Youssou N'Dour (Dakar, 1º. de outubro de 1959) é um compositor, intérprete e músico senegalês.
Nasceu e cresceu no bairro da Medina em Dakar. Muçulmano e seguidor do sufismo, é pai de vários filhos e tinha duas esposas (Mamy Camara e Aïda Coulibaly). Em junho de 2007, divorciou-se da primeira, Mamy, com quem teve quatro filhos, depois de 17 anos de casamento.
Trabalhou com artistas de renome como Peter Gabriel, Paul Simon e o camaronês Manu Dibango.
Uma das suas canções mais famosas é Seven Seconds, que gravou com a cantora Neneh Cherry. Em 1998, compôs o hino para as fases finais da Copa do Mundo, La Cour DesGrands, que canta com a cantora belga Axelle Red. Compôs também a trilha sonora do filme de animação Kirikou e a feiticeira (1998). [ler mais]
Youssou Ndour e Kaija Saariaho recebem o prémio Polar Music
O cantor senegalês Youssou Ndour e a compositora finlandesa receberam o prestigiado prémio Polar Music, também conhecido como o “Nobel da Música”.
A distinção é entregue pela Academia Real Sueca de Música e premeia todos os anos um artista pop e um clássico. Este ano os escolhidos foram o senegalês Youssou Ndour e a finlandesa Kaija Saariaho pelos seus “trabalhos excepcionais na criação e na promoção da música”.
Para a Academia Real Sueca de Música, Youssou N’Dour “não é apenas um cantor, mas um contador de histórias, um poeta, um cantor de louvor, um artista e um historiador verbal”.
Nascido em Outubro de 1959 num bairro de Dacar numa família modesta, N'Dour é hoje um dos artistas senegaleses mais conhecidos no mundo, autor de mais de 20 álbuns. A sua carreira ficou marcada pelo êxito de 1994, Seven Seconds. Sobre o seu percurso, a Academia Sueca destaca a importância que o senegalês tem tido na continuidade da tradição griot da África ocidental. Os griots, que na cultura mandinga significa que é o portador da tradição musical, cantam a vida dos seus e são respeitados por isso.
“Youssou N’Dour tem trabalhado para reduzir animosidades entre a sua própria religião, o islão, e as outras religiões”, lê-se no comunicado que anuncia os premiados deste ano, acrescentando que “a sua voz engloba a história de um continente inteiro”.
Youssou N’Dourm, que é uma figura muito querida dos senegaleses, tem também uma actividade política intensa e ainda no ano passado se candidatou às eleições presidenciais, defendendo que queria “fazer do Senegal um país que cresça”. Youssou N’Dourm, que não chegou a ser eleito, foi nomeado ministro do Turismo e da Cultura.
Sobre a escolha da finlandesa, a Academia Sueca escreveu ser “uma compositora única, que reexamina o que a música pode ser”. Destacando a sua combinação de instrumentos acústicos e electrónicos, Kaija Saariaho compõe, escreve a Academia Sueca, música de sonhos. Kaija Saariaho, de 60 anos, é uma “maestrina moderna” que nos faz apaixonar pela sua música, destaca o comunicado do prémio. [publico.pt]