O projeto de José Mattoso Património de Origem Portuguesa no Mundo: Arquitetura e Urbanismo. Património de influência Portuguesa e João Salaviza: Cinema de Portugal, Cinema do Mundo foram distinguidos ex-aequo com o Prémio Nuno Viegas Nascimento 2012.
A cerimónia de entrega do prémio, no valor de 50 mil euros, decorrerá no próximo dia 26 de novembro, às 11:00, no Campus do Conhecimento e da Cidadania da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra.
A organização recebeu na edição de 2012 66 candidaturas subscritas por portugueses residentes em Portugal, Andorra, Bélgica, China, Espanha, Malaca, Reino Unido e Timor-Leste.
O júri, constituído por Patrícia Viegas Nascimento, respetiva presidente da Fundação Bissaya Barreto, José Veiga Simão, Luís Braga da Cruz, Júlio Pedrosa, António Meliço-Silvestre, António Pedro Pita e Henrique Monteiro, justificou a entrega do prémio a dois projetos diferentes, porque considera que embora abordem expressões e manifestações culturais de dimensões diferentes, em conjunto completam-se na afirmação e valorização da cultura portuguesa, sendo que o projeto do historiador José Matosso pontencializa a preservação e valorização futura de um legado histórico e arquitetónio português no mundo, e a obra cinematográfica de João Salaviza dinamiza através da criatividade a divulgação do pensamento, da realidade e das identidades socioculturais de Portugal.
O Prémio Nuno Viegas Nascimento, foi instituído em 2008 pela Fundação Bissaya Barreto, com o intuito de homenagear o Presidente da Fudanção entre 1981 e 2008, e desde então tem sido atribuído anualmente nas principais áreas que a Fundação intervém. [dn.pt]
Título: O homem da lua
Autor e ilustrador: Tomi Ungerer
Editora: Bags Of Books
Sinopse: Uma noite, enquanto olhava as pessoas na terra a dançar alegremente, o Homem da Lua decide descer e juntar-se à festa. Mas, em vez de darem as boas vindas a tão distinta visita, as pessoas mandam o misterioso visitante para a cadeia!... Sozinho, na sua cela, o Homem da Lua usa inteligentemente os seus poderes para escapar às mãos da justiça...
Foi com surpresa e “imensa alegria” que Rita Ferro recebeu a notícia de que o seu livro A Menina é filha de quem? venceu o Prémio Pen Clube Português de Narrativa para livros publicados em 2011. Maria Filomena Molder venceu na categoria Ensaio, Fernando Guimarães na Poesia e Pedro Vieira na Primeira Obra de romance.
Num breve contacto com o PÚBLICO, Rita Ferro disse que esta distinção foi uma grande surpresa, sobretudo sabendo que entre os cinco finalistas do Prémio de Narrativa estavam As Luzes de Leonor de Maria Teresa Horta, A Rocha Branca de Fernando Campos, O Romance do Gramático de Ernesto Rodrigues, e Tempos de Esperança de Pedro Beltrão.
“Não me passou pela cabeça. Digo-o com toda a humildade”, confessou a escritora. “Fiquei muito feliz por estas pessoas do júri reconhecerem este livro como um livro sério. Foi a primeira vez que escrevi um romance sobre a minha vida.”
Rita Ferro, 57 anos, é filha do escritor António Quadros e neta de António Ferro, jornalista, político e director do Secretariado Nacional da Propaganda de Salazar. A sua mãe Paulina Roquette Ferro é personagem central do livro premiado.
Autora de mais de 20 livros, Rita Ferro, que publica com a D. Quixote, diz que este livro se distingue dos outros por isso mesmo. “É matéria-prima da minha vida. Não é ficção. Há uma outra intensidade, outra verdade e outro entusiasmo.”
A decisão do PEN Narrativa foi tomada por unanimidade pelo júri composto para esta categoria por Helena Barbas, Artur Anselmo e Fernando Dacosta. E que considerou que, com esta obra, Rita Ferro se debruça "corajosamente sobre uma época e uma geração malditas que contribuíram inevitavelmente para a matriz da nossa identidade". Cada categoria teve um júri próprio.
Fernando Guimarães venceu na Poesia com As raízes diferentes editado pela Relógio d'Água, Maria Filomena Molder no Ensaio com O Químico e o Alquimista, Benjamin e Leitor de Baudelaire publicados também pela Relógio d'Água . E Pedro Vieira foi o escritor distinguido na Primeira Obra com Última Paragem em Massamá editado pela Quetzal.
Na Narrativa, a distinção dá alento a Rita Ferro para o próximo livro em vários volumes e no qual já começou a trabalhar – um romance sobre o avô, António Ferro, de quem diz haver “um lado oculto, desconhecido, até ao momento das entrevistas a Salazar” na década de 1930. “Este prémio deu-me uma grande força para mexer em matérias familiares com outro estímulo e outra segurança.”[publico.pt]
Depeche Mode é uma banda inglesa de música eletrônica formada em 1980 em Essex, Inglaterra. A banda era inicialmente formada por David Gahan (vocalista), Martin L. Gore (tecladista, guitarrista, vocalista e compositor a partir de 1981), Andrew Fletcher (tecladista) e Vince Clarke (tecladista e compositor de 1980 a 1981). Vince Clarke deixou a banda após o lançamento do álbum de estréia em 1981, tendo formado os duos Yazoo e Erasure. Foi substituído por Alan Wilder, membro de 1982 a 1995. Após a saída de Wilder, o Depeche Mode continuou a carreira como um trio. [ler mais]
Depeche Mode entusiasmados com novo álbum: "Há nele canções com o melhor do que temos feito"
Além da digressão, que passa por Portugal a 13 de julho, no segundo dia do Optimus Alive’13, um novo álbum também faz parte dos planos dos Depeche Mode para 2013.
Na conferência de imprensa dada pela banda em Paris, ontem à tarde, Dave Gahan e companhia confirmaram a edição do 13º disco de originais do grupo para o próximo ano, mostrando, inclusive, uma nova canção.
Sobre o novo álbum, Martin Gore, membro fundador do grupo, revelou ter “um pouco de ‘Violator’ em algumas músicas e um pouco de ‘Songs of Faith and Devotion’ em outras”, referindo-se aos registos da banda de 1990 e 1993, respetivamente. “É como se fosse um híbrido dos dois para mim”, concluiu, acrescentando: “Estou muito feliz com o novo álbum e acho que há nele, no mínimo, três ou quatro canções com o melhor do que temos feito”.
O novo disco deverá estar terminado até ao final do ano.
Recorde-se que a digressão de apresentação do novo álbum tem início em maio próximo, em Tel Aviv, Israel, terminando a 29 de julho na Bielorrússia. [palcoprincipal.sapo.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 28 de outubro, pelas 21h45, o filme "Era uma vez na Anatólia" de Nuri Bilge Ceylan.
Javier Moro nasceu em Madrid em 1955. Desde jovem colabora com meios de comunicação espanhóis e estrangeiros. Trabalhou como investigador em vários livros de Dominique Lapierre e Larry Collins. Viveu 6 anos nos EUA, onde se envolveu em projectos de televisão e cinema e coloborou com Ridley Scott. É autor de Senderos de Libertad, El pie de Jaipur, Las montañas de Buda e, em 2001, Era medianoche en Bhopal, em colaboração com Dominique Lapierre. Uma Paixão Indiana, a história da bailarina espanhola que casou com o Maharajá de Kapurthala, foi um dos grandes êxitos de crítica e venda dos últimos anos em Espanha e em vários outros países europeus, com tradução em dezassete idiomas, e que em breve será adaptado para cinema. [wook.pt]
Moro: «A intelectualidade brasileira não aceita o meu livro porque é muito nacionalista»
Porque escreve um espanhol sobre um rei português que foi Imperador do Brasil? Para ganhar o Prémio Nadal 2011, um dos principais prémios literários de Espanha. Com «D. Pedro O Rei Imperador – O Império És Tu», editado pela Planeta, Javier Moro alcançou um novo êxito na sua carreira, mas também provocou muitas polémicas, já que a esquerda brasileira considera o livro «uma nova forma de neo-colonialismo de Espanha».
Laurentino Gomes («1808» e «1822») e Iza Salles («O Coração do Rei») foram apenas dois dos nomes de intelectuais brasileiros que atacaram Javier Moro, com o primeiro a considerar a obra deo espanhol «uma nova forma de neo-colonialismo de Espanha».
«Isto é ridículo! Dá para entender afirmações desta índole? Só vejo três maneiras de analisar estas declarações: são pensamentos nacionalistas, inveja ou medo por o seu «jardim» estar a ser invadido por um estrangeiro. A história não pertence a ninguém, é de quem a estuda, trabalha. Por exemplo, os principais historiadores da História espanhola são ingleses. E isso não nos choca. No entanto, os brasileiros não aceitam isso, ainda mais agora que atravessam um bom momento económico. São soberbos, arrogantes, mas esquecem as misérias do país: a violência, a desflorestação da Amazónia, a reforma agrária, que não ocorre como deve ocorrer… A verdade é que os intelectuais brasileiros são muito nacionalistas. Um bom exemplo disso é o próprio lugar de D. Pedro I (D. Pedro IV em Portugal) na História do Brasil», afirma Javier Moro, que não esconde a sua indignação pelo modo como foi tratado por alguns intelectuais brasileiros. «Por ele ser português e ter regressado ao seu país para salvar a Monarquia portuguesa contra o ataque do seu irmão, nunca teve o lugar que merece no Brasil, apesar de ter sido D. Pedro o responsável pela Independência do país».
O ataque da esquerda intelectual brasileira é compensado pelas palavras dos leitores brasileiros, que, através do Facebook, agradecem diariamente o espanhol. «Agradecem principalmente por ter mostrado um outro D. Pedro I, um Rei-Imperador mais humano».
Para encontrar esse «Rei-Imperador mais humano» Moro garante que leu tudo o que tinha a ler sobre D. Pedro IV e a sua família durante um ano e meio, tendo inclusive falado com psicólogos para entender certas decisões e atitudes dos seus membros. «Era fundamental interiorizar a época e os seus protagonistas.» [ler mais]
Estreiam, hoje, os filmes: “A casa do fim da rua” de Mark Tonderai com Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue e Max Thieriot; “A advogada” de Tony Goldwyn com Hilary Swank, Sam Rockwell e Melissa Leo; “A loucura de Almayer” de Chantal Akerman com Stanislas Merhar, Marc Barbe e Aurora Marion; “Um feliz evento” de Rémi Bezançon com Louise Bourgoin, Pio Marmaï e Josiane Balasko; “Bellamy” de Claude Chabrol com Gérard Depardieu, Clovis Cornillac e Jacques Gamblin.
“A casa do fim da rua”
Sinopse:
Sarah (Elisabeth Shue) muda-se com a sua filha Elissa (Jennifer Lawrence), para uma nova casa numa cidade dos subúrbios. Felizes com o seu novo lar, acham que encontraram o lugar perfeito para recomeçar as suas vidas. Porém, com o passar do tempo, começam a perceber que existe uma história relacionada com a vizinhança de que todos temem falar. Até que descobrem algo macabro: alguns anos antes, a família que vivia na casa ao lado da sua foi brutalmente assassinada e apenas Ryan (Max Thieriot), o filho mais velho, sobreviveu. Ryan, agora um jovem adulto, vive sozinho na casa de família e é pouco compreendido e aceite pela vizinhança, que o considera estranho e anti-social. Comovida, Elissa começa a sentir-se atraída pela história do rapaz, com quem acaba por viver uma história de amor. Tudo parece correr bem até ao dia em que ela compreende que o passado de Ryan a pode levar à perdição... [cinecartaz.publico.pt]
“A advogada”
Sinopse:
Massachusetts, 1980. Kenneth Waters (Kenny Waters) é condenado a prisão perpétua pelo assassínio de uma mulher, sem possibilidade de liberdade condicional. O caso contra ele não deixava margem para dúvidas: várias provas circunstanciais e duas testemunhas. Com um registo criminal manchado por vários pequenos delitos, todos o consideravam uma causa perdida. Todos, excepto Betty Anne (Hilary Swank), a sua irmã mais nova, que sempre acreditou na sua inocência. Com uma infância problemática - entre os maus-tratos e a negligência -, os dois irmãos passaram por várias casas de acolhimento sem, sequer, terminar os estudos secundários. Quando Kenny foi condenado, Betty Anne, mãe solteira de dois filhos, revoltada com tamanha injustiça, promete libertá-lo a qualquer custo. Para isso passa vários anos da sua vida focada nos estudos, terminando o liceu e o curso de direito.
Realizado por Tony Goldwyn ("A Walk on the Moon", "Alguém Como Tu"), um filme dramático baseado na extraordinária história verídica de uma mulher que sacrifica tudo para salvar o irmão de um sistema judicial decidido a condená-lo com provas que se vieram a revelar insuficientes. [cinecartaz.publico.pt]
“A loucura de Almayer”
Sinopse:
1950. Almayer (Stanislas Merhar) é um comerciante europeu a viver na Malásia. Aí, casa com Zahira (Sakhna Oum), uma mulher malaia de quem tem uma filha, de nome Nina. Decidido a dar o melhor à filha, Almayer aceita a proposta de Lingard (Marc Barbé), seu sogro, para que a criança seja levada para um colégio interno para ser educada como uma europeia. Os anos passam e, após a morte de Lingard, Nina (Aurora Marion) regressa para a casa do pai. Porém, apesar da sua grande beleza e educação, sente-se infeliz e totalmente desenquadrada, quer da sociedade europeia para a qual foi educada, quer da do seu próprio país ou família. E é então que acaba por se envolver com Daín (Zac Andrianasolo), um delinquente da zona. Isso causa um enorme desgosto em Almayer que amava a filha até à loucura, e que nunca mais se recompõe. [cinecartaz.publico.pt]
“Um feliz evento”
Sinopse:
Um filme sobre o feliz evento da maternidade. Qual o seu início? No primeiro encontro do casal? No primeiro beijo? No momento exacto da fecundação? Ou será no parto? Com argumento e realização de Rémi Bezançon, depois de "O Primeiro Dia do Resto da Tua Vida" (2008), o filme é baseado no polémico livro de Eliette Abecassis, que tenta retratar com franqueza os momentos altos e baixos da maternidade: a magia do amor incondicional que se descobre pela primeira vez misturada com a frustração da dissolução da identidade, enquanto mulher/homem ou enquanto casal. [cinecartaz.publico.pt]
“Bellamy”
Sinopse:
É Verão. E como todos os verões, o comissário Paul Bellamy (Gérard Depardieu) vai de férias para Nimes, no Sul de França, onde se situa a velha casa de família de Françoise (Marie Bunel), a sua mulher. Ela, por seu turno, está ali contrariada pois o que realmente desejava era estar longe, de preferência num luxuoso cruzeiro. Paul adora a mulher, mas detesta viajar e, por isso, todas as desculpas são boas para o evitar. Ao casal vem juntar-se Jacques (Clovis Cornillac), o meio-irmão de Bellamy, que está a atravessar uma fase difícil da sua vida. Porém, aquelas férias que prometiam muita paz e sossego para Bellamy vão revelar-se estranhamente agitadas quando o comissário é abordado por Noël Gentil (Jacques Gamblin), um homem enigmático, que lhe pede ajuda para um caso e que, aparentemente, não aceita um não como resposta.
Uma comédia negra com argumento e realização do aclamado realizador Claude Chabrol e fotografia do português Eduardo Serra. [cinecartaz.publico.pt]
Os vencedores dos Prémios Q foram revelados nesta segunda-feira pela revista britânica. Blur, Muse e Pulp ganharam nas principais categorias.
O Prémio Melhor Actuação foi para os Blur, pelo desempenho na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em Hyde Park. Os Muse, que lançaram recentemente o sexto álbum, 2nd Law, receberam o Prémio Melhor Actuação do Mundo.
Os Underworld também foram distiguidos pelo trabalho nos Jogos Olímpicos, pela "inovação sonora". O grupo foi responsável pela escolha musical nos Jogos de Londres. O outro galardão de "inovação" foi para os Pulp, que regressaram aos palcos em 2011 depois de quase dez anos afastados.
O prémio de melhor vídeo foi para Disconnected, dos Keane, que voltaram a Portugal neste fim-de-semana, depois de vários concertos no Verão em território português. Ill manors, dos Plan B, foi considerada a melhor música.
O melhor álbum foi, segundo a revista Q, The Bravest Man in the Universe, lançado este ano por Womack. O cantor de soul, de 68 anos, já trabalhou com artistas como Stevie Wonder, Marvin Gaye ou Rod Stewart.
A escocesa Emile Sandé, considerada “A voz de 2012” pelo diário britânico The Times, ganhou o prémio de melhor cantora a solo, enquanto a banda Django Django venceu a categoria de artista revelação.
Walk On By, de Dionne Warwick, foi galardoada com o Prémio Música Clássica, enquanto o Álbum Clássico foi para Generation Terrorists (1992), dos Manic Street Preachers, que lançaram em 2010 o seu 10.º álbum, Postcards From A Young Man.
A revista Q considerou os Dexys justos vencedores para o Prémio Ícone. Pela banda, formada em 1978 por Kevin Rowland e Kevin Archer e activa até 2010, passaram nomes como Billy Adams, Billy Adams ou Jimmy Paterson. Brandon Flowers (The Killers) venceu o Prémio Ídolo.
Johnny Marr, ex-guitarrista dos The Smiths, ganhou o Prémio Herói. Marr foi ainda distinguido pelo trabalho com The Cribs, banda de que agora faz parte e que foi galardoada com o Prémio Espírito de Independência.
A cerimónia dos Prémios Q decorreu no Grosvenor House Hotel, em Mayfair (Londres) e foi apresentada pelo comediante britânico Al Murray. [publico.pt]
Título:Sobe e Desce
Autor e ilustrador: Oliver Jeffers
Editora: Orfeu Negro
Sinopse:Era uma vez um menino e um pinguim que faziam sempre tudo juntos… até ao dia em que o pinguim decidiu que queria estender as asas e voar.
Assim começa esta grande aventura que levará os nossos amigos ao jardim zoológico, ao aeroporto e a um surpreendente espectáculo de circo ambulante. Sobe e Desce oferece-nos mais um momento mágico na amizade entre o menino e o pinguim que já todos conhecem de Perdido e Achado.
Quando, em 2011, Manuel António Pina soube que lhe tinha sido atribuído o Prémio Camões por toda a sua obra - que inclui poesia, crónica, ensaio, literatura infantil e peças de teatro – afirmou: “É a coisa mais inesperada que podia esperar”.
Também a sua poesia tinha sentido de humor – o que é raro na poesia portuguesa - e mantinha vivo o diálogo com Fernando Pessoa. Na literatura infantil, Pina mostrava também essa tradição do “non sense”, da brincadeira sem deixar de lado a complexidade.
Era um cinéfilo e sabia cenas de alguns filmes de cor. Numa pequena biografia publicada há alguns anos na imprensa francesa dizia-se que gostava de “cultivar a imagem de poeta de ‘série B’ – para usar uma metáfora cinematográfica – neutralizando assim a tentação de fazer ‘a grande poesia’ fruto de auto-ironia e de uma dimensão manifestamente lúdica dos seus textos”.
Costumava citar Luiz Pacheco, que dizia que daqui a cem anos ninguém se lembrará do que escrevemos, para contrapor que essa meta acabava: já daqui a um ano. No entanto os seus livros, nomeadamente os infantis que formaram a geração que hoje tem mais de 40 anos, continuam a ser reeditados e não envelheceram.
Quando em 2011 foi publicada pela Assírio & Alvim, “Todas as palavras – Poesia Reunida (1974-2011)” o crítico Pedro Mexia lembrava no “Expresso”, que “os primeiros poemas de M. A. Pina, não sendo estritamente políticos, documentam uma certa ‘paz dos cemitérios’ e sugerem que ‘não é possível dizer mais nada mas também não é possível ficar calado’. Embora seja tarde, talvez não seja ainda demasiado tarde.”
O título do seu primeiro livro de poesia, “Ainda Não É o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde”, que foi publicado em 1974 tem sido lembrado nas redes sociais e em cartazes espalhados pelo Porto. É uma iniciativa POP para se criar uma versão nacional e actual do cartaz “keep calm and carry on” que, dizem na página que mantém no Facebook, contou com “o apoio e incentivo directo” de Manuel António Pina. O cartaz original foi criado para ser afixado em Londres, caso houvesse invasão alemã durante a II Guerra Mundial. O cartaz português retoma o título de Pina e é uma homenagem ao poeta “pelas palavras que há muito tempo escreve”: “Não é o fim nem o princípio do mundo, calma é a apenas um pouco tarde” procura “de certa forma, sensibilizar, motivar e mobilizar as pessoas tal como o da situação original”, explicam no Facebook.
O escritor que nasceu, em 1943, no Sabugal, na Beira Alta, vivia no Porto desde os 17 anos numa casa com muitos gatos, que lhe davam material de sobra para os poemas. Conta-se, e foi relatado no “JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias” em 2001, que durante a visita a uma exposição de retratos de escritores portugueses na Feira do Livro de Frankfurt, Helmut Kohl terá parado em frente da fotografia de Manuel António Pina e de um gato e perguntado quem era o escritor. Responderam-lhe que era “o do bigode”. E o chanceler terá dito: “Bigodes têm os dois”. Além de integrar a representação oficial da literatura portuguesa na Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, o escritor esteve também na comitiva do Salão do Livro de Paris, em 2000, e no Salão do Livro de Genève, em 2001.
Durante a infância, foi-lhe difícil fazer amigos. Andou de terra em terra por causa da profissão do pai que era chefe das Finanças e também tinha o cargo de juiz das execuções fiscais. A família nunca chegava a ficar mais de seis anos em cada localidade. Foi o pai que o ensinou a ler e a escrever mesmo antes de ir para a escola e treinava a ler os títulos do “1º de Janeiro”. Desde os seis ou sete anos que escrevia poemas, que a sua mãe guardava, e embora só tivesse publicado o primeiro livro de poemas em 1974, começou a escrevê-lo em 1965.
Numa entrevista que deu ao “JL”, e 2001, contou que num dia de grande trovoada a mãe o foi encontrar de joelhos a escrever em cima de uma cadeira. Pensou que o filho estava a rezar mas afinal, Pina estava a escrever “uns versinhos sobre a história do milagre das rosas”. Era a sua maneira de combater o medo que tinha da trovoada. “Hoje, já não me assustam as trovoadas, mas continuo a escrever porque tenho medo. Se calhar, medo de ter medo, como dizia o O’Neill”, acrescentou.Tinha mais de 50 livros publicados e muitos dos seus livros nasceram da leitura de ensaios, disse na entrevista que deu depois de receber o Prémio Camões 2011 ao PÚBLICO. As suas amigas psicanalistas diziam-lhe que se não escrevesse, seria um bom cliente. Por isso brincava dizendo que a escrita lhe dava para poupar muito dinheiro.
Foi só depois do nascimento das suas filhas, a Sara em 1970 e a Ana em 1974, que começou a escrever literatura infantil. Em 1988 recebeu o Prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude (CPTIJ) pelo conjunto da sua obra neste domínio. Em 1993, recebeu o Prémio Nacional de Crónica, Press Club/ Clube de Jornalistas.
Em 2002, com a publicação de “Atropelamento e Fuga”, recebeu o Prémio da Crítica, atribuído pela Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários, ao conjunto da sua obra poética. Pelo livro de poesia “Os Livros”, editado pela Assírio & Alvim em 2003, recebeu o Prémio Luís Miguel Nava de Poesia e Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/ CTT. E em 2004, foi-lhe atribuído o Prémio de Crónica da Casa da Imprensa, pelo seu conjunto de crónicas publicadas em jornais e revistas.
Apesar de ter pensado ir para a Academia Militar, licenciou-se em direito em Coimbra. Inscreveu-se como voluntário porque os pais não tinham dinheiro para que vivesse lá. “Completei o curso sem assistir a nenhuma aula. Passava, às vezes, uns 15 dias em Coimbra, mas era para ir às aulas de Literatura do Vítor Aguiar e Silva, e também às do Paulo Quintela. Toda a gente pensava que eu as frequentava por causa das raparigas de Letras”, contou numa entrevista à revista do Clube de Jornalistas.
Foi tendo vários empregos: nas Contribuições e Impostos, a fazer inquéritos de rua, agência de informações comerciais, na Comissão dos Vinhos Verdes e ainda foi vendedor e deu aulas de português. Nos anos 80 exerceu advocacia mas desistiu da carreira para ir “trabalhar com palavras”.
Foi jornalista do “Jornal de Notícias” durante 30 anos, onde começou a trabalhar em 1971 quando ainda cumpria o serviço militar através de um concurso. Nessa altura, em tempos de ditadura, assinava com os seus nomes do meio: António Mota. E como não podia aparecer nas fotografias das entrevistas ou reportagens de frente, os fotógrafos chamavam-lhe o Sr. Costas. Desde 2001 que era colaborador permanente desta publicação e escrevia também para outros jornais e revistas.
Foi professor da Escola Superior de Jornalismo do Porto e membro do Conselho de Imprensa. Foi bolseiro do Centro Internacional de Teatro de Berlim junto do Grips Theater, na Alemanha, e poeta residente convidado da cidade de Villeneuve-sur-Lot, em França.
Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema e à televisão, transpostas para BD, bem como musicadas e editadas em disco. Trabalhou muito com a Companhia de Teatro portuense Pé de Vento.
Recentemente o Teatro O Bando apresentou o espectáculo “Ainda Não É o Fim”, a partir das suas crónicas e poemas e o encenador João Brites, considerou que os excertos dos textos de Manuel António Pina eram “um abrigo” onde aquela companhia de teatro podia “exercer a experimentação enquanto componente indissociável da criação”.
Para os amigos, como Osvaldo Silvestre, era “um privilégio ouvir Manuel António Pina discorrer, ao seu modo, sobre um assunto”. Todos os fiéis leitores da crónica diária, “Por outras Palavras”, que o escritor mantinha na última página do “JN”, o sabem. Gostava de jogar às cartas, de xadrez e do jogo oriental Go. Foi praticante da arte marcial vietnamita Viet Vo Dao (cinturão castanho) e foi chefe de redacção da revista de artes marciais “Shinkai”. Desde 2005 que era comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2001 recebeu a Medalha de Ouro de Mérito da Cidade do Porto e em 2005, um voto de louvor da Câmara Municipal do Porto pelo conjunto da sua obra literária.
"Um sítio onde pousar a cabeça" é o título do documentário, uma produção da RTP com realização de Alberto Serra e Ricardo Espírito Santo, dedicado à sua vida e à sua obra. [publico.pt.]
José Rodrigues dos Santos é jornalista, escritor e professor de Ciências da Comunicação. Nasceu em Moçambique, em 1964. É agora Director de Informação da RTP e apresentador do Telejornal. Doutorou-se em Ciências da Comunicação com uma tese sobre reportagem de guerra. É autor de 5 livros, um dos quais de ficção. José Rodrigues dos Santos começou a sua carreira como jornalista em 1981, em Macau, trabalhando para a Rádio Macau. Depois de se licenciar em Comunicação Socialda Universidade Nova de Lisboa, em 1987 foi trabalhar para a BBC em Londres e voltou a Portugal em 1990, integrando a RTP. [ler mais]
«A Mão do Diabo», de José Rodrigues dos Santos
já disponível na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira
A apresentação está marcada para sábado, pelas 17:00, na Sociedade de Geografia de Lisboa (Rua das Portas de Santo Antão, nº 100 - ao Coliseu), e será feita por Henrique Medina Carreira.
«A Mão de Diabo» é o 10º romance de José Rodrigues dos Santos, autor que já vendeu mais de um milhão de exemplares e está publicado em 18 línguas.
José Rodrigues dos Santos alcançou no passado mês de Julho o primeiro lugar do Top de vendas FNAC em França com a versão francesa do romance «A Fórmula de Deus». [diariodigital.sapo.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: “Frankenweenie” de Tim Burton com as vozes de Winona Ryder, Catherine O'Hara e Martin Landau; “Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade” de Laurent Tirard com Gérard Depardieu, Edouard Baer e Guillaume Gallienne; “A Cidade do Teu Destino Final” de James Ivory com Anthony Hopkins, Charlotte Gainsbourg e Omar Metwally; “O Dia do Juízo Final” de Gregor Jordan com Samuel L. Jackson, Carrie-Anne Moss e Michael Sheen; “Galinha Com Ameixas” de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi com Mathieu Amalric, Edouard Baer e Maria de Medeiros; “A Cilada” de Mike Gunther com Bruce Willis, Jenna Dewan-Tatum e Randy Couture.
“Frankenweenie”
Sinopse:
Sparky, para além de ser um lindo e obediente cãozinho, é também o melhor amigo de Victor Frankenstein, um rapaz brilhante mas algo introvertido. Num fatídico dia, Sparky é atropelado e morre. É então que o pequeno Victor, incapaz de superar a perda do seu mais fiel companheiro, e animado pela fé que sempre depositou na ciência, resolve ressuscitá-lo. Apesar de conseguir a admirável proeza de trazer o seu amigo de volta, ele sabe que o segredo não poderá ser guardado por muito mais tempo. Assim, para que os pais, vizinhos e amigos aceitem Sparky tal como ele é agora, Victor terá de conseguir provar que aquela pequena criatura, apesar da sua aparência um pouco assustadora, continua tão fiel e amigável como sempre fora...
Um filme de animação em "stop motion" e a preto e branco, realizado por Tim Burton ("Eduardo Mãos de Tesoura", "O Grande Peixe", "Sombras da escuridão"), que prolonga e recria a curta com o mesmo nome criada, também por Burton, em 1984. No filme, podemos ouvir as vozes de Charlie Tahan, Martin Landau, Winona Ryder ou de Christopher Lee. [cinecartaz.publico.pt]
“Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade”
Sinopse:
50 a.C.. Depois de conquistar o Egipto, a Hispânia e (quase toda) a Gália, Júlio César (Fabrice Luchini), o grande imperador romano, decide avançar com as suas tropas e invadir a Britânia. A vitória é rápida e total. Ou melhor, quase total. Para seu descontentamento, uma pequena aldeia bretã consegue resistir. Mas as forças bretãs enfraquecem a cada dia que passa. É então que Cordélia (Catherine Deneuve), a grande rainha, decide enviar Jolitorax (Vincent Lacoste) à Gália onde, segundo a lenda, vive o mais irredutível e temeroso povo. Ao mesmo tempo, na aldeia gaulesa em questão, Astérix e Obélix (Edouard Baer e Gérard Depardieu) debatem-se com um grave problema. É que o chefe Abracourcix confiou-lhes uma tarefa medonha: transformar Atrevidix (Vincent Lacoste), o seu preguiçoso e imaturo sobrinho, num homem responsável e capaz de olhar para além do seu próprio umbigo. Quando Jolitorax chega e descreve a situação da sua aldeia, os gauleses oferecem-lhe um barril da famosa poção mágica que lhes dará uma força sobre-humana e a protecção de Astérix e Obélix no seu regresso a casa. Porém, infelizmente para todos, Justforkix também faz parte da escolta até à Britânia...
Inspirado nas divertidas personagens criadas pelos franceses René Goscinny e Albert Uderzo, e realizado por Laurent Tirard ("O Menino Nicolau"), este é o quarto filme da série em acção real, depois de "Astérix e Obélix Contra César" (1999), "Astérix e Obélix: Missão Cleópatra", (2002), e "Astérix nos Jogos Olímpicos" (2008). [cinecartaz.publico.pt]
“A Cidade do Teu Destino Final”
Sinopse:
Omar Razaghi, um jovem académico dos EUA, pretende traçar a biografia de Jules Gund, um enigmático escritor latino-americano, que passou os últimos anos de vida no Uruguai, onde acabou por se suicidar. Para isso, escreve à família Gund a pedir permissão para escrever a obra. Porém, sem qualquer fundamentação, a sua solicitação é recusada. Perante a insistência de Dierdre (Alexandra Maria Lara), a sua namorada de longa data, Omar decide ir até ao Uruguai e tentar persuadi-los a mudar de ideias. Lá chegado, vai conhecer Adam (Anthony Hopkins), irmão de Gund, a viúva Caroline (Laura Linney), a amante Arden (Charlotte Gainsbourg) e Portia (Ambar Mallman), a filha de Arden com o falecido escritor. Apesar das reticências de todos, o jovem tenta encontrar forma de os conhecer e, ao mesmo tempo que vai compreendendo as motivações daquele heterogéneo grupo, vai-se também dando conta dos seus ressentimentos em relação ao passado. Com o decorrer do tempo, sem que se tenha apercebido, Omar torna-se estranhamente íntimo de Arden. Até que Dierdre decide fazer-lhe uma visita...
Uma história de amor e amizade que é também mais uma parceria entre a argumentista Ruth Prawer Jhabvala e o aclamado realizador James Ivory ("Quarto com Vista Sobre a Cidade ", "Regresso a Howards End", "Os Despojos do Dia "), desta vez seguindo o romance de Peter Cameron. [cinecartaz.publico.pt]
“O Dia do Juízo Final”
Sinopse:
Depois de colocar três bombas nucleares em três cidades americanas, Yusuf (Michael Sheen), um fundamentalista islâmico, é capturado e preso pelo FBI. Os agentes têm apenas algumas horas até à detonação e cabe à agente Helen Brody (Carrie-Anne Moss) a responsabilidade do interrogatório e consequente localização dos explosivos. Porém, incapaz de obter qualquer resposta satisfatória do prisioneiro, ela vai tentar um último recurso: trazer o agente H (Samuel L. Jackson), um especialista em tortura, cujos métodos controversos o tornaram numa espécie de lenda. E é naquele preciso momento que, entre Yusuf e H, se declara uma guerra psicológica sem tréguas... [cinecartaz.publico.pt]
“Galinha Com Ameixas”
Sinopse:
Teerão, 1958. Nasser-Ali é um dos mais bem conceituados violinistas da sua época. Certo dia, durante uma discussão, a mulher enfurece-se e destrói o seu estimado violino. Destroçado, ele tenta encontrar algo que substitua o seu velho instrumento, mas nenhum parece ter a afinação ou a sonoridade que o faça acreditar novamente na sua arte. E assim, incapaz de comunicar com o mundo, Nasser-Ali fecha-se sobre si mesmo e decide morrer. É então que, enquanto espera pelo fim, vai fazer uma longa viagem ao passado, revivendo as circunstâncias que o levaram àquele lugar...
Uma comédia negra realizada pela dupla Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud ("Persépolis"), que se baseia na novela gráfica de Satrapi que, por sua vez, relata os últimos dias da vida de Nasser Ali Khan, o seu tio.
Em competição pelo Leão de Ouro na última edição do Festival de Veneza, "Galinha com Ameixas" conta ainda com participação de Mathieu Amalric, Edouard Baer, Maria de Medeiros e Chiara Mastroianni. [cinecartaz.publico.pt]
“A Cilada”
Sinopse:
Sonny e Vincent (50 Cent e Ryan Phillippe) planeiam um roubo de diamantes no valor de cinco milhões de dólares. Porém, durante o assalto, Vincent resolve alvejar o comparsa e fugir com as pedras preciosas. Decidido a vingar-se e a recuperar o que é seu, Sonny decide associar-se a Biggs (Bruce Willis), o mais perigoso chefe da máfia local, e iniciar assim uma caça ao homem. Porém, o que Sonny não poderia imaginar era que nada nem ninguém ficariam incólumes a esta perseguição.
Realizado por Mike Gunther, um filme sobre o respeito e a amizade, a traição e morte. [cinecartaz.publico.pt]
No âmbito do projeto art@biblio – projeto em rede das bibliotecas municipais de Matosinhos, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Santo Tirso e Viana do Castelo – realizar-se-á, na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira, de 15 a20 de Outubro, o Contart@biblio – atividades de promoção da leitura pelos serviços educativos das bibliotecas que integram a rede.
Consulte a programação aqui .
NOTA: Por questões às quais somos alheios, a atividade “o sonho da princesa Clarice”, em língua gestual, será realizada no dia 19 de Outubro, pelas 11.00h, na escola EB 1 e Jardim de Infância do Cavaco.
A escritora Hilary Mantel venceu o Prémio Man Booker 2012 com o seu romance "Bring up the Bodies". É a primeira mulher e também o primeiro cidadão britânico a recebê-lo duas vezes.
Em 2009, vencera com o romance “Wolf Hall” (editado em Portugal pela Civilização Editora) e este novo romance é uma sequela da sua obra anterior premiada.
O prémio foi anunciado numa cerimónia em Londres e entre os seis finalistas estavam também “The Garden of Evening Mists”, de Tan Twan Eng (Myrmidon Books); “Swimming Home”, de Deborah Levy (And Other Stories/Faber & Faber); “The Lighthouse”, de Alison Moore (Salt); “Umbrella”, de Will Self (Bloomsbury) e “Narcopolis”, de Jeet Thayil (Faber & Faber).
Foi o presidente do júri, o editor do Times Literary Supplement, Peter Stothard, que anunciou o nome da vencedora, pedindo aos presentes na cerimónia que brindassem aos livros que não chegaram à lista final deste prémio para a literatura de língua inglesa, pois considerou que foi um ano esplêndido para a ficção britânica. E elogiou os pequenos editores que "este ano nos trouxeram obras magníficas".
Peter Stothard lembrou que de alguma forma todos os livros já premiados pelo Man Booker fazem parte da nossa vida. "Já formam um catálogo, já formam um cânone", disse.
Contou que, há dias, como editor de um dos mais prestigiados suplementos literários britânicos, o acusaram de não aconselhar livros para se levar para a praia. Respondeu que não era disso que se tratava. O que ele não quer é aconselhar "livros que as pessoas abandonam na praia". A obra escolhida pelo júri é um desses livros. Foi escolhida pela "sua vitalidade e pela prosa".
Momentos depois Hilary Mantel subiu ao palco para dizer: "Esperei 20 anos por um Prémio Man Booker, e em pouco tempo são-me atribuídos dois". Considerou-se uma privilegiada e uma sortuda, num ano em que a decisão do júri não foi fácil. Na história do prémio é o terceiro autor, depois do australiano Peter Carey e do sul-africano J.M. Coetzee, a receber este prémio duas vezes. E é o primeiro autor a receber o prémio com uma sequela.
"Agora tenho de fazer a parte mais difícil: escrever a terceira parte de uma trilogia. Digo-vos que não tenho expectativas de estar aqui outra vez. Agradeço o vosso voto de confiança", acrescentou ao receber o prémio. [publico.pt]
Título: Lobo grande e lobo pequeno
Autora: Nadine Brun-Cosme
Ilustrador: Olivier Tallec
Editora: Livros Horizonte
Sinopse: o lobo grande vivia desde sempre no cimo da colina, sozinho, debaixo de uma árvore. Um dia chegou o Lobo Pequeno. Agora, debaixo da árvore, são dois. Mas, para o solitário Lobo Grande, aceitar outro lobo, mesmo que pequenino, não é assim tão fácil... Um livro poético e comovente sobre a Amizade e a Partilha.
Aerosmith é uma banda norte-americana de rock, por vezes referida como "The Bad Boys from Boston" e "A Maior Banda de Rock and Roll da América". Seu estilo, enraizado em um hard rock baseado no blues, também incorpora elementos do pop, heavy metal e rhythm and blues, e inspirou diversos artistas subsequentes. A banda foi formada em Boston, Massachusetts, em 1970. O guitarrista Joe Perry e baixista Tom Hamilton, originalmente integrantes de uma banda chamada Jam Band, se encontraram com o vocalista Steven Tyler, o baterista Joey Kramer e o guitarrista Ray Tabano e formaram o Aerosmith. Em 1971, Tabano foi substituído por Brad Whitford, e a banda começou a atrair seguidores em Boston. [ler mais]
Novo álbum dos Aerosmith à venda 5 de Novembro
A banda de Steven Tyler, Joe Perry, Brad Whitford e Tom Hamilton regressa às edições discográficas no dia 5 de Novembro. Os Aerosmith preparam-se para editar o novo trabalho “Music from another dimension”, que marca o regresso aos originais após um hiato de 11 anos.
Gravado em Los Angeles e no próprio estúdio da banda em Massachussetts, o álbum foi produzido por Jack Douglas, Steven Tyler e Joe Perry, à exceção de 3 temas, produzidos por Tyler e Marti Frederiksen. “What could have been love” é o novo single deste trabalho, depois de “Legendary child” ter chegado às rádios rock. [destak.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 14 de outubro, pelas 21.45h, o filme "Fora, Satanás!" de Bruno Dumont.
Guan Moye (17 de fevereiro de 1955) é um escritor chinês, mais conhecido pelo pseudônimo de Mo Yan que significa "Não fale". É descrito como "um dos mais famosos, banidos e largamente pirateados escritores chineses". [ler mais]
Nobel da Literatura 2012 para chinês Mo Yan
A Academia Sueca atribuiu nesta quinta-feira o Prémio Nobel da Literatura ao escritor chinês Mo Yan.
Um dos mais celebrados escritores no seu país, embora não isento de polémica, Mo Yan faz habitar a sua obra de um humanismo compassivo, habitualmente centrado na ruralidade da localidade em que nasceu a 5 de Março de 1955, Gaomi, na província de Shandong. O escritor, que lançou o seu primeiro romance, Falling Rain On a Spring Night, em 1981, mereceu a mais nobre distinção do mundo da literatura por ser, segundo comunicado pelo comité do Nobel, um autor "cujo realismo alucinatório funde contos tradicionais, História e contemporaneidade". A sua escrita, como é aliás reconhecido pelo próprio, é grandemente influenciada por William Faulkner, Gabriel Garcia Marquez.
A adaptação ao cinema de Milho Vermelho, em 1987, por Zhang Yimou e com a estrela Gong Li, filme determinante da chamada "Quinta Geração" que marcou uma nova era no cinema chinês, cimentou o seu estatuto na China e chamou a atenção do mundo. Traduções dos seus livros no Japão, França, Itália, Estados Unidos e Inglaterra cimentaram o seu estatuto internacional. Em Portugal, Mo Yan tem apenas um livro traduzido, Peito Grande, Ancas Largas, editado em 2007 pela Ulisseia. Publicada originalmente em 1995, a obra causou grande controvérsia na China devido ao teor sexual da história. Mo Yan foi obrigado a escrever uma autocrítica ao seu próprio livro, e, mais tarde, a retirá-lo de circulação. Esse episódio, aliado, por exemplo, à participação na cópia manuscrita de um discurso de Mao Zedong, em que este definia os parâmetros a seguir na arte e literatura chinesas, levou-o a ser considerado pelos opositores ao regime chinês como um autor alinhado, não independente. O pseudónimo Mo Yan, escolhido pelo homem nascido Guo Moye, significa em chinês "não fales". Dessa forma, ele que se diz sempre franco no seu discurso, lembrar-se-á constantemente de que não deve falar demasiado. Há outra leitura para o pseudónima, esta literária. Para Mo Yan, "um escritor deve enterrar os seus pensamentos e transmiti-los através dos personagens dos seus romances".
Em 2009, numa conferência na Feira do Livro de Frankfurt, respondeu às acusações de falta de independência perante o poder. "Um escritor deve exprimir crítica e indignação perante o lado negro da sociedade e a fealdade da natureza humana, mas não devemos recorrer a formas de expressão uniformes. Alguns poderão querer gritar nas ruas, mas devemos tolerar aqueles que se escondem nos seus quartos e usam a literatura para transmitir as suas opiniões".
Mo Yan abandonou os estudos muito jovem devido à turbulência causada pela Revolução Cultural e trabalhou numa quinta antes de, em 1973, se empregar como operário fabril. Alistou-se no Exército de Libertação do Povo Chinês (ELPC) três anos depois, iniciou-se na publicação em 1981 e, mais tarde, entre 1984 e 1986, estudou literatura na Academia das Artes do ELPC. Vencedor o ano passado do mais importante prémio literário chinês, o Mao Dun, Mo Yan é também vice-presidente da Associação de Escritores da China.
Entre a sua obra, onde se incluem dezenas de contos, destacam-se romances como The Garlic Ballads, The Republic of Wine, ou o supracitado Peito Grande, Ancas Largas. Segundo a Wikipedia, o seu penúltimo livro, Life And Death Are Wearing Me Out, foi escrito em apenas 43 dias, inscrevendo os mais de 500 mil caracteres do manuscrito original em papel chinês tradicional e usando apenas tinta e pincel. O último, Frog, incide sobre os abortos forçados que resultam da política estatal de controlo de natalidade ("um casal, um filho").
Este é o quarto prémio atribuído pela Academia Sueca em 2012 depois do Nobel da Medicina (John Gurdon e Shinya Yamanaka), da Física (Serge Haroche e David Wineland) e da Química (Robert Lefkowitz e Brian Kobilka). [publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: “O Gebo e a Sombra” de Manuel de Oliveira com Michael Lonsdale, Claudia Cardinale e Jeanne Moreau; “Looper - Reflexo Assassino” de Rian Johnson com Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis e Emily Blunt; “Elas” de Malgorzata Szumowska com Juliette Binoche, Anaïs Demoustier e Joanna Kulig; “Arbitrage - A Fraude” de Nicholas Jarecki com Richard Gere, Susan Sarandon e Tim Roth.
“O Gebo e a Sombra”
Sinopse:
Apesar de viver no limiar da pobreza, Gebo continua a sua actividade de contabilista para sustentar Doroteia, a mulher, e Sofia, a nora. A existência daquelas três pessoas é triste e monótona, girando à volta da ausência de João, o filho, que ninguém sabe onde está ou as razões por que partiu. Apesar do velho senhor tentar encontrar maneiras de aliviar o sofrimento das duas mulheres, parece que nada consegue minimizar as suas dores. Até que, sem que já ninguém o esperasse, João regressa. E é a partir daquele momento que o equilíbrio familiar, já de si frágil, se rompe, dando origem a uma catástrofe....
Baseado na peça homónima de Raul Brandão (1867-1930), escrita em 1923, a mais recente obra do mestre Manoel de Oliveira é um retrato da pobreza, da honestidade e do sacrifício.
O "Gebo e a Sombra" teve a sua estreia mundial no início de Setembro, em dias sucessivos, no Festival de Veneza e na Cinemateca Francesa em Paris - onde a obra do realizador passou numa retrospectiva integral. [cinecartaz.publico.pt]
“Looper - Reflexo Assassino”
Sinopse:
Os Estados Unidos sofreram uma grave crise económica que se reflectiu num enorme crescimento do crime organizado. Anos depois, em 2074, aviagem no tempo é inventada e, devido a todas as implicações, imediatamente tornada ilegal. Porque a tecnologia de identificação tornou quase impossível eliminar pessoas, as organizações criminosas tiveram de forjar uma solução prática para quando se querem livrar de alguém: usar secretamente a viagem no tempo e contratar "loopers", ou assassinos a soldo, que matam pessoas no passado para que estas não existam no presente. Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um dos "loopers" mais bem conceituados da sua área. Até ao dia em que descobre estar a ser perseguido pela versão mais velha de si mesmo (Bruce Willis), que está ali com um propósito muito simples: apagar a sua própria existência.
Um "thriller" de acção futurista realizado por Rian Johnson ("Os Irmãos Bloom"). [cinecartaz.publico.pt]
“Elas”
Sinopse:
Anne (Juliette Binoche) é uma jornalista da edição francesa da revista "Elle". Consciente da sua vida confortável e do seu percurso privilegiado, decide fazer um artigo sobre a prostituição no meio universitário. Apesar das dificuldades iniciais em encontrar testemunhos que a ajudem na investigação, acaba por conseguir convencer Alicja (Joanna Kulig), uma estudante polaca, e Charlotte (Anaïs Demoustier), uma rapariga provinciana decidida a mudar de vida. Porém, contra todas as expectativas, onde Anne julgava encontrar histórias de miséria e solidão, descobre sentimentos de liberdade, domínio e poder. E é então que, um trabalho que apenas pretendia apresentar ao público o submundo da prostituição, acaba por tornar-se em algo pessoal, com Anne a questionar não só a sua maneira de viver, como também a sua sexualidade e desejos mais profundos. [cinecartaz.publico.pt]
“Arbitrage - A Fraude”
Sinopse:
Aos 60 anos, Robert Miller (Richard Gere) é dono de uma das maiores fortunas dos EUA. Apesar de um longo e estável casamento com Ellen (Susan Sarandon), o seu grande orgulho é a filha Brooke (Brit Marling), cuja inteligência e capacidade de trabalho faz prever uma carreira de sucesso na gestão do património. Porém, o que ninguém imagina é que ele está à beira do colapso e que tem preparada uma última jogada financeira que poderá, ou não, salvar o seu império. Certa noite, numa viagem de carro com Julie Côte (Laetitia Casta), a sua amante, Miller adormece e tem um acidente. Ao perceber que Julie não sobreviveu e que a situação ficou fora do seu controlo, entra em pânico e foge. A partir daquele momento, o magnata vê-se envolvido numa espiral de mentiras e contradições. E, ao mesmo tempo que tenta não ser implicado na morte da amante por Michael Bryer (Tim Roth), um detective que teima em investigar o acidente, vai ter de lidar com algumas descobertas muito comprometedoras feitas pela própria filha.
Um "thriller" policial com argumento e realização de Nicholas Jarecki. [cinecartaz.publico.pt]
Afonso Cruz está entre os doze escritores vencedores do Prémio da União Europeia de Literatura 2012 com o seu livro "A Boneca de Kokoschka" (Quetzal). O prémio, no valor de 5 mil euros, permite que os vencedores tenham prioridade de acesso a um programa da União Europeia, para que o seu livro seja traduzido em várias línguas.
O anúncio dos premiados foi feito esta terça-feira em Frankfurt onde a partir de amanhã decorre a mais importante feira do livro. A editora Lúcia Pinho e Melo esteve na sessão do anúncio do prémio e disse ao PÚBLICO que uma das grandes vantagens deste distinção é o apoio à tradução, revelando que amanhã já tem uma reunião agendada para ser informada do que vai acontecer a seguir.
Os outros vencedores são Anna Kim (Áustria), Lada Žigo (Croácia), Laurence Plazenet (França), Viktor Horváth (Hungria), Kevin Barry (Irlanda), Emanuele Trevi (Itália), Giedra Radvilavičiūtė (Lituânia), Gunstein Bakke (Noruega), Piotr Paziński (Polónia), Jana Beňová (Eslováquia) e Sara Mannheimer (Suécia).
Os escritores candidatos ao prémio são indicados por júris dos vários países. Neste edição o júri português foi composto pelo presidente José Jorge Letria (Sociedade Portuguesa de Autores) e pelo editor João Rodrigues e a livreira Ana Neves (ambos representando a APEL- Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros). O júri propõe três nomes, desse há um vencedor que concorre com determinada obra. É um prémio que varia de ano para ano, uma vez que os países que a ele concorrem não são sempre os mesmos.
O Prémio da União Europeia de Literatura, que existe desde 2009, já foi atribuído à escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso. [publico.pt]
Título: O país das pessoas de pernas para o ar
Autor: Manuel António Pina
Ilustradora: Marta Madureira
Editora: Tcharan
Sinopse: um país onde as pessoas vivem de pernas para o ar. A vida de um peixinho vermelho que escrevia um livro que a sara não sabia ler. Um menino Jesus que não queria ser deus. Um bolo que queria ser comido mas que não o foi por causa do pecado da gula.
Muse é uma banda de rock britânica de Teignmouth, Devon, formada em 1994. Seus membros são: Matthew Bellamy(vocal, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo, voz secundária e teclado) e Dominic Howard (bateria e percussão).
O estilo de Muse é um misto de vários géneros musicais, incluindo rock alternativo, música clássica e eletrónica. O grupo tornou-se, em 16 e 17 de junho de 2007, a primeira banda a lotar o recém-construído Estádio de Wembley em Londres.
A discografia da banda abrange seis álbuns de estúdio: Showbiz, lançado em 1999, seguido de Origin of Symmetry em 2001 e Absolution em 2003. O álbum de maior sucesso foi Black Holes & Revelations (2006) que garantiu ao grupo uma nomeação para os Mercury Prize e o terceiro lugar na lista de "Álbuns do Ano" da NME para 2006. A banda lançou seu quinto álbum em setembro de 2009, intitulado The Resistance. Um sexto disco, intitulado The 2nd Law, foi lançado em outubro de 2012. [ler mais]
«The 2nd Law», Muse
Os Muse voltam a ser uma banda minimamente digna num álbum em que não se saem mal nas experiências com o dubstep.
Para quem cresceu assente num modelo de rock de estádio sustentado por uma abordagem muito particular às guitarras, não pode haver mais nada humilhante que a subalternização face a uma referência do passado mas o sonho de conquistar o mundo foi mais forte que a identidade e os Muse cederam no decalque da instituição mais irritante do rock, os Queen.
«The Resistance», o álbum que sustenta esta tese, era todo ele balofo e oleoso, além de pouco honesto intelectualmente. Na prática, os Muse assumiam-se uma banda de canções originais de tributo aos Queen mas entre isso e os numerosos duplos e sósias de Freddy Mercury, a única diferença era alguma tecnologia empregue na produção.
Os números contrariam todas as teorias e os Muse concretizaram o desejo de vitória por unanimidade. O crescimento face a um percurso iniciado na sombra dos Radiohead traduzia-se no estatuto de maior banda de rock de estádio do tempo da Internet, catapulada também por uma concorrência pouco numerosa (Killers, Kings of Leon).
Para os amantes das estrelas no céu, era um passo em frente; para os amantes das estrelas no papel, exactamente o contrário. «The 2nd Law» reduz essa proximidade embora a linha de baixo de «Panic Station» quase reproduza a de «Another One Bites The Dust» e a voz de Matthew Bellamy no single «Madness» recorde a de Freddie Mercury em «I Want To Break Free».
A espuma traz o dubstep à superfície porque é esse o movimento de maior risco que os Muse correm: somar a esquizofrenia dosbeats de Skrillex a guitarras, como se os Rage Against The Machine estivessem em processo de actualização de um sistema que começou por cruzar rap com rock.
Sem ser genial, a experiência corre melhor do que se pensa. Carregados de razão estão os Muse quando defendem que odubstep tem a adrenalina do metal - tal como acontecia há uns anos com o electro - mas «The 2nd Law» mantém viva a banda que faz canções a pensar em estádios, grandiosas e com refrões épicos.
Somas e subtracções feita, não se trata do álbum da redenção e o fã protótipo dos Muse que ficou para trás a partir de «Black Holes and Revelations» dificilmente voltará mas, pelo menos, é um álbum que devolve alguma dignidade e conceptualmente inteligente. E, claro, esta banda sonora megalómana terá outra expressão em palco. [diariodigital.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 07 de outubro, pelas 21.45h, o filme "Cosmopolis" de David Cronenberg.
Estreiam, hoje, os filmes: “Sr. Ninguém” de Jaco Van Dormael com Jared Leto, Sarah Polley e Diane Kruger; “Amor, Felicidade, Casamento” de Dermot Mulroney com Mandy Moore, Mandy Moore, Kellan Lutz e James Brolin; “Encomenda Armadilhada” de David Koepp com Joseph Gordon-Levitt, Dania Ramirez e Sean Kennedy; “Impy na Terra da Magia” de Reinhard Klooss e Holger Tappe com Hannes Maurer, Anke Engelke e Oliver Kalkofe; “Linhas de Wellington” de Valeria Sarmiento com Nuno Lopes, Soraia Chaves e Marisa Paredes; “Taken - A Vingança” de Olivier Megaton com Liam Neeson, Famke Janssen e Maggie Grace; “Possuída” de Ole Bornedal com Jeffrey Dean Morgan, Natasha Calis e Kyra Sedgwick; “[REC]3 Génesis” de Paco Plaza com Leticia Dolera, Javier Botet e Diego Martín; e o documentário “Orquestra Geração” de João Miller Guerra e Filipa Reis com Diogo Dias, Ana Hespanha e Ionut Daniel Tofanecu.
“Sr. Ninguém”
Sinopse:
2092. Nemo Nobody (Jared Leto) é um homem de 118 anos, o último da sua espécie mortal. Nascido em 1975, e acreditando que tem apenas 34 anos de idade, vai relatando o passado, deambulando sobre os momentos cruciais da sua vida, onde escolhas difíceis mudaram o rumo da sua existência. À medida que considera os vários caminhos que poderia ter tomado, a sua memória começa a falhar, tornando-se cada vez mais difícil distinguir o que de facto aconteceu e o que é apenas fruto da sua imaginação. Porém, o que hoje de facto o preocupa é simples: se viveu uma vida correcta, se amou as mulheres que deveria amar ou se teve os filhos que sempre desejou. Para o velho Nemo, a razão da sua existência está em encontrar respostas para estas questões antes que a morte chegue.
Escrito e realizado por Jaco Van Dormael, um filme sobre escolhas e possibilidades. "Mr. Nobody" esteve em competição pelo Leão de Ouro na edição de 2009 do Festival de Veneza.
[cinecartaz.publico.pt]
“Amor, Felicidade, Casamento”
Sinopse:
Ava (Mandy Moore) é jovem, bonita e vive a relação com que sempre sonhou. Conselheira matrimonial por vocação, acredita no amor para toda a vida e no casamento como instituição. Mas tudo se desfaz quando a sua mãe, após 30 anos de um casamento sereno, anuncia o divórcio. Desesperada por resolver o problema dos progenitores (James Brolin e Jane Seymour) ao mesmo tempo que se recusa em anular a festa surpresa que tem andado a organizar para eles há meses, acaba por criar a sua própria crise conjugal. E é assim que, vivendo a sua própria experiência matrimonial menos positiva, Ava vai amadurecer e compreender que, na vida, nem tudo são rosas. [cinecartaz.publico.pt]
“Encomenda Armadilhada”
Sinopse:
Wilee (Joseph Gordon-Levitt) é um dos mais de 1500 estafetas que percorrem Manhattan de bicicleta. Viciado em velocidade e a conduzir sempre em contra-relógio, recolhe acidentalmente um envelope pertencente a um detective corrupto (Michael Shannon). E, assim, vê-se envolvido com pessoas pouco escrupulosas, às quais se recusa a devolver o envelope, acabando numa arriscada perseguição de vida ou morte.
Um "thriller" de acção, escrito e realizado por David Koepp ("Espíritos Inquietos", "A Janela Secreta"). [cinecartaz.publico.pt]
“Impy na Terra da Magia”
Sinopse:
Mais um dia nasce sobre Tikiwu, a paradisíaca ilha do Pacífico habitada pelo professor Horatio Tibberton e as suas criaturas falantes. É o aniversário de Impy e o doce dinossauro está ansioso por reencontrar os seus amigos. Porém, o dia acaba por ser uma grande decepção pois parece que ninguém lhe dá a devida importância. Aparentemente já só se preocupam com a panda Baboo, recém-chegada e adorada por todos os companheiros da ilha. Ciumento e muito aborrecido, Impy resolve mudar a sua vida.
Enquanto isso, longe dali, Barnaby é um empresário decidido a abrir o maior parque de diversões de sempre. Porém, para que o parque se distinga de todos os outros, tem de arranjar uma atracção especial. É então que segue viagem até Tikiwu onde se diz viver um dinossauro. Lá chegado, apesar de desiludido com o pequeno Impy, que mais parece um canguru, acaba por convencer o animal a abandonar a ilha e seguir com ele para se tornar na grande estrela do parque. Porém, o dinossauro depressa descobre que, afinal, as intenções de Barnaby são tudo menos honestas e que cometeu o pior erro de toda a sua vida. Agora, para reconquistar a liberdade, apenas poderá contar com os velhos amigos da ilha que tudo farão para o salvar das garras do malvado Barnaby.
Realizado pela dupla Reinhard Klooss e Holger Tappe ("A Ilha do Impy", "Animais Unidos Jamais Serão Vencidos"), a partir da simpática personagem criada pelo escritor alemão Max Kruse. [cinecartaz.publico.pt]
“Linhas de Wellington”
Sinopse:
Setembro de 1810. As tropas de Napoleão Bonaparte invadem Portugal. Com os ingleses como aliados, o Exército português, chefiado pelo general Wellington, desenvolve um plano engenhoso para deter as forças imperiais gaulesas e proteger Lisboa: uma retirada das tropas a fim de atrair o inimigo a Torres Vedras onde, em segredo, tinham sido construídas várias fortificações intransponíveis. Esta operação implicou também a evacuação da população civil, resultando num gigantesco êxodo. E é assim que um enorme grupo de pessoas, soldados e civis, de todos os estratos sociais e idades, seguem caminho rumo a sul. No entanto, se alguns seguem animados por um sentimento patriótico, outros, aproveitam a confusão para roubar e enganar.
Este filme começou por ser um projecto pessoal do realizador Raoul Ruiz. Porém, depois da sua morte a 19 de Agosto de 2011, já em fase de pré-produção, foi Valeria Sarmiento, a sua viúva, quem completou o trabalho. Com produção de Paulo Branco e seguindo um argumento de Carlos Saboga, uma co-produção luso-francesa abrilhantada por um grupo de ilustres: John Malkovich, Mathieu Amalric, Isabelle Huppert, Michel Piccoli, Chiara Mastroianni, Nuno Lopes, Soraia Chaves, Carloto Cotta, José Afonso Pimentel, Adriano Luz, Albano Jerónimo, Maria João Bastos, Manuel Wiborg...
"As Linhas de Wellington" esteve em competição na 69.ª edição do Festival de Veneza e refere a verdadeira história das Linhas de Torres que tiveram um papel preponderante na retirada das tropas francesas comandadas pelo marechal André Masséna, durante a Terceira Invasão do território. [cinecartaz.publico.pt]
“Taken - A Vingança”
Sinopse:
Bryan (Liam Neeson), antigo agente dos serviços secretos norte-americanos, decide convidar a filha Kim (Maggie Grace) e a sua ex-mulher Lenore (Famke Janssen) para um fim-de-semana em família em Istambul, Turquia. Porém, o que era suposto ser uma ocasião propícia a uma reaproximação familiar, acaba por transformar-se num terrível pesadelo quando Bryan assiste, impotente, ao rapto de Lenore. Agora, terá de encontrar uma maneira de encontrar a ex-mulher e salvá-la das mãos de um bando organizado de assassinos que está ali por vingança e que não tenciona render-se sem um ajuste de contas.
Com argumento de Luc Besson e Robert Mark Kamen, um "thriller" de acção, realizado por Olivier Megaton ("Transporter - Correio de Risco 3", "Colombiana"), que é a sequela do filme realizado, em 2008, por Pierre Morel. [cinecartaz.publico.pt]
“Possuída”
Sinopse:
Vagueando por uma venda de garagem organizada pelos vizinhos, a pequena Em (Natasha Calis) sente-se imediatamente atraída por uma velha caixa de madeira. Depois de convencer o pai a comprar o objecto, leva-o para casa e cria uma estranha obsessão por este. Clyde e Stephanie (Jeffrey Dean Morgan e Kyra Sedgwick), os seus pais, sentindo-se culpados pelo seu recente divórcio, começam por julgar que essa estranheza de comportamento se deve às dificuldades em aceitar a nova situação familiar. Porém, quando a criança se torna verdadeiramente agressiva, acabam por perceber que aquela mudança coincide com a chegada do misterioso objecto. É então que descobrem que a caixa foi criada para conter um espírito maligno e que, ao abri-la, a criança foi possuída por ele. Desesperados por ajudar a criança, depressa compreendem que a ciência não tem todas as respostas e que, neste caso, a ajuda pode estar para lá da simples razão.
Com Sam Raimi na equipa de produtores, um filme de terror realizada pelo dinamarquês Ole Bornedal ("O Vigilante da Noite"), baseado na história da caixa Dybbuk, que muitos alegam conter um espírito maligno com poderes de assombrar quem quer que a possua. [cinecartaz.publico.pt]
“[REC]3 Génesis”
Sinopse:
Todos os familiares e amigos de Koldo e Clara (Diego Martín e Leticia Dolera) estão reunidos para celebrar o seu amor numa enorme festa de casamento organizada numa mansão isolada. A festa é filmada por dois amigos que registam a alegria e felicidade dos noivos e de todos os convidados. Tudo parece correr segundo as expectativas até o tio do noivo ser atacado por aquilo que julgou tratar-se de um cão. No entanto, com o passar das horas, o velho senhor começa a mostrar alguns sinais de mal-estar que todos associam ao incidente. Até que, inesperadamente, começa a morder selvaticamente todos os outros convidados, que depressa acabam transformados em zombies canibais e sedentos de sangue. E assim, a festa fica transformada num enorme banho de sangue que a câmara continuará a filmar até que não restem sobreviventes...
Depois do sucesso de 2007 "[Rec]" (vencedor da 28.ª edição do Fantasporto) e da sua sequela em 2009, o espanhol Paco Plaza regressa agora a "solo" com uma terceira dose de terror claustrofóbico. [cinecartaz.publico.pt]
“Orquestra Geração”
Sinopse:
Nascido em 2007 por iniciativa conjunta da Escola de Música do Conservatório Nacional, Câmara Municipal da Amadora e Fundação Calouste Gulbenkian, com o apoio do programa EQUAL (Fundo Social Europeu), o projecto Orquestra Geração é centrado na acção e desenvolvimento social através da música e inspira-se no Sistema de Orquestras Infantiles e Juveniles de Venezuela. O seu programa tem como objectivo o desenvolvimento de orquestras infantis e juvenis em escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclo. Em Novembro de 2007, foi criado o primeiro núcleo na Escola Miguel Torga, na Amadora. Desde 2008, tem tido o apoio da Fundação EDP para a aquisição de instrumentos.
Os realizadores Filipa Reis e João Miller Guerra seguem o dia-a-dia de várias crianças e jovens inseridas no projecto, mostrando a maneira como as duas vidas são afectadas pela música. [cinecartaz.publico.pt]
As Luzes de Leonor, romance vencedor da escritora premiada, foi publicado pela Dom Quixote em 2011 e recentemente ganhou o prémio Dom Dinis.
Maria Teresa Horta ganha, pela segunda vez, o Prémio Máxima de Leitura, agora com o romance As Luzes de Leonor, inspirado na sua antepassada Leonor de Almeida Portugal, a 4.ª Marquesa de Alorna.
O livro, publicado em Maio de 2011 pela Dom Quixote, já vai na quinta edição e ganhou, recentemente, o Prémio Dom Dinis, que Maria Teresa da Horta recusou receber das mãos do primeiro ministro, Pedro Passos Coelho.
Esta semana, a escritora foi nomeada finalista para o Prémio Pen e para o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com a mesma obra. Em 2010, a escritora ganhou o Prémio Máxima Vida Literária com a obra Poesia Reunida.
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, em 1937, e frequentou a Faculdade de Letras. Para além de escritora e poetisa, colaborou com várias publicações enquanto jornalista e crítica literária.
Espelho Inicial (1970), Ema (1984) ou A Paixão Segundo Constança H. (1994) são algumas das suas obras. Em 2004, foi condecorada com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República à época, Jorge Sampaio. [publico.pt]
Valter Hugo Mãe e Gastão Cruz são os dois únicos escritores portugueses entre os 12 finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.
Nesta 10.ª edição, o Prémio distingue uma obra de poesia, uma de conto ou crónica e um romance, recebendo cada vencedor 50.000 reais, cerca de 20.000 euros. Entre os três vencedores, o júri atribuirá o Grande Prémio, também no valor de 50.000 reais.
Estimado(a) Leitor(a),
Cumpre-nos informar que por questões técnicas associadas ao Sistema de Informação, a biblioteca municipal estará encerrada, na segunda feira de manhã, dia 08 de Outubro, abrindo, ao público, às 14.00h.
Mais informamos que no mesmo dia, os serviços TIC (acesso internet, Office, impressões, digitalizações, etc) não estarão disponíveis.
Por tal facto, apresentamos as nossas desculpas.
Título: Uma vida de cão — biografia canina
Autor e ilustrador: James Barklee
Editora: Far Far Away Books
Sinopse: James Barklee, autor e ilustrador desta história, é um cão normal, que leva uma vida normal. Mas James está frustrado porque se sente o membro mais incompreendido da família. Está convencido que os seus donos não lhe prestam atenção p por causa do seu tamanho. E quando dão pela sua presença, é só para lhe ralharem. A sua história enternecedora vai direitinha ao coração dos leitores, que se identificarão com muitos dos sentimentos que ele partilha. A sua vida é uma sucessão de peripécias, tropelias e trapalhadas com um final feliz, porém, quando James percebe que possui na sua vida aquilo que realmente importa: o amor e o carinho dos seus donos.
David Fonseca (Leiria, 14 de Junho de 1973) é um músico, cantor e compositor português e toca vários instrumentos, incluindo violão e órgão. Reconhecido por sua bem sucedida carreira musical, como membro da Silence 4 e, desde 2003, como um artista solo. Além de escrever a maioria de suas obras, também é responsável pelo design gráfico das capas dos seus álbuns e direção de arte dos seus videoclips. Entre 2004 e 2006, fez parte do projeto-tributo Humanos. É um porta-voz activo para a Associação Fonográfica Portuguesa sobre a violação de direitos de autor. [ler mais]
David Fonseca edita segunda metade do álbum 'Seasons'
Seasons é o novo álbum de David Fonseca, editado este ano em duas partes: Rising, que saiu a 21 de Março, na primavera, e Falling, que sai agora, no início do outono.
A ideia do músico era condensar no dois discos as vivências de um ano, como se fosse uma espécie de diário musical, que se altera cronologicamente ao sabor das experiências diárias.
Falling apresentará 11 novos temas, entre os quais All that i wanted, It shall pass, interpretado com a cantora Luísa Sobral, Monday, Tuesday, Wednesday, Thursday, com a brasileira Mallu Magalhães, convidadas deste registo.
Mário Barreiros, baterista e produtor, que trabalhou com David Fonseca em alguns dos registos anteriores, volta a entrar em Falling, tocando bateriaem At Your Doore Heartbroken.
O concerto de apresentação de Seasons - agora que as duas partes do disco estão unidas - acontecerá no próximo dia 28, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, dando início a uma nova digressão pelo país.
Até dezembro David Fonseca tem prevista, para já, uma dezena de datas já marcadas, com passagem por Braga, Tomar, Portalegre, Famalicão, Ílhavo, Vila Real, Barreiro, Faro, Torres Vedras e Guimarães.
Esta digressão junta-se aos quase vinte concertos que David Fonseca deu desde Março, quando apresentou Rising, incluindo passagem por Espanha e pelo festival Rock in Rio Lisboa, onde atuou com a cantora brasileira Mallu Magalhães.
À margem da música, David Fonseca prossegue o interesse pela fotografia e inaugurará, na sexta-feira, a exposição As long as we have each other, na Casa dos Crivos, em Braga, no âmbito dos Encontros de Imagem na cidade.
A exposição apresenta fotografias que David Fonseca captou entre 2011 e 2012 «numa reflexão sobre os temas que apontam a direcção deste trabalho: a solidão, a viagem, o destino», refere os Encontros de Imagem em comunicado.
O músico, de 39 anos, tem quatro discos editados a solo: Sing me something new (2003), Our hearts will beat as one (2005), Dreams in colour (2007) e Between Waves (2009), além de um álbum ao vivo editado em 2008 e gravado no coliseu de Lisboa. [sol.sapo.pt]