"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]
Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2013
Músico da semana: Anna Calvi

 

Anna Calvi (Londres, 1982) é uma cantora e compositora britânica de indie rock. Anna tem sido comparada a artistas como Patti Smith, PJ Harvey e Siouxsie Sioux.

Em 2011 edita o álbum de estreia homónimo, sendo nomeado para o Mercury Prize 2011, concorrendo assim, com os álbuns de Adele e PJ Harvey, sendo o prémio atribuído a Harvey. Ainda no mesmo ano, Calvi foi incluída na lista BBC Sound of 2011, que elege os 15 artistas mais promissores.[ler mais]

 

[BREVEMENTE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL]

 

Anna Calvi: 'Ser vulnerável não é uma fraqueza'

Com o primeiro disco arrebatou Brian Eno e Nick Cave. Agora regressa com One Breath, onde expõe um período da sua vida em que se sentiu "fora de controlo". Ontem esteve no Porto, esta noite toca em Lisboa.

Quando lançou o disco homónimo de estreia, em Janeiro de 2011, foram vários os nomes consagrados da música mundial que se levantaram para elogiar Anna Calvi. Brian Eno (produtor, entre outros, de gente como U2 e David Bowie) chegou mesmo a dizer que a cantora, compositora e guitarrista britânica era “o acontecimento musical mais importante desde Patti Smith”. Nas palavras do ex-Roxy Music, a música da londrina “é repleta de inteligência, romance e paixão”. Os ingredientes certeiros para engrossar a lista de seguidores, com Nick Cave a assumir-se como o admirador que se seguiu a Eno.

O apoio dos dois veteranos serviu, naturalmente, de rampa de lançamento, mas o talento de Anna Calvi fez o resto. Com o disco de estreia correu o mundo em digressão, vendeu milhares de cópias numa altura em que os discos mal se vendem e acabou 2011 nomeada para o Mercury Prize, a distinção mais importante na área da música no Reino Unido.

Em Setembro desse ano, quando actuou no Porto e em Lisboa em nome próprio pela primeira vez (a estreia tinha acontecido meses antes no Optimus Alive), extasiou os espectadores com as suas canções intensas e uma força invulgar em palco, que lhe parece sair das entranhas. Fora de palco, Anna Calvi revela-se como a pessoa mais frágil do mundo. Além de falar muito baixinho, aparenta ser bastante tímida e as respostas são sempre frases curtas. Em disco, porém, a voz é altiva, majestosa até. Essa ambiguidade está patente no novo One Breath, um disco que diz ser mais pessoal do que o anterior Anna Calvi, composto depois da morte de um familiar próximo.

Depois de um disco de estreia tão bem recebido, sentiu a pressão do sucessor?

Nem por isso. Senti mais pressão no primeiro disco porque não fazia ideia se alguém o iria ouvir. Essa sensação é muito mais assustadora. Como só escrevo sobre o que gosto não há nada, à partida, exterior a determinar o que vou fazer. Logo, também não há pressão.

O título One Breath refere-se a quê?

Explica a temática do disco: assinalar um momento de mudança forçada. Além disso, transmite a sensação de estar fora de controlo que senti quando estava a escrever as canções. Essa sensação pode ser assustadora, mas também excitante e acho que há um balanço entre essas coisas.

O que provocou esse descontrolo?

Coisas que aconteceram na minha vida pessoal, como a morte de um familiar... Mas tenho optado por não falar disto nas entrevistas. Basicamente essa ideia de estar a perder o controlo veio à superfície e, às tantas, percebi que estava a escrever canções sobre essa experiência e não tentei combater.

Este é um disco mais pessoal do que o anterior?

Sim, sem dúvida.

Não teve medo de se expor em demasia?

Não. Até porque ser vulnerável não é uma fraqueza, mas sim algo que nos fortalece. E a música pode ser terapêutica, uma maneira de explorar o que estamos a sentir a um nível muito íntimo e pessoal e, até, encontrar uma forma de ultrapassar a situação.

Sendo um disco tão pessoal, como quer que as pessoas se relacionem com ele?

Não me cabe a mim decidir isso, não é algo que consiga controlar. Mas quando comecei a compor, queria que o disco reflectisse um espectro alargado de emoções, que tivesse momentos de beleza e outros mais feios, de modo a que estes extremos pudessem coexistir, um pouco como acontece na vida do dia-a-dia.

Em termos sonoros, também é mais experimental. Foi algo que quis deliberadamente fazer?

Sim, queria brincar mais e experimentar coisas novas. Não queria fazer novamente o mesmo disco. Queria evoluir e, nesse aspecto, redescobrir a discografia de Tom Waits foi algo que me interessou. Especialmente a forma como ele utiliza as percurssões e as guitarras. Fá-lo de forma totalmente original.

Mas há claramente uma nova amplitude sonora, com vários momentos ambíguos entre distorção e coisas mais orquestrais, entre uma voz segura numa canção e frágil noutra...

Isso tem a ver, mais uma vez, com o que se estava a passar na minha vida pessoal. Mas independentemente dos problemas que enfrentamos, acho que acaba por ser sempre assim: às vezes sentimo-nos fortes e poderosos, como se nada nos conseguisse atingir, e depois não é preciso muito para acontecer uma reviravolta e sentimo-nos bastante vulneráveis. Inconscientemente isso passou para o disco e há um sentimento constante de desconstrução que obriga a que se tenha que erguer tudo outra vez.

Daí a interpretação também ser mais teatral?

Aí já não concordo, até porque faz-me alguma confusão quando usam a palavra ‘teatral’ para me tentarem definir. Não há nada ensaiado no que faço, não estou a actuar. Trabalho, claro, faço experiências, mas as coisas saem-me com naturalidade.

Mesmo em palco, onde assume uma postura de femme fatal que não tem no dia-a-dia?

Actuar faz sobressair o meu lado mais destemido e, no dia-a-dia, não sei como aceder a esse lado. A música é o único canal para chegar lá. Por isso, não é uma personagem que sobe o palco. Sou genuinamente eu, mas um eu que só aparece quando estou a actuar. Continuo reservada com quem acabo de conhecer e a música não mudou isso em mim.

Ainda assim, neste disco parece uma mulher mais forte e intensa do que na estreia.

Acho que é a mesma, mas agora está num lugar diferente. A experiência de termos de lidar com algo difícil obriga-nos a entrar em contacto com um lado nosso mais forte. Talvez seja isso que ouve em One Breath. [sol.sapo.pt]

 

 

 

 



publicado por bibliotecadafeira às 15:00
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2013
Autor da semana: José Bento

 

José Bento de Almeida e Silva Nascimento (Pardilhó, Estarreja, 17 de novembro de 1932) é um poeta e tradutor português, e importante divulgador da cultura hispânica em Portugal, tendo começado a fazer traduções do espanhol para o português há mais de meio século

Fez os seus primeiros estudos em Pardilhó, continuando-os no Porto e em Lisboa, onde concluiu, em 1955, o curso do extinto Instituto Comercial de Lisboa e ingressou no ensino secundário, que abandonou para trabalhar em diversas empresas. Ainda estudante colaborou no jornal "O Concelho de Estarreja" e em algumas revistas de poesia como Árvore, Sísifo, Eros e Cadernos do Meio-Dia. Foi um dos fundadores, nos anos 50, da revista de poesia Cassiopeia. De 1963 a 1969, fez parte da redacção da revista O Tempo e o Modo. Publicou crítica literária em jornais e revistas, designadamente na Colóquio-Letras e na Brotéria.

Só nos finais dos anos setenta é que José Bento deu a público dois livros, Sequência de Bilbau e In Memoriam, onde continua o verso livre dos seus primeiros textos mais representativos, o qual se aproxima, pela amplidão e pela disciplina a que se sujeita, do versículo bíblico. Cruza-se, assim, a sua poesia, cujo carácter meditativo ou religioso num sentido amplo está em perfeita consonância com o verso escolhido, por via do discursivismo em que inequivocamente aposta, com a que, na década de setenta, procura alternativas válidas para a tendência antidiscursivista dominante nos anos sessenta. A sua atividade de tradutor de poesia em língua castelhana toca a sua própria produção poética, pelo trato íntimo que essa atividade proporciona: por vezes a intertextualidade com os poetas que traduz é visível na sua poesia.[ler mais]

 

José Bento distinguido com Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2013

 

O tradutor português José Bento foi distinguido com o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2013 pelo livro "Sítios", editado pela editora Assírio & Alvim, revelou a Fundação Luís Miguel Nava.

O prémio, de cinco mil euros, é atribuído com periodicidade bienal e José Bento sucede a Hélder Moura Pereira, vencedor em 2011, com a obra "Se as coisas não fossem o que são".

Instituído pela Fundação Luís Miguel Nava desde 1997, por vontade expressa em testamento do poeta e ensaísta português, falecido em 1995, o galardão teve periodicidade anual até 2009, tendo sido Sofia de Mello Breyner Andresen a primeira vencedora com a obra “O búzio de cós”.

Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Manuel António Pina, Luís Quintais, António Ramos Rosa, Pedro Tamen e A. M. Pires Cabral e Helder Moura Pereira foram os outros contemplados com o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava.

O júri deste ano foi constituído, como habitualmente, por quatro membros da direção da Fundação Luís Miguel Nava - Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Luís Quintais - e por um elemento convidado, o poeta e ensaísta Fernando J. B. Martinho. [ionline.pt]

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.

 



publicado por bibliotecadafeira às 18:04
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2013
Aviso

 

Estimado (a) leitor (a),

 

Informamos que a biblioteca municipal estará encerrada nos dias 24, 26 e 31 de dezembro de 2013.
Aproveitamos para agradecer a atenção que nos tem dispensado e desejar Boas Festas.


tags:

publicado por bibliotecadafeira às 15:31
link do post | comentar | favorito

Músico da semana: Gisela João

 

 

Gisela João é uma fadista portuguesa.Começou a interessar-se pelo fado com oito anos. Com 16/17 anos, Gisela foi cantar para a “Adega Lusitana”, em Barcelos. Foi para o Porto, em 2000, para estudar design mas rapidamente começou a cantar numa casa de fado.Em 2008 gravou o seu primeiro álbum a solo "O meu fado" - Estúdios Conquista. Em 2009 gravou um álbum com os Atlantihda. É depois um dos nomes convidados no disco de Fernando Alvim. Participou como fadista no filme "O Grande Kilapy" (2012).

É considerada uma das maiores revelações do fado no feminino dos últimos anos para o jornalista António Pires. [ler mais]

 

  

 

 

 

Gisela João é disco do ano

 

Gisela João é o disco do ano para o críticos do PÚBLICO. A fadista esteve na redacção do jornal para uma curta conversa e acabou por cantar dois fados a capella. Primeiro, para testar o áudio, cantou um excerto de Fado das horas e depois cantou Vieste do fim do mundo, que não chegou ao fim por causa da voz (Gisela ficara afónica na véspera). [publico.pt]

 

 

 

[BREVEMENTE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL]



publicado por bibliotecadafeira às 15:27
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013
Autor da semana: Maria Velho da Costa

Maria Velho da Costa, nasceu a 26 de junho de 1938.

Prémio Camões em 2002, Maria Velho da Costa licenciou-se em Filologia Germânica, foi professora no ensino secundário e membro da direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Tem o Curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi membro da Direcção e Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, de 1973 a 1978. Foi leitora do Departamento de Português e Brasileiro do King's College - Universidade de Londres, entre 1980 e 1987. [ler mais]

  

 

 

Prémio da APE a Maria Velho da Costa consagra uma obra que revolucionou a ficção portuguesa

Autora de Maina Mendes, Missa in Albis e Myra já tinha recebido o prémio Camões em 2002 e é consensualmente reconhecida como uma das mais inovadoras ficcionistas portuguesas.

 

O prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (APE), no valor de 25 mil euros, foi atribuído à romancista Maria Velho da Costa. A decisão foi unânime e o presidente da APE, José Manuel Mendes, justificou a escolha sublinhando a “criatividade da escritora”, o seu “percurso pessoal e literário”, e ainda o modo inventivo como a autora, que já recebera em 2002 o prémio Camões, trabalha a língua portuguesa.

Nascida em Lisboa em 1938, Maria Velho da Costa estreou-se em 1966 com O Lugar Comum, é co-autora das célebres Novas Cartas Portuguesas (1972) e escreveu alguns dos mais significativos romances da ficção portuguesa posterior ao 25 de Abril, como Casas Pardas (1977), Missa in Albis (1988) ou o mais recente Myra (2008), que venceu os prémios PEN, Máxima, Correntes d’Escrita e DST. A sua obra, que vem sendo traduzida desde os anos 70 nas principais línguas europeias, revolucionou como poucas o romance em língua portuguesa.

Licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa, Maria Velho da Costa tem ainda o Curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi professora no ensino secundário, funcionária do Instituto de Investigação Industrial, adjunta do Secretário de Estado da Cultura em 1979, no breve governo de Lurdes Pintasilgo, leitora de português no Kings College, Londres, na década de 80, adida cultural em Cabo Verde de 1988 a 1991, e desempenhou ainda várias outras funções públicas de carácter cultural, designadamente na Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e no Instituto Camões. Entre 1973 e 1978, presidiu à direcção da APE.

Após o livro de contos O Lugar Comum, publicou em 1969 o seu romance de estreia, Maina Mendes, cujo experimentalismo narrativo e linguístico revolucionou a ficção portuguesa nesses anos que antecederam a queda do regime. E Novas Cartas Portuguesas (1972), a obra que escreveu com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, pode mesmo ter contribuído, se não para acelerar o fim da ditadura, pelo menos para comprometer ainda mais a sua imagem no exterior, já que o processo judicial que o regime moveu contra as “três Marias” teve grande repercussão internacional.

Quando a romancista ganhou o prémio Camões, em 2002, o júri salientou, a par da “inovação no domínio da construção romanesca” e do “experimentalismo sobre a linguagem”, a “interrogação do poder fundador da fala”, uma indagação que é já central em Maina Mendes, cuja personagem principal é uma mulher que perdeu a sua reprimida fala feminina para, nas palavras de Eduardo Lourenço, “inventar a fala, nem masculina, nem feminina, apenas autónoma e soberana, de que os homens usufruem sem riscos e desde sempre, por ‘direito divino’”.

Ainda antes do 25 de Abril, Maria Velho da Costa publica o ensaio Ensino Primário e Ideologia(1972) e Desescrita (1973), uma recolha de crónicas de imprensa.

Em 1976, edita um livro de textos de difícil categorização, Cravo, e no ano seguinte publica o ensaio Português; Trabalhador; Doente Mental e aquele que é reconhecidamente um dos mais originais romances portugueses contemporâneos, Casas Pardas, um livro que evoca os tempos anteriores e imediatamente posteriores à revolução de 1974 através da voz de várias protagonistas, cujos testemunhos são apresentados num registo próximo do do monólogo dramático.

Seguem-se dois livros de poesia em prosa – Da Rosa Fixa (1978) e Corpo Verde (1979) – e, já nos anos 80, a autora publica dois títulos centrais na sua obra ficcional, Lúcialima (1983) e Missa in Albis. Este último, cujo título evoca a missa do segundo domingo de Páscoa, tradicionalmente ligada à admissão na igreja dos recém-baptizados, tem como protagonista uma mulher oriunda de uma influente família ligada ao regime do Estado Novo, Sara, em cujo trajecto talvez possa ver-se uma metáfora do país.  

A apropriação de outros textos como desencadeadores da sua própria escrita é uma constante na obra de Velho da Costa, que mantém um diálogo particularmente recorrente e profundo com Luís de Camões. Neste mesmo Miss in Albis, uma célebre advertência do poeta é assim transformada: “Confundir é a regra que convém, segundo o entendimento que tiverdes”.

Entre as obras mais recentes de Maria Velho da Costa contam-se o volume de contos Dores (1994), a peça Madame (2000), sobre textos de Eça de Queirós e Machado de Assis, o romance Irene ou o Contrato Social (2001), vencedor do Grande Prémio da APE, que transforma em personagem a escritora Irene Lisboa, o livro de contos O Amante do Crato (2002), O Livro do Meio (2006), um diálogo com Armando Silva Carvalho, e o seu último e notável romance, Myra (2008).

O prémio Vida Literária foi atribuído pela primeira vez em 1992, a Miguel Torga, e conta, desde a sua criação, com o patrocínio exclusivo da Caixa Geral de Depósitos. Com periodicidade irregular, contemplou já os ficcionistas, poetas e ensaístas José Saramago, Sophia de Mello Breyner, Óscar Lopes, José Cardoso Pires, Eugénio de Andrade, Urbano Tavares Rodrigues, Mário Cesariny, Vítor Aguiar e Silva, Maria Helena Rocha Pereira e João Rui de Sousa. Maria Velho da Costa é a 12.ª premiada. A sua obra, diz José Manuel Mendes, "revela um poder de criatividade e inovação porventura incomparáveis". 
 
"Camões é um culto"
Sendo mais um prémio a uma autora habituada a ver-se premiada desde os anos 70, quando o romance Casas Pardas obteve o prémio Cidade de Lisboa e o Prémio Nacional de Novelística, esta consagração da APE tem, ainda assim, um significado particular para Maria Velho da Costa, dada a sua “ligação muito antiga” à associação, disse a romancista ao PÚBLICO. Tendo presidido à direcção da APE ainda antes do 25 de Abril, e também depois da queda do regime, até 1978, a escritora lembra que foi sob a sua presidência que se organizou o primeiro Congresso de Escritores Portugueses, em Maio de 1975. “O vice-presidente era o Ernesto Melo e Castro, que fez um grande trabalho, e essa direcção incluía escritores que infelizmente já morreram, e que eram amigos meus, como Orlando da Costa ou José Saramago”.  

O PÚBLICO quis saber se, à distância de quase 45 anos, não lhe parecia hoje estranho que aos trinta pudesse ter escrito um primeiro romance tão forte e tão inovador como Maina Mendes, mas o elogio em causa própria não faz o género de Maria Velho da Costa, que replica logo que “a Agustina começou mais cedo”, e que o que recorda da época em que escreveu o seu romance de estreia é que se sentia “muitíssimo insegura”. E adianta que muitos escritores a influenciaram, mas exclui Camões desse rol, porque “esse não é uma influência, é um culto”.

Aos leitores que ainda esperam que se tenha precipitado quando manifestou a convicção de que Myra seria o seu último romance, não oferece grandes esperanças: “É o que eu acho, mas pode-se sempre ter um acesso de demência senil e escrever-se o que não se deve”. Para já, garante que não está a escrever nenhum novo livro nem sente a tentação de o fazer. “Consigo não escrever com a maior das facilidades”.

Também não parece ter mudado de ideias na intenção de deixar os seus diários para publicação póstuma, mas não se mostra absolutamente peremptória: “É muito pouco provável que os publique em vida… teria que fazer uma tal triagem de materiais…”. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal



publicado por bibliotecadafeira às 15:10
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Hiroshima, Meu Amor” de Alain Resnais com Bernard Fresson, Eiji Okada, Emmanuelle Riva; “Casablanca” de Michael Curtiz com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Peter Lorre; “A Propósito de Llewyn Davis” de Ethan Coen, Joel Coen com Oscar Isaac, Carey Mulligan, John Goodman; “Augustine” de Alice Winocour com Vincent Lindon, Stéphan Wojtowicz, Soko, Chiara Mastroianni; “Chovem Almôndegas 2” de Cody Cameron, Kris Pearn com Bill Hader (Voz), Anna Faris (Voz), Will Forte (Voz) e “O Tempo dos Dinassauros: O Filme 3D ” de Barry Cook, Neil Nightingale com John Leguizamo, Justin Long, Tiya Sircar.

 

“Augustine”

Sinopse:

França, 1885. Augustine é internada no Hospital de Salpêtrière com sintomas graves de histeria. Aí, é entregue aos cuidados do Dr. Jean-Martin Charcot, um neurologista de renome que, com este caso, pretende demonstrar aos membros da respeitada Academia de Medicina de que modo a hipnose pode atenuar alguns dos sintomas mais graves da doença. Ao estudar a rapariga mais profundamente, assim como a sua história clínica, o médico vai concluir também que alguns traumas emocionais do seu passado são causadores da enfermidade. Porém, a relação entre os dois depressa ultrapassa os limites estipulados, fazendo despertar neles um desejo descontrolado. Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cannes, um filme de época com argumento e realização da francesa Alice Winocour. No elenco, os actores Vincent Lindon, Soko e Chiara Mastroianni. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Chovem Almôndegas 2”

Sinopse:

Crescido e criado em Mastiga e Engole, uma minúscula ilha do Atlântico que sobreviveu graças à tradição de sardinhas enlatadas, Flint Lockwood (voz de Bill Hader) sempre teve ideias geniais. O problema é que todas as suas ideias têm tendência para sofrer de falta de funcionalidade, detalhe de que ele se esquece com alguma frequência. Um dia, num rasgo de genialidade, descobre a fórmula química que transforma água em alimentos, encontrando a desejada solução para a dieta pouco variada dos seus conterrâneos. Mas tudo é posto em causa quando percebe que a sua invenção está a criar resultados inesperados e altamente perigosos: os restos de comida que, durante tanto tempo, foram “chovendo” em Mastiga e Engole, foram-se transformando em “comidanimais”, umas criaturas terríveis que vêm pôr em causa a segurança da Humanidade. Agora, para resolver a situação, ele vai ter de juntar os seus melhores amigos e acabar de vez com tacodilos famintos, chimpacamarões, serpentartes de maçã ou hamburgueranhas, antes que eles levem o resto do mundo à extinção…
Um filme da Sony Pictures Animation para os mais pequenos, que continua a história de Flint Lockwood, iniciada em 2009, desta vez pelas mãos dos realizadores Cody Cameron e Kris Pearn. [cinecartaz.publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 10:00
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 18 de Dezembro de 2013
Na mesa dos poetas

 

António Tomás Botto

(Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897 — Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959)

Poeta português cuja obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia Canções que, pelo seu carácter abertamente homossexual, causou grande agitação nos meios religiosamente conservadores da época. Homossexual assumido (apesar de ser casado com uma Bejense, Carminda Alves Silva), a sua obra reflete muito da sua orientação sexual e no seu conjunto será, provavelmente, o mais distinto conjunto de poesia homoerótica de língua portuguesa. Morreu atropelado em 1959 no Brasil, para onde se tinha exilado para fugir às perseguições homófobas de que foi vítima, na mais dolorosa miséria.

 

 

Anda, Vem

 

Anda, vem... por que te négas,
Carne morêna, toda perfume?
Por que te cálas,
Por que esmoreces
Boca vermêlha, - rosa de lume!

Se a luz do dia
Te cóbre de pêjo,
Esperemos a noite presos n'um beijo.

Dá-me o infinito goso
De contigo adormecer,
Devagarinho, sentindo
O arôma e o calôr
Da tua carne, - meu amôr!

E ouve, mancebo aládo,
Não entristeças, não penses,
- Sê contente,
Porque nem todo o prazer
Tem peccado...

Anda, vem... dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos;

Tenho Saudades da vida!

Tenho sêde dos teus beijos!

 

António Botto

In “Canções”

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 10:46
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 17 de Dezembro de 2013
Sugestão de leituras

 

Título: Sonho de neve

Autor e ilustrador: Eric Carle

Editora: Kalandraka

Sinopse:

"Sonho de neve" é uma história invernosa e natalícia que se destaca logo à partida pela própria edição do livro: a capa acetinada contrasta com a rugosidade dos fragmentos têxteis nela colados, a imitar flocos de neve; entre as páginas do miolo vão-se também intercalando folhas de acetato, adornadas com manchas de cor branca, e que se sobrepõem às ilustrações, qual mantos de neve, cobrindo não só o agricultor, o protagonista da história, como também os seus animais domésticos. De salientar ainda é a intensidade das próprias ilustrações, bem ao estilo de Eric Carle em que o leitor é convidado a tocar-lhe.

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 17:48
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2013
Músico da semana: Silence 4

 

Silence 4 foi um grupo musical português formado em 1996, cujas canções eram cantadas maioritariamente em inglês. A banda, proveniente de Leiria, era constituída por David Fonseca (voz e guitarra), Sofia Lisboa (voz), Rui Costa (baixo) e Tozé Pedrosa (bateria). A banda acabou por desmembrar-se em 2001 e o seu cantor e principal compositor, David Fonseca, iniciou-se numa carreira a solo. [ler mais]

 

 

 

Silence 4 vão reunir-se para dois concertos em 2014

A banda irá juntar-se em palco, em Guimarães e Lisboa, no âmbito da ajuda à Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Na sexta-feira, David Fonseca publicara uma fotografia na Internet com as silhuetas da sua antiga banda, os Silence 4, com a legenda “2014”. Hoje, a agência Vachier confirmou o que muitos suspeitaram. Os Silence 4, um dos grupos portugueses mais celebrados do final da década de 1990, irão reunir-se. Não em estúdio, mas em palco. A banda agendou dois concertos para o próximo ano. Dia 29 de Março no Multiusos de Guimarães e 5 de Abril no Meo Arena, em Lisboa.

Os Silence 4, banda de Leiria formada em 1998, separou-se oficialmente em 2001, ano após o lançamento do seu segundo álbum Only Pain Is Real. Agora, 12 anos depois, anunciam dois concertos, tendo como principal impulsionadora a vocalista Sofia Lisboa.

A cantora, diagnosticada com leucemia, passou os últimos três anos em tratamentos médicos. Segundo o comunicado da Vachier, a superação de Sofia Lisboa face à sua condição foi a “situação catalisadora desta reunião”.

Quanto ao regresso da banda, David Fonseca afirma que o "reencontro é uma incrível celebração". "A comemoração do momento presente, da vitória imensa da Sofia face à adversidade que atravessou, é que inspirou esta reunião. Sinto-me honrado por poder tocar estas canções novamente, foi com elas que comecei o meu percurso musical e que pisei o palco pela primeira vez. Mas, acima de tudo, sinto-me feliz por estar a fazê-lo neste contexto. O convite da Sofia para reunirmos os Silence 4 acaba por significar algo maior do que as canções, um símbolo de esperança e vida que é urgente celebrar da melhor maneira possível." [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:06
link do post | comentar | favorito

Sábado, 14 de Dezembro de 2013
"Hannah Arendt" na biblioteca municipal

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 15 de dezembro, pelas 21.30h, o filme "Hannah Arendt" de Margarethe von Trotta.





publicado por bibliotecadafeira às 11:40
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2013
Autor da semana: Hannah Arendt

 

Hannah Arendt (nascida Johanna Arendt; Linden, Hanôver, Alemanha, 14 de outubro de 1906 – Nova Iorque, Estados Unidos, 4 de dezembro de 1975) foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX.

A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou-lhe a nacionalidade em 1937, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade estadunidense em 1951.

Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre filosofia política. Contudo, recusava ser classificada como "filósofa" e também se distanciava do termo "filosofia política"; preferia que suas publicações fossem classificadas dentro da "teoria política". [ler mais]

 

“Hannah Arendt” na biblioteca municipal

 

 

No âmbito da programação do Cineclube da Feira será exibido, na biblioteca municipal, a 15 de dezembro, pelas 21h30, o filme "Hannah Arendt" de Margarethe von Trotta.
 

Sinopse:
Hannah Arendt (1906-1975), filósofa e jornalista judia, exilou-se nos EUA em 1941, após a fuga do campo de concentração de Gurs, durante os anos negros da Segunda Grande Guerra. Em 1951, obteve cidadania norte-americana e nesse mesmo ano foi publicado o seu livro "As Origens do Totalitarismo". Esta obra tornou-se um clássico dentro da comunidade intelectual e lançou a sua carreira nos Estados Unidos. Em 1961, deslocou-se a Jerusalém para cobrir o julgamento do criminoso de guerra nazi Adolf Eichmann para a revista "The New Yorker" e o seu artigo, publicado em cinco partes, teve um enorme impacto mediático. As suas ideias foram alvo de críticas violentíssimas quer pela descrição dos conselhos judaicos, quer pela exposição da personalidade de Eichmann. Porém, a obra seguinte, "Eichmann em Jerusalém: Uma reportagem sobre a banalidade do mal", alcançou um lugar de destaque e grande respeito, ainda que sempre controverso, na maior parte dos debates acerca do Holocausto. Esse livro é hoje tido como uma das suas obras mais importantes.Este filme, realizado por Margarethe von Trotta ("A Honra Perdida de Katharina Blum") é o retrato de um génio incompreendido, de alguém que se atreveu a fazer uma reflexão sobre o Holocausto de um modo absolutamente inovador e que, mesmo sob duras críticas, se manteve fiel às suas convicções. [cinecartaz.publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 15:58
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “Mandela - Longo Caminho Para a Liberdade” de Justin Chadwick com Idris Elba, Naomie Harris e Gys de Villiers; “A Revolta dos Perus” de Jimmy Hayward com as vozes de Woody Harrelson, Owen Wilson e Dan Fogler; “Desafio do Ano” de Benson Lee com Josh Holloway, Josh Peck e Chris Brown; “O Hobbit: A Desolação de Smaug” de Peter Jackson com Martin Freeman, Ian McKellen e Mikael Persbrandt; O Grande MestreYi Dai Zong Shi” de Wong Kar-Wai com Tony Leung Chiu-Wai, Zhang Ziyi e Song Hye-kyo

 

“Mandela - Longo Caminho Para a Liberdade”

Sinopse:

Inspirado na autobiografia homónima de Nelson Mandela, publicada em 1994, um filme que acompanha a jornada de um dos maiores ícones mundiais. Desde a sua infância numa pequena aldeia rural até à tomada de posse como primeiro Presidente negro na África do Sul, debruça-se sobre os mais marcantes momentos da sua luta contra o "apartheid", passando pelos 27 anos que passou encarcerado, como prisioneiro político.
Com o actor Idris Elba como protagonista, conta com a realização de Justin Chadwick e argumento de William Nicholson. O filme teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Toronto, em Setembro de 2013. [cinecartaz.publico.pt]

 

“A Revolta dos Perus”

Sinopse:

Reggie era um peru comum até ao dia em que a visita presidencial à quinta que o viu nascer o tornou o "Peru Perdoado". Sem estar verdadeiramente consciente do terrível destino a que miraculosamente escapou, ele passa a viver sossegadamente na residência oficial do presidente. Mas, um dia, é raptado por Jake, o Peru Perfeito, incansável fundador - e que se saiba, único membro - da Frente de Libertação dos Perus. Jake revela-lhe algo aterrador: os da sua espécie são mantidos em cativeiro e generosamente alimentados para que façam parte do menu do mais célebre feriado norte-americano: o Dia de Acção de Graças. Agora o plano é encontrar um laboratório secreto do governo onde se encontra uma máquina do tempo e, num acto de extrema coragem e solidariedade, viajar até ao ano de 1621, mais precisamente ao dia em que foi realizada a primeira dessas festividades. Assim, se conseguirem alterar a ementa, poderão salvar os milhões de perus que, ao longo de quase 400 anos, foram sendo sacrificados por puro capricho humano… 
Uma aventura para os mais pequenos, escrita e realizada por Jimmy Hayward ("Horton e o Mundo dos Quem"). Na versão original, conta com as vozes de Owen Wilson, Woody Harrelson e Amy Poehler, entre outros. Na versão dobrada em português, as vozes pertencem ao trio Os Improváveis (Marta Borges, Telmo Ramalho e Pedro Borges). [cinecartaz.publico.pt]

 

“O Hobbit: A Desolação de Smaug”

Sinopse:

Aqui se conta a grande aventura de Gandalf e 13 anões em busca do tesouro de Dale, guardado pelo terrível dragão Smaug, no coração da Montanha Solitária onde, em tempos, se situou o Reino de Erebor. Eles são acompanhados por Bilbo Baggins, um pequeno hobbit apreciador do conforto e quietude, pouco dado a tudo o que possa pôr em causa a normalidade da sua vida. O seu encontro com Gollum e a presença involuntária na Batalha dos Cinco Exércitos são algumas das provas por que Bilbo terá de ultrapassar e que o levarão a revelar uma coragem inesperada que vai transformar o destino da Terra Média. Realizado por Peter Jackson (saga "O Senhor dos Anéis", "King Kong"), é o segundo de três filmes que adapta a notável façanha de Bilbo Baggins, narrada no livro "O Hobbit", escrito por J. R. R. Tolkien e cuja acção se situa 60 anos antes da aventura de Frodo contada n' "O Senhor dos Anéis". O argumento foi co-escrito por Peter Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro. No elenco, voltamos a encontrar os actores Martin Freeman, Ian McKellen, Orlando Bloom, Christopher Lee, Richard Armitage, Hugo Weaving e Benedict Cumberbatch, entre outros.  [cinecartaz.publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 11:24
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013
Na mesa dos poetas

Linda Inês

 

Choram ainda a tua morte escura

Aquelas que chorando a memoraram;

As lágrimas choradas não secaram

Nos saudosos campos da ternura.

 

Santa entre as santas pela má ventura,

Rainha, mais que todas que reinaram;

Amada, os teus amores não passaram

E és sempre bela e viva e loira e pura.

 

O Linda, sonha aí, posta em sossêgo

No teu muymento de alva pedra fina,

Como outrora na Fonte do Mondego.

 

Dorme, sombra de graça e de saudade,

Colo de Garça, amor, moça menina,

Bem-amada por toda a eternidade

 

Afonso Lopes Vieira 

In“Cancioneiro de Coimbra”

 

Titulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 10:43
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2013
Sugestão de leituras

 

Título: O sonho de Mateus

Autor: Leo Lionni

Editora: Kalandraka

Sinopse:

Os ratos eram muito pobres, mas tinham grandes expetativas

para Mateus. Quando ele crescesse, talvez viesse a ser médico.

Então, teriam queijo parmesão ao pequeno-almoço, ao almoço

e ao jantar. Mas quando lhe perguntavam o que é que ele

queria ser, Mateus respondia:

– Não sei… Eu quero ver o mundo. 

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 11:05
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2013
Músico da semana: Kátia Guerreiro

 

 

Kátia Guerreiro nasceu a 23 de Fevereiro de 1976 na África do Sul mas a família mudou-se para a ilha de São Miguel era ainda criança. Nesta ilha descobre a sua vocação musical, apaixonando-se pela “Viola da Terra”, um instrumento típico do arquipélago dos Açores, que toca no Rancho Folclórico de Santa Cecília. Para estudar medicina, escolhe Lisboa, onde concilia o estudo com a banda rock, Os Charruas, de que é vocalista.
A sua carreira como fadista tem início em 2000, com a sua presença no concerto de homenagem a Amália Rodrigues, no Coliseu de Lisboa. Público e crítica rendem-se à sua interpretação de Amor de Mel, Amor de Fel e de Barco Negro, considerando-a a melhor fadista da noite. [ler mais]

 

 

 

 

Katia Guerreiro vai ser condecorada pelo governo francês

 

A fadista Katia Guerreiro vai ser condecorada pelo governo francês com as insígnias de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras a 20 de dezembro, escreve a agência Lusa.
De acordo com uma nota de imprensa da embaixada de França em Lisboa, a fadista será condecorada no dia 20 de dezembro, às 18h30, numa cerimónia no Palácio de Santos, pelo embaixador Jean-François Blarel.
«Ao distinguir Katia Guerreiro com este prestigiado galardão, o governo francês pretende homenagear uma das mais notáveis cantoras da sua geração e uma das maiores representantes da cultura portuguesa em todo o mundo», justifica a embaixada. […]

[tvi24.iol.pt/musica]

  

Kátia Guerreiro encerra cartaz da Festa das Fogaceiras em 2014

 

A voz inconfundível da fadista Kátia Guerreiro vai abrilhantar o grande auditório do Europarque,em Santa Mariada Feira, no dia 25 de janeiro, pelas 21h30, assinalando o encerramento do programa de animação da Festa das Fogaceiras em 2014.

Mais informações em www.facebook.com/fogaceiras.

 

Títulos, deste músico, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 11:22
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2013
Nelson Mandela: 1918 - 2013

 

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.

 

Títulos , sobre este autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 15:38
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2013
Estreias - cinema

 

Estreiam, hoje, os filmes: “O Som ao Redor” de Kleber Mendonça Filho com Ana Rita GurgelCaio AlmeidaMaeve Jinkings; “Khumba” de Anthony Silverston com as vozes de Jake T. AustinLiam NeesonSteve Buscemi, Laurence FishburneCatherine Tate; “Homefront - A Última Defesa” de Gary Fleder com James FrancoJason StathamWinona Ryder; “Jimmy P., Realidade e Sonho” de Arnaud Desplechin com Benicio Del ToroMathieu AmalricGina McKee; “Pai Por Acaso” de Ken Scott com Vince VaughnChris PrattCobie Smulders; “Oldboy - Velho Amigo” de Spike Lee com Josh BrolinElizabeth OlsenSamuel L. Jackson; “China - Um Toque de Pecado” de Jia Zhang-ke com Jiang WuLi VivienWang Baoqiang.

 

“Khumba”


Sinopse:

Khumba é uma jovem zebra que, por ter nascido com apenas metade do corpo listado, é ostracizada pelas demais. Segundo a sua manada, ele é o grande culpado pela seca que assolou a savana. Assim, para que tudo regresse à normalidade, tem de partir em busca da lendária lagoa da água mágica, de onde, supostamente, todas as zebras recebem as suas belas listas negras. Pelo caminho, Khumba terá de enfrentar Phango, um malvado leopardo que controla todos os poços e aterroriza os animais ao redor. E será ao longo desta longa e perigosa viagem, com novos amigos e as novas experiências, que Khumba vai compreender algo muito importante: a diversidade é essencial à sobrevivência e ser diferente pode, muitas vezes, revelar-se uma força. 
Uma comédia de animação com argumento e realização de Anthony Silverston que, na versão original, conta com as vozes de Jake T. Austin, Liam Neeson , Steve Buscemi  e Laurence Fishburne. [cinecartaz.publico.pt]

 

“Pai por acaso”


Sinopse:

Devido a um erro de uma clínica de fertilidade, David descobre que é o pai biológico de 533 seres humanos. Muito jovem na altura em que fez a doação, ele nunca poderia imaginar que tal pudesse vir a acontecer. Para piorar a situação, as crianças cresceram e estão determinadas a conhecê-lo. Aterrorizado com esta estranha notícia, David tem agora de decidir se aceita ou não revelar a sua identidade a 142 dos seus filhos, ansiosos por formar laços com o progenitor....
Com esta versão norte-americana da conhecida comédia canadiana "Starbuck", Ken Scott, realizador e argumentista da versão original, tenta repetir a proeza ao lado dos actores Vince Vaughn, Chris Pratt, Cobie Smulders e Andrzej Blumenfeld. [cinecartaz.publico.pt] 



publicado por bibliotecadafeira às 15:11
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2013
Na mesa dos poetas

 

 

Afonso Lopes Vieira

(Leiria, 26 de janeiro de 1878 — Lisboa, 25 de janeiro de 1946)

Poeta português cuja poesia, próxima do saudosismo se inscreve num filão tradicional, fazendo de certa forma a transição entre a poesia neorromântica de fim-de-século e as correntes nacionalistas e sebastianistas do início do século XX, recuperando métricas, formas e temas tanto inspirados na literatura clássica como nos romanceiros ou na literatura popular.

  

Saudades de Portugal

 

1

Nunca como em Veneza
adoro a nossa pobreza
portuguesa;
as nossas casas caiadas,
as nossas praias salgadas,
os burricos berberes,
e na Batalha de pedras douradas
a saia pela cabeça das mulheres.

Ó Veneza oriental,
marítimo tesouro
de púrpura, de mármores e de ouro:
- em Portugal
rico só é o ceu que nos lá cobre.
Portugal teve o mundo - e ficou pobre.


2

Aquele romantismo de Veneza
ah! não, não acabou
enquanto um ruivo sol de dogareza
o Canal Grande todo iluminou.

Sirenetta d´Annunzio cobiçava
certa gôndola em flor;
e a sombra de Musset, no Danieli, lembrava
as cruezas de George, o amor e a dor.

Mas à varanda deste albergo Real
(diz lá, Poesia: onde é que moras tu?)
um hóspede contempla a luz ideal
sentado em almofada de cautchú.


3

Este lugar Anfitrite,
com seu capitão de Ílhavo,
que leva gasolina
a portos da Moirama
e às correntes mais vivas se abandona,
quanto mais me diverte
que o Roma e o Cap Arona!

Vamos na intimidade
do mar, com quem podemos conversar...
- Ó palaces horríveis p´ra viajar!
Coqueteiles de horror! Cadáveres pintados!
Banqueiros! Espiões de todos os Estados! -
Aqui vivo na tolda e ando salgado,
livre do mau-olhado,
e durmo sono fundo
sob as estrelas, té que rompa o dia.
Neste nosso veleiro
poderíamos dar a volta ao mundo
porque ia connosco a Ria
de Aveiro!...


4

Lavrador do Chão,
se semeio trigo
choro-me comigo
e não colho pão.

E se planto vinha
e trato o que planto,
que miséria a minha,
o meu vinho é pranto.

Lavrador do mar,
se semeio espuma
colho e ceifo bruma,
ponho-me a cantar!

Ó seara de vagas
em que os olhos ponho,
que bem que me pagas
em moeda de sonho!...

 

Afonso Lopes Vieira 

In “Onde a Terra se Acaba e o Mar Começa”

 

Titulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 17:00
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 3 de Dezembro de 2013
Sugestão de leituras



Título: A locomotiva

Autor: Julian Tuwin

Ilustrador: Paulo Galindro

Editora: Qual Albatroz

Sinopse:

A Locomotiva é talvez a mais conhecida das obras para crianças do escritor polaco Julian Tuwim. É como uma onomatopeia gigante feita de palavras e expressões que imitam o som de um comboio que corre sonante pelos caminhos de ferro. Este livro foi Ilustrado pelas hábeis mãos de Paulo Galindro.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 18:20
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2013
Músico da semana: Carlos do Carmo

 

Carlos do Carmo nasceu em Lisboa. Filhode Lucília do Carmo (uma das maiores fadistas do século XX) e de Alfredo de Almeida, livreiro e posteriormente empresário na indústria hoteleira. Pode dizer-se que Carlos do Carmo foi criado no meio de uma atmosfera artística. A casa de seus Pais na parte velha da cidade, Bairro Alto, era um lugar de reuniões de intelectuais e de artistas, algumas das figuras proeminentes da Lisboa de então. Carlos do Carmo iniciou em 1963 uma das carreiras mais sólidas no panorama artístico Português...[ler mais]

 

Carlos do Carmo lança álbum com duetos para comemorar 50 anos de carreira



 

"Fado é Amor" é o novo álbum de Carlos do Carmo que celebra os 50 anos de carreira do fadista. O disco reúne 10 temas em dueto com outros fadistas e um 11º com a mãe, Lúcilia do Carmo. [sicnoticias.pt]

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 23:50
link do post | comentar | favorito

a biblioteca na Internet
homepage
catálogo
catálogo rcbe
facebook
contactos
mais sobre mim
pesquisar
 
Fevereiro 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28


posts recentes

Caros (as) leitores (as),

Autor da semana: Miguel M...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Músico da semana: Eric Cl...

Autor da semana: Flávio C...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Autor da semana: Afonso C...

Estreias - cinema

Juan Gelman: 1930 - 2014

Sugestão de leituras

Músico da semana: Bruce S...

Autor da semana: Gastão C...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Músico da semana: Juana M...

Autor da semana: Mário Za...

Estreias - cinema

Músico da semana: Anna Ca...

Autor da semana: José Ben...

Aviso

Músico da semana: Gisela ...

Autor da semana: Maria Ve...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

tags

todas as tags

arquivos

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

links
subscrever feeds