“Livro”, de José Luís Peixoto, e “O Arquipélago da Insónia”, de António Lobo Antunes, foram seleccionados em França para a longlist do Prémio Femina, com outros oito candidatos de entre os quais sairá uma shortlist a 8 de Outubro.
Para Lobo Antunes, esta nomeação vem juntar-se à do Prémio Médicis, para o qual está apontado com outro português: Gonçalo M. Tavares, com “Uma Viagem à Índia”.
Editado em 2008 pela D. Quixote, “O Arquipélago da Insónia” foi editado pela primeira vez em França em Maio deste ano, pela casa Christian Bourgois, com tradução de Dominique Nédellec.
Esta não é a primeira vez que António Lobo Antunes é seleccionado para este prémio. Em 1997 venceu o Prémio Femina, na categoria de melhor romance estrangeiro publicado em França, com “Manual dos Inquisidores”, editado em Portugal no ano anterior.
José Luis Peixoto foi seleccionado com “Livro”, obra que foi só editada em França em Agosto deste ano, mas que já chegou às lojas portuguesas em 2010.
François Rosso traduziu a obra de José Luís Peixoto que tem como cenário a emigração portuguesa para França. Na edição francesa o título do livro manteve-se igual à edição portuguesa. “Livro” é o nome do protagonista da história, que se centra no movimento migratório nas décadas de 1960 e 1970.
François Rosso, que traduziu todos os romances do José Luís para francês até ao momento, está actualmente a traduzir “Abraço”, também a publicar pela Grasset, no próximo ano.
O Prémio Femina foi criado em 1904 em França, pelas colaboradoras da revista Vie Heureuse, actualmente Femina. O júri do prémio é composto exclusivamente por mulheres, e é a maior distinção internacional na área da literatura, uma vez que distingue tanto autores franceses como estrangeiros, enquanto o Prémio Goncourt, outro importante galardão francês, só distingue a literatura francesa.
O vencedor do prémio é conhecido a 19 de Outubro. Em 2011, o Femina foi para o escritor e jornalista francês Simon Libertai, com a obra “Jayne Mansfield 1967”, editada pela Grasset. [publico.pt]