O filme de Xavier Beauvois "Dos Homens e dos Deuses", que estava nomeado para 11 estatuetas dos prémios da indústria francesa, foi distinguido com o César de melhor filme.
O filme, baseado em factos verídicos, que retrata o rapto e assassínio de sete monges franceses durante a guerra civil argelina de 1996, venceu ainda nas categorias de melhor actor secundário, para Michael Lonsdale, e melhor fotografia.
"Este filme passa uma mensagem de igualdade, liberdade e fraternidade", disse Beauvois ao receber o prémio no teatro Châtelet, em Paris.
Roman Polanski foi o senhor da noite ao levar para casa quatro estatuetas, incluindo o de melhor realizador e melhor adaptação por "O Escritor Fantasma". O filme foi ainda distinguido com o César de melhor banda sonora para um filme e melhor montagem.
Depois de uma longa ovação em pé, Polanski agradeceu a distinção e lembrou que terminou "O Escritor Fantasma" quando ainda estava na prisão, em Setembro de 2009.
O realizador foi detido na Suíça depois da ordem de prisão emitida pela Justiça dos Estados Unidos, onde em 1977 foi acusado de ter tido relações sexuais com uma menor.
Eric Elmosnino foi considerado o melhor actor, pelo seu papel em "Gainsbourg (Vida Heróica)", e Sara Forestier, que em 2005 tinha sido distinguida como actriz revelação do ano, venceu na categoria principal, melhor actriz, no filme "Nom des gens".
O prémio de melhor revelação masculina foi entregue ao venezuelano Edgar Ramírez pelo seu papel no filme "Carlos", do realizador francês Olivier Assayas, que conta a história do venezuelano, conhecido como "El Chacal", acusado de terrorismo e preso na França.
O jovem realizador Joann Sfar venceu na categoria de melhor primeiro filme, com "Gainsbourg (Vida Heróica)".
O César para melhor filme estrangeiro foi para "A Rede Social", do norte-americano David Fincher.
Na mesma cerimónia a actriz Olivia de Havilland, de 94 anos, e o realizador Quentin Tarantino foram homenageados com o César de honra.
A 36ª cerimónia dos prémios César, os Óscares do cinema francês, decorreu na sexta-feira à noite no Teatro Châtelet, em Paris. [publico.pt]