O "Filme do Desassossego", do realizador João Botelho, "Uma Viagem à Índia", do escritor Gonçalo M. Tavares, e o álbum "Mongrel", do trio do pianista Mário Laginha, foram os grandes vencedores da 2ª Gala do Prémio de Autor.
A iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) em conjunto com a RTP distinguiu o “Filme do Desassego” de João Botelho como o melhor filme, deixando para trás “José e Pilar”, de Miguel Gonçalves Mendes, e “Mistérios de Lisboa”, de Raúl Ruiz. Na categoria de melhor argumento, o prémio foi para “Mistérios de Lisboa”.
Na literatura, Gonçalo M. Tavares foi o grande vencedor, melhor ficção narrativa, com o seu mais recente trabalho, “Uma Viagem à Índia”. “Depois de Dezembro”, de António Carlos Cortez e “A Contradição Humana”, de Afonso Cruz, foram distinguidos na categoria de melhor livro de poesia e melhor literatura infanto-juvenil, respectivamente.
O pianista Mário Laginha e o seu trio arrecadaram o prémio de melhor disco com “Mongrel”, ganhando ao álbum homónimo de Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti e ao trabalho de Júlio Pereira intitulado “Graffiti”.
Henrique Cayatte destacou-se nas artes visuais ao arrecadar o prémio de melhor exposição de artes plásticas, com “Viva a República!”. O melhor trabalho de fotografia foi para “Street Photography -- Exposição Tributo”, de Rui Palha e o melhor trabalho cenográfico foi “Húmus”, de Luís Castro.
No teatro, “A Casa dos Anjos”, de Luís Mário Lopes foi distinguido na categoria de melhor texto original e “Quixote”, de João Brites, na categoria de melhor espectáculo de teatro. A melhor coreografia, na dança, foi para “Paisagens - Onde o Negro é Cor”, de Paulo Ribeiro.
“Condenados”, de Sofia Pinto Coelho (SIC) foi considerado o melhor programa de informação, “Noite sangrenta”, de Tiago Guedes e Frederico Serra (RTP), venceu na categoria de melhor programa de ficção e “As Horas do Douro”, de António Barreto e Joana Pontes (RTP) foi o melhor programa de entretenimento. O melhor programa de rádio foi “Pessoal e... Transmissível”, de Carlos Vaz Marques (TSF).
Os prémios das categorias de Cinema, Rádio, Televisão, Dança, Música, Teatro, Literatura e Artes Visuais foram decididos por voto secreto de júris especialistas das diversas áreas. Por sua vez, os prémios Vida e Obra, onde foi distinguido o ensaísta Eduardo Lourenço, melhor programação autárquica, para a Câmara de Lisboa, e melhor autor estrangeiro, o cineasta e encenador francês Patrice Chéreau, são da responsabilidade da direcção da SPA.
A 2ª Gala do Prémio de Autor distingue os criadores que mais se destacaram no ano passado nas diversas disciplinas de criação que a SPA abarca. A cerimónia, apresentada por Catarina Furtado, realizou-se na segunda-feira, no Centro Cultural de Belém, e foi transmitida em directo pela RTP1. [publico.pt]