Quase seis décadas após a sua estreia, a ZON Lusomundo traz de volta ao grande ecrã a mais icónica obra de Manoel de Oliveira, em cópia restaurada em alta definição "Aniki Bóbó" e "Douro, Faina Fluvial" de Manoel de Oliveira, que festeja a 11 de Dezembro o seu 102º aniversário.
Manoel de Oliveira estará na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira, no Festival de Cinema Luso Brasileiro a 12 de Dezembro.
"Aniki Bóbó"
Sinopse:
Em 1942, Manoel de Oliveira realizou "Aniki-Bóbó" afirmando-se como um dos mais importantes cineastas portugueses. Vinte anos depois, contrariando tudo o que de mal se tinha dito na altura da estreia, o filme fez sensação em Cannes, nos Encontros Internacionais do Filme para a Juventude. Hoje, este filme é apontado como uma obra memorável de Manoel de Oliveira mesmo por muitos daqueles que não gostam, não compreendem e não aceitam a maioria dos seus filmes. É uma história sobre as crianças pobres do Porto que brincam nas ruas aos "polícias e ladrões". Um deles rouba uma boneca para dar à rapariga dos seus sonhos. Entre o realismo mágico e o lirismo documental, "Aniki-Bóbó" afirma-se como uma obra pioneira do neo-realismo. [cinecartaz.publico.pt]
"Douro, Faina Fluvial"
Sinopse:
Filmado em 1931 e com 21 minutos, é o primeiro filme de Manoel de Oliveira onde, a partir de um período de 24 horas, é reconstituída a agitação da zona ribeirinha do Porto. Ainda sem experiência no cinema, o realizador filma toda a actividade que se desenvolve diariamente na margem do Douro: a circulação, o carregamento e descarregamento de barcos, o rio, as pessoas, a Ponte de D. Luís e os bairros circundantes. Em 1931, depois de uma primeira montagem o realizador apresentou pela primeira vez "Douro, Faina Fluvial" como filme mudo. Três anos depois, estreou em versão sonora. E, em 1994, a partir de materiais da versão original, num restauro imaculado pela Cinemateca Portuguesa, o realizador apresentou a nova visão do filme.[cinecartaz.publico.pt]