O filme “Pan Negro”, do realizador espanhol Agustí Villaronga, foi o grande vencedor da 25ª cerimónia de entrega dos prémios Goya, ao ganhar nove prémios, incluindo o de melhor filme, melhor realizador e melhor actriz para Nora Navas. A produção inteiramente catalã, retrata um drama familiar no pós-guerra Civil na Catalunha.
Javier Bardem foi distinguido com o prémio de melhor actor, pelo seu papel no filme “Biutiful”, do mexicano Alejandro González Iñárritu, categoria na qual está também nomeado para um Óscar. Visivelmente satisfeito, o actor dedicou o prémio à sua mulher, Penélope Cruz e ao seu filho, nascido em Janeiro. “São eles que me despertam todos os dias com o coração e o sorriso”, disse o actor na entrega dos prémios.
Este é o quarto Goya de melhor actor conquistado pelo espanhol, depois de ter vencido em 2005 pela sua actuação em "Mar adentro", de Alejandro Amenábar, em 2003, por "Los lunes al sol", de Fernando León de Aranoa, e em 1996, por "Boca a boca", de Manuel Gómez Pereira.
O filme "La Vida de los Peces", do chileno Matías Bize, obteve o Goya para melhor filme hispano-americano de 2010. A longa-metragem, com argumento do próprio Bize e Julio Rojas, conta a história de um homem, Andrés (Santiago Cabrera), que reside há dez anos na Alemanha e regressa ao Chile para selar o seu passado antes de se instalar definitivamente em Berlim.
"O Discurso do Rei", distinguido em Londres com o BAFTA para melhor filme, foi eleito o melhor filme europeu pela academia espanhola.
Os prémios Goya, considerados os Óscares espanhóis, são atribuídos anualmente pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha. A edição deste ano decorreu no domingo em Madrid. [publico.pt]