No âmbito da programação de artes plásticas, a biblioteca municipal apresenta, amanhã, 30 de Novembro, pelas 17.30h, a exposição "Vibrantes" de Helena Dias.
horário:
segunda a sexta: 09h30 às 19h00
sábado: 10h00 às 17h00
patente até 19 de janeiro 2014
Alexandra Lucas Coelho nasceu em Dezembro de 1967. Estudou teatro no I.F.I.C.T. e licenciou-se em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou dez anos na rádio continuando ainda hoje a colaborar com a RDP. Desde 1998 é jornalista no Público. A partir de 2001 viajou várias vezes pelo Médio Oriente / Ásia Central e esteve seis meses em Jerusalém como correspondente. Foram-lhe atribuídos prémios de reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e o Grande Prémio Gazeta 2005. [ler mais]
Alexandra Lucas Coelho vence Grande Prémio de Romance da APE
E a Noite Roda foi escolhido por unanimidade ao fim de três reuniões do júri.
O romance E a Noite Roda de Alexandra Lucas Coelho (Tinta da China) é o vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) relativo a 2012. O prémio, que tem o valor de 15 mil euros e é co-promovido pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, foi atribuído por unanimidade.
José Correia Tavares, Ana Marques Gastão, Clara Rocha, Isabel Cristina Rodrigues, Luís Mourão e Manuel Gusmão compuseram o júri, que já se reunira por duas vezes antes de tomar uma decisão final, esta segunda-feira.
E a Noite Roda, história de amor entre uma jornalista catalã – Ana Blau, a narradora – e um jornalista belga, batia-se com mais cinco finalistas:O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, de Mário de Carvalho, Jesus Cristo Bebia Cerveja, de Afonso Cruz, A Rapariga Sem Carne, de Jaime Rocha, e O Banquete, de Patrícia Portela.
“Se já tinha ficado muito surpreendida por ter sido nomeada”, disse a autora ao PÚBLICO, “fiquei completamente abismada quando soube que tinha ganho”. E acrescenta que se sente “muito honrada” não apenas por admirar “todos os escritores que já o receberam”, mas também os que integraram este júri, e ainda os autores cujos livros concorriam directamente com o seu. “Admiro-os muito a todos e gostava de partilhar de alguma forma o prémio com eles”.
Alexandra Lucas Coelho explica que deixou os quadros do PÚBLICO no início deste ano, onde se mantém como cronista e colaboradora, e que quis “fazer uma opção de vida que passava por tentar escrever livros”. Daí que este prémio não pudesse ter chegado em melhor hora. “É um enorme incentivo para mim, e em particular para o romance que estou agora a escrever, que se chamará Deus Dará e que irá situar-se inteiramente no Rio de Janeiro.
A repórter e romancista fez ainda questão de agradecer à sua editora, a Tinta-da China, e em especial a Bárbara Bulhosa, a primeira pessoa a quem deu a ler o livro. “A Tinta-da-China é a minha casa e fico muito contente que com este livro tenha recebido o seu primeiro prémio na ficção”, disse Lucas Coelho, que já tinha publicado na mesma chancela vários livros de reportagem e de viagens: Caderno Afegão (2009),Viva México (2010), Tahrir! (2011) e, já este ano, Vai, Brasil. A estes títulos soma-se ainda o seu livro de estreia,Oriente Próximo, que saiu em 2007 na Relógio D’Água.
Licenciadaem Comunicação Socialpela Universidade Nova de Lisboa e várias vezes premiada enquanto repórter – recebeu designadamente o Grande Prémio Gazeta, em 2005 –, Alexandra Lucas Coelho disse à Lusa, por ocasião do lançamento deste livro, que “o que diferencia o jornalismo da literatura, é a possibilidade de fazer com os materiais tudo o que quiser”, mas que o que continua a movê-la é o mesmo interesse pelo real que a levou ao jornalismo.
E a Noite Roda ganhou a 31.ª edição do Grande Prémio de Romance e Novela da APE, que já distinguiu autores como Vergílio Ferreira, José Saramago, Agustina Bessa-Luís ou António Lobo Antunes, e que cujo vencedor mais recente fora Ana Teresa Pereira com O Lago.[publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: “Frozen: O Reino do Gelo” de Chris Buck e Jennifer Lee com as vozes de Kristen Bell, Alan Tudyk e Idina Menzel; “A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2” de Abdellatif Kechiche com Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos e Salim Kechiouche; “Dança de Sombras” de James Marsh com Andrea Riseborough, Clive Owen e Aidan Gillen; “Os Jogos da Fome: Em Chamas” de Francis Lawrence com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth e Elizabeth Banks; “Um Novo Final” de Craig Zisk com Julianne Moore, Michael Angarano e Greg Kinnear; o documentário “Terra de Ninguém” de Salomé Lamas e a curta "Redemption" de Miguel Gomes; “A História do Cinema - Uma Odisseia” de Mark Cousins
“Frozen: O Reino do Gelo”
Sinopse:
Há algum tempo, um terrível incidente condenou o reino de Arendelle a um Inverno sem fim. Nesse reino triste e frio vive a princesa Anna que, apesar das circunstâncias, tem um carácter optimista que a faz acreditar que nem tudo está perdido. Assim, decidida a não se deixar abater seja pelo que for, embarca numa longa viagem para encontrar a sua irmã Elsa, a Rainha das Neves que, com os seus poderes sobre o gelo e a neve, foi a causadora de tudo e é a única que pode reverter a situação. Ao seu lado vai a sua amiga rena, um carismático boneco de neve e Kristoff, um jovem campónio cheio de boas intenções. Mas serão eles capazes de sobreviver à tempestade e regressar com Elsa a tempo de salvar o reino?
Com argumento e realização de Chris Buck e Jennifer Lee, um filme de animação computorizada que nos chega dos estúdios Walt Disney Animation e que se inspira no célebre conto "A Rainha da Neve", escrito há mais de um século por Hans Christian Andersen. [cinecartaz.publico.pt]
“A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2”
Sinopse:
Adèle tem 15 anos e, tal como todas as raparigas que conhece, namora com rapazes. Tudo aquilo em que acredita se altera quando o seu olhar se cruza com o de Emma, uma rapariga de cabelo azul, cuja visão da vida e do mundo é muito diferente da sua. Entre elas nasce um amor e desejo profundo que, apesar das dificuldades, as fará crescer e afirmar-se enquanto mulheres.
Com argumento e realização do franco-tunisino Abdellatif Kechiche ("A Esquiva", "O Segredo de um Cuscuz", "Vénus Negra"), foi o vencedor da Palma de Ouro da 66.ª edição do Festival de Cannes, cujo júri quis, com este prémio, homenagear não apenas o trabalho do realizador, mas também o de Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, as duas actrizes protagonistas. "A vida de Adèle" é a adaptação cinematográfica da premiada novela gráfica "Le Bleu est une couleur chaude", de Julie Maroh. [cinecartaz.publico.pt]
Ser Poeta
Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda gente!
Florbela Espanca
in "Charneca em Flor"
Título: O gatuno e o extraterrestre trombudo
Autor: Maria João Lopes
Ilustrador: Paulo Galindro
Editora: Dinalivro
Sinopse: «Era verde como os extraterrestres da televisão, não falava qualquer língua conhecida dos animais, tinha rodas em vez de patas e, isto era o pior, uma tromba gigante que usava para cheirar e comer”. Assim pensava Gatuno, gato branco com uma mancha amarela que parecia um ovo estrelado quando estava a dormir espalmado no sofá, intrigado e furioso por ter de partilhar a marquise com aquela “nave”. Dissertando sobre o dia-a-dia dos donos e do filho, André, o Gatuno vai gemendo a sua sorte e tentando vinganças que, obviamente não resultavam. Até que um dia o extraterrestre acordou “rouco” e o Gatuno achou injusto que os donos o fossem pôr no lixo só por estar doente. E se lhe fizessem o mesmo se, por acaso apanhasse sarampo ou varicela? Invadiu-o uma onda de solidariedade. Atirou-se em voo para cima dele e em algum botão deve ter tocado porque o trombudo começou a girar pala casa (...). Afinal estava bom o trombudo! Afinal, quem era o extraterrestre, o trombudo? (É que, nos pensamentos de um gato, aspirador é palavra que não existe. Isso é coisa de humanos.)»
Cantor, compositor, escritor (para adultos e crianças), actor (de teatro e cinema), realizador, Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”. [ler mais]
"Caríssimas Canções" de Sérgio Godinho chega a disco e fecha um ciclo de amores cantados
Foi crónicas, livro, espectáculos e agora disco, esta segunda-feira nas lojas. Caríssimas Canções regista o amor de Sérgio Godinho às canções dos outros
Quando chegou ao palco do CCB, em Maio deste ano, Caríssimas Canções já trazia consigo uma longa história.
Nascera como um conjunto de crónicas, no jornal Expresso, onde Sérgio Godinho explicava o seu amor ou fascínio por canções alheias, que o tinham marcado em diversas fases da vida. Nelas, misturavam-se Doors e Boris Vian, Violeta Parra e José Afonso, Noel Rosa e Tony de Matos, Elvis e Kinks, Beatles e Rolling Stones, Fausto e José Mário Branco, Amália e Peggy Lee, João Gilberto e Robert Wyatt, Lotte Lenya e Bob Dylan, Caetano Veloso e Conjunto António Mafra.
Reunidas, as crónicas deram depois origem a um livro (40 Caríssimas Canções, feito objecto de arte pelas ilustrações de Nuno Saraiva e pelo grafismo de Elisabete Gomes, do Silvadesigners) e depois, devido a um convite do CCB em “carta aberta”, a um espectáculo. Sérgio rodeou-se de um pequeno mas coeso naipe de músicos (Nuno Rafael, dos seus Assessores; e Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo dos Clã, esta apenas como instrumentista e não cantora) e estreou em sala a 31 de Maio.
Depois vieram outros palcos, a começar pelo da Casa da Música, no Porto, eCaríssimas Canções foi fazendo rodagem pelo país. Registado em áudio mas não em vídeo, acabou agora por dar origem a um disco com 14 faixas e a um DVD gravado já posteriormente, com mais sete. Sérgio explica: “Como os concertos não foram filmados, fizemos sete canções para o DVD na sala de ensaios do Hélder e da Manuela, sendo que três não estão no disco [Love minus zero, no limits, de Dylan; Sunny afternoon, dos Kinks; e Ora vejam lá, do Conjunto António Mafra].” Uma ausência assumida: “No disco há duas ou três canções excluídas do alinhamento, ou por escolha ou por acharmos que as gravações não eram suficientemente satisfatórias para estarem no disco”, diz Sérgio.
No CD, que começa tal como o espectáculo com A última sessão (única canção de sua autoria que ficou, embora em palco houvesse mais três), há People are strange (Doors), Sampa (Caetano), Conversa de botequim (Noel Rosa),Vendaval (Tony de Matos), Geni e o zepelim (Chico Buarque), Os vampiros(José Afonso), Mother’s little helper (Stones), You’ve got to hide your love away (Beatles), O rapaz da camisola verde (Frei Hermano da Câmara),Volver a los 17 (Violeta Parra), Carinhoso (Pixinguinha), Les vieux (Brel) eHeartbreak hotel (Elvis), onde Sérgio, por entre as palavras torrenciais da canção, mete esta frase em português: “e o porteiro veste um negro fraque”…
Já o DVD procura, em estúdio, recriar alguns dos melhores momentos. “Os Vampiros teria que estar aí, é uma canção poderosíssima e foi daquelas que teve outro tipo de arranjo, outro tipo de olhar. Resolvemos fazê-la com guitarras pesadas, numa versão dura que de certo modo também corresponde aos tempos presentes.” O rapaz da camisola verde, Heartbreak hotel eCarinhoso também tiveram direito a bis.
No som global, Sérgio quis fugir da “cover de bar” e, com concordância dos músicos, acabaram por “descarnar as canções, torná-las mais cruas no sentido da instrumentação, haver qualquer coisa que se afastasse do original embora a canção continuasse lá. É o caso do Vendaval, por exemplo. Ou às vezes mudando o tempo, como é o caso de Sampa, em que a prosódia teve que ser reinventada à medida.”
O resultado, aplaudido em palco, é agora fixado em disco. “Foi um projecto concebido todo ele com muito prazer”, diz Sérgio. “Desde o primeiro prazer que originou as crónicas, o de reouvir estas canções.” [publico.pt]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, 24 de novembro, pelas 21.30h, o filme "Frances Ha" de Noah Baumbach.
Sinopse:
Aos 27 anos, Frances chega a Nova Iorque absolutamente determinada a realizar o seu sonho mais antigo: tornar-se bailarina numa importante companhia de dança. Ao mesmo tempo que se vai esforçando por ser feliz no dia-a-dia e aproveitar os detalhes mais doces da sua vida, ela vai provando a si mesma que, apesar das dificuldades, será capaz de atingir tudo aquilo a que se prop...user. E é assim, completamente convicta de cada um dos seus passos, que vai aprender a conquistar o mundo... Com realização de Noah Baumbach ("A Lula e a Baleia", "Margot e o Casamento", "Greenberg"), que escreve o argumento em parceria com Greta Gerwig, também protagonista do filme, uma história sobre sonhos e expectativas de uma jovem que se recusa a perder o optimismo ou a crença na Humanidade. [cinecartaz.publico.pt]
Doris Lessing, nascida Doris May Tayler (Kermanshah, 22 de outubro de 1919 — Londres, 17 de novembro de 2013), foi uma escritora britânica.
Autora de obra prolífica, que inclui trabalhos como as novelas The Grass is Singing e The Golden Notebook. A sua obra cobre um vasto leque estilístico, indo da autobiografia à ficção científica, com claras influências do modernismo. Foi galardoada com o Nobel de Literatura de 2007, tendo a Academia Sueca apontado como razão determinante a existência na sua obra de características que fazem dela "a contadora épica da experiência feminina, que com cepticismo, ardor e uma força visionária escrutinou uma civilização dividida". Doris Lessing é a 11.ª mulher a ganhar este galardão nos seus 89 anos de história e a pessoa mais idosa que jamais o recebeu. [ler mais]
Doris Lessing "foi uma das grandes vozes literárias do século XX"
A escritora britânica Doris Lessing, prémio Nobel da Literatura em 2007, que hoje faleceu, aos 94 anos de idade, "foi uma das grandes vozes literárias do século XX", na opinião das escritoras Maria Teresa Horta e Lídia Jorge.
O agente da autora, Jonathan Clowes, citado pelas agências internacionais, anunciou a morte da escritora, em casa, durante a manhã de hoje.
Nascida a 22 de outubro de 1919 em Kermanshah, na Pérsia, atualmente Irão, Doris Lessing é autora de uma obra vasta e diversificada com cerca de 50 títulos e ficou conhecida pela militância de esquerda e pelas suas posições anti-apartheid, anticolonialistas e feministas.
Contactada pela agência Lusa, a escritora portuguesa Maria Teresa Horta lamentou o desaparecimento de Doris Lessing: "Quando um escritor morre é sempre uma grande perda, mas sobretudo ela, que era uma das grandes vozes literárias do século XX e até do século XXI".
"Ela é uma referência para mim, não só pela escrita, mas também por razões pessoais", indicou, recordando episódios ocorridos nos anos 1970, no regime salazarista, quando foi insultada e agredida na rua por ter participado no movimento feminista em Portugal.
"Doris Lessing deu-me forças para continuar", disse Maria Teresa Horta, que viria depois a publicar, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, o livro "Novas Cartas Portuguesas", que, na época, gerou forte impacto e contestação no país.
Em 2007, Doris Lessing, então com 87 anos, foi reconhecida com o Nobel da Literatura, tendo sido a mulher mais velha de sempre a receber tal galardão.
Na altura, a escritora foi descrita pela academia Nobel como "um exemplar de experiência feminina que, com ceticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio".
A escritora tem várias obras publicadas em Portugal, entre as quais "Amar de novo" (1997) e os dois volumes de "Os diários de Jane Somers" (1990).
A obra "Gatos e mais Gatos" (1995) e o "Caderno Dourado" (1962) também foram publicados em Portugal.
Maria Teresa Horta destacou que Lessing "escreveu até ao fim" e que a obra e o imaginário de Lessing "vão permanecer e continuar a ser lidos por muitas pessoas".
A mesma opinião é partilhada pela escritora Lídia Jorge, que considera Doris Lessing "uma memória do século XX, conseguindo fazer um apanhado da relação entre a Europa e o resto do mundo".
Em declarações à Lusa, recordou que, com surpresa e curiosidade, encontrou referências ao papel dos portugueses nesta biografia europeia.
Apontou o "Caderno Dourado" como a obra de Lessing que a tocou particularmente, "por quebrar tabus e lutar pela afirmação das mulheres de forma muito independente".
"Tudo o que li dela era marcado pela vida. Ela escreveu de forma pungente", salientou Lídia Jorge.
Filha de pais britânicos, um antigo oficial do exército britânico e uma enfermeira, Doris Lessing cresceu na Rodésia (atual Zimbabué), onde a família se instalou numa quinta quando tinha cinco anos, tendo este período marcado algumas das suas obras.
Foi impiedosa nas críticas aos governos da África do Sul e do Zimbabué, tendo sido proibida de entrar nos dois países. A interdição na África do Sul durou entre 1956 e 1995. [rtp.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: “7 Pecados Rurais” de Nicolau Breyner com Nicolau Breyner, Patrícia Tavares, José Raposo, Paulo Futre e Quim Barreiros; “Virgem Margarida” de Licínio Azevedo com Ermelinda Cimela, Victor Gonçalves e Sumeia Maculuva; “A Segunda Vida de Camille” de Noémie Lvovsky com Noémie Lvovsky, Samir Guesmi e Judith Chemla; “O Conselheiro” de Ridley Scott com Michael Fassbender, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Javier Bardem, Bruno Ganz e Brad Pitt; “Parkland” de Peter Landesman com Zac Efron, Tom Welling, Billy Bob Thornton, Marcia Gay Harden e Paul Giamatti; “Dentro da Cabeça de Charles Swan III” de Roman Coppola com Charlie Sheen, Jason Schwartzman, Bill Murray e Anne Bellamy; “2001- Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick com Daniel Richter, Gary Lockwood, Keir Dullea e William Sylvester; “O Desconhecido do Lago” de Alain Guiraudie com Pierre Deladonchamps, Christophe Paou e Patrick d'Assumçao; “O Último Exorcismo - Parte II” de Ed Gass-Donnelly com Ashley Bell, Julia Garner e Spencer Treat Clark; o documentário “Histórias que Contamos” de Sarah Polley com John Buchan, Joanna Polley e Mark Polley.
“7 Pecados Rurais”
Sinopse:
Quim e Zé mal podem esperar por reencontrar as belas primas lisboetas, que não tardam a chegar a Curral de Moinas para passar as férias de Verão. Os planos dos dois amigos caem por terra quando sofrem um acidente de carro e morrem. Ao chegarem ao Céu, ainda sem perceberem o que verdadeiramente se passou, deparam-se com Deus, que lhes propõe algo impensável: voltarem à Terra se conseguirem estar um dia sem cair em nenhum dos sete pecados mortais. Percebendo que não têm grande alternativa, eles vão lutar estoicamente contra os seus apetites carnais, desde a luxúria à ira, da inveja à avareza, da gula à soberba ou à preguiça. Mas será que Quim e Zé, para além da luta interior contra as suas próprias fraquezas, conseguem resistir às constantes investidas de sedução das duas raparigas?
Uma comédia assinada pelo actor e realizador Nicolau Breyner (que se desdobra ainda no papel de Deus), é a incursão cinematográfica das duas personagens criadas e protagonizadas pelos comediantes João Paulo Rodrigues e Pedro Alves, no programa “Telerural”. [cinecartaz.publico.pt]
“Virgem Margarida”
Sinopse:
1975. Após séculos de colonização portuguesa, Moçambique torna-se um estado independente. O novo regime procura limpar as ruas da prostituição. Assim, 500 prostitutas são enviadas à força para um centro educacional algures na selva, onde são obrigadas a aprender novas regras de convivência e a redescobrir o seu papel na nova pátria. Margarida é uma adolescente de 16 anos que ali foi parar por engano, quando tentava comprar o enxoval para o seu casamento. Inocente, ela não tem pecados para expiar. A viverem um inferno, as mulheres unem-se num plano para poderem escapar daquele lugar. Margarida torna-se a representação de liberdade e de pureza num lugar onde, segundo uma das personagens, “o camarada é pior que o colono”.
Realizado pelo escritor e cineasta moçambicano Licínio Azevedo, “Virgem Margarida” teve a sua estreia no prestigiado Festival Internacional de Cinema de Toronto e conta já com um longo percurso por festivais internacionais, onde foi obtendo vários prémios. O elenco é formado por um grupo de actores moçambicanos: Sumeia Maculuva, Hermelinda Cimela, Odília Cossa, Ana Maria, Iva Mugalela, Rosa Mário e Ilda Gonzales. [cinecartaz.publico.pt]
“2001- Odisseia no Espaço”
Sinopse:
Incontornável ver ou rever "2001- Odisseia no Espaço" - até para ver como o filme se "enganou" na sua visão de um futuro "totalitário" a partir do argumento de Arthur C. Clarke? Incontornável, sobretudo, porque é uma obra-prima. É uma experiência de tempo e um bailado de silêncios, começando na pré-história da Humanidade e, num gigantesco salto, passando para uma nave que navega rumo ao infinito. Ficarão para sempre a imagem de uma nave a flutuar no espaço sideral ao som do "Danúbio Azul", bem como a "personagem" de Hal, o computador tirano - apesar de tudo, uma iconografia que marcaria a partir daí o género da ficção científica. [cinecartaz.publico.pt]
Florbela Espanca
(Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930)
batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poeta portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca
in "Charneca em Flor"
Título: Histórias às cores
Autor: António Mota
Ilustrador: Paulo Galindro
Editora: Gailivro
Sinopse: História às Cores é o trigésimo livro da coleção Obras de António Mota, e um número assim merece um livro especial. António Mota presenteia-nos com oito histórias, brilhantemente ilustradas por Paulo Galindro, que vão fazer as delícias de adultos e graúdos. Abram A Caixa, comam O Melhor Doce do Mundo e não se deixem assustar por A Bruxa, o Fantasma e o Monstro, e deixem-se cercar pelo imaginário maravilhoso que António Mota e Paulo Galindro nos oferecem.
Oriundo da Califórnia, Gregory Porter cresceu a ouvir Nat King Cole, por influência da mãe. Bolseiro de futebol na San Diego State University, começou a cantar em pequenos clubes de jazz locais por incentivo de outros músicos e foi assim que conhecer o seu mentor, Kamau Kenyatta. Certo dia, Kenyatta convidou Porter a visitá-lo no estúdioem Los Angelesonde estava a produzir o álbum “Remembers the Unforgettable Nat King Cole” do flautista Hubert Law. Este, quando o ouviu a cantar, não hesitou e convidou-o a participar no seu disco. Também presente no estúdio estava a irmã de Hubert Law, Eloise, uma cantora que tinha acabado de integrar o musical “It Ain't Nothin' But the Blues”. Embora sem grande experiência em teatro, Porter fez um casting e entrou na peça que estreou em Denver e instalou-se rapidamente na Broadway. Lá, o músico despertou a atenção do critico do New York Times que destacou, em 1999, o potencial do cantor no musical que viria a ser nomeado para o Tony Award e para o Drama Desk Award. [ler mais]
Gregory Porter vestiu-se de branco para a estreia em Portugal
O músico norte-americano Gregory Porter apresentou-se vestido de branco na estreiaem Portugal. Oconcerto do cantor que é considerado por muitos o “rei” do jazz na atualidade teve direito a casa cheia no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
“Esta é a minha primeira vez em Portugal e Lisboa é uma das cidades mais bonitas do mundo”, afirmou Gregory Porter, que explicou que o novo álbum “Liquid Spirit” fala sobre libertar a energia do amor, da alma, da cultura, da música e ser como a água, deixá-la correr livremente para onde quer ir. [rtp.pt]
[brevemente na biblioteca municipal]
No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 17 de novembro, pelas 21.30h, o filme "Quando Troveja" de Manuel Mozos.
Sinopse:
Uma insólita história de enganos amorosos num filme de Manuel Mozos premiado no Fantasporto. A relação entre António e Ruth termina inesperadamente. Porém, a maior surpresa de António prende-se com o facto de Ruth o ter trocado por Pedro, o seu melhor amigo. Desesperado, António, deixa-se dominar pelas suas angústias e fantasmas, entrando num processo de auto-destruição. Mas, do bosque, surgem dois estranhos seres, Violeta e Gaspar, que o vão socorrer e, ao mesmo tempo, influenciar a vida de Ruth e Pedro. Quando começa a trovejar, os dois seres do bosque desaparecem para os seus misteriosos domínios.
Don DeLillo nasceu em 1936, em Nova Iorque. É autor de vários romances e peças de teatro. Foi galardoado com o National Book Award, o PEN/Faulkner Award e o Jerusalem Prize. Submundo foi finalista dos prémios Pulitzer e do National Book Award e recebeu em 2000 a Medalha Howells da American Academy of Arts and Letters pela mais eminente obra de ficção dos últimos cinco anos; em 2006, foi considerado um dos três melhores romances dos últimos vinte e cinco anos pela New York Times Book Review. [wook.pt]
Don DeLillo ainda se inquieta com aquela manhã em Dallas
Durante os três anos que demorou a escrever Libra, a biografia ficcionada de Lee Harvey Oswald, Don DeLillo teve uma fotografia do assassino de John F. Kennedy a segurar numa espingarda em cima da secretária - a mesma que figura na capa da primeira edição norte-americana, de 1988. Quando terminou o romance, a moldura caiu ao chão, naquilo que o autor descreveu como uma "anti-epifania".
Na conversa que teve anteontem em Lisboa, DeLillo não revelou se acredita ou não se Oswald terá sido mesmo o autor do disparo mortal, se terá havido um segundo (ou terceiro) assassino ou qual é a sua conspiração favorita. Ficou-se pela imaginação.
Em Lisboa para integrar o júri do Lisbon & Estoril Film Festival, DeLillo aproveitou para apresentar a edição portuguesa de Libra (Sextante Editora), quando se assinalam 50 anos daquela manhã de 22 de Novembro em Dallas, em que "tudo pareceu parar". Foi um homem reservado, de expressão iminentemente séria ("Só sorrio quando estou sozinho", chegou a dizer ao New York Times), como é habitualmente definido, que subiu ao palco do Cinema Nimas e leu passagens de Submundo (1997, Sextante Editora), enquanto, na tela, corriam as imagens infames capturadas pela câmara Bell&Howell de Abraham Zapruder.
Os fotogramas sucedem-se, voltando atrás, repetindo, ampliando, sempre sem som, como que a acentuar a crueza do cenário. Ao mesmo tempo, DeLillo lia pausadamente a passagem em que duas personagens se encontram para assistir a uma projecção ilegal do filme de Zapruder, num armazém de Nova Iorque nos anos 1970. Quando termina a leitura, o filme ainda corre por alguns minutos, agora sim, num silêncio sepulcral. DeLillo fica a olhar para as imagens, "tão perfeitas a ser aquilo que são", esmagado pela grandeza que a tela lhes confere.
No dia do homicídio de Kennedy, DeLillo tinha acabado de fazer 27 anos - nasceu a 20 de Novembro - e soube de imediato que "algo sério e importante acabara". "De repente tínhamos um presidente fotogénico e popular e em segundos estava morto", contou, durante a conversa que teve com o seu tradutor Paulo Faria (autor da entrevista ao suplemento Ípsilon que será publicada amanhã), depois da exibição do filme de Zapruder. Aqueles segundos, frios e cruéis como bem mostram os fotogramas, lançaram "uma nuvem de paranóia sobre o país". DeLillo relembra que dias depois da morte de Kennedy teve de apanhar um avião. Quando já se encontrava no aparelho, começou a sair fumo do motor, ao que o piloto bradou sem hesitar: "Este avião não vai para lado nenhum hoje!" "Parecia estar em todo o lado", observou DeLillo.
Ainda longe de iniciar a sua carreira literária, DeLillo consegue reconhecer a importância que a morte de Kennedy teve para a sua obra, apesar de só dali a 25 anos vir a escrever Libra. "Não acho que os meus livros pudessem ter sido escritos no mundo que existia antes do assassinato de Kennedy", revelou em 1991 numa entrevista ao New York Times. "E penso que alguma da escuridão do meu trabalho é um resultado directo da confusão e do caos psíquico e do sentimento de aleatoriedade que se seguiram àquele momento em Dallas. É possível que tudo isto tenha feito de mim o escritor que sou, para melhor ou para pior."
Libra - título inspirado no signo astrológico de Oswald -começou a ganhar forma na cabeça de DeLillo quando descobriu que Lee Harvey Oswald chegou a morar a alguns quarteirões da sua própria casa, no Bronx. "Pensei se não o teria já visto alguma vez", conta. Estabeleceu-se então uma estranha empatia entre o escritor e a personagem ficcionada. DeLillo insiste que o livro é ficção e que não pretende apresentar factos ou responder às grandes questões levantadas pelas várias teorias da conspiração. É óbvio que o autor teve de se munir de material factual para a construção da vida de Oswald. Esteve várias vezes em Dallas, fez o percurso entre Dealey Plaza e o local de onde o assassino terá disparado e consultou o relatório da Comissão Warren, encarregada de investigar o homicídio. Mas é com uma desarmante honestidade que admite a sua ignorância sobre o assunto: "O Paulo [Faria] sabe mais do assassinato do que eu!"
No fundo, DeLillo é mais um entre os milhões de americanos para quem a explicação oficial - a de que Lee Harvey Oswald foi o lonely gunman, o assassino solitário, que matou o presidente Kennedy - não é suficiente. A forma que encontrou para expressar a sua inquietação foi aquela que melhor conhece e que revela na primeira frase da "Nota de Autor", presente no final da edição norte-americana de Libra: "Este é um trabalho da imaginação." [publico.pt]
Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.
Estreiam, hoje, os filmes: “O Quinto Poder” de Bill Condon com Benedict Cumberbatch, Daniel Brühl e Carice van Houten; “O Verão da Minha Vida” de Nat Faxon e Jim Rash com Steve Carell, Toni Collette e Allison Janney; “Thor: O Martelo dos Deuses” de Toby Genkel e Gunnar Karlsson com as vozes de Justin Gregg, Paul Tylak e Nicola Coughlan; “Talvez Um Dia” de Travis Fine com Alan Cumming, Garret Dillahunt, Isaac Leyva e Frances Fisher; “Malavita” de Luc Besson com Robert De Niro, Michelle Pfeiffer e Dianna Agron; “Collider” de Jason Butler com Iain Robertson, Lucy Cudden, Teresa Tavares, Marco Costa e Susana Tavares; “Vénus de Vison” de Roman Polanski com Emmanuelle Seigner e Mathieu Amalric; o documentário “A Mentira de Armstrong” de Alex Gibney.
“O Quinto Poder”
Sinopse:
Em 2010, uma organização sem fins lucrativos de nome WikiLeaks divulga, através do seu "website", milhares de documentos relacionados com a política externa dos EUA, a guerra no Iraque e vários outros assuntos do foro da diplomacia internacional. Este facto, hoje considerado a maior fuga de informação da História, colocou governos, autoridades públicas e empresas multinacionais sob uma clara ameaça. Tudo começa quando Julian Assange e o seu colega Daniel Domscheit-Berg (Benedict Cumberbatch e Daniel Brühl) se juntam para vigiar anonimamente algumas das pessoas mais poderosas do mundo. Com isso em mente, decidem criar uma plataforma única que permita a qualquer cidadão publicar segredos ou crimes, sob anonimato. Rapidamente as suas publicações começam a ter mais relevo e credibilidade do que os próprios meios de comunicação convencionais. Porém, conscientes de que deram início a uma revolução, Assange e Berg depressa entram em litígio e se questionam sobre os custos, económicos ou humanos, de expor determinadas verdades.
Realizado por Bill Condon e escrito por Josh Singer, um "thriller" que se inspira em duas obras fundamentais sobre o tema WikiLeaks: "Inside WikiLeaks: My Time with Julian Assange at the World's Most Dangerous Website", escrito por Daniel Domscheit-Berg, e "WikiLeaks: Inside Julian Assange's War on Secrecy", da autoria dos jornalistas David Leigh e Luke Hardin. [cinecartaz.publico.pt]
“Talvez Um Dia”
Sinopse:
Rudy Donatello é músico e Paul Fleiger advogado (Alan Cumming e Garret Dillahunt). Os dois estão apaixonados e, apesar dos preconceitos da sociedade em que se inserem, são felizes e vivem como casal. Certo dia, ao voltar para casa, Rudy encontra Marco (Isaac Leyva), um rapaz de 14 anos com síndroma de Down, que ficou sozinho em casa depois de a sua mãe, toxicodependente, ter sido presa. Decidido a fazer algo pelo rapaz, Rudy decide visitar a mãe e pedir-lhe que assine os documentos que permitam uma guarda temporária. Tudo corre como esperado e Rudy torna-se o seu guardião legal. Porém, quando a relação homossexual entre Rudy e Paul é levada a tribunal, os dois vêem-se a braços com uma batalha inesperada e injusta, cujos preconceitos parecem ter um peso maior do que o bem-estar daquela criança.
Um drama comovente, realizado por Travis Fine, que se inspira em factos verídicos ocorridos no fim dos anos 1970, nos EUA. [cinecartaz.publico.pt]
Título: Palavra que voa
Autor: João Pedro Mésseder
Ilustrador: Gémeo Luís
Editora: Caminho
Sinopse: as palavras têm cheiro e sabor, têm cor e movimento, porque uma palavra, por si só, tem o dom de pôr a imaginação a voar. Ao pronunciarmos a palavra de que fala este álbum, dir-se-ia que no ar se desenha um movimento. E que esse movimento ganha cor. Ainda é uma palavra, mas já é também outra coisa. É um brinquedo. É aquilo a que ela dá o nome e muito mais. Como representar uma palavra em seu movimento?
Carmo Rebelo de Andrade (Carminho) nasceu em Lisboa e é filha da também fadista Teresa Siqueira e de Nuno Rebelo de Andrade.
Aos onze anos já estava a cantar fado no Coliseu dos Recreios, espectáculo que deu o mote para actuações regulares na Taverna do Embuçado, em Alfama, ao lado da mãe e de 'mestres' como Beatriz da Conceição, Fernanda Maria e Alcindo Carvalho. Além das sessões de canto, Carminho cresceu a ouvir as histórias de Lisboa contadas pelos fadistas.
Em 2003, grava com o grupo Tertúlia de Fado Tracional um disco chamado "Saudades do Fado". [ler mais]
Carminho vence Prémio Carlos Paredes com Alma
Fadista recebe o prémio atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira por um álbum de originais e versões de clássicos
O segundo disco de Carminho, Alma, valeu à fadista o Prémio Carlos Paredes, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O prémio, no valor de 2500 euros, é entregue no dia 12 de Novembro, numa cerimónia no Museu do Neo-Realismo.
Editado em Março do ano passado, Alma reúne 15 fados, entre originais e versões de fados clássicos (de Amália, Maria Amélia Proença ou Fernanda Maria). Carminho chegou até a gravar uma edição brasileira deste disco, à qual acrescentou três novos temas gravados com Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi.
Em Portugal, o sucessor de Fado (2009) foi dupla platina, tendo estado durante várias semanas no top de vendas nacional.
O Prémio Carlos Paredes, atribuído anualmente, visa contribuir para o reforço da identidade cultural nacional, através da música, nomeadamente a de raiz popular portuguesa, procurando homenagear os maiores criadores e intérpretes musicais portugueses do século XX e incentivar a criação e a difusão de música de qualidade feita por portugueses.
Em edições anteriores, premiou André Carvalho e Rosa Negra (2012), El Fad (2011), Ricardo Rocha (2010), Um (2009), Pedro Jóia (2008), Mário Laginha (2007), Mandrágora e Bernardo Sassetti (2006), TGB (2005), Ricardo Rocha e Carlos Barretto (2004) e Bernardo Sassetti (2003). [publico.pt]
Pierre Lemaître nasceu em Paris. Foigalardoado com o Prémio Le Point do Romance Policial Europeu em 2010. Os seus romances foram várias vezes premiados e estão traduzidos em treze línguas. Três deles estão a ser adaptados ao cinema: Robe de mariée, Cadres noirs e Alex. [wook.pt]
Pierre Lemaitre vence prémio Goncourt
Au revoir là-haut, um romance histórico situado na primeira guerra mundial, convenceu o júri do mais prestigiado prémio literário francês, mas só à 12ª ronda.
O prémio Goncourt foi atribuído esta segunda-feira ao romance Au revoir là-haut , de Pierre Lemaitre, um autor de 62 anos com prestígio consolidado no domínio da ficção policial.
Nesta sua primeira incursão no romance histórico, Lemaitre situou a acção na primeira guerra mundial e escolheu como protagonistas dois jovens soldados, Albert e Édouard, sacrificados por um oficial ambicioso e cínico.
Criado há 110 anos, em1903, aactual dotação pecuniária do Goncourt não é propriamente exorbitante : o vencedor recebe apenas uma nota de dez euros. Mas o prestígio do prémio tem uma influência considerável nas vendas dos livros. Os premiados dos últimos anos têm vendido uma média de 400 mil exemplares, cerca de cinquenta vezes a tiragem média de um romance em França.
O júri, presidido por Edmonde Charles-Roux,preferiu Au revoir là-haut aos três restantes finalistas desta edição de 2013: Nue, de Jean-Philippe Toussaint, L'invention de nos vies, de Karine Tuil, e Arden, primeiro romance de Frédéric Verger. E o rival mais difícil de bater foi mesmo o estreante : só à 12ª votação é que o desempate se desfez e o livro de Lemaitre ganhou, com seis votos contra quatro.
Antes de se abalançar a escrever esta extensa ficção histórica – editado pela Albin Michel, o livro tem quase 600 páginas –, Pierre Lemaitre, admirador confesso de Alexandre Dumas, era já autor de vários romances policiais, traduzidos em mais de vinte países. [publico.pt]
Estreiam, hoje, os filmes: “Até Amanhã, Camaradas” de Joaquim Leitão com Gonçalo Waddington, Cândido Ferreira, Leonor Seixas, Paulo Pires, Marco D'Almeida, Adriano Luz e Carla Chambel; “Um Fim do Mundo” de Pedro Pinho com Idalécio Gomes, Manuel Gomes, Eva Santos e Iara Teixeira; “De Bicicleta com Molière” de Philippe Le Guay com Fabrice Luchini, Lambert Wilson e Maya Sansa; “Desligados” de Henry Alex Rubin com Jason Bateman, Jonah Bobo e Haley Ramm; “O Jogo Final” de Gavin Hood com Harrison Ford, Asa Butterfield e Hailee Steinfeld; “Sudoeste” de Eduardo Nunes com Dira Paes e Simone Spoladore; “Presa na Escuridão” de Joseph Ruben com Michelle Monaghan, Michael Keaton e Barry Sloane; “Last Vegas - Despedida de Arromba” de Jon Turteltaub com Robert De Niro, Michael Douglas, Morgan Freeman e Kevin Kline; “Nunca Desistas” de Daniel Barnz com Maggie Gyllenhaal, Viola Davis e Oscar Isaac.
“Até Amanhã, Camaradas”
Sinopse:
O que começou como uma mini-série para a SIC é agora adaptado ao grande ecrã por Joaquim Leitão, numa nova montagem do material da série televisiva com o mesmo nome, que ele próprio realizou em 2005. O argumento, baseado no livro homónimo de Manuel Tiago, pseudónimo literário de Álvaro Cunhal, lançado em 1974 pelas edições Avante, foi escrito por Luís Filipe Rocha e relata a vida interna do PCP e dos seus militantes nos anos difíceis da II Guerra Mundial, em torno das lutas populares organizadas no vale do Tejo em 1944.
A estreia cinematográfica de "Até Amanhã, Camaradas" vem celebrar o centenário do nascimento de Álvaro Barreirinhas Cunhal (1913-2005), conhecido resistente ao Estado Novo que dedicou a sua vida ao ideal comunista e ao seu partido.
O elenco é formado pelos actores Gonçalo Waddington, Cândido Ferreira, Leonor Seixas, Paulo Pires, Marco D'Almeida, Nuno Nunes, Ivo Ferreira, Adriano Luz e Sara Graça, entre outros. [cinecartaz.publico.pt]
“Um Fim do Mundo”
Sinopse:
Misturando o documentário com a ficção, o realizador Pedro Pinho acompanha um grupo de jovens do Bairro da Bela Vista, em Setúbal, alguns dias antes das férias de Verão.
Seleccionado para a secção Generation do Festival de Cinema de Berlim, e produzido pela Terratreme e a Vende-se Filmes, um filme sobre o final da adolescência que se insere numa trilogia completada pelos filmes "Cama de Gato" e "Bela Vista", de Filipa Reis e João Miller Guerra, também em estreia nos cinemas portugueses. [cinecartaz.publico.pt]
Teixeira de Pascoaes
pseudónimo literário de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, (Amarante, 8 de novembro de 1877 — Gatão, 14 de dezembro de 1952 foi um poeta e escritor português principal representante do Saudosismo.
De Noite
Quando me deito ao pé da minha dôr,
Minha Noiva-phantasma; e em derredor
Do meu leito, a penumbra se condensa,
E já não vejo mais que a noite imensa,
Ante os meus olhos intimos, acêsos,
Extaticos, surprêsos,
Aparece-me o Reino Espiritual...
E ali, despido o habito carnal,
Tu brincas e passeias; não comigo,
Mas com a minha dôr... o amôr antigo.
A minha dôr está comtigo ali,
Como, outrora, eu estava ao pé de ti...
Se fôsse a minha dôr, com que alegria,
De novo, a tua face beijaria!
Mas eu não sou a dôr, a dôr etérea...
Sou a Carne que soffre; esta miseria
Que no silencio clama!
A Sombra, o Corpo doloroso, o Drama…
Teixeira de Pascoaes
in “Elegias”
À oitava edição o Prémio Literário José Saramago foi para Ondjaki, prosador e poeta que nasceu em Luanda em 1977, autor do romance Os Transparentes, publicado pela Caminho em 2012 e que é um retrato de Angola. O prémio foi esta terça-feira anunciado na sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa. Numa cerimónia em que a poeta angolana Ana Paula Tavares, e um dos membros do júri, fez o elogio do autor e da obra distinguida.
O prémio instituído pela Fundação Círculo de Leitores, no valor de 25 mil euros, que é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos à data da publicação do livro, e cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.
Na acta do júri, Ana Paula Tavares escreve que com Os Transparentes "o escritor angolano cumpre o que há muito se anunciava: a construção de um grande livro fiel a linhagens literárias mais antigas e que pode ler-se na travessia das linguagens de cada um".
"A língua portuguesa ganha o tom, liga todas as mensagens, renova-se sem concessões e aparece fresca e milagrosa como as águas à solta do rés-do-chão do lugar central do romance", acrescenta ainda Ana Paula Tavares, para quem este é um livro de maturidade do autor. "O seu encanto pela infância continua presente, mas já estamos no registo adulto do olhar crítico e mordaz que é lançado sobre o tempo, a História e as respetivas legitimações políticas. A ironia e o humor continuam a caracterizar a escrita de Ondjaki, tornando a leitura de Os Transparentes muito fluida e agradável, sobretudo quando o romance obriga o leitor a se confrontar com uma criolização mais radical e criativa da língua portuguesa."
O júri do Prémio José Saramago foi, também nesta edição, presidido pela directora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes, e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela "presidenta" da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Por escolha da presidente Guilhermina Gomes, integraram também o júri Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos. [publico.pt]
Título: O Piano de Cauda
Autor: Eugénio Roda
Ilustrador: Gémeo Luís
Editora: Edições Éterogémeas
Sinopse:
Como o título deixa adivinhar, a música constitui o tópico em torno do qual ganha forma esta narrativa a três mãos – a que compôs o texto e as outras duas: a mão que segurou o papel e a que fez os recortes, em filigrana. Deste minucioso trabalho de recorte despontam, como por encanto, as admiráveis ilustrações de O Piano de Cauda, livres, esvoaçantes e animadas de movimento, como frases musicais. Ilustrações no limiar da sinestesia, onde se afirma, de novo, a linguagem singular de Gémeo Luís, a um tempo delicada e poderosa, construindo um espaço onde se cruzam memórias do Oriente, ecos diluídos de Chagall e um onirismo de pendor surrealizante que nos faz imergir no sonho.
Pearl Jam é uma banda norte-americana de rock alternativo, formada no ano de 1990 em Seattle, Washington. Desde sua origem, sua formação incluiu Eddie Vedder (vocais, guitarra rítmica), Jeff Ament (baixo), Stone Gossard (guitarra rítmica) e Mike McCready (guitarra solo), passando por mudanças na bateria, sendo Matt Cameron, que também compõe o Soundgarden, o atual baterista da banda. [ler mais]
Novo «trovão» dos Pearl Jam já chegou às lojas
«Lightning Bolt» é o nome do décimo álbum da banda de Seattle.
Lightning Bolt» é o nome do novo álbum dos Pearl Jam que chegou às lojas. O novo «trovão» é o décimo disco de estúdio em 23 anos de vida da banda de Seattle.
Brendan O'Brien voltou a trabalhar na produção de um álbum feito de 11 novas canções e de uma nova versão de «Sleeping By Myself», tema originalmente lançado no disco a solo do vocalista Eddie Vedder, «Ukelele Songs», em 2011.
«Mind Your Manners» e «Sirens» são os singles de apresentação já conhecidos, e são também pontos de passagem certos nos alinhamentos dos novos concertos dos Pearl Jam.
A banda norte-americana deu início à nova digressão na passada sexta-feira, em Pittsburgh, no primeiro de uma série de concertos que percorrerão os EUA e o Canadá até meados de dezembro. Em janeiro de 2014, será a vez da Nova Zelândia e a Austrália receberem as novas canções de «Lghtning Bolt».
A tournée europeia dos Pearl Jam ainda está por revelar, mas Portugal dificilmente ficará de fora do itinerário, uma vez que o nosso país tem sido ponto de passagem das digressões de apresentação dos discos da banda de Seattle. O último concerto em território português aconteceu em 2010, durante o festival Optimus Alive, em Algés. [iol.pt]
João Bouza da Costa nasceu em Lisboa (1954) e passou a infância em África (Luanda). Tem levado uma vida anticíclica, sempre a fugir dos acontecimentos históricos: deixou Angola quando nesta se iniciava a gesta independentista (1963), abandonou Portugal logo após a revolução de Abril (em setembro de 74) e escapou da Alemanha em 89, pouco antes do grande êxtase coletivo da queda do Muro. [ler mais]
«Travessa d’Abençoada» de João Bouza da Costa vence Prémio P.E.N. de Narrativa
O romance de estreia de João Bouza da Costa, «Travessa d’Abençoada», editado pela Sextante, venceu o Prémio P.E.N. de Narrativa para o ano de 2012.
A sinopse de «Travessa d’Abençoada» é a seguinte:
«Uma criança autista escuta os sons de dois corpos entregues ao sexo e convoca os seus deuses contra a derrocada do tempo. Um tradutor apropria-se, coxeando, da sua cidade, enquanto a música inunda a noite e a sua mulher se debate com a memória. Um velho preso no labirinto da raiva enfrenta a morte caído numas escadas. Pessoas de uma pequena travessa de Lisboa, vinte e quatro horas da vida no mundo» [diariodigital.pt]