Tahar Ben Jelloun é um escritor e jornalista franco-marroquino. Nasceu em 1944 em Fez e vive em Paris. Chegou a França em 1971 e começou a trabalhar para o Le Monde no ano seguinte. É colaborador regular do La Repubblica, Espresso, La Vanguardia e Aftonbladet e dá conferências sobre o racismo, o islão e a integração.
Tahar Ben Jelloun, é o escritor de língua francesa mais traduzido no mundo, e autor de umas quarenta obras (romances, ensaios, antologias de poemas), de entre as quais de destaca A Noite Sagrada (Bertrand, 1988), que recebeu, no original, o prestigiante prémio Goncourt, e O Racismo explicado aos jovens (Presença, 1998). [ler mais]
Tahar Ben Jelloun esteve, a 01 de Dezembro de 2007, com Bernard-Henri Lévy, Paul Rusesabagina e Carlos Amaral Dias, na biblioteca municipal, no Simpósio de Santa Maria da Feira: "Identidades: divercidade global"
O Primeiro Amor é Sempre o Último, de Tahar Ben Jelloun
De que falamos quando falamos de amor? - pergunta o título já célebre de uma celebrada recolha de contos do norte-americano Raymond Carver. A resposta deste outro livro de contos, vindo de um universo geográfico e literário totalmente diferente parece querer responder à pergunta de Carver com a certeza de que quando falamos de amor falamos inevitavelmente de equívocos. Conscientes ou inconscientes, voluntários ou fortuitos. O amor presta-se a todo o tipo de equívocos.
Tahar Ben Jelloun é tanto marroquino como francês. Nasceu em Fez mas fez-se escritor em Paris e em língua francesa. Já ganhou, de resto, o Prémio Goucourt e o seu nome já por diversas vezes apareceu na lista dos candidatos mais credíveis ao Nobel da literatura.
«O Primeiro Amor É Sempre o Último» é um conjunto de vinte e um contos, onde o tema - como o próprio título indica - é o amor. São tudo histórias - algumas delas muito curtas, breves fantasias, como em Vestidos Entreabertos, noutros casos um pouco mais desenvolvidas - tudo histórias centradas no relacionamento entre homens e mulheres.
E praticamente todas passadas em Marrocos. Como, por exemplo, a do taxista de Casablanca que, vendo uma jovem grávida em dificuldade, aceita levá-la para sua casa, onde vive com a mulher e três filhos. Chegados a casa de Slimane, o taxista, a grávida acusa-o, perante a família dele, de ser o pai da criança. O caso só se resolve com testes de paternidade. E é assim, para provar que a grávida mente, e para se justificar perante a mulher com quem é casado e que lhe deu três filhos, que Slimane descobre que é estéril. [tsf.pt]
Sinopse:
O Primeiro Amor é Sempre o Último foi editado em França em 1995. Inclui vinte e uma curtas narrativas, divertidas, sérias ou maliciosas inspirando- se tanto nas histórias das Mil e uma Noites como na existência quotidiana dos magrebinos. São histórias lendárias ou triviais que nos falam da dificuldade de comunicação entre o homem e a mulher árabes, da incompreensão, da solidão, do amor, da sexualidade, do prazer e da dor. Aqui encontramos duas mulheres que partilham o seu amor com Larbi, traficante de haxixe e amante inesgotável; Brahim, um encantador de serpentes que adquire uma intrigante víbora azul; Slimane, honesto taxista que acolhe um dia uma jovem grávida que transformará para sempre a sua vida; uma cantora marroquina, cuja voz lembra a de Oum Kalthoum, é raptada por um príncipe das arábias…