O arquitecto japonês Toyo Ito, de 71 anos, é o novo Prémio Pritzker de Arquitectura, anunciou no domingo a Fundação Hyatt, o mecenas que dá aquele que é conhecido como o Nobel da profissão.
Ito é o sexto arquitecto japonês a receber aquela que é a mais importante distinção na área da arquitectura, depois de Kenzo Tange em 1987, Fumihiko Maki em 1993, Tadao Ando em 1995 e a dupla Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa em 2010.
O presidente do júri, Lord Palumbo, explicou a escolha deste ano, citado pelo comunicado do Pritzker: “Ao longo da sua carreira, Toyo Ito foi capaz de produzir um corpo de trabalho que combina inovação conceptual com edifícios soberbamente executados. Criando uma arquitectura fantástica há mais de 40 anos, ele fez com sucesso bibliotecas, casas, parques, salas de concerto, lojas, edifícios de escritórios e pavilhões, tentando, de cada vez, alargar os limites da arquitectura. Um profissional de talento único, dedicou-se ao processo da descoberta que encontra nas possibilidades que há em cada encomenda e em cada sítio.”
Toyo Ito, que em 2002 recebeu em ex aequo com o arquitecto português Álvaro Siza o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, comentou assim o prémio, citado pelo comunicado: “A arquitectura está limitada por vários constrangimentos sociais. Tenho desenhado arquitectura procurando fazer espaços mais confortáveis, tentando libertar-me de todos as restrições, nem que seja por um momento. Mas, quando um edifício está terminado, eu torno-me consciente, de uma forma dolorosa, da minha desadequação, e isso transforma-se em energia para o desafio do próximo projecto. Assim, eu nunca terei um estilo fixo e nunca estarei satisfeito com o meu trabalho.”
Edifícios intemporais
O comunicado do júri continua, dizendo que Ito é um criador de "edifícios intemporais", que ao mesmo tempo desafiam novos caminhos: "Os seus projectos de arquitectura têm um ar de optimismo, leveza e alegria, e estão impregnados de uma qualidade única e de uma universalidade." O júri deu-lhe o prémio por estas razões "e pela síntese que faz da estrutura, do espaço e da forma, criando espaços inovadores, pela sensibilidade à paisagem, por emprestar aos seus desenhos uma dimensão espiritual e pela poética que transcende todos os seus trabalhos". [ler mais]
Títulos sobre arquitectos japoneses, disponíveis na biblioteca municipal.