Título: A coisa perdida
Autor e ilustrador: Shaun Tan
Eeditora: Kalandraka
Sinopse:
O narrador começa por perguntar se os leitores querem escutar uma história. E diz que não se lembra das mais “divertidas” nem das mais “terríveis” que sabia dantes. Mas dispõe-se a contar uma: “A daquela vez em que encontrei uma coisa perdida.” Era Verão e o narrador estava a cuidar da sua coleção de caricas, junto ao mar. “(…) a certa altura parei para olhar em redor, sem nenhum motivoem particular. Quandovi a coisa pela primeira vez.” A forma que Shaun Tan dá “à coisa” faz lembrar uma cafeteira gigante com pernas viscosas, portas e gavetas a toda a volta, uma espécie de chaminé lateral e, às costas, uns suportes, tipo mochila, com uns sininhos nas pontas. Em linguagem coloquial: “Não se parece com nada.” É esse “não encaixar” que faz pensar que está perdida e não pertence a lugar nenhum. Por isso está triste, mas ninguém quer saber. Os livros de Shaun Tan revelam sempre preocupações sociais e políticas, traduzidas numa linguagem subtil e numa expressão plástica envolvente. Aqui mistura atmosfera futurista com grafismo algo retro. As guardas de A Coisa Perdida, com a montagem da colecção de caricas, hipnotizam o leitor.
Notas: O filme baseado nesta obra, The Lost Thing, venceu o Óscar de Melhor Curta de Animação em 2011.
No mesmo ano Shaun Tan recebeu o Prémio Astrid Lindgren Memorial Award.