"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2013
Músico da semana: Mumford & Sons

 

 

Mumford & Sons é uma banda britânica de folk rock formada em 2007, surgindo de um fenómeno que alguns da media local chamavam de “cena folk do oeste de Londres”, junto com artistas como Laura Marling, Johnny Flynn e Noah and the Whale.

O grupo gravou um EP, Love Your Ground, e começou uma turnê no Reino Unido para ganhar audiência para sua música, ganhando suporte para um eventual álbum. O álbum de estreia, Sigh No More, foi lançado no Reino Unido em outubro de 2009, e em fevereiro de 2010 nos Estados Unidos. O disco chegou à segunda colocação da UK Álbum Chart e chegou ao Bilboard 200 na América. [ler mais]

 

 

 

 

  

Mumford & Sons continuaram a invasão britânica dos Grammys

 

Numa cerimómia de celebração da indústria e aparato coreográfico, Adele passou o testemunho aos Mumford & Sons, que venceram o Grammy para Álbum do Ano.

À 55ª edição, já sabemos o que esperar dos Grammys. Uma festa da indústria musical que se deseja grandiosa em ecrã televisivo, celebradora da sua história e das suas estrelas e conservadora perante um universo musical que, na última década se transformou radicalmente.

Na cerimónia no Staples Centerem Los Angeles, na noite de domingo, transmitida pela CBS, tivemos, em resumo, aparato coreográfico: Taylor Swift deu o mote, logo a abrir, com We are never ever getting back together em modo Cirquedu Soleil.

Auto-celebração: várias estrelas em palco para homenagear os desaparecidos MCA, dos Beastie Boys, Levon Helm, dos The Band, e o mito reggae Bob Marley. Ah, e claro, os premiados: os Black Keys festejaram três vezes nas categorias rock, os Mumford & Sons, por Babel, levaram o Grammy mais desejado, o de Álbum do Ano, e os Fun. acumularam as distinções de Melhor Novo Artista e Canção do Ano, por We are young.

No ano passado, Adele foi a rainha da noite, no que foi a confirmação da ascensão da britânica ao topo do estrelato nos Estados Unidos. Este ano, aBritish Invasion, notoriamente mais serena que a original protagonizada por Beatles ou Rolling Stones, teve continuidade. E foi a própria Adele, ela mesma vencedora de um Grammy na noite de ontem para Melhor Performance Pop a Solo (para a versão ao vivo de Set fire to the rain), que passou o testemunho. Foi das suas mãos que Marcus Mumford, dos Mumford & Sons, recebeu o galardão de Álbum do Ano – Babel, com 1,7 milhões de cópias, foi o quarto álbum mais vendido nos Estados Unidos em 2012. . “Pensámos que não iríamos ganhar nada porque os Black Keys têm varrido tudo, e merecidamente”, declarou, bem-humorado, o vocalista.
Antes do início da cerimónia, um tema dominava ainda as conversas. Dias antes, a CBS emitira um memorando aos artistas, recomendando, neste mundo pós mamilo exposto por Janet Jackson no Super Bowl de 2010, contenção na exposição de pele às câmaras. As transparências dos vestidos de D’manti ou da Destinys Child Kelly Rowland, tal como o ombro e a coxa de Jennifer Lopez, foram uma pequena subversão das regras e geraram alguns comentários quando da passagem na passadeira vermelha. Mas Grammys e subversão são, claramente, palavras que não combinam. Ainda para mais este ano Kanye West, o mais célebre espalha brasas em cerimónias televisivas, não esteve presente no Staples Center – coube a Jay-Z recolher os três Grammys (Melhor Colaboração Rap por No church in the wild; Melhor Performance Rap e Melhor Canção Rap para Niggas in Paris) que lhes rendeu a colaboração no álbum Watch the throne.
Num espectáculo televisivo há muito padronizado, o que nos lega mais um cerimónia dos Grammys? Enquanto curiosidade, temos o ar embevecido de Gotye ao receber o prémio de Gravação do Ano, para Somebody that I used to know, das mãos de um Prince de capuz. Na categoria “directamente para o Youtube” entrarão os Black Keys, acompanhados por duas lendas de Nova Orleães, a Preservation Hall Jazz Band e o mítico Dr John, vestido no seu melhor fato e chapéu de feiticeiro, na interpretação de Lonely boy. Ou Alicia Keys a tocar bateria na sua Girl on fire e o sempre fervilhante Jack White. E certamente Justin Timberlake, que apresentou Suit & tie, primeiro single do seu novo álbum (Jay-Z deu uma ajuda), e revelou outra das novas canções,Pusher love girl, acompanhado por uma big band, JT and the Tenessee Kids, e inserido num cenário de big band dos anos 1940 – para o efeito ser total, os telespectadores viram durante alguns minutos a imagem deixar as cores e passar a sépia e preto e branco.
No caso de Justin Timberlake, assistiu-se ao profissionalismo cool, pensado ao pormenor, nele habitual. No caso de Frank Ocean, uma das revelações do ano com o épico soul/r&b channel orange – primeiro vencedor de uma nova categoria, Melhor Álbum Contemporâneo de Urban Music -, tivemos o oposto. De fato amarelo e fita na cabeça a condizer, arriscou uma versão modificada deForrest gump, falhou um par de notas e o louvor ficou reservado, mais que para a interpretação, para a vontade de introduzir alguma dose de risco na cerimónia.
Os Grammys 2013, os Grammys de sempre. Celebrou-se o sangue novo da indústria exangue. E registaram-se fotos de família nas homenagens a nomes que a ajudaram a construir. Aconteceu no encontro intergeracional de Elton John, T Bone Burnett e Mavis Staples com Brittany Howard, dos Alabama Shakes, ou membros Mumford & Sons, para recordar Levon Helm, o baterista da The Band, ao som de The Weight. Aconteceu quando Sting, Bruno Mars, Rihanna, Ziggy e Damian Marley se uniram para recordar o nome mais famoso do reggae. Ou, já no final, com o apresentador LL Cool J a chamar Chuck D, dos Public Enemy ou Tom Morello, dos Rage Against the Machine, para evocar Adam “MCA” Yauch, com No sleep till Brooklyn. Enquanto cantavam, a CBS passava os créditos finais da transmissão. “Business as usual”. Para o ano há mais. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:48
link do post | comentar | favorito

a biblioteca na Internet
homepage
catálogo
catálogo rcbe
facebook
contactos
mais sobre mim
pesquisar
 
Fevereiro 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28


posts recentes

Caros (as) leitores (as),

Autor da semana: Miguel M...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Músico da semana: Eric Cl...

Autor da semana: Flávio C...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Autor da semana: Afonso C...

Estreias - cinema

Juan Gelman: 1930 - 2014

Sugestão de leituras

Músico da semana: Bruce S...

Autor da semana: Gastão C...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

Músico da semana: Juana M...

Autor da semana: Mário Za...

Estreias - cinema

Músico da semana: Anna Ca...

Autor da semana: José Ben...

Aviso

Músico da semana: Gisela ...

Autor da semana: Maria Ve...

Estreias - cinema

Na mesa dos poetas

Sugestão de leituras

tags

todas as tags

arquivos

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

links
subscrever feeds