The Rolling Stones é uma banda de rock inglesa formada em 12 de julho de 1962, e é uma das bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas e que decisivamente influenciaram na música pop e nos costumes. [ler mais]
Meio século de Rolling Stones
Meio século de uma banda que contrariou as expectativas ao ter a inteligência de jogar a sua sobrevivência nos palcos, onde mantém a fogosidade dos primeiros tempos. Durante o próximo ano, Mick Jagger e Keith Richards comemoram com concertos, um documentário e um livro.
Cinquenta anos é, quase por definição, uma efeméride contrária ao próprio rock’n’roll. O rock faz-se de combustão rápida, de viço, de energia e irresponsabilidade adolescentes, de uma rebeldia e de uma inquietude que não se diriam compatíveis com longevidade. O pavio é habitualmente curto e a intensidade justifica-se por isso. Raras vezes, aliás, os nomes mais marcantes de cada década em matéria de rock costumam sobreviver à década seguinte. Nada há mais decadente numa banda de rock do que assistir à sua decrepitude em directo, ao vivo, em cima de um palco. O rock não foi feito para envelhecer; foi feito para passar o testemunho.
Daí que os Rolling Stones causem perplexidade. Uma banda que resista tanto tempo sem se tornar anedótica ou mero reduto de nostalgia para quem já galgou a juventude e se agarra a essas memórias com unhas e dentes é, na verdade, uma aposta contra todas as probabilidades. Ainda para mais quando os Stones tiveram todos os problemas relacionados com abuso de drogas a que um mito rock tem direito e, em vez de colapsarem perante a situação, perderam um membro importante (Brian Jones) mas não perderam o equilíbrio, mantendo o passo.
Há muito tempo que os Rolling Stones são tal e qual como hoje os conhecemos. Talvez o último assomo de diferença tenha acontecido com Some Girls, em 1978, mas foi a viragem para a década de 70 e a dupla formada por duas obras-primas Sticky Fingers e Exile on Main Street que fixou a sonoridade que Mick Jagger e Keith Richards têm explorado desde então. A única diferença é que, com os anos, o rock dos Stones ficou menos bluesy, mais adaptado a uma sonoridade grandiosa, capaz de encher e convencer estádios. Com notável lucidez, Jagger e Richards foram-se tornando cada vez mais em fenómeno de concerto, gravando espaçadamente originais e atenuando assim aquilo que seria, pela certa, a sensação de ruminação criativa. Nos últimos 15 anos, as edições têm reflectido isso mesmo. Os discos ao vivo ultrapassam largamente as edições de material novo registado em estúdio: A Bigger Bang (2005) e Bridges to Babylon (1997)... [ler mais] [publico.pt]
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