"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]
Sexta-feira, 31 de Maio de 2013
Autor da semana: Carlos Fuentes

  

Carlos Fuentes Macías (Cidade do Panamá, 11 de novembro de 1928 — Cidade do México, 15 de maio de 2012) foi um escritor e diplomata mexicano.

Além de romancista, Fuentes foi novelista e ensaísta. Filho de diplomatas mexicanos, nasceu no Panamá. Passou sua infância em diversas capitais da América: Montevideo, Rio de Janeiro, Washington D.C., Santiago de Chile, Quito e Buenos Aires. Aos 16 anos, voltou ao México, onde residiu até 1965. Graduou-se em Direito pela Universidad Nacional Autónoma de México e em economia pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, Suíça.

Foi embaixador do México na França. Em 1977 renunciou ao posto em protesto contra a nomeação do ex-presidente mexicano Díaz Ordaz como primeiro embaixador do México na Espanha após a morte de Franco.

Em diversas ocasiões manifestou-se favoravelmente a Fidel Castro embora, em algumas outras oportunidades, fizesse críticas importantes ao governante cubano. Elogiou também a abertura de Raúl Castro.

Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades norte-americanas de renome internacional. [ler mais]

 

Os «Contos Sobrenaturais» de Carlos Fuentes


 

Depois do romance «Adão no Éden» e de «Contos Naturais», a Porto Editora edita a 7 de Junho um novo livro do escritor mexicano Carlos Fuentes, «Contos Sobrenaturais», onde podemos encontrar «Aura», provavelmente o mais conhecido conto de Fuentes.

«Desde o início da sua carreira literária, o território do relato fantástico é tão natural a Carlos Fuentes como respirar. Este livro (que dá seguimento a «Contos Naturais», já publicado pela Porto Editora) inclui os seguintes contos: «Tlactocatzine, do Jardim de Flandres», «Pela Boca dos Deuses», «Litania da Orquídea», «A Boneca Rainha», «O Robô Sacramentado», «Um Fantasma Tropical» e «Pantera em Jazz». E ainda «Aura», provavelmente o mais famoso de todos os textos que Carlos Fuentes assinou» [diariodigital.pt]

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Noutro País” de Hong Sang-soo com Isabelle HuppertHyo Kwon HyeMi Jung Yu; “Ressaca – Parte III” de Todd Phillips com Bradley CooperZach GalifianakisJohn GoodmanMelissa McCarthy; “Quarteto” de Dustin Hoffman com Michael GambonMaggie SmithBilly Connolly; “Para Lá das Colinas” de Cristian Mungiu com Cosmina StratanCristina FluturValeriu Andriuta; “Epic - O Reino Secreto” de Chris Wedge com as vozes de Amanda Seyfried Beyoncé KnowlesJosh Hutcherson; “Fragmentos de uma Observação Participativa” de Filipa ReisJoão Miller Guerra.

 

“Noutro País”

Sinopse:

Uma jovem instala-se com a mãe numa pensão em Mohang, uma cidade costeira da Coreia do Sul. Para passar o tempo e, quem sabe, fazer algum dinheiro que as salve da ruína económica em que estão mergulhadas, decide escrever o argumento para uma curta-metragem. A história segue três francesas (todas interpretadas por Isabelle Huppert) que ali chegam como turistas. Cada uma tem as suas motivações pessoais, mas todas se alojam na mesma pensão, conhecem as mesmas pessoas e têm uma ligação com o atraente nadador-salvador que ali trabalha.
Realizado pelo sul-coreano Hong Sang-soo ("A Virgem e os Seus Amantes", "Noite e Dia"), um filme sobre as múltiplas possibilidades na vida de alguém na sua busca por si mesmo. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Ressaca – Parte III”

Sinopse:

Depois de sobreviverem (quase) incólumes às perigosas aventuras de Los Angeles e, mais recentemente, Banguecoque, Phil, Stu, Alan e Doug (Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis e Justin Bartha) estão de regresso às salas de cinema. Com o trágico falecimento do pai, Alan perdeu toda a alegria de viver e parece que nada, nem ninguém, o consegue tirar da prostração em que se encontra. Preocupado, Doug sugere que ele vá até New Horizons, uma instituição de saúde mental reconhecida pelos seus resultados em situações como esta. Alan aceita a sugestão apenas se Doug, Phil e Stu – a “matilha” do costume – concordarem em levá-lo. Esteé o início de uma longa viagem, que apenas é interrompida quando são abordados pelos capangas de um traficante decidido a encontrar Mr. Chow (Ken Jeong), que desapareceu do mapa depois de lhe ter aplicado um golpe milionário. Convicto que Mr. Chow se mantém em contacto com os ex-companheiros, ele rapta Doug, que apenas devolverá em troca do impostor. De maneira a salvar o amigo de uma morte lenta e dolorosa, o trio vai ter de usar de toda a sua imaginação e coragem...
Novamente assinado por Todd Phillips, esta é a terceira e última parte da série iniciada em 2009, que se tornou um dos maiores sucessos de bilheteira de todos os tempos. A juntar-se à façanha temos ainda Melissa McCarthy, Mike Epps e John Goodman. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Quarteto”

Sinopse:

A vida é pacífica em Beecham House, um lugar bucólico e aprazível no coração de Inglaterra, transformado em casa de repouso para músicos reformados. Hoje, porém, os seus habitantes estão particularmente alvoraçados com a notícia de que está para chegar uma nova residente que foi, no seu tempo, uma enorme diva internacional. Para Reginald, Wilfred e Cecily nada disso tem grande importância até ao momento em que descobrem que a pessoa em causa é, nada mais, nada menos do que Jean Horton, a sua insuportável e egocêntrica ex-parceira de canto. A sua chegada trará motivos para desentendimentos e virá pôr em causa a velha e longa amizade que sempre os uniu. Agora, depois de tantos anos, poderá o tempo ajudar a curar feridas antigas? E conseguirão os quatro superar as diferenças a tempo da magnífica gala de beneficência de Beecham House?
Realizada por Dustin Hoffman e inspirada na peça escrita por Ronald Harwood, uma comédia romântica sobre pessoas que, apesar da sua idade, ainda têm muito para oferecer. O filme conta com a participação de Maggie Smith, Michael Gambon, Billy Connolly, Tom Courtenay e Pauline Collins. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Para Lá das Colinas”

Sinopse:

Depois de alguns anos na Alemanha, Alina (Cristina Flutur) regressa à sua pequena cidade, na Roménia, em busca de Voichita (Cosmina Stratan), a única pessoa que alguma vez amou. Sem família ou amigos, elas foram criadas num orfanato muito pobre. Durante o tempo que estiveram separadas, Voichita mudou-se para um convento ortodoxo, onde se tornou uma pessoa diferente, totalmente entregue a Deus. Determinada a salvar a amante daquele lutar perverso e punitivo, e levá-la consigo, Alina desafia a instituição e aqueles que a representam. Mas, munidos de uma fé cega que tudo justifica, os monges acusam-na de possessão, submetendo-a a um exorcismo brutal que culminará em tragédia. É então que se dá início a um inquérito policial que tentará esclarecer os acontecimentos que tiveram lugar no convento.
Um filme dramático realizado pelo aclamado realizador romeno Cristian Mungiu (vencedor da Palma de Ouro em Cannes com o filme "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias"), cujo argumento se baseia na obra não-ficcional da jornalista Tatiana Niculescu Bran (também argumentista), que explora um evento real que teve lugar numa igreja ortodoxa romena em 2007. O filme, estreado em Cannes em 2012, ganhou o prémio de Melhor Argumento. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Epic - O Reino Secreto”

Sinopse:

Mary Katherine é uma rapariga igual a tantas outras que se encontra de visita ao pai, um professor muito inteligente que vive numa casa junto à floresta. Há muito que ele estuda um grupo de guerreiros em miniatura que vivem escondidos no centro da floresta e cuja suposta missão é proteger o mundo contra o Mal. Apesar de acreditar naquelas personagens, a verdade é que nunca foram avistadas e, por mais que ele tente, parece que nada há a fazer para provar a sua existência. É então que, durante um passeio pelas árvores, Mary toca numa folha mágica que a encolhe a reduz a uma escala minúscula. Agora, na sua nova estatura, conhece os homens-folha, um grupo de bravas criaturas que se dedicam a guardar a floresta. Porém, vivem um momento difícil, numa luta contra o cruel Mandrake e o seu exército, que quer reduzir a floresta a cinzas. Determinada a ajudar os seus novos amigos a salvar o mundo, a rapariga terá de dar uso aos seus conhecimentos, ao mesmo tempo que tenta encontrar uma maneira de voltar ao seu tamanho original.
Com as vozes de Beyoncé, Amanda Seyfried, Colin Farrell, Christoph Waltz e Jason Sudeikis, uma aventura de animação realizada por Chris Wedge, depois do sucesso de “Rabbit” (premiada com um Óscar de melhor curta de animação), de “A Idade do Gelo” e “Robôs”. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Fragmentos de uma Observação Participativa”

Sinopse:

A curta "Fragmentos de Uma Observação Participativa", realizada pela dupla Filipa Reis e João Miller Guerra ("Orquestra Geração" e "Cama de Gato"), mostra a condição dos emigrantes brasileiros em Portugal. [cinecartaz.publico.pt]



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Quarta-feira, 29 de Maio de 2013
Na mesa dos poetas

O Amor


Eu nunca naveguei, pieguíssimo argonauta
Dans les fleuves du tendre, onde há naufrágios bons,
Conduzindo Florian na tolda a tocar frauta,
E cupidinhos d'oiro a tasquinhar bombons.
Nunca ninguém me viu de capa à trovador,
Às horas em que está já Menelau deitado,
A tanger o arrabil sob os balcões em flor
Dos castelos feudais de papelão doirado.
Não canto de Anfitrite as vaporosas fraldas,
(Eu não quero com isto, ó Vénus, descompor-te)
Nem costumo almoçar c'roado de grinaldas,
Nem nunca pastoreei enfim, vestido à corte,
De bordão de cristal e punhos de Alençon,
Borreguinhos de neve a tosar esmeraldas
Num lameiro qualquer de qualquer Trianon.
Eu não bebo ambrósia em taças cristalinas,
Bebo um vinho qualquer do Douro ou de Bucelas,
Nem vou interrogar as folhas das boninas,
Para saber o amor, o tal amor das Elas.
Não visto da poesia a túnica inconsútil,
Pela simples razão, sob o pretexto fútil
De ter visto passar na rua uns pés bonitos;
Nem do meu coração eu fiz um paliteiro,
Onde venha o amor cravar os seus palitos.
Sou selvagem talvez, e sou talvez grosseiro,
Mas as cousas que sinto eu digo-as francamente:
Não quebro da friura a água de Castália,
Nem a bebo panada assim como um doente.
Detesto o lamurear dum realejo de Itália,
Detesto um maçador, detesto uma maçada,
Um discurso comprido, uma bota apertada,
E uma unha raspando a cal duma parede;
Detesto o pedantismo, a hidrofobia, e crede
Que detesto também com infinita zanga
As paisagens, horror! bordadas a missanga,
Que a província fabrica, e que Lisboa admira;
Detesto duma letra o prazo, quando expira,

Detesto intimamente a carta de conselho,
Detesto o calembour, como um toiro o vermelho,
E detesto da morte os pálidos umbrais;
Detesto os folhetins que escrevo nos jornais,
Detesto Tito Lívio e detesto os venenos,
Mas detesto tudo isso ainda muito menos
Do que a sensiblerie, a doce musa antiga,
Que passou de ser musa a ser uma lombriga.
Eu não subo, é verdade, a calçada do Combro,
De bengala na mão e de madeiro ao ombro,
Como um Cristo-Romeu, como um Jesus-Manfredo;
Não me chamo Lindor, nem Artur, nem Alfredo,
E nem recito ao piano, o que parece incrível;
Mas enfim eu não sou um cofre incombustível,
Eu sou um homem também, eu também sinto e vivo,
Tenho o meu coração no lugar respectivo,
Admiro um corpo airoso e fino e delicado,
Sou como toda a gente um bacharel formado,
E posso dar por isso a minha opinião
Sobre o amor — essa eterna, essa imortal canção.

II

O amor feito petisco e brisa e filomela,
Ao próprio coração pondo uma manivela
De realejo, e passando uma existência falsa
A traduzir em polca, em hino, em guincho, em valsa
As guerras do alecrim e mais da manjerona,
Moídas como café nessa imortal sanfona;
O amor sem a paixão fremente, esplendorosa,
O amor literatice, o amor licor de rosa,
Lacoonte de biscuit, torcendo-se aos corcovos
Nas doces espirais duma lampreia d'ovos;
O amor açucarado, o amor amor-perfeito,
De tristeza na fronte e de vulcão ao peito,
A rouxinolizar um berimbau d'alquime;
O amor de barba intensa, o velho amor sublime
Dos precitos, aos quais a desventura alquebra,
Mussets de botequim que vão beber genebra
Sobre o cairel do abismo às horas do sol pôr;
O amor que se derrete, o florianesco amor,
De conceitos gentis, subtis, que eu não destrinço,
— Um amor sustentado a beijos e a painço,
Que suspira e soluça e chora e gargareja
À noite na varanda e de manhã na igreja;
O amor que passa a vida a celebrar as bodas
Co'a Ela que contém em si as elas todas;
O amor com a tristeza aérea dum arcanjo,
Mas arrastando sempre, insípido marmanjo,
Das asas de flanela a franja inocentíssima;
O amor bijutaria, o amor pomada alvíssima,
Enfim, o terno amor, o puro amor ideal,
O amor sem sentimento — o amor sentimental,—
Oh, esse amor detesto-o, e entrego-o com delícia
Às bengalas dos pais e às unhas da polícia.

III

Mas quando o amor se torna em paixão verdadeira,
Puro como uma hóstia erguida sobre o altar,
Quando um amor domina uma existência inteira
Como a Lua domina os vagalhões do mar;
Quando é o amor radiante, esplêndido, que arvora
Em nossos corações um pavilhão d'aurora
Desdobrado no azul, quando é o amor profundo,
Um amor que nos veste uma rija armadura
Para se atravessar a batalha do mundo,
Como um leão atravessa uma floresta escura;
Então adoro o amor, de joelhos, como adora
No topo da montanha um índio o Sol doirado,
Porque um amor candente é uma hóstia d'aurora,
E o peito que o encerra é um sacrário estrelado!

 

Guerra Junqueiro

in 'A Musa em Férias'

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 28 de Maio de 2013
Escritor Mia Couto ganha Prémio Camões

 

O vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o escritor moçambicano autor de livros como Raiz de Orvalho,Terra Sonâmbula A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991.

O júri justificou a distinção de Mia Couto tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, segundo disse à agência Lusa José Carlos Vasconcelos, um dos jurados.

A obra de Mia Couto, “inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”, acrescentou Vasconcelos. Além disso, conseguiu “passar do local para o global”, numa produção que já conta 30 livros, que tem extravasado as suas fronteiras nacionais e tem “tido um grande reconhecimento da crítica”. Os seus livros estão, de resto, traduzidos em duas dezenas de línguas.

Do júri, que se reuniu durante a tarde desta segunda-feira no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional, fizeram também parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989), os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.

Também em declaração à Lusa, Mia Couto disse-se "surpreendido e muito feliz" por ter sido distinguido com o 25º. Prémio Camões, num dia que, revelou, não lhe estava a correr de feição. “Recebi a notícia há meia hora, num telefonema que me fizeram do Brasil. Logo hoje, que é um daqueles dias em que a gente pensa: vou jantar, vou deitar-me e quero me apagar do mundo. De repente, apareceu esta chamada telefónica e, obviamente, fiquei muito feliz”, comentou o escritor, sem adiantar as razões.

O editor português de Mia Couto, Zeferino Coelho (Caminho), ficou também “contentíssimo” quando soube da distinção. “Já há muitos anos esperava que lhe dessem o Prémio Camões, finalmente veio”, disse ao PÚBLICO, lembrando que passam agora 30 anos sobre a edição do primeiro livro de Mia Couto em Moçambique, Raiz de Orvalho.

O escritor não virá à Feira do Livro de Lisboa, actualmente a decorrer no Parque Eduardo VII, porque esteve na Feira do Livro de Bogotá, depois foi para o Canadá e só recentemente voltou a Maputo. Zeferino Coelho espera que o autor regresse a Portugal na rentrée, em Setembro ou Outubro.

No entanto esta distinção não o vai desviar do seu novo romance, sobre Gungunhana, personagem histórico de Moçambique. "O prémio não me desvia. Estou a escrever uma coisa que já vai há algum tempo, um ano, mais ou menos, e é sobre um personagem histórico da nossa resistência nacionalista, digamos assim, o Gungunhana, que foi preso pelo Mouzinho de Albuquerque, depois foi reconduzido para Portugal e acabou por morrer nos Açores”, disse  Mia Couto, à agência Lusa. “Há naquela figura uma espécie de tragédia à volta desse herói, que foi mais inventado do que real, e que me apetece retratar”, sublinhou.

Nascido em 1955, na Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo). Integrou, na sua juventude, o movimento pela independência de Moçambique do colonialismo português. A seguir à independência, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompe os estudos e vira-se para o jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna,Tempo e Notícias, e também a Agência de Informação de Moçambique (AIM), de que foi director.

Em meados da década de 1980, regressa à universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.

"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.

Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impor o seu estilo muito próprio.

“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”

Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), O Outro Pé da Sereia (2006), Jesusalém (2009), ou A Confissão da Leoa (2012). A propósito dos seus últimos livros, o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem. [...] [público.pt]

 

Mia Couto foi o autor da semana, neste blog, a 13 de abril de 2012.

 

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Sugestão de leituras

 

Titulo: A mãe galinha

Autor: Maria Morais

Ilustrador: Marina Palácio

Editora: quidnovi

Sinopse: Julieta vivia num apartamento da cidade e era uma galinha normal, até ao dia em que ficou à espera de bebé. Mãe-galinha como era, queria o melhor para os seus filhos, por isso, decidiu que eles haveriam de nascer no meio do campo, para que conhecessem o sol, as árvores, o cheiro das ervas. Sabia que os seus filhos iriam gostar de molhar as asas num riacho verdadeiro, em vez de usarem uma banheira como as pessoas. Mas como é que uma galinha da cidade, que só sabia andar de elevador, chegaria à Maternidade do Bosque, ainda mais com aquela barriga tão grande e pesada?

 

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Segunda-feira, 27 de Maio de 2013
Músico da semana: Georges Moustaki

 

Georges Moustaki (Alexandria, 3 de maio de 1934 - Nice, 23 de maio de 2013), nascido Giuseppe Mustacchi, foi um compositor e cantor francês.

Nascido no Egito, de pais judeus gregos originários de Corfu, cresceu em um ambiente multicultural (judeu, grego, italiano, árabe, francês) e cedo se apaixonou pela literatura e pela canção francesas - particularmente por Édith Piaf.

Transfere-se para Paris em 1951, onde trabalha como jornalista e depois barman em um piano-bar, o que o leva a conhecer personalidades do mundo musical da época, como Georges Brassens, que terá grande influência sobre sua carreira e de quem adota o nome. Em 1958, encontrará Édith Piaf. Para ela escreverá uma das suas canções mais conhecidas - Milord - e com ela viverá um rápido e intenso romance. É autor da canção "Abril em Portugal". [ler mais]

 

 

 

 

A canção francesa está mais pobre: morreu Georges Moustaki

 

Era um dos vultos maiores da canção popular francesa. Tinha 79 anos. Milord ou Le Métèque, símbolo do Maio de 68, tinham a sua assinatura. Edith Piaf, Serge Reggiani ou Juliette Gréco devem-lhe alguns dos seus maiores êxitos.

O cantor e compositor francês, de origem grega, Georges Moustaki, morreu, em Nice, França, aos 79 anos, completados a 3 de Maio. Nascido no Egipto, em Alexandria, de pais judeus gregos, ficou conhecido por canções como Le métèque, uma balada romântica sobre um estrangeiro sonhador com ecos autobiográficos, que haveria de se transformar num dos símbolos da revolução do Maio de 68.

É que ele havia crescido num ambiente multicultural, envolvido por quatro idiomas (italiano, francês, árabe e grego), tendo-se apaixonado desde cedo pela literatura e pela canção popular francesa, em particular por Edith Piaf, com quem manteve uma relação afectiva e para quem viria a escrever o clássico Milord (1958).  

Abandonou os espectáculos ao vivo há quatro anos por causa de uma doença pulmonar que o impedia de cantar na plenitude. O seu mestre era Georges Brassens, tendo por isso utilizado o nome Georges como pseudónimo artístico, ele que se chamava Giuseppe Mustacchi. Chegou a Paris em 1951, tendo nos anos 1960 composto canções para todos os grandes cantores franceses da época como Henri Salvador, Yves Montand, Juliette Gréco, Serge Reggiani ou Barbara.

Já esta manhã, a cantora Juliette Grégo, rendeu-lhe homenagem, descrevendo-o como alguém requintado, refinado e elegante. "Possuia uma doçura infinita e imenso talento", disse à RTL. "Era como todos os poetas, alguém diferente, porque acaba por ser sempre essa diferença que conduz ao talento."

Com um repertório de cerca de 300 canções, cantadas por ele, ou por intérpretes como Reggiani (Sarah, Ma liberté, Ma solitude ou Votre fille a vingt ans de 1969) e Barbara (La dame brune de 1968), muitas delas viriam a transformar-se em clássicos quase instantâneos da canção popular francesa.

A simplicidade era uma das características dos seus muitos discos. Possuia uma voz suave e quente, e muitas vezes cantava apenas acompanhado pela sua guitarra, criando um clima de intimidade que era transposto para os seus concertos. Inicialmente tinha alguma relutância em afirmar-se como cantor, preferindo o papel de compositor, mas impulsionado por Reggiani ou Barbara viria também a assumir esse papel no decorrer do sucesso de Le Métèque, que viria a originar um álbum com o mesmo nome.

Nos anos seguintes viria a lançar mais uma série de álbuns, incluindo o disco ao vivo Bobino de 1970, que consolidaria o seu nome como alguém que emanava uma sensação de liberdade e de harmonia, qualquer coisa que a música transportava, mas também a sua imagem mediterrânica bronzeada, com um pouco de romance à mistura - qualquer coisa que o próprio parecia cultivar, como ficaria demonstrado no sucesso En Mediterranée (1971).

Nos anos 1970 deixa-se fascinar pela música brasileira ou pelo tango argentino - colaborou com Astor Piazzolla - passando grande parte dos anos 1980 em viagens e digressões pelo mundo, regressando aos álbuns de originais na década de 1990, com Mediterranéen (1992) ou Tout Reste à Dire (1996).

A sua relação com Portugal é antiga. Para homenagear a revolução de 1974 adaptou uma canção de Chico Buarque que se viria a tornar emblemática no pós - 25 de Abril, intitulada Portugal (fado tropical). A última vez que actuou em Portugal foi em 2008, um ano antes de se retirar e no seguimento do lançamento do disco Vagabond, na Casa da Música, no Porto, e no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Considerado umas das vozes do Maio de 1968, Moustaki afirmou nessa altura à agência Lusa que dessa revolução “resta uma certa arte de viver, um certo código ético que, mesmo que não seja unânime, impregnou-se na nossa cultura”.

Poliglota, gostava de pintar também e, ao longo dos anos, foi sendo também poeta, escritor, actor ou jornalista. Vivia há cerca de quarenta anos em Paris. [publico.pt]

 

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Sábado, 25 de Maio de 2013
"Wood & Stock: sexo, orégano e rock'n'roll" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 26 de maio, pelas 21.45h, o filme "Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock'n'Roll" de Otto Guerra.





publicado por bibliotecadafeira às 18:30
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Sexta-feira, 24 de Maio de 2013
Exposição "Gente com luz própria" de Isabel Lhano

 

A biblioteca municipal, no âmbito da sua programação de artes plásticas irá apresentar, a 25 de maio de 2013, pelas 18h00, a exposição “Gente com luz própria” de Isabel Lhano, com a performance do Colectivo Poético Silêncio da Gaveta.

 

horário:
segunda a sexta: 09h30 às 19h00
sábado: 10h30 às 22h00
domingo: 21h00 às 23h30

 

patente até 22 de junho



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Autor da semana: Herberto Hélder

 

Herberto Hélder de Oliveira (Funchal, São Pedro, 23 de Novembro de 1930) é um poeta português de ascendência judaica.

Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Viajou por diversos países da Europa realizando trabalhos corriqueiros, sem nenhuma relação com a literatura e foi redactor da revista Notícia em Luanda, Angola, em 1971, onde sofreu um acidente grave.

É considerado um dos mais originais poetas vivos de língua portuguesa. É uma figura misantropa, e em torno de si paira uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusa prémios e se nega a dar entrevistas. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa, que recusou. [ler mais]

 

 

Herberto Hélder publica Servidões

 

Depois de A Faca Não Corta o Fogo , em 2008, o poeta regressa, aos 82 anos, com um novo livro de inéditos.

Chega na segunda-feira às livrarias, com a chancela da Assírio & Alvim, do grupo Porto Editora, um novo livro de Herberto Hélder, Servidões, que reúne largas dezenas de poemas inéditos.
Chega na segunda-feira às livrarias, com a chancela da Assírio & Alvim, do grupo Porto Editora, um novo livro de Herberto Hélder, Servidões, que reúne largas dezenas de poemas inéditos. A notícia foi avançada nesta terça-feira pelo grupo Porto Editora, que presumivelmente obedeceu aos desejos do autor ao só anunciar agora a existência do livro e ao dispensar qualquer sessão de lançamento.
Tal como os anteriores títulos de Herberto Hélder, Servidões não será reeditado autonomamente, embora seja de admitir que venha a integrar uma próxima edição de Ofício Cantante, a sua poesia completa. Dado que a tiragem deste novo livro não excederá os cinco mil exemplares, tudo indica que terá o mesmo destino de A Faca Não Corta o Fogo, de 2008, que se esgotou num mês.
A primeira impressão que Servidões provoca em quem acabou de ler o livro talvez se deixe dizer melhor numa expressão inglesa: he did it again. Mais uma vez, depois de a energia e a capacidade de inovação de A Faca Não Corta o Fogo terem assombrado os que não julgavam possível uma tal voltagem poética num autor de 80 anos, Herberto Hélder repete o milagre.
Servidões abre com um texto em prosa construído a partir de três textos anteriores: o mais antigo aparecia a abrir Edoi Lelia Doura, a “antologia das vozes comunicantes da poesia moderna portuguesa” que o autor organizou em 1985, e os restantes tinham surgido respectivamente na publicação brasileira Cult e na Telhados de Vidro, a revista da editora Averno. É significativo que Herberto Hélder tenha querido iniciar este livro com um texto marcadamente autobiográfico, que começa com a sua infância na Madeira, povoada de “visões” e “vozes” que terão contribuído para selar precocemente o seu destino de poeta, e não por acaso de um poeta que acredita, sem ironia, nos poderes da poesia, como outrora, em criança, acreditou nas “enigmáticas figuras” de animais que a seiva das bananeiras deixava na lâmina de uma faca, ou nos raios que atingiriam os espelhos se não houvesse a prudência, “em tempo de trovoadas”, de os cobrir com lençóis.
O texto termina com esta passagem: “Cumprira-se aquilo que eu sempre desejara – uma vida subtil, unida e invisível que o fogo celular das imagens devorava. Era uma vida que absorvera o mundo e o abandonara depois, abandonara a sua realidade fragmentária. Era compacta e limpa. Gramatical”.
Nada de muito diferente do que há muito escrevera num texto hoje recolhido em Photomaton & Vox: “(...) As pessoas perdem o nome, as coisas limpam-se, cessam a fuga do espaço e o movimento dispersivo do tempo. Fica um núcleo cerrado. Fico eu.” Mas é verdade que se sente em Servidões, talvez mais do que noutros livros do autor, um certo desejo de revelar, de esclarecer, talvez de corrigir leituras exteriores que lhe terão parecido equívocas. Não se trata nunca, note-se, de propor a sua própria leitura da obra, mas antes de tentar aclarar a natureza do trajecto de que ela é a face visível. Este é também um livro em que Herberto Hélder vai mais longe do que nunca na sua determinação de sair da literatura, de desprezar todo o ornamento. E o livro parece ir acelerando, até atingir, em muitos dos poemas finais, uma violenta energia: “dá-me o êxtase infernal de Santa Teresa de Ávila/ arrebatada ar acima num orgasmo anarquista,/ a ideia de paraíso é apenas um apoio/ para o salto soberano,/ não um inferninho brasileiro com menininhas de programa,/ púberes putinhas das favelas,/ mas o inferno complexo onde passeia a Beatriz das drogas duras,/ um inferno à medida de cada qual dificílimo (...)”.
Embora a proximidade da morte seja um tópico recorrente em Servidões, nem há aqui melancolia alguma, nem o corpo que se lê nestes poemas dá grandes sinais de decadência física. Mas a verdade é que nenhum corpo real, tivesse ele 30 ou 80 anos, pôde alguma vez plausivelmente corresponder à energia sexual desta escrita. O que é realmente digno de assombro não é tanto isso, é um cérebro de 82 anos ser capaz desta intensidade criativa. [publico.pt]

 

 

 

 

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Quinta-feira, 23 de Maio de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Grandes Esperanças” de Mike Newell com Ralph FiennesHelena Bonham CarterJason Flemyng; “Um planeta solitário” de Julia Loktev com Hani FurstenbergGael García BernalBidzina Gujabidze; “Rugas” de Ignacio Ferreras com

Álvaro GuevaraTacho González (Voz)Mabel Rivera (Voz); “Seleção natural” de Robbie Pickering com Matt O'LearyRachael HarrisJohn Diehl; “O Fundamentalista relutante” de

Mira Nair com Riz AhmedKate HudsonLiev Schreiber; “Velocidade Furiosa 6” de Justin Lin com Dwayne JohnsonVin DieselPaul Walker.

 

“Grandes Esperanças”

Sinopse:

Inglaterra, princípio do séc. XIX. Pip, um órfão de seis anos, é salvo das ruas e ajudado por um misterioso benfeitor. Sem saber a identidade daquele homem ou receber qualquer tipo de explicação, o pequeno é levado para a capital, onde cresce e é educado lado a lado com as pessoas mais importantes da sociedade londrina, tornando-se um verdadeiro cavalheiro. Porém, quando a vida de Pip está no auge e ele, já homem feito, conquista o seu lugar no mundo, a verdade sobre a origem da fortuna que tem recebido anonimamente é descoberta. As consequências são catastróficas e vão afectar, para sempre, todos os que o rodeiam. 
Com realização de Mike Newell ("Quatro Casamentos e Um Funeral", "Harry Potter e o Cálice de Fogo", "O Amor nos Tempos de Cólera"), esta é a mais recente adaptação do célebre romance escrito, em 1861, por Charles Dikens. No elenco, Jeremy Irvine, Helena Bonham Carter, Holliday Grainger, Ralph Fiennes e Robbie Coltrane, entre outros. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Um planeta solitário”

Sinopse:

Alex e Nica (Gael García Bernal e Hani Furstenberg) estão apaixonados e pretendem casar em breve. Mas, antes disso, resolvem fazer uma grande viagem de mochila às costas, pelas montanhas da Geórgia. Para tal, contratam um guia local (Bidzina Gujabidze) que os leva a conhecer as magníficas paisagens montanhosas do Cáucaso, onde todos se sentem felizes e em perfeita comunhão com a natureza. Porém, num momento que dura apenas uns segundos, algo acontece entre o casal que vai invalidar tudo o que viveram até aqui. Assim, naquele pequeno instante, tudo o que um dia os uniu parece ter perdido o sentido. E, por mais que se esforcem, nada vai poder reparar o passado.
Um filme dramático sobre as diversas formas de traição, com argumento e realização de Julia Loktev (“Day Night Day Night”) que marcou presença nos Festivais de Cinema de Locarno, Toronto e Nova Iorque. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Rugas”

Sinopse:

Emílio e Miguel são dois amigos a dividir quarto num lar de terceira idade. Quando são diagnosticados a Emílio os primeiros sintomas de Alzheimer, Miguel percebe que terá de encontrar uma maneira de impedir que o transfiram para o segundo andar da instituição, para onde, supostamente, são deslocados os casos sem solução. Assim, ao mesmo tempo que um se vai perdendo nos labirintos da memória, confundindo a realidade com criações da sua mente envelhecida, o outro arranja um plano infalível que provará a todos que, mesmo na velhice, a amizade é o bem mais precioso. 
Realizada por Ignacio Ferreras, um filme de animação que adapta a novela gráfica homónima criada por Paco Roca, premiada, em 2008, com o Prémio Nacional del Cómic. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Seleção natural”

Sinopse:

Linda White, uma mulher conservadora e profundamente religiosa, descobre que o marido, que acabou de sofrer um AVC, tem um filho ilegítimo de quem ela nunca ouviu falar. Agora, para cumprir o último desejo de um moribundo, Linda enceta uma longa viagem do Texas até à Florida em busca do rapaz. Quando finalmente o encontra, Linda depara-se com uma pessoa difícil, inculta e com problemas relacionados com a lei. No entanto, algo de improvável acontece entre os dois que os leva a criar uma ligação profunda e cheia de significado. Uma comédia dramática que marca a estreia na realização de Robbie Pickering e que conta com Rachael Harris, Matt O'Leary e John Diehl nos principais papéis. [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Fundamentalista relutante”

Sinopse:

Changez Khan é um jovem paquistanês licenciado pela Universidade de Princeton, EUA, com um futuro brilhante à sua frente. Logo após terminar os estudos académicos, inicia a sua carreira como analista financeiro na Underwood Samson, uma das mais importantes empresas de Wall Street. A sua vida nos EUA é a realização do "sonho americano" e ele sente-se perfeitamente adaptado e aceite naquela sociedade. Mas tudo se altera no dia 11 de Setembro de 2001, em que um ataque terrorista sem precedentes muda o mundo para sempre. A partir daquela data, Changez começa a sentir um clima de desconfiança sobre si, devido à sua cultura e nacionalidade. É assim que, cansado de ser perseguido por razões injustificadas, decide regressar à sua terra natal e abraçar as suas origens. Ali, a sua inteligência e personalidade carismática vão fazer dele um líder, respeitado pelos jovens estudantes paquistaneses que o vêem como um mentor. E, simultaneamente, em alguém temido pelas entidades norte-americanas. 
Com argumento de Ami Boghani segundo a obra homónima do escritor paquistanês Mohsin Hamid, um filme realizado por Mira Nair ("Casamento Debaixo de Chuva", "A Feira das Vaidades", "O Bom Nome"), que conta com a participação dos actores Riz Ahmed, Kate Hudson, Liev Schreiber e Kiefer Sutherland, entre outros. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Velocidade Furiosa 6”

Sinopse:

Após o último golpe no Brasil, que lhes rendeu 100 milhões de dólares, Dominic Toretto (Vin Diesel) e o seu grupo de corredores estão dispersos pelo mundo sob identidades secretas, sempre atentos aos movimentos das autoridades. É então que Dom, ainda a viver no Rio de Janeiro, é abordado pelo agente Hobbs (Dwayne Johnson), que dedicou os últimos meses a perseguir um grupo internacional de mercenários dedicado à violência e extorsão, cujos métodos de condução os têm tornado exímios na arte da fuga. A única forma de deter os criminosos é vencê-los nas ruas. Para isso, o agente investe numa última jogada: desafiar Dom a reunir a sua equipa e a juntar-se a ele. Em troca, ser-lhes-á concedido o perdão total pelos seus crimes e a oportunidade de um recomeço nos EUA, sem cadastro. 
Realizado por Justin Lin segundo o argumento de Chris Morgan, este é o sexto filme da saga "Velocidade Furiosa", dedicada aos adeptos do "tuning" e do "drift racing", uma sucessão de acelerações com o conta-rotações no limite, travagens bruscas e derrapagens controladas. [cinecartaz.publico.pt]



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A escrita concisa de Lydia Davis valeu-lhe o Man Booker Prize International 2013

 

A escritora americana Lydia Davis é sobretudo conhecida pelos seus pequenos escritos e breves narrativas. Esta quarta-feira à noite numa cerimónia em Londres recebeu o Man Booker International Prize.

Nasceu em 1947 e vive em Nova Iorque, onde além de ser conhecida e influenciar uma nova geração de escritores, traduz Proust e é professora de escrita criativa. A americana Lydia Davis recebeu o quinto Man Booker International Prize que distingue escritores vivos de todo o mundo. A sua obra desafia a classificação genérica e a escritora tem sido descrita como “mestre de uma forma literária" que advém em grande parte "da sua invenção”, lembrou o júri. A cerimónia de entrega do prémio foi quarta-feira à noite no Victoria & Albert Museum de Londres.

O júri também referiu as obras originais e filosóficas de Lydia Davis, embora curtas, exigiam tempo, talento e esforço e elogiou a habilidosa eficácia da sua escrita e a profundidade contida em poucas linhas. “A sua obra tem a precisão e a brevidade da poesia.” As suas histórias são por vezes surpreendentemente curtas não se estendendo por mais de duas ou três páginas, nota. Talvez por isso foi considerada "pouco esforçada", como ela própria conta com humor.

“Recentemente recusaram-me um prémio literário porque disseram que eu era preguiçosa.” Agora já não, anunciaram os membros do júri – Júri Sir Christopher Ricks (que preside), Elif Batuman, Aminatta Forna, Yiyun Li e Tim Parks – que a descrevem como uma inovadora e influente escritora.

Lydia Davis, que vive em Nova Iorque e é professora de escrita criativa na Universidade de Albany, é também conhecida por traduzir da língua francesa importantes clássicos como Madame Bovary de Gustave Flaubert de Du côté de Chez Swann, de Proust.

O prémio tem o valor de 60 mil libras (cerca de 70 mil euros) e é atribuído de dois em dois anos a um escritor no mundo por uma obra original em língua inglesa ou traduzida em inglês. É a quinta vez que ele é atribuído, depois de em 2005 o prémio ter distinguido o escritor albanês Ismail Kadaré, em 2007 o romancista nigeriano Chinua Achebe (entretanto falecido este ano), em 2009, a canadiana Alice Munro e em 2011 o americano Philip Roth em 2011.

Como devem os seus escritos ser classificados?, interroga-se o presidente do júri. Talvez não devam. Foram chamados de histórias mas são igualmente miniaturas, anedotas, ensaios, parábolas, fábulas, textos, aforismos ou ainda orações ou simplesmente observações, salienta Sir Christopher Ricks na declaração sobre a escolha que deixou de fora os outros nove escritores finalistas: Vladimir Sorokin, Marie N'Diaye, Yan Lianke, Marilynne Robinson, Aharon Appelfeld, Peter Stamm, Intizar Husain, Josip Novakovich ou U R Ananthamurthy. 

Um romance apenas – The End of the Story (1995) – integra a sua obra essencialmente composta de colecções de contos como Break it Down (1986),Almost no Memory (1997), e outras. Lydia Davis foi editada em Portugal pela Relógio d’Água.

Ao jornal brasileiro Folha de São Paulo, a escritora disse numa entrevista: “Tento ser tão concisa quanto posso ao expressar o que quero. Mas vale lembrar que Proust também acreditava na concisão. Se uma frase dele pode durar várias páginas, isso não significa que ele tenha dito mais do que necessitasse.” [publico.pt]



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Quarta-feira, 22 de Maio de 2013
Na mesa dos poetas

 

Guerra Junqueiro

 

Abílio Manuel Guerra Junqueiro [Freixo de Espada à Cinta, 17 de Setembro de 1850— Lisboa, 7 de Julho de 1923]. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República

 

Portugal

 

Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!

 

Guerra Junqueiro

in 'Pátria'

 

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Terça-feira, 21 de Maio de 2013
Sugestão de leituras

 

Titulo: Quando a mãe era pequena

Autor: Joana Cabral

Ilustrador: Margarida Teixeira

Editora: Máquina de Voar

Sinopse:

Este livro é para todos. É um álbum ilustrado que fala sobre algumas diferenças entre gerações. Um tema que suscita sempre a curiosidade dos mais novos. As crianças adoram saber e os adultos adoram contar. Como era quando os pais eram pequeninos? Aqui não há lugar para sermões nem se pretende dizer que dantes é que era bom e que agora o mundo está todo ao contrário. Nada disso. Mas o mundo era de facto diferente, sem microondas, computadores e telemóveis e sem DVDs e desenhos animados 24 horas por dia. Parece inacreditável mas era assim. A televisão a cores era um luxo, não tínhamos comandos e só existiam 2 canais. Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, há coisas que nunca mudam, como o amor entre pais e filhos.

 

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Segunda-feira, 20 de Maio de 2013
Músico da semana: Daft Punk

 

Daft Punk é uma dupla de música eletrônica formada pelo Luso-Francês Guy-Manuel de Homem-Christo e pelo francês Thomas Bangalter. Eles alcançaram significativa popularidade na França no final dos anos 1990, no segmento musical de tendência house. Nos anos seguintes, consolidaram o sucesso combinando elementos de house com synthpop. A dupla também é creditada pela produção de canções consideradas essenciais no panorama da French house. Entre 1996 e 2008, a sua carreira musical foi gerida por Pedro Winter (Busy P), chefe da gravadora Ed Banger Records.

No início de suas carreiras, os dois membros do Daft Punk integraram a banda Darlin', projeto influenciado pela sonoridade dos Beach Boys e Rolling Stones, mas rapidamente dissolvido. Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter formaram então o Daft Punk, vindo a lançar em 1997 o seu aclamado álbum de estreia, Homework. Em 2001 foi lançado com ainda maior sucesso o segundo trabalho, Discovery, contendo os singles "One More Time", "Digital Love" e "Harder, Better, Faster, Stronger". [ler mais]

 

Daft Punk acedem à sua memória musical para o novo álbum

 

 

"Random Access Memories", o novo álbum do duo eletro-pop francês Daft Punk, é editado na segunda-feira, mas milhões de pessoas já o foram ouvindo ao longo das últimas semanas, batendo recordes na Internet.

O quarto álbum, oito anos depois de "Human after all", apela à memória musical de Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, remete para o disco-funk, os anos 1980 e foi o primeiro que gravaram em estúdio, com vários instrumentos, para lá dos sintetizadores e dos manipuladores de voz, habituais na sonoridade "Daft-Punk".

O primeiro single retirado de "Random Access Memories", "Get Lucky", interpretado por Pharrell Willams, bateu recordes de escuta e vendas na Internet, no Sportify e iTunes, por exemplo.

Pharrell Williams foi o primeiro dos convidados anunciados pelo grupo para este álbum, aos quais se juntou o produtor italiano Girogio Moroder, o norte-americano Nile Rodgers ou os músicos Panda Bear (dos Animal Collective) e Julian Casablancas (dos Strokes).

Os Daft Punk, que surgem sempre com o rosto coberto por capacetes futuristas, explicaram em Abril à revista Rolling Stone que começaram a trabalhar no novo álbum em 2008, em Paris, mas cedo perceberam que procuravam uma sonoridade diferente da que já tinham feito antes.

A dupla não queria ficar à sombra de sucessos "Around the world", "Da funk" e "One more time", mas também não estava satisfeita em ter mais canções marcadas apenas pela electrónica e em modo "piloto automático".

"Queríamos fazer o que fazíamos antes, com as máquinas e 'samplers', mas também com pessoas", explicou Thomas Bangalter; daí a quantidade de convidados presentes neste novo registo.

"Random Access Memories", que sai na segunda-feira em Portugal com o selo da Sony Music, foi lançado oficialmente na sexta-feira em Wee Waa, uma localidade rural na Austrália, com escassos dois mil habitantes.

Mesmo sabendo que Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo supostamente não estariam presentes, os bilhetes para o lançamento venderam-se em menos de 15 minutos e estiveram presentes mais de quatro mil pessoas.

Os Daft Punk, que actuaram em 2006 no festival Sudoeste, em Portugal, anunciaram ainda que não têm planos para uma nova digressão. [sol.pt]

 

 

  

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Sábado, 18 de Maio de 2013
"Ferrugem e Osso" na biblioteca municipal
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 19 de maio, pelas 21h45, o filme "Ferrugem e Osso" de Jacques Audiard. 



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Sexta-feira, 17 de Maio de 2013
Autor da semana: Ondjaki

 

Ondjaki é o pseudónimo do escritor angolano Ndalu de Almeida, (Luanda, 1977).

Estudou em Luanda e concluiu licenciatura em sociologiaem Lisboa. Possuiexperiência na área do teatro e da pintura.

Em 2000, obtém o segundo lugar no concurso literário António Jacinto realizado em Angola, e publica o primeiro livro, Actu Sanguíneu.

Depois de estudar por seis mesesem Nova Iorquena Universidade de Columbia, filma com Kiluanje Liberdade o documentário Oxalá cresçam pitangas - histórias da Luanda.

As suas obras foram traduzidas para diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês.

Foi laureado pelo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2007, pelo seu livro Os da Minha Rua. Recebeu, na Etiópia, o prémio Grinzane por melhor escritor africano de 2008.

Em Outubro de 2010 ganhou, no Brasil, o Prémio Jabuti, na categoria Juvenil, com o romance AvóDezanove e o Segredo do Soviético. [ler mais]

 

 

 

 

Ondjaki vence prémio brasileiro de literatura para crianças e jovens

 

O livro A Bicicleta Que Tinha Bigodes, do autor angolano Ondjaki, foi escolhido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil brasileira como o melhor título destinado a crianças e jovens, relativo a 2012. Esta obra já tinha sido distinguida em Portugal com o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância.Ondjaki ficou satisfeito com esta nova distinção vinda do Brasil. “Fico contente. Por mim e por Angola. Ainda vivo essa fase de que partilho os meus prémios com o meu país ou com as crianças do meu país. É a segunda vez que sou distinguido com este prémio, e a emoção é a mesma. Emoção e honra. É bonito ver um livro angolano chegar a outras culturas”, disse ao PÚBLICO via email, a partir de Angola.  
A história parte da ideia de um concurso da Rádio Angola que iria oferecer uma bicicleta à criança que escrevesse a melhor redacção. “Mas isso é só uma desculpa”, disse o autor ao programa Ler+, Ler Melhor no início do ano passado. ( “A história é sobre a fantasia, a amizade e o acto da escrita”, acrescentou. São três crianças da mesma rua que procuram “o tio Rui” para as ajudar a redigir os textos para o concurso. Ele “é escritor e inventa estórias e poemas que até chegam a outros países muito internacionais”. Os bigodes da bicicleta (o guiador) fazem mesmo lembrar os dele.

Uma das crianças confessa às outras que não conseguiu fazer a redacção, mas escreveu uma carta. E levou-a à Rádio Angola. Ondjaki foca-se mais na busca do objectivo do que no sucesso. Por isso, quando fala na história, diz que as crianças ao longo do livro “vão desconseguindo”. Mas não se pense que é uma narrativa triste. O autor descreve-a assim: “É feliz, bonita, em torno da amizade, da criatividade. E não só entre as crianças, mas entre as crianças e os mais velhos.”

Ainda que haja universos comuns entre a sua infância e aqueles que busca nos seus trabalhos, este livro, diz o autor, é “o menos autobiográfico”. Mesmo se na sua própria história há uma rua de Angola, três crianças, uma avó, um escritor. “Eu vi tudo isso.”

No final, uma dedicatória: “O corpo deste texto é um abraço de amizade e de saudade: ao Luís Bernardo Honwana – esta minha Isaura é em homenagem à tua…; obrigado pela tua voz, pelo Cão Tinhoso, pelos olhos da tua Isaura; e ao Manuel Rui – tu sabes: (quase) todos nós, dos anos 80, somos um pouco a ficção e a realidade do teu Quem me Dera Ser Onda; obrigado pelo teu olhar também, em voz de contar e de dizer as nossas brincadeiras de rua, mais as estigas nas bermas da nossa língua toda desportuguesa...”

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil é a secção brasileira do International Board for Young People (IBBY) e atribui prémios desde 1975. O autor já tinha sido distinguido em 2010 na categoria romance, com Avó Dezanove e o Segredo do Soviético, também editado pela Caminho. “É um prémio de prestígio. Há uma comissão muito diversificada de leitura e avaliação. E são pessoas muito generosas que o fazem voluntariosamente”, escreveu Ondjaki na noite de quarta-feira.

Na categoria escritor revelação, a fundação distinguiu a escritora Tatiana Salem Levy, brasileira de ascendência portuguesa, que publicou o livro Curupira Pirapora, com ilustração e trabalho gráfico de Vera Tavares.

O livro, que remete para o folclore nacional brasileiro, recuperando a figura do Curupira – protector das florestas brasileiras –, foi editado em 2012 pela Tinta da China. [publico.pt]

 

 

 

 

  

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Quinta-feira, 16 de Maio de 2013
Nuno Júdice ganha prémio Rainha Sofia

 

O poeta português Nuno Júdice ganhou hoje o 22.º prémio Rainha Sofia de poesia ibero-americana, sucedendo assim a Ernesto Cardenal, da Nicarágua, a quem tinha sido atribuído o galardão no ano passado, de acordo com o "El País".

O escritor de 64 anos, que irá receber 42.100 euros, é homenageado com o prémio espanhol pelo conjunto da sua obra poética, desenvolvida há mais de três décadas, que constitui uma contribuição relevante ao património cultural ibero-americano.

O júri foi constituído por 18 personalidades ibero-americanas da área da filologia, da literatura e do ensaio literário, nas quais se incluíram os escritores portugueses António Lobo Antunes e José Manuel Mendes.

Até hoje, o prémio Rainha Sofia, que é entregue há 22 anos, só tinha sido entregue a uma portuguesa: Sophia de Mello Breyner, em 2003. [expresso.pt]


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Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “República di Mininus” de Flora Gomes; “Os Nossos Filhos” de Joachim Lafosse com Niels Arestrup, Tahar RahimÉmilie Dequenne; “O Grande Gatsby” de Baz Luhrmann com Leonardo DiCaprio, Carey MulliganTobey Maguire; “A Sangue Frio” de Stefan Ruzowitzky com Eric Bana, Olivia WildeCharlie Hunnam; “O Outro Lado do Coração” de John Cameron Mitchell com Nicole KidmanAaron EckhartDianne Wiest; “A Música Que Nunca Acabou” de Jim Kohlberg com Jim KohlbergJ.K. SimmonsCara SeymourLou Taylor Pucci; “O Guarda” de John Michael McDonagh com John Michael McDonaghRonan CollinsBrendan GleesonDon Cheadle; “Aprovado” de Paul Weitz com Tina FeyPaul RuddAnn Harada.

 

“República di Mininus”

Sinopse:

Num país sem nome, algures no continente africano, as crianças foram abandonadas à sua sorte. Por causa disso, uniram-se, criando a República de Mininus, onde cada uma cumpre o seu papel numa sociedade inventada, com vista à sobrevivência de todos. Nesse lugar, união, respeito e harmonia são deveres inestimáveis. Só serão postos em causa com o surgimento de cinco novas crianças. Trazem consigo as terríveis marcas de um passado difícil e, para poderem adaptar-se àquele mundo, terão de passar uma prova imposta por todos os outros: ou se aceitam como um grupo, ou terão de partir novamente para um mundo sem esperança. 
Com a participação especial de Danny Glover, um filme realizado por Flora Gomes ("E a Morte o Negou", "Os olhos Azuis de Yonta", "Pau de Sangue", "Nha Fala - A Minha Voz"), um dos mais representativos realizadores africanos da actualidade, que fala sobre a nova geração de África, onde as crianças são tidas como a grande esperança de salvação do continente. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Os Nossos Filhos”

Sinopse:

Murielle e Mounir (Émilie Dequenne e Tahar Rahim) são jovens, apaixonados e com esperança num futuro a dois. Após o casamento, aceitam viver em casa do Dr. Pinget (Niels Arestrup), um benfeitor que sempre ajudou a família de Mounir e que se tornou um segundo pai para ele. Porém, com o passar dos anos e o nascimento dos filhos, o que seria uma situação provisória acaba por se prolongar indefinidamente, quer por dificuldades financeiras do casal, quer por decisão de Mounir, que sente ter uma enorme dívida de gratidão para com o velho senhor. Sentindo-se cada vez mais distante do marido e mais presa a uma situação que nunca desejou, Murielle perde o controlo da sua vida, seguindo em direcção a uma tragédia que ninguém poderia prever… 
Com realização de Joachim Lafosse (“Nue Propriété” e “Folie Privée”) e argumento partilhado com Thomas Bidegain e Matthieu Reynaert, um filme dramático que se inspira na verdadeira história do casal Genevieve Lhermitte e Bouchaib Moqadem. [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Grande Gatsby”

Sinopse:

No início dos anos 1920, numa profusão de luxo, álcool e dinheiro, uma figura misteriosa instala-se em Long Island, EUA. Quem é esta personagem sedutora, cujas festas na mansão privada em West Eggatraem a alta sociedade de toda a região? Os mais variados rumores sobre a origem da sua fortuna circulam. Será ele um espião ou um lord inglês? Um herói de guerra ou um simples exibicionista? Mais tarde, a verdade será revelada e, para surpresa de todos, tudo se resume a uma trágica – e obsessiva – história de amor. 
Com argumento e realização de Baz Luhrmann (“Moulin Rouge”, “Austrália”), esta é a mais recente adaptação cinematográfica da obra homónima de F. Scott Fitzgerald, editada pela primeira vez em 1925 e que, décadas depois, se transformou num dos mais importantes romances da literatura universal. Nos principais papéis encontramos Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan, Tobey Maguire e Joel Edgerton. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A Sangue Frio”

Sinopse:

Os irmãos Addison e Liza (Eric Bana e Olivia Wilde) encontram-se em fuga após um assalto mal sucedido. Quando ele, durante uma perseguição sob um violento nevão, atinge mortalmente um polícia, os dois resolvem separar-se e seguir em direcção à fonteira com o Canadá. No percurso, enquanto Addison segue o seu caminho deixando atrás de si um rasto de destruição, Liza aceita boleia de Jay (Charlie Hunnam), um ex-boxista que regressa a casa com o intuito de passar o Dia de Acção de Graças com os pais (Sissy Spacek e Kris Kristofferson). É junto da família de Jay que os dois irmãos se vão reencontrar, num terrível confronto que os levará aos limites e que vai pôr em causa a força da sua ligação. Um “thriler” de acção realizado pelo austríaco Stefan Ruzowitzky (“Os Falsificadores”) segundo um argumento original de Zach Dean. [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Outro Lado do Coração”

Sinopse:

Há oito meses, Becca e Howie Corbett (Nicole Kidman e Aaron Eckhart) eram um casal feliz e cheio de planos para o futuro. Hoje, devido ao trágico acidente que causou a morte ao seu filho pequeno, cada um deles tenta, à sua maneira, lidar com a dor da perda e com o sentimento de impotência face ao sucedido. Mas, apesar de se esforçarem por reencontrar a normalidade das suas vidas, estão ambos conscientes dessa impossibilidade. E é por isso que, ao mesmo tempo que ela procura alívio na companhia da mãe (Dianne Wiest) e se tenta aproximar do jovem que involuntariamente causou a morte da criança, ele se sente perdido, encontrando refúgio em Gabby (Sandra Oh), a única capaz de compreender a sua dor. 
Realizado por John Cameron Mitchell (“Hedwig – A Origem do Amor”, “Shortbus”), é a adaptação da premiada peça escrita por David Lindsay-Abaire (também responsável pelo argumento), sobre um casal que se esforça por encontrar um meio de redenção e cura para a pior de todas as tragédias. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A Música Que Nunca Acabou”

Sinopse:

Em pequeno, Gabriel (Lou Taylor Pucci) sempre teve uma ligação especial com Henry (J.K. Simmons), o seu pai. Porém, à medida que foi crescendo, as circunstâncias foram-nos afastando até quase deixarem de conseguir comunicar. Quando é diagnosticado a Gabriel um tumor cerebral que requer uma cirurgia de alto risco, toda a família se une para o ajudar a ultrapassar aquele momento difícil. Porém, apesar do sucesso da operação, ficam a saber que a parte cerebral responsável pelas memórias foi afectada e que agora ele tem sérias dificuldades em criar novas recordações. E então que, numa busca desesperada por tratamentos alternativos, Henry recorre à Dr.ª Dianne Daly (Julia Ormond), uma terapeuta musical que, através de um método incomum, tem conseguido recuperar a memória a vários dos seus pacientes. Assim, usando um novo processo de comunicação a partir dos gostos musicais de ambos, pai e filho fazem uma viagem conjunta, recriando a relação há muito perdida...
Realizado por Jim Kohlberg, um filme que adapta um caso clínico apontado num dos famosos ensaios do Dr. Oliver Sacks. [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Guarda”

Sinopse:

Galway, Irlanda. Possuidor de uma personalidade conflituosa e de moral duvidosa, o detective Gerry Boyle (Brendan Gleeson) tem em mãos um importante caso de tráfico de drogas, que aparenta ter diversas ramificações internacionais. Mais interessado num modo de vida libertino do que na resolução daquele caso, ele é apanhado de surpresa quando é confrontado com o seu novo parceiro: Wendell Everett (Don Cheadle), um agente do FBI que chega directamente dos EUA para o ajudar na investigação. Apesar de muito relutante em fazer parceria com um "gringo" em quem não deposita a mínima confiança, Boyle é obrigado a encontrar uma maneira de conciliar as diferenças entre ambos e, em tempo recorde, resolver aquele caso de uma vez por todas.
Uma comédia policial que marca a estreia na realização de John Michael McDonagh. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Aprovado”

Sinopse:

Universidade de Princeton, EUA. Portia Nathan (Tina Fey) é uma das responsável pelas admissões dos alunos a bolsas universitárias, e o seu trabalho é avaliar, com o máximo rigor, milhares de candidaturas. Apesar da sua obsessão pela organização, a sua vida fica virada do avesso quando, numa visita a um liceu alternativo, ela reencontra Jonh Pressman (Paul Rudd), um antigo colega. Pressman, hoje um professor dedicado e cheio de ideais, convenceu-se que Jeremiah (Nat Wolff), um dos seus estudantes mais brilhantes, é o filho que ela deu para adopção quando era muito jovem. O rapaz prepara-se para se candidatar a Princeton. Portia, que agora se vê obrigada a examinar as qualidades do seu próprio filho, vai ter de reavaliar não apenas a sua vida profissional como também todo o seu percurso pessoal. Baseado no romance homónimo da americana Jean Hanff Korelitz, uma comédia romântica que conta com a realização de Paul Weitz ("Era Uma Vez Um Rapaz", "Mais Uma Noite de Merda Nesta Cidade da Treta"). [cinecartaz.publico.pt]

 



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Quarta-feira, 15 de Maio de 2013
Na mesa dos poetas

Aos Vencedores

 

Visto que tudo passa e as épicas memorias
Dos fortes, dos heroes, se vão cada vez mais,
Que tudo é luto e pó! ó vós que triumphaes
Não turbeis a razão nos vinhos das vãas glorias!

Não ergais alto a taça, á hora dos gemidos,
Esquecidos talvez nos gosos, nos regallos;
E não façaes jámais pastar vossos cavallos
Na herva que cobrir os ossos dos vencidos!

Não celebreis jámais as festas dos noivados,
Não encontreis na volta os lugubres cortejos!
- E se amardes, olhae que ao som dos vossos beijos
Não respondam da praça os ais dos fusilados!

Sim! - se venceste emfim, folgae todas as horas,
Mas deixae lastimar-se os orphãos, as amantes,
Nem façaes, junto a nós, altivos, triumphantes,
Pelas ruas demais tinir vossas esporas!

Pois toda a gloria é pó! toda a fortuna vã! -
- E nós lassos emfim dos prantos dolorosos,
Regámos já demais a terra--ó gloriosos
Vencedores! talvez, - vencidos d'amanhã!

 

Gomes Leal

in 'Claridades do Sul'

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 14 de Maio de 2013
Sugestão de leituras

 

Titulo: Todas as mães

Autor: Hugo Santos

Ilustrador: Raquel Pinheiro

Editora: Nova Vega

Sinopse: Todas as Mães é uma das mais belas elegias que até hoje se escreveram sobre a Mãe. Todos os seus poemas se nos impõem pela beleza e transcendência da imagem e profundidade de pensamento. É todo um universo mágico de palavras, que nos prende e seduz do primeiro ao último verso.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Segunda-feira, 13 de Maio de 2013
Músico da semana: Youssou N' Dour

 

Youssou N'Dour (Dakar, 1º. de outubro de 1959) é um compositor, intérprete e músico senegalês.

Nasceu e cresceu no bairro da Medina em Dakar. Muçulmano e seguidor do sufismo, é pai de vários filhos e tinha duas esposas (Mamy Camara e Aïda Coulibaly). Em junho de 2007, divorciou-se da primeira, Mamy, com quem teve quatro filhos, depois de 17 anos de casamento.

Trabalhou com artistas de renome como Peter Gabriel, Paul Simon e o camaronês Manu Dibango.

Uma das suas canções mais famosas é Seven Seconds, que gravou com a cantora Neneh Cherry. Em 1998, compôs o hino para as fases finais da Copa do Mundo, La Cour DesGrands, que canta com a cantora belga Axelle Red. Compôs também a trilha sonora do filme de animação Kirikou e a feiticeira (1998). [ler mais]


 

 

Youssou Ndour e Kaija Saariaho recebem o prémio Polar Music

 

O cantor senegalês Youssou Ndour e a compositora finlandesa receberam o prestigiado prémio Polar Music, também conhecido como o “Nobel da Música”.

A distinção é entregue pela Academia Real Sueca de Música e premeia todos os anos um artista pop e um clássico. Este ano os escolhidos foram o senegalês Youssou Ndour e a finlandesa Kaija Saariaho pelos seus “trabalhos excepcionais na criação e na promoção da música”.

Para a Academia Real Sueca de Música, Youssou N’Dour “não é apenas um cantor, mas um contador de histórias, um poeta, um cantor de louvor, um artista e um historiador verbal”.

Nascido em Outubro de 1959 num bairro de Dacar numa família modesta, N'Dour é hoje um dos artistas senegaleses mais conhecidos no mundo, autor de mais de 20 álbuns. A sua carreira ficou marcada pelo êxito de 1994, Seven Seconds. Sobre o seu percurso, a Academia Sueca destaca a importância que o senegalês tem tido na continuidade da tradição griot da África ocidental. Os griots, que na cultura mandinga significa que é o portador da tradição musical, cantam a vida dos seus e são respeitados por isso.

“Youssou N’Dour tem trabalhado para reduzir animosidades entre a sua própria religião, o islão, e as outras religiões”, lê-se no comunicado que anuncia os premiados deste ano, acrescentando que “a sua voz engloba a história de um continente inteiro”.

Youssou N’Dourm, que é uma figura muito querida dos senegaleses, tem também uma actividade política intensa e ainda no ano passado se candidatou às eleições presidenciais, defendendo que queria “fazer do Senegal um país que cresça”. Youssou N’Dourm, que não chegou a ser eleito, foi nomeado ministro do Turismo e da Cultura.

Sobre a escolha da finlandesa, a Academia Sueca escreveu ser “uma compositora única, que reexamina o que a música pode ser”. Destacando a sua combinação de instrumentos acústicos e electrónicos, Kaija Saariaho compõe, escreve a Academia Sueca, música de sonhos. Kaija Saariaho, de 60 anos, é uma “maestrina moderna” que nos faz apaixonar pela sua música, destaca o comunicado do prémio. [publico.pt]

 

 

 



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Sábado, 11 de Maio de 2013
"Amor" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 12 de maio, pelas 21.45h, o filme "Amor" de Michael Haneke.





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Sexta-feira, 10 de Maio de 2013
Autor da semana: Lars Kepler

 

Lars Kepler é o pseudónimo de Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril, um casal sueco que escreve em conjunto. O seu estilo de livros é o romance policial. O primeiro livro de Lars Kepler foi lançado em 2009 na Suécia. Está editado em Portugal sob o título O Hipnotista e em mais três dezenas de países. […] Alexander Ahndoril, nascido em 1967, tem vasta obra publicada sobre o seu próprio nome, com destaque para um romance biográfico do realizador Ingmar Bergman. Alexandra Coelho Ahndoril, nascida em 1966 de mãe portuguesa, também escreve com a sua assinatura e recebeu um prémio pelo seu livro de estreia. [ler mais]

 

Novo Livro “A Vidente”


(JÁ DISPONÍVEL NA BIBLIOTECA MUNICIPAL)

 

 

Neste novo livro, personagens misteriosas, como uma mulher que diz falar com os mortos, e cenários obscuros apimentam uma trama viciante, protagonizada pelo comissário Joona Linna. 

No final do ano transato, estreou na Suécia a adaptação cinematográfica do livro O Hipnotista, com realização de Lasse Hallström, conhecido por filmes como Chocolate, e que teve um excelente acolhimento por parte da crítica.

O LIVRO
«Por todo o mundo, sempre que a Polícia se depara com casos particularmente difíceis, recorre a médiuns e espíritas. No entanto, em nenhum documento figura a colaboração de um médium para a resolução de um crime.»


Flora Hansen diz-se espírita e garante ser capaz de falar com os mortos. Certo dia, ouve na rádio uma notícia sobre o caso de uma jovem assassinada num centro de acolhimento de menores e, na tentativa de ganhar um dinheiro extra, decide telefonar para a Polícia dizendo que o espírito da morta entrou em contacto com ela. No entanto, os resultados da investigação técnica atribuem a autoria do crime a outra das internas, uma jovem sensivelmente da mesma idade, que desde então está a monte.

O comissário da Polícia Joona Linna resiste à versão oficial e inicia uma investigação por sua própria conta. Mas cada nova resposta parece apenas conduzir a um novo enigma e a mais um beco sem saída. E ninguém se dispõe a ouvir a vidente, embora ela fale com os mortos. [portoeditora.pt]

 



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Quinta-feira, 9 de Maio de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Assalto à Casa Branca” de Antoine Fuqua com Gerard ButlerAaron EckhartMorgan Freeman; “Photo” de Carlos Saboga com Anna MouglalisSimão CayatteJohan LeysenRui MorrisonAna Padrão; “Além de Ti” de João Marco com Mário SpencerJoana CostaSofia Reis; “A Essência do Amor” de Terrence Malick com Ben AffleckJavier BardemOlga Kurylenko; “Só Precisamos de Amor” de Susanne Bier com Trine DyrholmSebastian JessenMolly Blixt Egelind; “Renoir” de Gilles Bourdos com Michel BouquetChrista TheretVincent Rottiers; “Beat Girl” de Mairtín de Barra com Louise DylanPercelle AscottMichael Higgs; “Incompatíveis e Não Só...” de David Charhon com Omar SyLaurent LafitteSabrina Ouazani.

 

“Assalto à Casa Branca”

Sinopse:

Mike Banning (Gerard Butler), antigo guarda-costas do Presidente dos EUA (Aaron Eckhart), é agora responsável pelos trabalhos sujos dos serviços secretos. Quando um grupo terrorista lança um ataque à Casa Branca, levando como refém o presidente e seu filho pequeno, Banning decide infiltrar-se no grupo de terroristas e fazer o trabalho para o qual foi preparado: proteger, com a sua própria vida, o chefe de estado do seu país. Usando o seu treino e profundo conhecimento da residência oficial do presidente, torna-se os olhos e ouvidos da equipa da Segurança Nacional, liderada por Allan Trumbull (Morgan Freeman), que não tem outra opção senão confiar nas suas capacidades de discernimento.
Um “thriller” de acção realizado por Antoine Fuqua (“Dia de Treino”, “O Atirador”). [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Photo”

Sinopse:

Após a trágica morte da mãe, Elisa descobre que o homem que a criou como filha não é o seu verdadeiro pai. Com um sentimento de perda e desamparo, tenta encontrar respostas nas imensas fotos deixadas pela progenitora. Nessa busca de si mesma, decide deixar Paris rumo a Lisboa, ao encontro do passado da mãe e de um pai desconhecido que talvez tenha as respostas por que anseia.
Produzido por Paulo Branco, marca a estreia na realização de Carlos Saboga, conhecido pelos argumentos de filmes como “O Lugar do Morto” (António-Pedro Vasconcelos), “Matar Saudades” (Fernando Lopes), “O Milagre segundo Salomé” e “Amor de Perdição” (Mário Barroso), “Os Mistérios de Lisboa” (Raul Rouiz) ou "As Linhas de Wellington” (Valéria Sarmento). No elenco, Anna Mouglalis, Rui Morrison, Simão Cayatte, Marisa Paredes, John Leyesen e Ana Padrão, entre outros. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Além de Ti”

Sinopse:

Tomás e Sofia são casados há cinco anos. Ele, cartoonista no jornal local, tem o sonho de se tornar artista plástico, mas falta-lhe coragem e espírito de iniciativa. Raúl, seu melhor amigo e maior fã, acredita no valor da sua arte e esforça-se por o ajudar na divulgação dos seus trabalhos. Porém, quando Tomás inicia o caminho para o reconhecimento, entra numa crise emocional que o faz entrar em desespero e o afasta de todos à sua volta. Sofia, que quase não reconhece o marido, sente-se perdida e isolada, descobrindo dentro de si sentimentos que a fazem perder o controlo da sua própria vida…
Um filme independente, com argumento e realização de João Marco, que conta com a participação dos actores Mário Spencer, Joana Costa, Sofia Reis e Nuno Faísca, entre outros. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“A Essência do Amor”

Sinopse:

Neil e Marina conheceram-se em Paris, onde viveram uma arrebatadora história de amor. Dois anos depois, nos EUA, a paixão esmoreceu e a relação parece ter perdido o sentido. Marina vai encontrar apoio em Quintana (Javier Bardem), um padre católico que se também se sente perdido na sua relação com Deus e que, tal como ela, nunca deixou de se sentir um estrangeiro naquele lugar. Descrente e com o visto a terminar, Marina acaba por decidir partir. Com um sentimento de abandono, Neil procura conforto em Jane (Rachel McAdams), uma paixão de juventude. Porém, apesar de a relação com Jane evoluir e lhe trazer paz interior, ele sentir-se-á constantemente dividido entre este novo amor e o que perdeu…
Sexta longa-metragem do aclamado cineasta Terrence Malick ("A Barreira Invisível", “A Árvore da Vida”), um drama sobre o amor e as suas dúvidas e certezas. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Só Precisamos de Amor”

Sinopse:

Ida (Trine Dyrholm) é uma dinamarquesa que, nos últimos meses, viveu uma angustiante luta contra um cancro da mama. Certo dia, ao chegar a casa após o trabalho, encontra o marido na cama com uma mulher mais jovem. Apesar de profundamente magoada com o que acaba de presenciar, ela decide seguir viagem até Sorrento, em Itália, para a festa de casamento da sua filha Astrid. Durante a viagem, depois de um pequeno acidente de automóvel, Ida conhece Philip (Pierce Brosnan) que, por coincidência, é o pai do seu futuro genro. Já em Itália, na casa à beira-mar onde Philip viveu momentos de terna felicidade com a falecida mulher, nasce uma estranha atracção entre os dois, dando origem a um amor maduro, calmo e profundamente compensador.

Um filme com argumento e realização de Susanne Bier, a reconhecida realizadora de “Num Mundo Melhor”, vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.
Pela mensagem de esperança associada, a distribuidora Vendetta Filmes irá doar, por cada bilhete vendido durante a primeira semana de exibição, 0,50€ à Liga Portuguesa Contra o Cancro. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Renoir”

Sinopse:

Com o Sul de França como pano de fundo, um filme sobre os últimos anos de vida de Pierre-Auguste Renoir (Michel Bouquet) e de Andrée Heuschling (Christa Theret), a musa que inspirou as suas últimas obras. Esta rapariga, de espírito indomável e beleza invulgar, era o elo de ligação entre Pierre-Auguste e o seu filho Jean que, décadas depois, se tornaria um dos mais importantes cineastas sempre, imortalizado por filmes como “A Grande Ilusão” (1937) ou “As Regras do Jogo” (1939).
Um filme realizado por Gilles Bourdos que esteve em competição na edição de 2012 do Festival de Cannes. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Beat Girl”

Sinopse:

Filha de uma pianista conceituada, Heather (Louise Dylan) sempre sonhou seguir as pisadas da mãe e formar-se em piano clássico numa das mais prestigiadas escolas de música de Nova Iorque. Quando a mãe morre após uma doença prolongada, a vida da rapariga desmorona-se. Até que conhece Toby (Craig Daniel Adams), dono de uma loja de discos, que lhe dá a conhecer o mundo da música electrónica. O que começa por ser apenas uma experiência diferente no mundo da música, tranforma-se em algo mais e Heather descobre nos “decks” de DJ uma paixão tão bela como a que toda a vida sentiu pelo piano.
Com realização do irlandês Mairtín de Barra, segundo o argumento de Melanie Martinez e dos portugueses Nuno Bernardo e Susana Tavares. [cinecartaz.publico.pt] 

 

“Incompatíveis e Não Só...”

Sinopse:

A esposa de um multimilionário francês é encontrada morta em Bobigny, nos subúrbios de Paris. Para solucionar o caso, François Monge (Laurent Lafitte), um jovem agente com provas dadas na famosa esquadra criminal de Paris, é obrigado a trabalhar em equipa com Ousmane Diakite (Omar Sy), um polícia pouco convencional do departamento de Bobigny, habituado a lidar com todo o género de escumalha. Se, no início, esta parceria parece condenada ao fracasso, com o passar do tempo os dois agentes vão perceber que a diferença de personalidades até pode ser uma mais-valia na resolução do homicídio.
Uma comédia francesa realizada por David Charhon (“Cyprien”) segundo uma ideia original dos irmãos Eric e Nicolas Altmayer. [cinecartaz.publico.pt] 



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Quarta-feira, 8 de Maio de 2013
Na mesa dos poetas

 

António Duarte Gomes Leal

[Lisboa, 6 de Junho de 1848 — 29 de Janeiro de 1921]

foi um poeta e crítico literário português cuja obra se insere nas correntes  parnasiana, simbolista e decadentista.

 

Poesia da época do Realismo

Paradoxalmente, a poesia da época do Realismo retoma a altura e o prestígio lírico de Bocage e Camões. Talvez porque o poema se tornasse o molde ideal para fundir as ideias candentes no espírito da geração realista e mais facilmente comunicasse o seu conteúdo explosivo, o certo é que os realistas portugueses não descuraram da poesia e conseguiram atingir níveis de primeira grandeza, acabando por fazer do Realismo uma época rica de actividade poética. Ao contrário do Romantismo, é uma quadra de muitos e grandes poetas. Em consonância com o espírito que guiou a geração realista, a poesia da época segue várias direcções: a poesia "realista", a poesia do quotidiano, a poesia metafísica e a poesia de veleidades parnasianas.
A poesia "realista" deve ser entendida como aquela que serviu, de modo directo, aos desígnios reformistas da geração realista: sem se confundir com o Parnasianismo (como querem alguns), essa poesia é a que teve carácter revolucionário, serviu como arma de combate, de acção, em suma, poesia "a serviço" da causa realista, o que equivale a dizer poesia compromissada ou engagée. Estão nesse caso, ao menos em parte de sua trajectória: Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Antero de Quental, Teófilo Braga e outros. [auladeliteraturaportuguesa.blogspot.pt]

  

As Aldeias

 

Eu gosto das aldeias socegadas,
Com seu aspecto calmo e pastoril,
Erguidas nas collinas azuladas -
Mais frescas que as manhãs finas d'Abril.

Levanta a alma ás cousas visionarias
A doce paz das suas eminencias,
E apraz-nos, pelas ruas solitarias,
Ver crescer as inuteis florescencias.

Pelas tardes das eiras - como eu gosto
Sentir a sua vida activa e sã!
Vel-as na luz dolente do sol posto,
E nas suaves tintas da manhã!

As creanças do campo, ao amoroso
Calor do dia, folgam seminuas;
E exala-se um sabor mysterioso
D'a agreste solidão das suas ruas!

Alegram as paysagens as creanças,
Mais cheias de murmurios do que um ninho,
E elevam-nos ás cousas simples, mansas,
Ao fundo, as brancas velas d'um moinho.

Pelas noutes d'estio ouvem-se os rallos
Zunirem suas notas sibilantes,
E mistura-se o uivar dos cães distantes
Com o canto metallico dos gallos...

 

Gomes Leal

in 'Claridades do Sul'

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 7 de Maio de 2013
Sugestão de leituras

 

 

Titulo: Mamã Maravilha

Autor: Orianne Lallemand

Ilustrador: Elen Lescoat 

Editora: Presença

Sinopse:

Mamã Maravilha vem apresentar aos leitores de palmo e meio como podem ser descritas as mães, de acordo com o seu estado de espírito. Uma pequena criança, que assume o papel de narrador nesta breve história define os vários tipos de mães: mamã ternura, mamã flor, mamã maravilha, mamã aborrecimento, mamã surpresa, mamã guloseima, entre outras. Mais um livro encantador cartonado e almofadado que desta vez fará as maravilhas não só das crianças como certamente das suas mães.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Segunda-feira, 6 de Maio de 2013
Músico da semana: Jamie Cullum

 

Nascido em Essex e criado no Wiltshire, Jamie Cullum, enquanto jovem, era obcecado por todos os tipos de música: rock, hip-hop, acid jazz, blues. Durante a adolescência, descobriu o Jazz através de artistas como Herbie Hancock e Miles Davis, mas mostrou também interesse nos álbums fenomenais de Steely Dan, comprados pelo seu irmão Ben (que toca baixo ao longo de Catching Tales). Quando estudava Inglês na faculdade começou a trabalhar como cantor-pianista, em qualquer sítio onde conseguisse um concerto: em cruzeiros, em bares, até em copos-de-água.

Aí moldou a sua personalidade explosiva em palco (gravada no DVD Live at Blenheim Palace, 2004) que,nos anos seguintes, lhe proporcionaria elogios no New York Times e na Variety. Na Primavera de 2003, quando a Universal Classics & Jazz assinou pelo talento em ascenção e o enviou para estúdio a fim de gravar Tweentysomething, ele já estaria pronto para os deveres – e alegrias – que o esperavam.

Com Catching Tales, Jamie Cullum continua a redefinir onde estão delimitados os parâmetros da Pop e Jazz – na realidade, todos os géneros musicais. ‘No início, não pensava que certas canções tivessem lugar no que eu estava a fazer com o Jazz, mas percebi que tudo dá, e isso reafirma a minha crença de que o Jazz é a melhor plataforma para fazer o que se quiser.[ler mais]

 

Novo disco de Jamie Cullum, a 20 de maio

 

“Momentum”

 

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Sábado, 4 de Maio de 2013
"O Mentor" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 05 de maio, pelas 21h45, o filme "O Mentor" de Paul Thomas Anderson.

 



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Sexta-feira, 3 de Maio de 2013
Autor da semana: Anthony Brown

 

Anthony Browne é um grande autor e ilustrador inglês de livros infantis, somando cerca de 40 títulos editados. Foi aluno do Leeds Art College, tendo-se licenciado em artes gráficas no ano de 1967. Recebeu vários prémios, dos quais se destacam o Kate Greenaway Medal em 1983 (Gorilla) e 1992 (Zoo); o Prémio Kurt Maschler, por Gorilla(1983), Alice`s Adventure in Wonderland (1988) e Voices in the Park (1998). É detentor do muito prestigiado prémio Hans Christian Andersen (o «Nobel» da literatura infantil) de ilustração, no ano 2000. Mais recentemente foi ilustrador residente das célebres galerias Tate. [ler mais]

 

 

 

 

  

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Quinta-feira, 2 de Maio de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Um Pedacinho do Paraíso” de Nicole Kassell com Kate Hudson, Gael García BernalKathy Bates; “O Grande Dia” de Justin Zackham com Robert De NiroDiane KeatonKatherine Heigl; “Viagem de finalistas” de Harmony Korine com Vanessa HudgensSelena GomezAshley Benson; “Fogo contra fogo” de

 

“Um Pedacinho do Paraíso”

Sinopse:

Apesar da sua enorme energia e alegria de viver, Marley (Kate Hudson) sempre optou por relações fáceis e descomprometidas, que não implicassem grande proximidade emocional. Um dia, numa consulta de rotina, é-lhe diagnosticado um cancro no colo do útero em fase terminal. Plenamente consciente do fim que se aproxima, a jovem decide aproveitar os meses que lhe restam da maneira mais intensa possível, fazendo tudo o que que nunca teve tempo, ou coragem, de fazer. É com esse espírito que Marley se liga emocionalmente ao Dr. Julian Goldstein (Gael Garcia Bernal), o seu ginecologista, que se apaixona pela sua personalidade alegre e pela forma digna e cheia de humor com que ela aceita a sua condição. Assim, de uma forma totalmente inesperada, ambos se entregam a uma história de amor sem limites, que lhes ensina que, na vida, apenas importam os afectos e a maneira como se aprende a lidar com

eles... [cinecartaz.publico.pt]

 

“O grande Dia”

Sinopse:

Já há muitos anos que Don e Ellie decidiram divorciar-se. Essa circunstância parecia perfeitamente ultrapassada até ao dia em que Jared, o filho adoptivo de ambos, decide casar e convidar a sua mãe biológica (uma colombiana extremamente conservadora) para o grande dia. De forma a manter as aparências e provar àquela mãe que foram a escolha acertada para cuidar do seu filho, Don e Ellie resolvem fingir que, durante todos esses anos, a família nada mais foi do que um grande exemplo de união e felicidade. Porém, apesar de uma enorme boa vontade e capacidade de sacrifício, parece que nenhum deles conseguiu sarar completamente as feridas do passado...
Com argumento e realização de Justin Zackham ("Nunca é Tarde Demais"), um "remake" da comédia "Mon Frère se Marie", realizada por Jean-Stéphane Bron, em 2006. No elenco encontramos Robert De Niro, Diane Keaton, Susan Sarandon, Robin Williams, Katherine Heigl, Amanda Seyfried e Topher Grace. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Viagem de finalistas”

Sinopse:

Para financiar a viagem de finalistas e viver a aventura das suas vidas, Brit, Candy, Cotty e Faith, estudantes do ensino secundário, decidem assaltar um pequeno restaurante da zona. Após conseguirem dinheiro suficiente para concretizar os seus planos, elas seguem para Miami, onde, depois de uma noite de farra que lhes garantiu a maior ressaca das suas vidas, são apanhadas pela polícia e apresentadas perante um juiz. É então que descobrem que a sua fiança foi paga por Alien, um criminoso local que, em troca de momentos de adrenalina, as leva sob a sua responsabilidade e as inicia numa vida de crime, droga e todo o género de perversidade.
Com argumento e realização de Harmony Korine ("Gummo") o filme, que conta com as participações de James Franco, Vanessa Hudgens, Selena Gomez, Ashley Benson e Rachel Korine, esteve em competição na 69.ª edição do Festival de Cinema de Veneza. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Fogo contra fogo”

Sinopse:

Uma noite, depois de um cansativo dia de trabalho, Jeremy Coleman (Josh Duhamel), bombeiro de profissão, presencia um crime brutal numa loja de conveniência. Como única testemunha, é convencido pelo detective Mike Cella (Bruce Willis) a depor contra Neil Hagan (Vincent D'Onofrio), o autor dos disparos. Quando a sua vida é ameaçada, Jeremy é colocado sob o programa de protecção de testemunhas, mudando-se para a cidade de Nova Orleães. Porém, enquanto se esforça por recomeçar a sua vida sob outra identidade, um erro judicial põe Hagan de novo em liberdade. Revoltadoe cheio de desejo de vingança, o assassino apenas deseja encontrar o homem que testemunhou contra si. É assim que, ao perceber até que ponto aquela é uma situação limite, o ex-bombeiro decide combater o fogo com fogo e, antecipando a jogada do seu adversário, eliminar Hagen e os seus homens, um a um.
Um "thriller" de acção com realização de David Barrett segundo um argumento original de Tom O'Connor. [cinecartaz.publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 16:51
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