"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]
Sexta-feira, 30 de Novembro de 2012
Autor da semana: Caballero Bonald

 

Filho de pai cubano e de mãe com ascendência francesa, José Manuel Caballero Bonald estudou Filosofia e Letras em Sevilha, entre 1949 e 1952. Em Cádis receberia ainda formação em náutica e astronomia. Por esta altura encetou a sua relação com a revista “Cántico”. A sua carreira descolou do outro lado do Atlântico, na América Latina, estreando-se como professor universitário em Bogotá, onde colaborou com Camilo José Cela e com o projecto do Instituto de Lexicografia da Real Academia Espanhola. [ler mais]

 

 

Caballero Bonald vence prémio Cervantes

 

O prémio Cervantes, considerado o Nobel da Literatura para escritores de língua castelhana, foi atribuído esta quinta-feira ao poeta, romancista, memorialista e crítico literário José Manuel Caballero Bonald, um dos grandes nomes da chamada “geração de50”, que se estreou no pós-guerra.

Com uma dotação financeira de 125 mil euros, o Cervantes é um prémio estatal atribuído ao conjunto da obra de um autor. Caballero Bonald, cuja escolha foi anunciada pelo ministro espanhol da Educação e Cultura, José Ignacio Wert, precisou de cinco votações sucessivas para afastar os outros 20 candidatos ao prémio deste ano. O  presidente do júri, Darío Villanueva, secretário-geral da Real Academia Espanhola,  considerou-o “um mestre no uso do idioma”, lembrou que o premiado começou pela poesia e “é um poeta que ainda não guardou a pluma”, e reconheceu que “a projecção ibero-americana” da sua obra contribuiu para a decisão do júri.

Nascido em Jerez dela Fronteraem 1926, de pai cubano e mãe com ascendência francesa, Caballero Bonald era ainda adolescente quando rebentou a guerra civil. Terminado o conflito, foi estudar náutica e astronomia para Cádiz em meados dos anos 1940, e já nessa época começou a escrever os seus primeiros poemas. Em 1949, vai para Sevilha estudar Letras e Filosofia e no ano seguinte o seu poema Mendigo vale-lhe o prémio de poesia Platero, o primeiro de uma longa série de prémios literários, agora coroada como o Cervantes.

Publicou o seu primeiro livro de poemas (Las Adivinaciones) em 1952, e só dez anos mais tarde, em 1962, se estreou como ficcionista, com Dos Dias de Setiembre. Nesses primeiros anos da década de 1960 viveu em Bogotá, na Colômbia, ensinando literatura, e colaborou com García Márquez na revistaMito.

Regressou a Espanha em 1963, tendo sido sempre um activo opositor ao regime franquista. À obra de poeta e ficcionista, e à sua vasta produção ensaística, acrescentou, em anos mais recentes, uma vocação memorialística, com títulos como Tiempo de Guerras Perdidas (1995) ou La Costumbrede Vivir (2001).

Patrono da Fundação Caballero Bonald, criada em 1998, o poeta já recebera os mais importantes galardões literários espanhóis, e só lhe faltava mesmo o Cervantes. A aproximar-se dos 90 anos, tem continuado a publicar regularmente, mas garante agora que, depois de Entreguerras – uma espécie de ambiciosa autobiografia poética, constituída por um só poema de quase três mil versos, lançada já este ano –, tenciona pousar definitivamente a pena.

Muito popular em Espanha e na América Latina, Caballero Bonald não é especialmente conhecido em Portugal, ainda que haja poemas seus traduzidos pelo incansável divulgador da lírica espanhola que é José Bento. Mas está longe de ter a notoriedade de outros poetas da geração de 1950, como Antonio Gamoneda, Jaime Gil de Biedma, Claudio Rodríguez ou José Angel Valente. No entanto, a nova geração de leitores de poesia parece não o ter esquecido. Começam a aparecer, na Internet, traduções recentes de alguns dos seus poemas, e é sugestivo que um dos mais interessantes novíssimos poetas portugueses, Diogo Vaz Pinto, nascido em 1985, tenha incluído, no seu livroBastardo (Averno, 2012), uma epígrafe retirada do poema Argumento dela Mirada, de Caballero Bonald: “El único argumento es ya el de la mirada”. [publico.pt]

  



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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Mais um dia feliz” de  Sam Levinson com Ellen BarkinEllen BurstynDemi Moore e Ezra Miller; “Cloud Atlas” de Tom TykwerAndy Wachowski e Lana Wachowski com Tom HanksHalle BerryHugh Grant; “A minha canção de amor” de Olivier Dahan com Renée Zellweger, Madeline Zima e Forest Whitaker; “Mata-os Suavemente” de Andrew Dominik com Brad PittRay LiottaRichard Jenkins; Neds - Jovens Delinquentes de Peter Mullan com Conor McCarron, Greg Forrest e Joe Szula; “A Origem dos Guardiões” de Peter Ramsey com as vozes de Hugh JackmanAlec BaldwinIsla Fisher.

 

“Mais um dia feliz”

Sinopse:

Lynn e Paul (Ellen Barkin e Thomas Haden Church) são divorciados. Ele assumiu a custódia de Dylan (Michael Nardelli), o filho mais velho; ela, de Alice, Elliot e Ben (Kate Bosworth, Ezra Miller e Daniel Yelsky). Quando Dylan decide casar, a mãe mete-se a caminho até Maryland e segue viagem com os mais novos. E agora, perante uma reunião forçada com a sua família desmembrada e conflituosa, Lynn tem ainda de encarar o ex-marido, a sua extravagante segunda esposa (Demi Moore) e a própria mãe (Ellen Burstyn), que a culpa de todos os problemas. Chegada ao destino, quase sem conseguir respirar, rapidamente se sente à beira de um esgotamento nervoso...
Um filme dramático do realizador e argumentista Sam Levinson ("Bandidos", "Pânico em Hollywood"). [cinecartaz.publico.pt]

 

“Cloud Atlas”

Sinopse:

Uma história de amor que se desdobra em vários lugares no tempo, durante um período de 500 anos. Personagens conhecem-se, separam-se e voltam a reunir-se em vários ciclos de nascimento e morte. Todas as suas acções e escolhas se interligam e vão ter implicações no passado, presente e futuro. Uma alma é moldada a partir de um assassino e transformada em herói. Cadagesto de bondade é replicado através dos séculos até se tornar em algo inesperado que pode inspirar revoluções, independentemente do espaço ou do tempo, seja no século XIX ou num futuro longínquo.
Dos aclamados realizadores Lana e Andy Wachowski (saga "Matrix") e Tom Tykwer ("Corre, Lola, Corre", "Heaven - Por Amor"), chega-nos um épico inspirado no best-seller do escritor inglês David Mitchell, publicado em 2004. O filme conta ainda com Tom Hanks, Halle Berry e Hugh Grant como protagonistas. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A minha canção de amor”

Sinopse:

Jean (Renée Zellweger) é uma ex-cantora que vive amargurada desde o acidente que a deixou presa a uma cadeira de rodas, sete anos antes. Joey (Forest Whitaker), o seu melhor amigo, é um homem puro que fala com fantasmas e anjos. Quando ele sabe que o seu autor preferido vai dar uma conferência em Nova Orleães, convence-a a percorrer mais de mil quilómetros até lá. É então que, juntos, farão uma longa e decisiva viagem que servirá não apenas para curar algumas das suas feridas mais profundas, como também para reinventar a maneira como ambos se vêem um ao outro. De caminho ela ainda escreverá a mais bela canção de amor de toda a sua vida...
Um filme dramático em jeito de "road movie" com argumento e realização do francês Olivier Dahan ("Os Anjos do Apocalipse", "La Vie en Rose"). [cinecartaz.publico.pt]

 

“Mata-os Suavemente”

Sinopse:

Jackie Cogan é um detective contratado pela máfia para investigar um assalto de milhões a um jogo de póquer que causou o colapso da economia criminal da cidade. Mas entre bandidos hesitantes, assassinos a soldo e aqueles que instigaram o golpe, vai ser difícil manter o controlo sobre a situação. Agora, ele terá de conhecer todos os ardis e, numa corrida contra o tempo, solucionar o mistério e, talvez, salvar a sua própria pele.
Inspirado na novela de George Vincent Higgins, com realização e argumento do neozelandês Andrew Dominik ("O Assassínio de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford"), um "thriller" de acção que conta com um elenco de luxo: Brad Pitt, James Gandolfini, Ray Liotta, Sam Shepard, Richard Jenkins, Ben Mendelsohn, entre outros. [cinecartaz.publico.pt]

 

Neds - Jovens Delinquentes

Sinopse:

1973. Glasgow, Escócia. No limiar da adolescência, John McGill (Conor McCarron) está prestes a iniciar o ensino secundário. Apesar da sua inteligência fora do comum, as probabilidades de progredir na vida estão contra ele: oriundo de uma família disfuncional e pobre, com um pai alcoólico e violento e um irmão constantemente a infringir a lei, o futuro não parece ter muito a oferecer. Assim, com as circunstâncias contra si, John vai fazer um longo percurso que o levará por estradas tortuosas que quase o levarão à perdição.
Com argumento e realização de Peter Mullan ("Órfãos" e "As Irmãs de Maria Madalena"), um filme dramático sobre as dificuldades por que passaram os jovens oriundos das classes trabalhadoras escocesa daquela geração. "Jovens Delinquentes" foi o filme vencedor da Concha de Ouro no Festival de San Sebastián de 2010. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A Origem dos Guardiões”

Sinopse:

Os guardiões são seres imortais cuja função é proteger as crianças do Mal, preservando a sua inocência, esperança e capacidade de sonhar. Eles trazem a alegria e os sonhos aos seus corações e, enquanto elas acreditarem no poder das artes mágicas, estarão protegidas. Porém, quando o terrível Pitch (Jude Law), um poderoso espírito maligno, decide aparecer e fazer o medo penetrar em todos os corações humanos, a doce Fada dos Dentes (Isla Fisher), o imperturbável Coelhinhomelo (Hugh Jackman), o impetuoso Norte (Alec Baldwin), o destemido Jack Gelado (Chris Pine) e o sábio Sandman decidem unir as suas forças e enfrentarem o combate das suas vidas.
Realizado por Peter Ramsey e produzido pelos DreamWorks Animation, um filme de animação em 3D baseadoem The Guardians of Childhood, a série juvenil em 13 volumes escrito pelo escritor, ilustrador e realizador William Joyce. [cinecartaz.publico.pt]



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Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012
Na mesa dos poetas

Marquesa de Alorna 

D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre

 

Esperanças de um vão contentamento,
por meu mal tantos anos conservadas,
é tempo de perder-vos, já que ousadas
abusastes de um longo sofrimento.

Fugi; cá ficará meu pensamento
meditando nas horas malogradas,
e das tristes, presentes e passadas,
farei para as futuras argumento.

Já não me iludirá um doce engano,
que trocarei ligeiras fantasias
em pesadas razões do desengano.

E tu, sacra Virtude, que anuncias,
a quem te logra, o gosto soberano,
vem dominar o resto dos meus dias.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Valter Hugo Mãe é o grande vencedor do Prémio Portugal Telecom 2012

 

O romancista Valter Hugo Mãe, o poeta Nuno Ramos e o contista Dalton Trevisan são os vencedores da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, que foi anunciado em S. Paulo, nesta segunda-feira à noite.

Valter Hugo Mãe é o grande vencedor da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor português recebeu esta noite numa cerimónia que decorreu no Auditório Ibirapuera, em S. Paulo, no Brasil, o prémio na categoria de melhor romance com a A Máquina de Fazer Espanhóis e também foi o vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012.

"Muito obrigado. É uma honra ser finalista com todos esses escritores com quem fui finalista, estava convencido que Bernardo Kucinski [académico brasileiro que escreveu K., um primeiro romance que se passa na época da ditadura e que recebeu uma menção honrosa] ia ganhar", disse o escritor português, emocionado quando recebeu o prémio de melhor romance das mãos do vice-presidente da PT Brasil, Abílio Martins.

Mais tarde voltou ao palco para receber o grande prémio da noite. "Tenho de falar devagar para não me comover. Cresci a escrever muito, mas não achava que ser escritor era algo que eu pudesse ser. Agradeço que subitamente eu possa estar mais perto de vocês, mas se calhar mais perto de mim", disse o escritor.

Também eram finalistas na categoria de romance o brasileiro Michel Laub, com Diário da Queda (que irá ser publicado em Portugal pela Tinta da China no próximo ano) e o brasileiro de ascendência argentina, Julián Fuks, com Procura do Romance.

O artista brasileiro multimédia Nuno Ramos venceu a categoria de poesia com a obra Junco. O escritor, que já foi vencedor do Prémio Portugal Telecom 2009 com Ó, agradeceu à mulher, Sandra, que fez os desenhos deste livro, "uma espécie de cena original de tudo o que ele faz". Na categoria de poesia concorriam ao prémio o poeta português Gastão Cruz, com o livro Escarpas e Zulmira Ribeiro Tavares (Vesúvio), e ainda jovem poeta mineira Ana Martins Marques (Da Arte das Armadilhas).

O Prémio Camões 2012, o escritor brasileiro Dalton Trevisan, vencedor das edições de 2003 e 2007 do Prémio Portugal Telecom e que este ano concorreu com o livro de contos O Anão e a Ninfeta, foi o vencedor na categoria de conto e de crónica. O escritor, que não se deixa fotografar desde os anos 60 e vive isolado em Curitiba, não esteve no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, mas enviou a representante da editora Record. Além de Dalton Trevisan, eram candidatos os brasileiros Sérgio Sant’Anna que recebeu o prémio em 2004, com O Livro de Praga; João Anzanello Carrascoza, com Amores Mínimos; e Evando Nascimento, com Cantos do Mundo.

A cerimónia, que decorreu no auditório no edifício projectado pelo arquitecto Oscar Niemeyer, teve apresentação do cantor e músico Arnaldo Antunes (ex-Titãs) e da actriz brasileira Maria Fernanda Cândido e foram recordadas as várias obras premiadas ao longo dos dez anos do galardão.

O valor atribuído aos vencedores de cada categoria é de 50 mil reais (18.500 euros), o mesmo valor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012. [publico.pt]


Títulos disponiveis na biblioteca municipal.



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Sugestão de leituras

 

Título: Rita

Autor: Rachel Chaundler

Ilustradora: Bernardo Carvalho

Editora: Oqo

Sinopse: O bosque tropical está cheio de perigos, mas Rita, a borboleta, é muito atrevida e não tem medo a nada. Um dia, aproxima-se dos elefantes que chapinham na água e vê-se enredada numa situação que não consegue dominar. Rita pede ajuda, mas ninguém pode fazê-lo. Finalmente, a situação resolver-se-á graças à colaboração de um personagem inesperado... É complicado seguir os conselhos de cautela e atenção para uma borboleta intrépida e aventureira... Por sorte, haverá sempre alguém disposto a dar-nos a mão para superar as dificuldades e, também, o apoio incondicional e a compreensão da mãe.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012
Músico da semana: Ana Moura

 

Ana Moura nasceu em Santarém e cresceu num núcleo familiar em que todos cantavam em reuniões e acontecimentos particulares. Cedo desenvolveu gosto por vários estilos musicais, mas o fado foi sempre uma presença constante. [ler mais]

 

 

 

Ana Moura abre novo ciclo na carreira com 'Desfado'

 

 

Ana Moura afirmou que o novo álbum, Desfado, é um «reflexo da carreira e das parcerias que tem feito», levando-a a «explorar» novas áreas, com o fado «arrumado», liberdade que até lhe permitiu cantar três temas em inglês.

«Não é uma negação do fado, eu gosto de cantar fado e não me sinto bem sem o cantar - é um percurso de carreira, quis explorar novas áreas, reflexo das parcerias que tenho feito, e tenho descoberto características em mim que desconhecia», disse a intérprete, em entrevista à agência Lusa.

A «renovação» da intérprete estende-se à equipa de músicos e à produção. Pela primeira vez na sua carreira discográfica, já com quatro álbuns de estúdio, não é o músico Jorge Fernando que assume os comandos da produção, mas sim Larry Klein, que também já trabalhou com a cantora e compositora de origem canadiana Joni Mitchell e com o pianista norte-americano de Jazz Herbie Hancock, dois nomes que também participam no disco.

Larry Klien antes de iniciar o trabalho de produção «esteve duas semanas em Portugal, ouviu de tudo, do fado à música tradicional e de intervenção, andou por Lisboa e informou-se».

O álbum foi gravado na Califórnia, o que agradou a Ana Moura, pois «implicou um empenho e focalização a 100 por cento no que se estava a fazer».

«Nós saíamos do estúdio e íamos para casa ouvir o que tínhamos gravado, e regressávamos no outro dia para gravar mais. Foi muito intenso, mas não permitiu outras distracções, estávamos focados apenas no disco», afirmou.

Com Ana Moura gravaram Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, Pedro Soares, na viola, Dean Parks, na guitarra clássica, David Piltch, no baixo, e Freddy Kdella, no violino, no tema Thank you, de autoria de David Poe.

Tim Ries, com o qual a intérprete já trabalhou no Rolling Stones Project, e Herbie Hancock, são os músicos convidados.

A fadista é fã do pianista que acompanhou lendas do jazz como Miles Davis, vencedor de mais de dezena e meia de Grammies, de quem Ana Moura colecciona os discos de vinil. O seu managersabendo desse facto, preparou-lhe a surpresa de o músico participar no CD.

«Curiosamente, quando se fez o contacto com o Herbie [Hancock] ele aceitou de imediato pois, segundo disse, naquela altura, em casa só ouvia duas cantoras, e uma delas, era eu».

Hancock participa no tema: Dream of fire.

Para a fadista, que dedicou «mais cuidado e atenção» à produção deste disco, Desfado marca a sua «independência».

«Sinto-me livre, forte e independente, e são sensações muito novas para mim; estou a querer explorá-las e não estou a deixar que o medo me impeça de fazer aquilo que quero», salientou a intérprete.

«Não estou aqui a inventar nada, nem digo que isto é um novo fado», advertiu a fadista.

«O disco tem fado tradicional e tem outras coisas diferentes», rematou Ana Moura, que, em 2008, recebeu o Prémio Amália para Melhor Intérprete.

Entre os autores conta-se ainda Joni Mitchell, que a Rolling Stone já incluiu na lista dos melhores intérpretes folk de todos os tempos. Da criadora de Circle game, que foi um dos nomes do Woodstock e tocou com músicos tão distintos como o contrabaixista Charlie Mingus ou o guitarrista Jaco Pastorius, Ana Moura interpreta A case of you.

O disco inclui ainda canções de autores como Pedro Abrunhosa, Mário Raínho ou Miguel Araújo Jorge entre novas composições e músicas tradicionais como o Fado Macau ou o Fado Primavera.

Sobre a diversidade aparente do repertório, a fadista atestou: «É a minha voz o que unifica todos estes autores e estilos diferentes».

Ana Moura integra também a equipa autoral, e assina a música deDream of Fire, letra de um autor amigo da fadista, que quer manter o anonimato.

Desfado, que é editado na segunda-feira pela Universal Music, é composto por 17 temas. Pedro da Silva Martins é o único autor que assina dois - a letra e música de Desfado, que abre o CD, eHavemos de acordar, que conta com a participação de Tim Ries.

Entre os diferentes temas, a intérprete referiu O espelho de Alice, de Nuno Miguel Guedes, que canta na música do Fado Santa Luzia, de Armando Machado.

«O poema espelha precisamente aquilo que sinto neste momento: o final de um ciclo em que carrego as alegrias e os erros, e o começo de outro, tendo a noção de que não serei como dantes», declarou à Lusa. [sol.sapo.pt]

 

 

 

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Sábado, 24 de Novembro de 2012
"Adeus, minha Rainha" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 24 de novembro, pelas 21.30h, o filme "Adeus, minha Rainha" de Benoît Jacquot.

 



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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2012
Autor da semana: Inês Pedrosa

 

Inês Margarida Pereira Pedrosa (Coimbra, Sé Nova, 15 de agosto de 1962) é uma jornalista e escritora portuguesa.

Publicou o seu primeiro texto na revista Crónica Feminina, tinha apenas catorze anos. Aos vinte e dois licenciou-se em Ciências da Comunicação, na Universidade Nova de Lisboa. Estreou-se como jornalista profissional em 1983, na redacção de O Jornal (actual revista Visão). No ano seguinte, a convite de António Mega Ferreira, passou para a redacção do Jornal de Letras, Artes e Ideias, que abandonou para integrar a equipa fundadora d' O Independente, então dirigido por Paulo Portas. Foi ainda redactora da LER e do semanário Expresso, em cuja revista Única manteve a Crónica Feminina até Fevereiro de 2011. É, desde então, cronista do semanário "Sol" onde assina a coluna "Fora de Órbita". Foi directora da revista Marie Claire em Portugal, de 1993 a 1996. É directora da Casa Fernando Pessoa, desde Fevereiro de 2008. [ler mais]

 

Inês Pedrosa tem novo romance

[JÁ DISPONÍVEL NA BIBLIOTECA MUNICIPAL]

 

 

 

 

 

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal



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Quinta-feira, 22 de Novembro de 2012
Estreias - cinema

Estreiam, hoje, os filmes: As Voltas da Vida de Robert Lorenz com Clint EastwoodAmy AdamsJohn Goodman; “Operação Outono” de Bruno de Almeida com John Ventimiglia, Diogo Dória e Nuno Lopes; “As vantagens de ser invisível” de Stephen Chbosky com Logan Lerman, Ezra Miller e Emma Watson; “Ensaio” de Dinis Costa com Nuno Gil, Miguel Nunes e Cátia Tomé; “Fim de turno” de David Ayer com Jake GyllenhaalMichael Peña e Anna Kendrick; “Não olhes para trás” de Marina de Van com Sophie Marceau, Monica Bellucci e Andrea Di Stefano; “Um ritmo perfeito” de Jason Moore com Anna Kendrick, Brittany Snow e Rebel Wilson; “Silent Hill – Revelação” de Michael J. Bassett com Adelaide Clemens, Kit Harington e Sean Bean; o documentário “A Oeste de Memphis” de Amy Berg com Jason Baldwin, Damien Echols Wayne e Jessie Misskelley.

 

“As Voltas da Vida”

Sinopse:

Depois de uma vida dedicada ao basebol como olheiro, Gus Lobel sente a perda de algumas faculdades resultantes do avançar da idade. Com a direcção do Atlanta Braves a questionar as suas capacidades, é-lhe dada uma última oportunidade de provar o seu valor antes da reforma. Agora, a única pessoa em quem ele pode confiar é Mickey, a sua única filha, com quem sempre teve graves problemas de comunicação. Vinte anos antes, após o trágico falecimento da mulher, Gus, sentindo-se incapaz de cuidar de uma criança, enviou-a para casa de uma tia, que se responsabilizou pela sua educação. Ressentida, a rapariga cresceu com vontade de singrar, tornando-se numa das mais bem-sucedidas advogadas de Atlanta. Agora, percebendo as dificuldades com que o pai se debate, junta-se ao progenitor na sua última viagem à Carolina do Norte numa tentativa de encontrar a nova estrela da equipa. Forçados a uma intimidade inesperada, os dois vão reinventar uma cumplicidade que renovará o amor de ambos. [cinecartaz.publico.pt]

“Operação Outono”

Sinopse:

"Operação Outono" foi o nome de código dado à operação levada a cabo pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) com o objectivo claro de assassinar o general Humberto Delgado. A operação, bem-sucedida, culminou com a sua morte a 13 de Fevereiro de 1965, na herdade de Los Almerines, próximo da ribeira de Olivença, no limite jurídico entre Portugal e Espanha. A acção do filme decorre entre Portugal, Espanha, Argélia, Marrocos, França e Itália entre os anos 1964 e 1981, desde a preparação da operação até ao caso em tribunal, já depois da revolução de Abril. Através do uso de algumas imagens de arquivo, Bruno de Almeida ("The Lovebirds") realiza um "thriller" político tendo como base o livro "Humberto Delgado, Biografia do General Sem Medo", de Frederico Delgado Rosa, neto do general, onde são reveladas novas pistas sobre o assassínio de um homem que se tornou num dos ícones pela liberdade e contra a ditadura de Salazar. Produzido por Paulo Branco, conta ainda com a participação dos actores John Marcello Urgeghe, João d'Ávila, Nuno Lopes, Pedro Efe, Diogo Dória, Luís Lima Barreto, Adriano Carvalho, José Nascimento, Ana Padrão, Cleia Almeida, Carla Chambel e Camané.[cinecartaz.publico.pt]

 

“As vantagens de ser invisível”

Sinopse:

Apesar da sua inteligência fora do comum, Charlie (Logan Lerman) tem uma enorme dificuldade em se relacionar com os seus pares. Porém, este início de ano lectivo, está decidido a mudar e a criar laços, mesmo que tenha de lutar contra os seus receios mais profundos. E é assim que conhece Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller), duas pessoas alegres, extrovertidas e com um gosto esfuziante pela vida. Juntos, vão desabrochar para o mundo dos adultos, seguindo o caminho da amizade, do amor e da descoberta da sexualidade.
Com argumento e realização de Stephen Chbosky, "As Vantagens de Ser Invisível " é baseado no aclamado romance homónimo, escrito pelo próprio realizador e editado em 1999 pela MTV. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Ensaio”

Sinopse:

Um filme de 25 minutos que conta a história de João, Rita e Marco (Miguel Nunes, Cátia Tomé e Nuno Gil), três actores esquecidos, entre a realidade e a ficção que tentam desvendar quem realmente se encontra por detrás dos papéis que interpretam.
Realizada por Dinis M. Costa, "Ensaio" é a primeira curta-metragem a entrar no circuito cinematográfico português sem estar acoplada a uma longa. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Fim de turno”

Sinopse:

Todos os dias os agentes Brian Taylor e Mike Zavala (Jake Gyllenhaal e Michael Peña) patrulham as perigosas ruas de Los Angeles. Com o objectivo de criar um projecto pessoal, Taylor decide filmar o seu dia-a-dia, registando tudo o que acontece à sua volta, desde as cenas policiais em que participam até aos momentos de maior intimidade das suas vidas pessoais. Tudo parece correr-lhes de feição até uma rusga os tornar no alvo de um dos mais perigosos cartéis de droga da cidade. A partir daquele momento, as suas vidas, até então relativamente calmas, jamais conhecerão a paz....
Com realização e argumento de David Ayer (escrito em seis dias), um filme dramático em estilo de "found footage" que tenta mostrar aos espectadores uma outra abordagem da actividade da polícia de uma cidade problemática. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Não olhes para trás”

Sinopse:

Jeanne (Sophie Marceau) é uma escritora de sucesso com dois filhos e um casamento feliz. Certo dia propõe ao seu editor a publicação de uma autobiografia sobre a sua infância, algo que, para sua surpresa, lhe é recusado. A partir daquele momento, e sem qualquer explicação lógica, começa a aperceber-se de mudanças graduais ao seu redor: em sua casa, na sua família e até no seu próprio corpo. Desesperada, e embora todos lhe digam que nada mais é do que o resultado de excesso de trabalho, sente que algo de muito profundo e perturbador lhe está a acontecer. Certo dia, de visita a casa da mãe, encontra uma fotografia que a vai deixar ainda mais inquieta. Naquele instante percebe que, para compreender a sua história tem de partir rumo a Itália, em busca da mulher que viu fotografia. Lá chegada, transformada numa outra pessoa (Monica Belucci), vai descobrir o estranho segredo que esconde a sua identidade.
Em competição na edição de 2009 do Festival de Cannes, um filme dramático sobre a identidade e a memória, escrito e realizado por Marina de Van. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Um ritmo perfeito”

Sinopse:

Caloira na Universidade de Barden, Beca é levada a juntar-se ao grupo de raparigas que formam um coro a cappella. E as Barden Bellas têm um desafio pela frente: arrasar os rapazes que formam o coro masculino. E, assim, a rebelde Beca vê nestas novas - e indesejadas - amizades uma oportunidade para se aproximar de Jesse. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Silent Hill – Revelação”

Sinopse:

Heather (Adelaide Clemens) tem 18 anos e desde a morte da mãe que apenas com Harry (Sean Bean), o seu pai. Habituada a não ter um lugar fixo a que chame lar, sabe que não demorará muito até o progenitor decidir mudar de cidade, ameaçado por algo que ela nunca chegou a compreender. Ao acordar aterrorizada com o pesadelo recorrente que a persegue desde a infância, vai para a escola desejando que tudo retorne à normalidade. Porém, de regresso a casa, descobre que o pai está desaparecido e que alguém quer que ela siga uma misteriosa pista ligada aos pesadelos: Silent Hill. Decidida a encontrar o pai a qualquer custo, Heather aceita a ajuda do seu novo amigo Vincent (Kit Harington) e segue aquele rasto. Lá chegados, parecem entrar numa realidade paralela e Heather compreende a razão daquele apelo: ela foi a escolhida para salvar a cidade de um demónio que, muitos anos antes, a tomou.
Realizado por Michael J. Bassett ("O Olhar da Morte" "Solomon Kane"), a sequela de "A Maldição do Vale", realizado por Christophe Gans em 2006, e baseado no conhecido videojogo com o mesmo nome. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A Oeste de Memphis”

Sinopse:

Em 1993, três rapazes de oito anos foram encontrados assassinados na cidade de West Memphis, no estado do Arkansas, EUA. O crime, com requintes de crueldade, foi na altura associado a práticas satânicas e rapidamente encontrados os supostos culpados. Com base em provas circunstanciais, Damien Echols foi condenado à morte por injecção letal e Jessie Misskelley e Jason Baldwin condenados a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Em 2007, quase duas décadas depois, novas provas forenses puseram em causa todo o processo de acusação. E assim, após 18 anos e 78 dias de cárcere, os três foram libertados.
Realizado por Amy Berg ("Livrai-nos do Mal") e produzido por Peter Jackson e Fran Walsh, um documentário sobre a falha da justiça do estado de Arkansas e a luta obstinada de várias pessoas por justiça, que marcou história dos tribunais americanos e originou uma enorme onda de protestos. Johnny Depp, Eddie Vedder, Henry Rollins, entre outros, apoiaram publicamente esta causa na defesa dos três jovens acusados de um crime que nunca chegou a ser resolvido. [cinecartaz.publico.pt]



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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012
Na mesa dos poetas

Marquesa de Alorna 

D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre

 

Sozinha no bosque
com meus pensamentos.
calei as saudades,
fiz trégua aos tormentos.

Olhei para a Lua,
que as sombras rasgava,
nas trémulas águas
seus raios soltava.

Naquela torrente
que vai despedida,
encontro, assustada,
a imagem da vida.

Do peito, em que as dores
já iam cessar,
revoa a tristeza,
e torno a pensar.

 

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Terça-feira, 20 de Novembro de 2012
Sugestão de leituras

 

Título: O Bicharoco Que Era Oco

Autor: Ana Ventura

Ilustradora: Carla Pott

Editora: Pena Azul

Sinopse:

Eis a primeira grande aventura deste bicharoco que quer deixar de ser oco. Para isso, vai ter de tomar decisões muito importantes e vamos vê-lo escolher as cores que vai ter, o que comer, onde viver e no fim... Surpresa! Uma "história de encontrar" deliciosamente ilustrada. Para encantar pequenos e grandes.

 

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Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012
Músico da semana: Rui Veloso

 

  

Rui Manuel Gaudêncio Veloso (Lisboa, 30 de Julho de 1957) é um músico português.

Cantor, compositor e guitarrista, começou a tocar harmónica aos seis anos. Mais tarde deixar-se-ia influenciar por B.B. King e Eric Clapton, e lançou, com vinte e três anos, o álbum que o projectou no panorama da música nacional, Ar de Rock. Dele fazia parte a faixa Chico Fininho, um dos maiores sucessos da obra de Rui Veloso e de Carlos Tê, seu letrista.

Entre os seus restantes sucessos fazem parte Porto Sentido, Não Há Estrelas No Céu, Sei de Uma Camponesa, A Paixão (Segundo Nicolau da Viola) e Porto Covo. [ler mais]

 

 

 

 

Novo álbum de Rui Veloso

 

O novo álbum de Rui Veloso, que está de regresso com "Rui Veloso e Amigos", um disco de colaborações em que o músico revisita temas menos conhecidos da sua já longa carreira.

Desde 2005, em que gravou "A Espuma das Canções", que Rui Veloso não editava um disco de estúdio. "Rui Veloso e Amigos" conta com a participação de nomes como Jorge Palma, Camané, Expensive Soul, Maria João e Mário Laginha, Luís Represas ou Carlos do Carmo, e estará nas lojas a 26 de Novembro.

Rui Veloso e Amigos" terá também uma edição especial, que inclui um DVD com o documentário "Os Amigos", que retrata os momentos da gravação do disco. [jn.pt]

 

 

  

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Sábado, 17 de Novembro de 2012
Ante estreia: "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 17 de novembro, pelas 21.30h, em ante estreia, o filme "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" de Beto Brant e Renato Ciasca.





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Sexta-feira, 16 de Novembro de 2012
Autor da semana: Helena Sacadura Cabral

 

Helena Aires Trindade de Sacadura Cabral (Lisboa, São Jorge de Arroios, 7 de Dezembro de 1934) é uma economista, jornalista e escritora portuguesa.

Filha de Zeferino de Sacadura Freire Cabral (Guarda, Sé, 14/15 de Novembro de 1894/5), licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, advogado, e de sua mulher (casados a 21 de Abril de 1928) Ivone Marinho Aires da Silva Trindade (Beja, Santa Maria da Feira, 11 de Maio de 1910), é irmã do diplomata Sérgio de Sacadura Cabral e sobrinha do comandante e aviador Artur de Sacadura Freire Cabral, do lado paterno. Recebeu uma educação tradicionalista e prosseguiu estudos universitários, contra a vontade do seu pai. Licenciada em Economia, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, foi a primeira mulher portuguesa a ser admitida no Banco de Portugal. [ler mais]

 

«Os Nove Magníficos» segundo Helena Sacadura Cabral

 

 

Helena Sacadura Cabral revela em «Os Nove Magníficos», editado pela Esfera dos Livros, os reis portugueses que «irradiaram, no seu tempo, uma luz que, definitivamente, os distinguiu dos simples mortais».

«Todos eles foram reis de Portugal. E irradiaram, no seu tempo, uma luz que, definitivamente, os distinguiu dos simples mortais. Corajoso e ambicioso, D. Afonso Henriques deixou-nos como herança as raízes de um dos mais antigos reinos da Europa depois de 57 anos no poder. Já D. Dinis criou e desenvolveu o país em termos culturais, económicos e administrativos. Mais do que um guerreiro, o sexto rei de Portugal, foi um administrador. Muitas vezes somos levados na vida pela força das circunstâncias e do contexto que nos envolve. Disso são bons exemplos D. João I, que certamente não imaginaria o protagonismo que a História o obrigou a ter, e outro D. João, que nasceu duque e morreria, depois de pôr fim ao domínio filipino, como D. João IV. Sagaz, astuto, cruel, dotado de uma enorme força de vontade, D. João II foi um homem à frente do seu tempo. Tinha um plano para Portugal, que o levaria além-mar e cumpriu-o, à risca. O senhor que se lhe seguiu, D. Manuel foi um continuador dos planos gizados, mas também um soberano extraordinário que nos conduziu à Índia e nos tornou numa monarquia a ter em conta no xadrez político europeu. Já D. José I, cognominado o Reformador, viu o seu reinado marcado por dois acontecimentos que permanecem na memória coletiva de todos nós: O terramoto de 1755 e o processo dos Távora. Na sua sombra ou à sua frente estava o poderoso Marquês de Pombal. Já D. João VI irá protagonizar um dos episódios caricatos da nossa História, com a fuga da corte para o Brasil. Finalmente, D. Carlos herda um reino em tensão e, não conseguindo apaziguar os ânimos do povo, é assassinado e com ele morrerá o regime monárquicoem Portugal. Helena SacaduraCabral traz-nos o retrato de nove reis de Portugal, com o objetivo de descobrir quem foram as pessoas que se esconderam por detrás das personagens que a vida encarregou de colocar, ao longo dos séculos, como governantes da nossa gente. Nem todos terão correspondido ao que hoje consideramos ser o conceito de magnificência.» [diariodigital.pt]

 

 

  

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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012
Estreias - cinema

Estreiam, hoje, os filmes: “A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2” de Bill Condon com Kristen StewartRobert Pattinson e Taylor Lautner; “À Lei da Bala” de Tony Krantz com Antonio BanderasThomas KretschmannWilliam Fichtner; “Deste Lado da Ressurreição” de Joaquim Sapinho com Joana Barata , Pedro Sousa e João Cardoso; “O Substituto” de Tony Kaye com Adrien Brody, Christina Hendricks e Marcia Gay Harden; “Está no ar!” de Pierre Pinaud com Karin ViardNicolas DuvauchelleNadia Barentin.

 

 

“A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2”

Sinopse:

Depois de todas as adversidades, Bella Swan e Edward Cullen (Kristen Stewart e Robert Pattinson) casam-se e consumam o seu amor. Algumas semanas depois, Bella descobre que está grávida da pequena Renesmee (Mackenzie Foy), uma criatura híbrida. Depois de alguns percalços, que todos acabam por superar, os três vivem serenamente em família, felizes como nunca antes imaginaram possível. Bella encontra finalmente o seu lugar no mundo na sua pele de vampira e o seu extraordinário autocontrolo deslumbra todos os seus companheiros. Porém, algo inesperado ameaça ruir o que eles conquistaram: o grupo dos Volturi, convencido de que Renesmee é uma perigosa imortal, decide que ela tem de ser destruída. Mesmo que, para isso, tenham de eliminar o clã Cullen. Agora, para sobreviver, eles vão ter de unir forças aos lobisomens, outrora seus inimigos ancestrais, numa nova batalha pela sobrevivência...
Após o fenómeno de popularidade dos filmes "Crepúsculo" (2008), "Lua Nova" (2009) e "Eclipse" (2010) e "A Saga Twilight: Amanhecer Parte 1" (2011), chega finalmente ao grande ecrã a segunda e última parte do quarto volume de "Luz e Escuridão", de Stephenie Meyer, mais uma vez com Bill Condon na realização. [cinecartaz.publico.pt]

 

“À Lei da Bala”

 

Sinopse:

Ned Cruz, detective particular de Los Angeles, é contratado para descobrir o rasto de uma mulher e os 30 milhões de dólares em diamantes que ela escondeu. Para isso começa a seguir várias pistas que o acabam por levar ao deserto do Novo México. Porém, o trabalho torna-se verdadeiramente perigoso quando se apercebe que, aparentemente, quase todas as pessoas envolvidas no caso acabam mortas. Agora, para encontrar a solução para aquele mistério que já raia a obsessão, Cruz vai ter de defrontar estranhas personagens, entre eles um ex-lutador de boxe russo, três polícias de Los Angeles que andam no seu encalço e dos diamantes perdidos, além de um bilionário que procura deslindar a teoria do Big Bang. E depressa ele perceberá que o caso é muito mais complexo do que a simples busca de alguém desaparecido... [cinecartaz.publico.pt]

 

“Deste Lado da Ressurreição”

Sinopse:

Rafael (Pedro Sousa, campeão júnior de surf do Guincho) é um jovem surfista perdido no mundo, desenquadrado de tudo e de todos. Com uma grande violência interior, que se reflecte no seu corpo e na maneira como surfa, busca um sentido para a sua vida. E será ali, entre a praia do Guincho, o Convento dos Capuchos e a serra de Sintra, que vai finalmente encontrar o seu lugar...
Quarta longa-metragem de Joaquim Sapinho, depois de "Corte de Cabelo (1995), "A Mulher Polícia" (2003) e "Diários da Bósnia" (2005), "Deste Lado da Ressurreição" teve a sua estreia mundial na selecção oficial do Festival de Cinema de Toronto no Canadá, na secção Visions, dedicada aos filmes que, nesse ano, contribuíram para a expansão das possibilidades poéticas do cinema. O filme foi escolhido como um dos dez melhores do ano na revista nova-iorquina "Film Comment" e teve antestreia nos EUA nas mais prestigiadas cinematecas do país: a Harvard Film Archive (Cinemateca da Universidade de Harvard) e Anthology. [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Substituto”

Sinopse:

Henry Barthes (Adrien Brody) é professor de liceu e possui um talento nato para criar empatia com jovens. Porém, decidido a não criar vínculos com nenhum, optou por uma carreira de substituição, orientando, por curtos períodos, turmas que por um motivo ou outro ficaram sem docente. Até ao dia em que é colocado numa problemática escola pública, onde o corpo de professores se debate com adolescentes desmotivados e violentos. Ao descobrir uma ligação improvável com os seus novos alunos, com uma professora da escola e uma jovem problemática que recolhe das ruas, Henry apercebe-se que o seu dom natural pode realmente fazer diferença nas vidas de algumas pessoas e que, mesmo que o preço seja a perda de alguma paz de espírito, vale a pena o envolvimento...[cinecartaz.publico.pt]

 

“Está no ar!”

Sinopse:

Aos 40 anos, Melina tem a mais famosa voz de França. Animadora de rádio, está habituada a resolver, com humor e sem tabus, os mais diversos problemas amorosos, sexuais ou familiares dos seus ouvintes. Todos sentem tê-la como amiga e na sua voz confortante encontram a autoconfiança de alguém que tem uma vida resolvida e feliz. Porém, as aparências iludem e nada disso corresponde à realidade. É que, ao contrário do que todos julgam, Melina é uma mulher solitária e com um passado traumático que sempre lhe dificultou as relações interpessoais. Quando, por um mero acaso do destino, descobre o paradeiro da mãe que nunca chegou a conhecer, decide aproximar-se e, de uma vez por todas, curar as suas próprias feridas... [cinecartaz.publico.pt]



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National Book Award para obra sobre vingança, etnia e violência

 

Um romance sobre a demanda de um filho que tenta vingar a violação da mãe, uma nativa americana da tribo Ojibwe, venceu quarta-feira à noite o National Book Award de ficção. A autora de The Round House, Louise Erdrich, recebeu este prémio literário dedicado a escritores norte-americanos pela primeira vez.

The Round House é o segundo tomo de uma trilogia de Erdrich, de 58 anos, uma autora conceituada e com uma carreira de mais de três décadas e que quarta-feira à noite agradeceu, feliz, como notava a Associated Press, a distinção em parte na língua da tribo Ojibwe (de que é em parte descendente), dedicando o prémio "à graciosidade e resistência dos povos nativos". "Este é um livro sobre um enorme caso de injustiça em curso nas reservas [índias]. Obrigada por lhe darem um público mais alargado", disse ainda, citada pelo New York Times.
Louise Erdrich é autora de obras como Filtro de amor, A rainha da beterraba ou Pegadas, todas editadas em Portugal pela D. Quixote, mas também de Vida de sombras, editado este ano pela Clube de Autores. Competia, entre outros, na shortlist do National Book Award de ficção, com Junot Díaz (This Is How You Lose Her) ou Dave Eggers (A Hologram for the King).
O National Book Award, este ano na sua 63.ª edição, premeia apenas obras da autoria de cidadãos norte-americanos e os seus vencedores recebem 10 mil dólares (cerca de 7800 euros) e uma estatueta de bronze. A competição de 2012 incluía muitos veteranos e muitos nomes menos conhecidos do grande público.
O prémio distingue ainda obras nas categorias de não-ficção, literatura juvenil e poesia. O vencedores em 2012 foram, respectivamente, Katherine Boo com Behind the Beautiful Forevers, a história dos respigadores nos bairros de lata junto aos mais luxuosos hotéis de Bombaim, William Alexander pelo livro Goblin Secrets e Bewilderment, poemas de David Perry. [publico.pt]

 

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Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012
Na mesa dos poetas

Marquesa de Alorna 

D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre

 

Vai a fresca manhã alvorecendo,
vão os bosques as aves acordando,
vai-se o Sol mansamente levantando
e o mundo à vista dele renascendo.

Veio a noite os objectos desfazendo
e nas sombras foi todos sepultando;
eu, desperta, o meu fado lamentando.
fui coa ausência da luz esmorecendo.

Neste espaço, em que dorme a Natureza.
porque vigio assim tão cruelmente?
Porque me abafa ó peso da tristeza?

Ah, que as mágoas que sofre o descontente,
as mais delas são faltas de firmeza.
Torna a alentar-te, ó Sol resplandecente!

 

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Terça-feira, 13 de Novembro de 2012
Marlene Correia Ferraz é o prémio revelação Agustina-Bessa Luís 2012

O júri do prémio literário revelação Agustina Bessa-Luís, presidido por Vasco Graça Moura, distinguiu a estreante Marlene Correia Ferraz e o seu romance A Vida Inútil de José Homem, que será agora editado pela Gradiva.

Esta é a 5.ª edição do prémio e o júri elogiou a "apreciável desenvoltura narrativa e uma relação criativa com a língua portuguesa" que encontrou em A Vida Inútil de José Homem, além da temática - “evidencia situações dramáticas da memória histórica portuguesa africana, num enquadramento interessante e, em certa medida, original”, indica o júri, citado em comunicado. 
Marlene Correia Ferraz, 32 anos, que tem em A Vida Inútil de José Homem o seu primeiro romance, é de Viana do Castelo e decidiu começar o romance no Outono de 2011, "entre folhas soltas com anotações sobre a guerra civil de Angola e alguns amores imperfeitos". Em comunicado, a autora, psicóloga clínica de profissão, descreve o seu processo de escrita e as suas inspirações, que vão de documentários passados na RTP2 ao contacto com histórias de gerações passadas. "Na terra onde madurei há ainda homens que estiveram na guerra civil. Um deles pinta ainda hoje os animais e o arvoredo, as mulheres pretas e nuas e os homens soldados. Um vizinho também foi levado pela PIDE e nunca mais voltou, só num grande silêncio, mas a história já não é a mesma”, lê-se na nota.
O prémio, no valor de 25 mil euros, é atribuído desde 2008 pela Estoril Sol e destina-se a autores com menos de 35 anos e que nunca tenham publicado um romance. O seu júri é presidido pelo escritor e ensaísta Vasco Graça Moura e composto por Guilherme D`Oliveira Martins, José Manuel Mendes, Maria Carlos Gil Loureiro, Manuel Frias Martins, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu. A decisão foi tomada por maioria. [publico.pt]



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Sugestão de leituras

 

Título: Uma história cheia de lobos

Autor: Roberto Aliaga

Ilustrador: Roger Olmos

Editora: OQO

Sinopse: Havia lobos pequenos e lobos maiores. Lobos acordados e lobos dorminhocos. Lobos recém nascidos… e lobos idosos. Havia lobos de todas as cores: pretos, castanhos, azul-céu… Havia lobos de óculos e lobos de chapéu. Lobos a escrever cartas, lobos a jogar ao lencinho e lobos a fazer xixi num formigueiro do caminho. A história estava cheia de lobos!
Roberto Aliaga apresenta-nos nesta história um original universo onde os lobos de todas as histórias convivem juntos à espera de serem chamados para o seu próximo acontecimento literário. Nesta espécie de limbo, em que cada um se entretém à sua maneira, à alerta do Lobo Comilão sobre a falta de comida, mobilizados por um mesmo objetivo e uma necessidade partilhada: saciar a fome. O percurso dos lobos pelas diferentes páginas do álbum em busca de comida requer a cumplicidade e a interação do leitor, que deve estar atento e ter os cinco sentidos bem apurados ao saltar de página em página.

 

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publicado por bibliotecadafeira às 12:18
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Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012
Músico da semana: Ellie Goulding

 

Elena Jane Goulding (30 de Dezembro de 1986, Hereford, Inglaterra), mais conhecida pelo seu nome artístico Ellie Goulding é uma cantora, compositora e guitarrista inglesa. Ellie chegou a fama depois de alcançar o topo do "BBC Sound of 2010" e ganhar o Critics Choice Award no BRIT Awards 2010. No final de 2009, assinou com a 'Polydor Records', depois disso, lançou seu primeiro EP (extended play) intitulado An Introduction to Ellie Goulding. Em 2010 lançou seu primeiro álbum, Lights. O álbum foi relançado em 2010, sob o título Bright Lights. [ler mais]

 

 

 

O lirismo eletrónico de Ellie Goulding

 

 

'Halcyon', o novo disco da cantora britânica, cruza linhas da pop eletrónica atual com a candura de uma voz frágil e graciosa.

Depois de ter sido granjeada com o Critics' Choice Award nos Brit Awards em2010, acantautora Ellie Goulding rapidamente se afirmou como uma das mais promissoras vozes do indie pop britânico e uma das poucas nessa esfera a alcançar fama à escala mundial, ao lado de nomes igualmente frescos como os The XX, Florence + The Machine ouLa Roux. Atravésde sólidos - e dançáveis - temas como Guns and Horses e um muito contagiante Starry Eyed, o single de estreia do primeiro álbumLights, Ellie Goulding mostrou-se na dianteira da pop electrónica actual com uma delicadeza emocional sustentada por sintetizadores frenéticos. Em 2012, e depois de alguma especulação (fomentada pela curiosidade quanto à possível influência de Skrillex no novo álbum), Halcyon, teve cartão de visita no muito etéreo e espiritualAnything Could Happen. Dando luzes de uma dreampop luxuosa e inventiva, Halcyoné expressão de diálogos da electrónica (no mais amplo dos termos, Ellie joga com viçosos sintetizadores e batidas refrescantes) com o lirismo romântico e a tragicidade classicamente britânica de um projecto bem temperado. Munido de uma boa quantidade de baladas simplistas que respeitam o melodioso - e suavíssimo - timbre de Ellie Goulding (mais apurado que nunca no redentor I Know You Care, no sorumbático Dead In The Water ou sob auxílio dos coros em Joy), e de uma auspiciosa dose de electrónicas em temas mais apoteóticos como Figure 8 (cujo refrão remete para a feição mais arrojada de Ellie enquanto compositora), o alegórico Atlantis ou Hanging On (versão de um original de Active Child, orquestrado com loops e batidas que dão ligeiros ares de dubstep). Mais do que em qualquer outro momento da sua breve carreira até este momento, Ellie Goulding encontra em Halcyon, recomendadíssimo álbum e um dos melhores que veio de territórios ingleses este ano. [dn.pt]

 



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Sábado, 10 de Novembro de 2012
"As neves de Kilimanjaro" na biblioteca municipal


No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 11 de novembro, pelas 21h30, o filme “As neves de Kilimanjaro” de Robert Guédiguian.



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Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012
Autor da semana: Pedro Chagas Freitas

 

Pedro Chagas Freitas (freguesia de Azurém, concelho de Guimarães, Portugal, 25 de Setembro de 1979) é um escritor, orador e professor de escrita.

Ainda antes de ter estudado Linguística na Universidade Nova de Lisboa, entre 1998 e 2002, já se dedicava à escrita. Começou por ser, em 1997, com apenas 18 anos, chefe de redacção da revista vimaranense “Estádio D. Afonso Henriques”. Em 2001 começou a escrever para o jornal “A Bola” e em 2003 também para o jornal “Desportivo de Guimarães”. Publicou crónicas de ficção e reflexão no jornal “Povo de Guimarães” entre 2003 e 2007. Entre 2005 e 2007, foi chefe de redacção e editor do jornal “Global Minho & Porto”. Entre 2003 e 2008 foi também redactor do jornal “Inside ”, nas secções de cultura e desporto. [ler mais]

 

Pedro Chagas Freitas apresenta “Ou É Tudo Ou Não Vale Nada”



“Ou É Tudo Ou Não Vale Nada” o novo livro de Pedro Chagas Freitas que será apresentado pelas 21:30, do dia 25 de Outubro, no Belém Bar Café é um livro escrito em directo, um projecto pessoal com o objectivo de homenagear a Capital Europeia da Cultura e a Capital Europeia da Juventude, com 2012 minutos a escrever, sem interrupção.

Tal como um espectáculo “Ou É Tudo Ou Não Vale Nada” foi escrito em 2012 minutos com a presença e a colaboração de cerca de vinte pessoas vindas de diversos quadrantes da sociedade.
Desta experiência resulta um romance de cortar a respiração, em que um homem procura incansavelmente uma mulher que apenas o próprio acredita existir.

Pedro Chagas Freitas é autor de diversas obras das quais já tem publicadas cerca de duas dezenas.
Para além disso é ainda autor de de uma metodologia inovadora na arte de escrever que tem propagado em inúmeras conferências.
É ainda orador internacional nas áreas da comunicação e do auto-conhecimento, e acredita que um dia vai deixar de escrever. Mas hoje não é, hoje nunca é, o dia. 

Pedro Chagas Freitas nasceu na Azurém, concelho de Guimarães a 25 de Setembro de 1979.
Ainda antes de ter estudado Linguística na Universidade Nova de Lisboa, entre 1998 e 2002, já se dedicava à escrita. 
Começou por ser, em 1997, com apenas 18 anos, chefe de redacção da revista vimaranense “Estádio D. Afonso Henriques”. 
Em 2001 começou a escrever para o jornal “A Bola” e em 2003 também para o jornal “Desportivo de Guimarães”. Publicou crónicas de ficção e reflexão no jornal “Povo de Guimarães” entre 2003 e 2007. 
Entre 2005 e 2007, foi chefe de redacção e editor do jornal “Global Minho & Porto”. Entre 2003 e 2008 foi também redactor do jornal “Inside ”, nas secções de cultura e desporto. [hardmusica.pt

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Quinta-feira, 8 de Novembro de 2012
Estreias - cinema

Estreiam, hoje, os filmes: “Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus” de Francisco Manso e João Correa com Vítor Norte, Carlos Paulo e João Monteiro; “Argo” de Ben Affleck com Ben Affleck, Bryan Cranston e John Goodman; “Força Ralph”de Rich Moore com as vozes de John C. Reilly, Jack McBrayer e Jane Lynch; “Realizar o impossível” de Michael Apted e Curtis Hanson com Jonny Weston, Gerard Butler e Elisabeth Shue; “Sinister - A Entidade do mal” de Scott Derrickson com Ethan Hawke, Juliet Rylance e James Ransone.

 

“Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus”

Sinopse:

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu em Cabanas de Viriato, a 19 de Julho de 1885, no seio de uma família aristocrática rural, católica e conservadora. Ocupou diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, entre elas Zanzibar, Brasil, Estados Unidos ou Guiana. Cônsul de Portugal em Bordéus em 1940, ano da invasão da França pela Alemanha nazi na sequência da Segunda Grande Guerra, Sousa Mendes desafiou as ordens expressas do primeiro-ministro, Salazar (que, durante esses anos, manteve a neutralidade de Portugal), e concedeu mais de 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir de França. Revelando uma coragem e determinação invulgares - e consciente do risco para sua vida e a da sua família -, recusou-se a entregar milhares de pessoas a um destino certo nos campos de concentração nazis. Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: "Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus". Aristides de Sousa Mendes faleceu na miséria, a 3 de Abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Argo”

Sinopse:

Irão, 4 de Novembro de 1979. Militares iranianos invadem a Embaixada dos EUA em Teerão, em retaliação ao apoio ao recém-deposto Xá. Antes dos militantes entrarem no edifício, o pessoal tenta destruir documentos comprometedores. Nesse dia, 52 pessoas são tomadas como reféns. Porém, no meio do caos que se instala, seis conseguem escapar, escondendo-se em casa de Ken Taylor (Victor Garber), o embaixador canadiano. Apesar da situação ser mantida em segredo pelo Governo americano - e cientes de que é apenas uma questão de tempo até todos serem capturados e mortos -, Tony Mendez (Ben Afleck), um especialista da CIA, desenvolve um plano surpreendente para os salvar: entrar no Irão como uma equipa de filmagens e retirar os diplomatas sãos e salvos. Assim, depois de uma série de situações complexas que quase fazem o plano fracassar, Mendez e a sua dedicada equipa acabam por heroicamente salvá-los a todos.
Com argumento de Chris Terrio e realização de Ben Affleck ("Vista Pela Última Vez...", "A Cidade"), é baseado em factos verídicos, revelados no artigo "How the CIA Used a Fake Sci-Fi Flick to Rescue Americans from Tehran", publicado na revista Wire e escrito pelo jornalista Joshuah Bearman. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Força Ralph”

Sinopse:

Apesar do seu feitio afável e coração de ouro, Ralph é o vilão do Fix-It Felix Jr, um jogo de vídeo muito popular, em que o herói repara um edifício que Ralph tem de destruir constantemente. Depois de mais de três décadas dedicadas à malevolência, Ralph sente-se à beira de uma depressão nervosa. Decidido a mudar de vida e a provar a todos que tem o perfil certo para ser o "bom da fita", monta um plano de escape e parte para Hero's Duty, um jogo de tiro onde ajuda a sargento Calhou na batalha contra invasores alienígenas. Mais tarde, entra no Sugar Rush, um jogo de corrida feitas de doces e biscoitos. Lá, Ralph conhece Vanellope von Schweetz, uma personagem muito especial, que subitamente se apercebe que algo ameaça a existência de todos os videojogos. E vai ser então que o nosso herói vai conseguir provar o seu valor...
Dos estúdios Walt Disney, um filme de animação em 3D, realizado por Rich Moore, que conta com as vozes de John C. Reilly, Sarah Silverman, Jack McBrayer e Jane Lynch. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Realizar o impossível”

Sinopse:

Maverick é o nome dado às ondas gigantes que se formam entre Novembro e Março na costa norte da Califórnia, EUA. Essas ondas são formadas por correntes que vêm do Golfo do Alasca, chegando a atingir os 18 metrosde altura. Jay (Jonny Weston), apesar dos seus 15 anos, é um talentoso surfista que sonha ser como o seu ídolo Frosty Hesson (Gerard Butler), cujas proezas com as ondas o tornaram numa lenda. E quando Jay consegue convencer o seu herói a ensinar-lhe tudo o que sabe para o fazer sobreviver a uma Maverick, os dois embarcam numa aventura de coragem e amizade que os transformará irremediavelmente.
Com assinatura dos realizadores Curtis Hanson e Michael Apted, um filme biográfico sobre a juventude do surfista americano Jay Moriarity, que morreu por afogamento a 15 de Junho de 2001 (um dia antes de seu 23ª aniversário), ao largo da costa da ilha Lohifushi, nas Maldivas. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Sinister - A Entidade do mal”

Sinopse:

Ellison Oswalt (Ethan Hawke) é um escritor de policiais decidido a escrever a história da sua vida. Para isso resolve ir viver para o cenário propício: a casa onde, nove meses antes, quatro pessoas foram brutalmente assassinadas. Já instalado com a mulher e filha, descobre uma caixa com filmes caseiros de famílias inteiras a serem mortas. Decidido a compreender o alcance do achado, decide investigar os casos com ajuda da polícia local, descobrindo que todas as filmagens têm em comum um símbolo que retrata uma entidade pagã conhecida como Bughuull. Bughuull existe nas imagens de si mesmo e consome almas de crianças. Ellison percebe então que, ao escolher aquela casa para morar, a sua família se tornou na mais recente vítima daquele lugar maldito.
Dos mesmos produtores de "Actividade Paranormal" e "Sobrenatural", um filme de terror escrito e realizado por Scott Derrickson ("O Exorcismo de Emily Rose", "O Dia em que a Terra Parou"). [cinecartaz.publico.pt]



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Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012
Prémio Goncourt para Jérôme Ferrari e Renaudot para Scholastique Mukasonga

Jérôme Ferrari é o vencedor do Prémio Goncourt , o mais importante prémio literário francês, com o romance Le Sermon sur la chute de Rome (Actes Sud) divulgou o jornal Le Monde online.

O escritor que nasceu em Paris, em 1968, é professor de filosofia no liceu francês de Abu Dabi. E escreveu um romance em que Matthieu abandona os estudos de filosofia, onde era brilhante, para abrir um bar na Córsega com um amigo de infância, Libero. A obra foi escolhida pelo júri à segunda volta.
Concorriam ao prémio o suíço Joël Dicker ( com La vérité sur l’affaire Harry Quebert), a francesa de ascendência vietnamita Linda Lê (Lame de fond) e Patrick Deville (com Peste et Choléra) que recebeu o prémio Femina no início da semana.
Ao “Le Monde”, Jérôme Ferrari disse que quando soube que era o vencedor do Goncourt sentiu “uma quebra de tensão” que pode ser “considerada como uma definição correcta de alegria”. O escritor ficou muito contente, ainda mais pela editora que desde há sete anos o apoia, por vezes, em condições que não são as mais favoráveis. O seu livro vendeu até agora cerca de 90 mil exemplares e com a atribuição do prémio poderá chegar aos 400 mil.
Conta também o Le Monde, que o escritor brincou com as dezenas de jornalistas que o rodeavam: “Sabem que Barack Obama foi reeleito hoje, não vos está a faltar um pouco de sentido da hierarquia?”.
À ruandesa Scholastique Mukasonga foi atribuído o Prémio Renaudot pelo livro Notre-Dame du Nil (Gallimard). [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 18:32
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Na mesa dos poetas

Marquesa de Alorna 

D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre

(1750-1839)

 

Como está sereno o céu,

como sobe mansamente
a Lua resplandecente
e esclarece este jardim!

Os ventos adormeceram;
das frescas águas do rio
interrompe o murmúrio
de longe o som de um clarim.

Acordam minhas ideias,
que abrangem a Natureza;
e esta nocturna beleza
vem meu estro incendiar.

Mas, se à lira lanço a mão,
apagadas esperanças
me apontam cruéis lembranças,
e choro em vez de cantar.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 6 de Novembro de 2012
Sugestão de leituras

 

Título: Três Tristes Tontos

Autor E Ilustrador: Tony Ross

Editora: Livros Horizonte

Sinopse: “Três Tristes Tontos” é uma narrativa que doseia com apurada sensibilidade, sempre pontuada com humor, os temas do amor, da aparência, da sabedoria, do preconceito e da inteligência. Joana e João são um jovem casal de namorados, mas há entre eles um claro desfasamento: Joana é tonta e simples, ao passo que João é um pouco mais perspicaz e educado. Assustado com o que o futuro lhe possa reservar (quiçá um eterno destino de gelatina de peixe ou bolo de moscas mortas), João lança-se ao desafio de ir por esse mundo fora na tentativa de encontrar alguém mais absurdo e bizarro do que esta peculiar família. À medida que traça o percurso do protagonista desta história, Tony Ross aborda questões fundamentais sobre a razoabilidade das ações humanas e a importância da sensatez. Afinal, ser sensato talvez compreenda também ser tonto de vez em quando… tal como tantas vezes nos pede esta estação quente a que agora chegamos.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Segunda-feira, 5 de Novembro de 2012
Músico da semana: Herbie Hancock



Herbie Hancock (Chicago, 12 de Abril de 1940) é um pianista e compositor norte-americano, considerado um dos mestres do jazz.

Tocou ao lado de grandes músicos, com destaque para sua colaboração com Miles Davis nos anos 60, em um quinteto que se tornou antológico na história do Jazz. Ali, Hancock foi introduzido ao piano elétrico Fender Rhodes, ao qual adaptou-se imediatamente e tão logo experimentou a improvisada adaptação de um pedal de wah-wah e uma câmara de eco (um Echoplex). Harold Rhodes, pai do piano elétrico, ao noticiar essas estranhas e até então originais conexões, providencia para que esses conectores constem em todos os novos modelos deste piano. [ler mais]

 

 

 

Herbie Hancock, totalmente sozinho, na abertura do Guimarães Jazz

 

Não é todos os dias que há oportunidade de ver Herbie Hancock tocar a solo. Mais ainda quando a promessa é a de um concerto ao piano acústico, o formato que notabilizou o norte-americano na fase mais marcante e respeitada da longa carreira. Mas será assim que o pianista nascido em Chicago se apresentará na abertura do Guimarães Jazz, que acontece já a partir da próxima quinta-feira, e até dia 17, no Centro Cultural Vila Flor.
A Night of Solo Explorations chama Hancock ao espectáculo que traz a Portugal (além do de Guimarães, tem previsto um concerto no dia seguinte, 9, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa) e onde aposta num back to basics, depois das incursões dos últimos anos pelos territórios do R&B e do pop. O concerto marca o início da 21.ª edição de um dos mais importantes eventos do género em Portugal, em ano de Capital Europeia da Cultura. "Não queríamos que este fosse uma edição fora do comum, para evitar situações de comparação após 2012", diz a vereadora da Cultura da Câmara de Guimarães, Francisca Abreu, justificando a manutenção do modelos dos anos anteriores. O festival prefere manter-se "sustentável" e "fiel ao seu figurino", mas isso não é uma má notícia, porque a programação mantém o nível de qualidade e exigência das edições passadas.
Por Guimarães passarão Bill Frisell, que fará a banda sonora ao vivo de The Great Flood, filme de Bill Morrison (dia 9). No dia seguinte, Dave Douglas e Joe Lovano apresentam-se em quinteto, regressando ao território de Wayne Shorter. Para o dia 11 estão marcados dois concertos. O primeiro (17h) junta a Big Band e o Ensemble de Cordas da ESMAE, dirigidos por Jacam Mandricks, seguindo-se (22h) a homenagem do pianista Lucian Ban à obra do violinista romeno George Enescu (1881-1955), num concerto em que estará acompanhado por três nomes relevantes do jazz contemporâneo: Tony Malaby, Ralph Alessi e Mark Helias.
Depois de dois dias de pausa, o Guimarães Jazz volta na quarta-feira, 14, com a Jacam Manricks Band. A 15, regressa o projecto de colaboração entre a editora TOPA e o festival de Guimarães, que acontece pelo sétimo ano consecutivo, desta vez com uma parceria entre o músico João Paulo Esteves da Silva e a Orquestra de Jazz de Matosinhos.
O Guimarães Jazz será também oportunidade para o reencontro dos The Jazz Passengers, banda vital na cena downtown de Nova Iorque dos anos 1980, com os seus dois fundadores Roy Nathanson (saxofone) e Curtis Fowlkes (trombone) e elementos da formação original (dia 16). O encerramento do festival ficará a cargo do trompetista Randy Brecker e da big band alemã WDR, de Colónia. [ípsilon.publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 18:58
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Patrick Deville é o vencedor do Prémio Femina 2012

 

O Prémio Femina foi atribuído ao escritor francês Patrick Deville pelo romance Peste & Choléra (Seuil), divulgou o jornal francês Le Monde online.

Considerado pelo Le Monde como “uma formidável epopeia sobre o destino de um homem de excepção”, Peste & Choléra conta a história de Alexandre Yersin, um dos investigadores da primeira equipa do Instituto Pasteur,que nasceu em 1863 e morreu aos 80 anos em Nha Trang, no actual Vietname (na época parte da Indochina francesa). Esta obra é também uma das candidatas ao Prémio Goncourt que será atribuído na quarta-feira e ao Renaudot. E já tinha recebido em França, o Prémio do Romance Fnac 2012.
Os outros finalistas eram os romancistas franceses Julia Deck (Viviane Elisabeth Fauville); Jérôme Ferrari (Le sermon sur la chute de Rome); Bruno Le Maire (Musique absolue. Une répétition avec Carlos Kleiber) e Anne Serre (Petite table, soit mise!).
Por sua vez o Prémio Femina para o melhor Romance Estrangeiro, publicado em França em 2012, foi para a norte-americana Julie Otsuka pelo livro Certaines n'avaient jamais vu la mer (Phébus), um romance sobre as jovens japonesas foram para a América no princípio do século XX para se casarem com compatriotas que viviam na Califórnia. Na lista de finalistas estava Sebastian Barry ( Du côté de Canaan); Michiel Heyns (La dactylographe de Mr James) e Juan Gabriel Vasquez (Le bruit des choses qui tombent).
António Lobo Antunes (que já recebeu o Prémio Femina de melhor romance estrangeiro publicado em França, em 1997) e José Luis Peixoto tiveram obras suas nas listas anteriores da selecção deste prémio, cujo júri é composto exclusivemente por mulheres, mas não chegaram à lista final.
O Prémio Femina do Ensaio foi atribuído a Tobie Nathan por “Ethno-roman”. [publico.pt]



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Sábado, 3 de Novembro de 2012
"Oslo, 31 de agosto" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 04 de novembro, pelas 21h30, o filme "Oslo, 31 de agosto" de Joachim Trier.

 



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Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012
Autor da semana: Ian McEwan

 

Ian McEwan (Aldershot, 21 de Junho de 1948), é um escritor britânico, chamado por vezes de “Ian Macabro”, devido à natureza das suas primeiras obras, e que de romance a romance se tem convertido em um dos mais conhecidos da sua geração.

Passou parte da sua infância no Extremo Oriente, na Alemanha e no Norte de África, já que o seu pai era um oficial do Exército Britânico que foi colocado sucessivamente nesses locais. Estudou na Universidade de Sussex e na Universidade de East Anglia, onde teve Malcom Bradbury como professor. A primeira das suas obras publicadas foi a colecção de relatos Primeiro amor, últimos ritos (1975). [ler mais]

 

 

 

 

Mel, «Operação Mel», por Ian McEwan

 

 

 

Mais de 20 anos após Ian McEwan ter publicado «O Inocente» (adaptado ao cinema em 1993), sobre um espião durante a Guerra Fria, o autor retoma o tema da espionagem em «Mel», da Gradiva. Contudo, contrariamente ao «O Inocente», este último tem leveza, comicidade, roçando, por vezes, até o absurdo. Um thriller inteligente, com semelhanças ao universo de John le Carré, sobre amores e traições, com pitadas de contra-espionagem para apimentar o enredo.

A história começa pela voz da protagonista, Serena Frome, que conta que há cerca de 40 anos foi enviada numa missão secreta pelos serviços secretos britânicos MI5. Apenas 18 meses depois foi dispensada das suas funções, desgraçou-se e arruinou o seu amor.

Porém, as primeiras linhas são enganadoras, uma característica de Ian McEwan, que recorre com frequência à metaficção, fazendo de «Mel» um híbrido de outras obras suas.

A personagem principal é loura, jovem, linda e muito feminina, e pouco adequada para a missão que lhe é proposta: ser espia. Serena Frome rima com «plume» (pluma), como ela gosta de enfatizar. É filha de um bispo anglicano, concluiu a licenciatura em Matemática com uma nota medíocre e é uma devoradora de livros. Após o secundário, tudo o que queria era tirar Inglês e levar uma vida pacata, mas foi persuadida pela mãe a seguir Matemática.

Já em Cambridge acaba por se tornar amante de um homem casado bastante mais velho, professor de história. E é neste contexto que é chamada pela primeira vez pelo MI5 para uma entrevista.

O professor acaba por «descartar» Serena e a jovem fica devastada. Começa a trabalhar para o MI5 mas sente-se desapontada consigo mesma. As suas funções são triviais, não passa de uma assistente júnior a trabalhar num pequeno gabinete em Curzon Street.

os seus tempos livres continua a consumir freneticamente livros, tem uma capacidade incrível de ler a um ritmo estonteante. Um dia é chamada ao andar superior do MI5 e depara-se com uma sala cheia de homens. Sabem do seu gosto por literatura contemporânea e propõem-lhe uma missão excitante: estudar o trabalho de um jovem escritor, TH Haley, conhecê-lo pessoalmente e oferecer-lhe algo irrecusável. A Haley é-lhe dada a possibilidade de deixar o seu trabalho de professor durante dois ou três anos, ou mais ainda, e receber um salário chorudo. O sonho de qualquer escritor.

Baptizado de «Mel», a operação do MI5 tem por objectivo recrutar escritores e jornalistas e, dissimuladamente, levá-los a escrever matérias do interesse do governo. Mas o escolhido jamais poderá saber da proveniência do dinheiro.
Serena lê os contos de Haley e reconhece-lhe talento. Marca encontro com o jovem escritor e acaba por apaixonar-se. No início, não passa de um flirt, mas a relação irá tornar-se num verdadeiro romance, e a espia está cada vez mais desconfortável com a mentira em que a sua vida se tornou.

Entretanto, Haley, liberto do seu trabalho diário, consegue concentrar-se plenamente na escrita e produz uma novela sobre uma viagem de um homem com a sua filha de nove anos por ruínas, aldeias devastadas e repletas de ratos, cólera e peste. Serena lê a obra e não gosta. Dificilmente será este o tipo de escrita que o MI5 pretende. O pior é que há um editor de Bedford Square, Tom Maschler, que adorou o rascunho da obra e que a quer publicar de imediato.

Mas este é apenas o início do que se poderá equiparar a uma matrioska, com uma construção intrincada, cuja narrativa se vai adensando. As últimas páginas de «Mel» dão uma reviravolta inimaginável.

Ian McEwan escreveu uma obra-prima distópica, mas que na realidade não é sobre o MI5, nem sobre a Guerra Fria, nem tampouco sobre as actividades do IRA nos anos 1970. Em concreto, é sobre escritores e literatura, e amor e confiança. E mais ainda, é sobre o gosto de ler e os leitores, com várias referências a Solzhenitsyn, Koestler, Orwell, entre muitos outros. [diariodigital.sapo.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 17:59
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