e realiza uma residência artística no Estabelecimento Prisional do Linhó, no âmbito dos projectos EVA (Exclusão -- Valor Acrescentado).
Trabalha como dramaturgo com várias companhias de teatro, nomeadamente o Teatromosca (Sintra), Estaca Zero e Ponto Teatro (Porto), para as quais escreveu diversas peças (“Paula Rego”, “Hellen Keller”, “Snipers” e “Lugares”).
A sua peça “Checoslováquia” recebeu a Menção Honrosa no prémio luso-brasileiro de dramaturgia António José da Silva, obra que, em Setembro último, foi apresentada no Teatro Nacional D. Maria II, numa leitura encenada. [publico.pt]
Título: A aranha e eu
Autor: Fran Alonso
Ilustração: Manuel G. Vicente
Editora: Kalandraka
Sinopse:
Um álbum de grande beleza artística e literária, ideal para todos os públicos, desde os primeiros leitores até aos adultos, pela delicadeza com que as palavras percorrem a geografia do corpo humano na figura de uma menina, comparando cada parte com um fruto, através do seu formato, tamanho e textura. O recurso à aranha, socialmente considerada como um animal pouco querido, proporciona um subtil contraste e inclusivamente um certo toque de humor, tornando os leitores partícipes das sensações que a protagonista recebe da narrativa ao longo do percurso do insecto. Esta obra oferece uma abordagem visual e poética do corpo humano.
Rita Braga tem um repertório eclético de canções que vão desde Mozart no ukulele a folk sérvio, polaco e russo, canções de cowboys, jazz e “novelty songs” dos anos 20, ou Bollywood.
Desde 2004 tem realizado numerosos concertos por Portugal, Estados Unidos, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Polónia, Sérvia e Itália. Mais frequentemente atuando a solo na voz e ukulele (instrumento muito portátil criado por portugueses no Havai em finais do séc. XIX), por vezes junta guitarra, teclados, dobro, e bases pré gravadas e muitas vezes colabora com músicos locais das cidades onde atua, entre os quais constam nomes como Norberto Lobo, Bernardo Devlin, Nik Phelps (colaborador de Tom Waits, Frank Zappa e compositor de bandas sonoras de animação), Dorit Chrysler, Tiago Albuquerque (Soaked Lamb), Yvette Dudoit (Fort King), Amanda Jo Williams e Uni and Her Ukelele. Com Chris Carlone, músico, ator e realizador de Nova Iorque, mantém a dupla Chips and Salsa desde 2008. [superbraguita.com]
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Canções de marinheiros e o trágico romantismo da viagem. Uma mulher que chora o amante lá longe, combatente em guerra infernal. E uma canção tradicional açoriana com guitarra slide, maravilhas sonhadoras com a classe e a inocência de standard pop dos americanos anos 1930. “Cherries That Went To The Police” começa com o som de gargalhadas e as notas de um cliché musical chinês: “o espectáculo está prestes a começar”. E, a partir do momento em que começa, não há para nós retrocesso possível. Porque Rita Braga tem graça e graciosidade, tem uma voz magnífica que sabe exactamente o que fazer com cada frase e com o ambiente de cada canção. Porque este repertório que reuniu viaja por tradicionais russos (“Katysuha”) e gregos (“Mes'' tou manthou ton teke”), por Hank Williams (“Ramblin'' man”) ou por canções que seriam ideais para western como “River of no return” (ah, e esta foi mesmo, cantada por Marilyn Monroe no filme de Otto Preminger com o mesmo título).
O que torna “Cherries The Went To The Police” um objecto fascinante, porém, não é apenas a capacidade de Rita Braga, armada de ukulele e acompanhada pelo “swingante” Nik Phelps no clarinete ou pelo pó desértico da Chris Carlone Orchestra, criar um universo coerente, evocativo de imagens no limite do cinematográfico, destes sons de origem diversa. Este é um álbum de amor por toda esta música, tocado com evidente prazer, mas que recusa enclausurá-lo nas suas formas originais.
“Cherries That Went To The Police” não é um álbum tradicional, é a corporização do rico imaginário de Rita Braga, repleto de deliciosos e inventivos pauzinhos na engrenagem: a rebetika grega em órgão com sabor a fantasmagoria circense ou o baixo eléctrico de Rui Dâmaso em “Katyusha” são disso dois óptimos exemplos. São eles (os “paus na engrenagem”, a voz de Rita Braga, a capacidade de nos arrastar na sua fantasia) que tornam “Cherries That Went To The Police” um álbum absurdamente cativante. [ípsilon.pt]
NOTA: Brevemente, estará disponível, na biblioteca municipal, o CD de Rita Braga “Cherries The Went To The Police”
O escritor e jornalista francês Simon Liberati venceu o Prémio Femina 2011, um dos mais importantes galardões literários franceses, com a obra "Jayne Mansfield 1967", editada pela Grasset.
Simon Liberati, que escreveu sobre a vida da estrela esquecida de Hollywood, Jayne Mansfield – morta aos 34 anos de acidente de automóvel –, foi escolhido à primeira volta com nove votos, ao passo que a escritora Colette Fellous, com a obra “Un amour de frère” (editado pela Gallimard), obteve apenas três.
“Este prémio é primeiro para Jayne Mansfield”, disse o autor à AFP. “Estou muito contente por ela, que teve uma feminilidade muito contestada, muito caricaturada. Que ela tenha sido coroada por um júri de mulheres, é qualquer coisa que me toca bastante”, acrescentou Simon Liberati que faz nesta obra uma reflexão sobre a ascensão e a queda da actriz que sonhava tornar-se num ícone.
“A Jayne fascina-me desde os meus 17 anos. Eu soube logo que seria importante para mim”, continuou o autor, sublinhando que esta obra não se trata apenas de uma biografia da actriz que morreu a 29 de Junho de 1967. “É sobre o fim dos anos 1960, a perda da inocência, a vertigem obscena das aparências e da glória.”
Nascido a 12 de Maio de 1960 em Paris, Simon Liberati publicou o seu primeiro livro aos 44 anos, “Anthologie des apparitions”, editado pela Flammarion, considerado pela crítica como uma romance de culto sobre a adolescência. Em 2009 publicou o seu terceiro livro, o romance “L'hyper Justine”, que venceu o prémio Flore.
O norte-americano Francisco Goldman venceu o Femina 2011 na categoria de romance estrangeiro com o livro “Dire son nom” (no original "Say Her Name"), editado em França pela Christian Bourgois. A obra será publicada em Portugal no próximo ano pela Matéria-Prima Edições. Nesta obra – uma história de amor e dor –, o escritor tenta ressuscitar a sua mulher, que morreu afogada há quatro anos no México.
O prémio de ensaio foi atribuído à francesa Laure Murat por “L'homme qui se prenait pour Napoléon”. [publico.pt]
O escritor argentino Martín Caparrós venceu o Prémio Herralde de Novela, no valor de 18 mil euros, com a obra “Los Living”, sobre a relação dos homens com a morte. O prémio da editora espanhola Editorial Anagrama distingue anualmente uma obra inédita publicada em castelhano.
“Los Living” narra as vicissitudes de um homem cuja infância ficou marcada pela morte confusa do seu pai e do seu avô, tornando-o num adulto fascinado e fixado pela morte e mais especificamente pela passagem entre a vida e a morte.
Com mais de 20 obras publicadas, entre elas o romance “A quien corresponda” (2008) e a compilação de crónicas “Una luna” (2009), Martín Caparrós foi escolhido pelo júri composto por Salvador Clotas, Paloma Díaz-Mas, Marcos Giralt Torrente, Vicente Molina Foix e o editor Jorge Herralde, que dá o nome ao prémio.
O autor nasceu em Buenos Aires, em 1957, e começou a sua carreira como jornalista em 1973. Entre 1976 e 1983 viveu, no exílio, em Paris (onde se licenciou em História) e, mais tarde, mudou-se para Madrid. Nos últimos 30anos trabalhou na imprensa, rádio e televisão, destacando-se na literatura tanto com obras de ficção como de não ficção.
Antonio Ungar foi o vencedor da edição do prémio em 2010. O Prémio Herralde, criado em 1983, distinguiu autores como Álvaro Pombo (1983), Sergio Pitol (1984), Javier Marías (1986), Vicente Molina Foix (1988), Antonio Soler (1996), Jaime Bayly (1997), Roberto Bolaño (1998), Luis Magrinyà (2000), Enrique Vila-Matas (2002) e Manuel Gutiérrez Aragón (2009). [publico.pt]
Lady Gaga voltou a ser a rainha dos prémios MTV European Music Awards (EMA), ao arrecadar quatro galardões, mais um do que na edição do ano passado.
Melhor Artista Feminina, Melhor Música e Melhor Vídeo (“Born This Way”) e também o prémio atribuído pelos fãs, foram as estatuetas que a cantora levou para casa. Sempre no seu estilo provocatório e extravagante, Lady Gaga actuou também na cerimónia , transmitida em directo nos países onde a MTV tem emissão e que se realizou no domingo em Belfast, na Irlanda do Norte.
“Eu soube que esta música [“Born This Way”] era especial quando a escrevi pela primeira vez”, disse Lady Gaga ao receber o prémio de Melhor Música. “Este é o single mais importante que alguma vez escrevi, o single mais importante do álbum, e até agora o mais importante do momento”, acrescentou.
Atrás de Lady Gaga ficaram Justin Bieber e Bruno Mars, que receberam dois prémios cada um.
Justin Bieber, que actuou na gala, venceu os prémios de Melhor Artista Pop e Melhor Artista Masculino, categoria na qual Kanye West estava nomeado e era apontado como favorito, enquanto Bruno Mars, venceu nas categorias de Melhor Revelação e Melhor Artista Push.
Katy Perry, que em Agosto foi a grande vencedora dos MTV Music Video Awards, estava nomeada em quatro categorias mas venceu apenas na de Melhor Actuação ao Vivo. “É muito fácil fazer download, comprar e roubar uma música, mas é ao vivo que é preciso compromisso”, disse a cantora, que está actualmente em digressão no Reino Unido.
O prémio de Melhor Artista Hip Hop foi entregue a Eminem, que não esteve presente em Belfast mas agradeceu o galardão através de uma gravação de vídeo. Também os Linkin Park estiveram ausentes mas receberam a estatueta de Melhor Artistas Rock, deixando para trás os Coldplay, que inauguraram a cerimónia com a nova “Every Teardrop Is A Waterfall”.
O Worldwide Act, que pretende celebrar a diversidade e abrangência da música que a MTV tem para oferecer, elevando os MTV EMA a uma dimensão global – com nomeados da Europa, Ásia/ Pacífico, América do Norte, América Latina e Médio Oriente/ Índia/África – foi entregue à banda coreana BIGBANG.
Os músicos Brian May e Roger Taylor subiram ao palco para receber o prémio de homenagem “Ícone Global”, entregue aos Queen, banda à qual pertenceram, ao lado de Freddie Mercury. “Nós estivemos no nascimento da MTV. Quão maravilhoso é para nós estar aqui 40 anos depois?”, questionou Brian May, que ao lado do seu parceiro e da estrela do programa “American Idol” Adam Lambert, encerrou a cerimónia com com três grandes sucessos dos Queen, “The Show Must Go On”, “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.
A noite ficou ainda marcada por uma homenagem em vídeo a Amy Winehouse, que morreu em Julho. O tributo foi apresentado por Jessie J. “Eu nunca cheguei a agradecer a Amy por ter quebrado as barreiras, acredito que sem ela eu nunca teria chegado aqui”, disse a cantora, lembrando a genialidade de Amy Winehouse.
Segundo os números revelados pela MTV, a edição deste ano contou com mais de 180 milhões de votos nas várias categorias.[publico.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 06 de Novembro, pelas 21.45h, o filme "Despojos de inverno" de Debra Granik.
A fadista Mísia recebe no próximo domingo o Prémio Gilda, no decorrer do 33º Festival Cinema e Donne, em Florença, no qual será homenageada.
Este prémio distingue mulheres no cinema que provêm de outras áreas, ou mulheres do cinema com actividade criativa noutros territórios, segundo nota da organização enviada à Lusa.
Durante a homenagem à artista portuguesa, no Cinema Odeon, em Florença, no centro de Itália, será exibido o último filme em que Mísia participa, do cineasta John Turturro, “Passione”, documentário sobre a canção napolitana.
Antecederam Mísia neste prémio criado em 2009, Anna Karina, a atriz da “nouvelle vague” francesa, protagonista de “Vivre sa vie”, de Jean-Luc Godard, e a actriz italiana Teresa Saponangelo.
No passado dia 29 de Outubro, a criadora de “Talher de Prata” apresentou-se na Ópera de Halle, na Alemanha, num concerto integrado no Festival de Cinema Filmmusiktage.
Neste concerto, acompanhada pela Staatskapelle Halle, dirigida por Bernd Ruf, Mísia interpretou um repertório a partir das bandas sonoras dos filmes “Mulholland Drive”, de David Lynch, “Amarcord”, de Federico Fellini, “Lisbon Story”, de Wim Wenders, e “Saltos Altos”, de Pedro Almodóvar. [publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal
Alexis Jenni, revelação da rentrée literária deste ano em França, recebeu o Prémio Goncourt pelo livro "L’Art français de la guerre", publicado pela Gallimard.
Há muito tempo que Alexis Jenni escrevia “por prazer”, mas só este ano é que lançou o seu primeiro livro, um romance que se passa na Indochina e na Argélia. O autor chama-lhe “a guerra de vinte anos”, período que vai de 1940 até à independência da Argélia, passando pela guerra na Indochina. A France Presse descreve-o como um fresco de 630 páginas, uma epopeia que “evoca a omnipresença dos vinte anos de guerras coloniais nos espíritos de hoje” e “questiona a identidade nacional” francesa.
E apesar do “efeito bomba” (a expressão é da imprensa francesa) que o livro provocou em França, catapultando o autor directamente para a lista dos favoritos ao Goncourt, Jenni é descrito pelo Le Point como uma figura “nos antípodas” dos escritores estrela, com aura de rebeldes como Michel Houellebecq, vencedor do Prémio Goncourt em 2010. Jenni, que tem origens suíço-alemãs, diz que sempre se considerou um “escritor de domingo”. “Sou modesto, o que é um handicap um pouco ridículo, eu sei”, escreveu no seu blogue desenhado, intitulado “Voyages pas très loin”.
O prémio Renaudot, tradicionalmente atribuído ao mesmo tempo que o Goncourt, foi para Emmanuel Carrère por "Limonov", retrato de Eduard Limonov, "ídolo undergound no tempo de Brejnev, vagabundo em Nova Iorque, escritor em Paris e fundador de um partido ultranacionalista na Rússia", descreve a AFP.[Publico.pt]