"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]

Quarta-feira, 10 de Abril de 2013
Prémio Jellicoe para as "utopias" de Gonçalo Ribeiro Telles

 

O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi esta quarta-feira distinguido com o Nobel da Arquitectura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, pela federação internacional do sector.

 

O prémio, segundo a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP), "representa a maior honra que a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA) pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão de Arquitectura Paisagista".

Gonçalo Ribeiro Telles estava, “evidentemente”, muito satisfeito como prémio e disse ao PÚBLICO que espera que chame a atenção para muitos dos problemas que o levaram a receber o prémio: "Problemas que têm preenchido a minha vida e que eram entendidos como utopias.” Depois, ri-se, e diz que o prémio é uma “couraça”, uma defesa que lhe vai permitir continuar a dizer o mesmo, agora com reconhecimento internacional.

Da sua vida profissional, o arquitecto paisagista destaca o estabelecimento em 1983 das reservas agrícola e ecológica nacionais, “figuras de planeamento que deviam estar incluídas com mais sapiência no ordenamento do território” e “a defesa de uma agricultura em função do território e da instalação das pessoas”.

Ribeiro Telles diz que temos “uma paisagem policultural de grande valor e expressão”, mediterrânica, que sofreu “anos e anos de uniformização como se não houvesse uma história”. “Houve uma ocupação do território abusiva e uma degradação do solo para benefício da especulação urbana e das culturas extensivas”. Ribeiro Telles denunciou, e continua a denunciar com a mesma energia, “a eucaliptização do país” e quando falamos de floresta ou de política para a floresta, uma palavra que não é nossa, prefere falar de “mata”, de “silvicultura”, “agricultura”, “regadio”, “montado”, “souto”. “Tudo isso é apagado por uma visão economicista”. [publico.pt]



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Segunda-feira, 18 de Março de 2013
Toyo Ito é o novo Pritzker e o prémio vai outra vez para um arquitecto japonês

O arquitecto japonês Toyo Ito, de 71 anos, é o novo Prémio Pritzker de Arquitectura, anunciou no domingo a Fundação Hyatt, o mecenas que dá aquele que é conhecido como o Nobel da profissão.

Ito é o sexto arquitecto japonês a receber aquela que é a mais importante distinção na área da arquitectura, depois de Kenzo Tange em 1987, Fumihiko Maki em 1993, Tadao Ando em 1995 e a dupla Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa em 2010.

O presidente do júri, Lord Palumbo, explicou a escolha deste ano, citado pelo comunicado do Pritzker: “Ao longo da sua carreira, Toyo Ito foi capaz de produzir um corpo de trabalho que combina inovação conceptual com edifícios soberbamente executados. Criando uma arquitectura fantástica há mais de 40 anos, ele fez com sucesso bibliotecas, casas, parques, salas de concerto, lojas, edifícios de escritórios e pavilhões, tentando, de cada vez, alargar os limites da arquitectura. Um profissional de talento único, dedicou-se ao processo da descoberta que encontra nas possibilidades que há em cada encomenda e em cada sítio.”

Toyo Ito, que em 2002 recebeu em ex aequo com o arquitecto português Álvaro Siza o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, comentou assim o prémio, citado pelo comunicado: “A arquitectura está limitada por vários constrangimentos sociais. Tenho desenhado arquitectura procurando fazer espaços mais confortáveis, tentando libertar-me de todos as restrições, nem que seja por um momento. Mas, quando um edifício está terminado, eu torno-me consciente, de uma forma dolorosa, da minha desadequação, e isso transforma-se em energia para o desafio do próximo projecto. Assim, eu nunca terei um estilo fixo e nunca estarei satisfeito com o meu trabalho.” 

 

Edifícios intemporais 
O comunicado do júri continua, dizendo que Ito é um criador de "edifícios intemporais", que ao mesmo tempo desafiam novos caminhos: "Os seus projectos de arquitectura têm um ar de optimismo, leveza e alegria, e estão impregnados de uma qualidade única e de uma universalidade." O júri deu-lhe o prémio por estas razões "e pela síntese que faz da estrutura, do espaço e da forma, criando espaços inovadores, pela sensibilidade à paisagem, por emprestar aos seus desenhos uma dimensão espiritual e pela poética que transcende todos os seus trabalhos". [ler mais]

 

Títulos sobre arquitectos japoneses, disponíveis na biblioteca municipal.



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Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2013
Arquiteto Souto de Moura distinguido com Prémio Wolf

 

O arquiteto Eduardo Souto de Moura foi anunciado hoje em Telavive como um dos galardoados com o Prémio Wolf, atribuído pela fundação homónima israelita, noticia a AP.

A atribuição deste prémio foi justificada com os contributos do arquiteto português para o ofício e as ideias da arquitetura.

Os vencedores deste prémio são considerados fortes candidatos aos prémios Nobel, uma vez que um em cada três dos distinguidos ao longo de 34 anos nas áreas de química, física e medicina vieram a ser galardoados com aqueles prémios.

Foram ainda premiados mais sete cientistas dos EUA, Alemanha e Áustria, que vão dividir cem mil dólares em cada uma das categorias em que a distinção é atribuída.

Desde 1978 que têm sido atribuídos cinco ou seis prémios anualmente no campo das ciências, designadamente agricultura, química, matemática, medicina e física.

Nas artes, há uma rotação anual entre as disciplinas de arquitetura, música, pintura e escultura.

Este prémio já tinha sido atribuído a outro português, o também arquiteto Álvaro Siza Vieira, em 2001.

O Presidente israelita, Shimon Peres, vai entregar os prémios em maio. [dn.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2012
Oscar Niemeyer: 1907 - 2012



Nascido no Rio de Janeiro, a 15 de Dezembro de 1907, estava perto de celebrar os 105 anos. Niemeyer foi um dos grandes criadores da arquitectura do século XX, revolucionando o uso do betão.

O arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer morreu aos 104 anos, num hospital do Rio de Janeiro. Tinha sido internado no início do mês passado, pela terceira vez este ano. Desde então, o estado clínico tinha vindo a agravar-se, com problemas respiratórios e renais.

Para a presidente Dilma Rousseff, o Brasil perdeu “um dos seus génios”. “É dia de chorar a sua morte. É dia de saudar a sua vida”, disse num comunicado oficial. “Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitectura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva", continua o texto, acrescentando que "da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades".

Niemeyer, com a sua arquitectura livre, permitiu que o betão armado criasse pela primeira vez formas verdadeiramente plásticas, gerando uma nova espacialidade para um novo Brasil. O arquitecto foi o principal artífice de Brasília, cuja a construção começou em 1957.

No Hospital Samaritano, onde morreu, ainda trabalhou, contou o seu médico Fernando Gjorup. Só perdeu a consciência na manhã de quarta-feira. O prefeito de Rio, Eduardo Paes, declarou que no hospital todos estavam tristes com a morte “dessa grande figura” e que Niemeyer nos “ensinou como era amar a vida nestes 104 anos". “Foi uma pessoa que acreditou até o fim nos seus ideais.”

Nascido no Rio de Janeiro, a 15 de Dezembro de 1907, estava perto de celebrar os 105 anos. Oriundo de uma família carioca, conservadora e católica com ascendência germânica, que acompanhou a corte portuguesa, em 1807, na sua mudança para o Rio de Janeiro, Niemeyer viveu uma juventude despreocupada e protegida. Foi estudar arquitectura só tardiamente. No terceiro ano do curso, já casado com Annita Balbo, ofereceu-se para trabalhar gratuitamente no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão.

Com Lúcio Costa, cinco anos mais velho, inicia-se na leitura das ideias de Le Corbusier, com quem teria a possibilidade de colaborar logo em 1936, no projecto para o Ministério da Educação e Saúde, no Rio. O edifício seria o resultado de uma equipa montada por Costa, tendo Le Corbusier como consultor.

Niemeyer teria grande responsabilidade no desenho final, influenciando a posição do bloco principal no quarteirão, ou determinando a direcção horizontal dos “quebra-sóis”. Em 1939, também em uma parceria com Costa, projectou o pavilhão do Brasil para a Feira Internacional de Nova Iorque, abeirando-se já de uma espacialidade gestual, concretizada no desenho da rampa e na permeabilidade do volume, características que assinalariam a sua primeira grande ruptura com o racionalismo internacional.

O melhor, portanto, insinuava-se: “Minha arquitectura começou depois na Pampulha”. Estava-se em plena Segunda Guerra Mundial na Europa e, a serviço de Juscelino Kubitschek, futuro presidente do Brasil, construiria quatro obras-primas à beira da lagoa da Pampulha, bairro residencial sofisticado na periferia da capital mineira de Belo Horizonte. Aqui estreava-se na exploração das capacidades plásticas que a nova técnica do betão armado possibilitava, dotando os seus edifícios de uma forte conotação formal.

Várias personalidades vieram a público prestar a sua homenagem. O cantor Chico Buarque, que conheceu Niemeyer ainda criança, porque o pai teve uma casa projectada pelo arquitecto nunca construída, disse que o arquitecto teve uma vida muito bonita. “Foi um dos maiores artistas do seu tempo e um homem maior que a sua arte", afirmou o cantor, citado pela TV Globo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, sublinhou que “é um orgulho trabalhar na obra preferida de Niemeyer em Brasília, como ele afirmara diversas vezes. Solução simples e monumental para o edifício projectado para os grandes debates nacionais, o que, de facto, acontece”, cita o Estado de São Paulo na sua edição online.

O ex-presidente da República e actual presidente do Senado José Sarney lembrou que teve o privilégio de conviver com Niemeyer e que, enquanto presidente do Brasil, pediu ao arquitecto para fazer várias obras. “Se a arte brasileira tem reconhecimento internacional, deve-se à extraordinária presença que Oscar Niemeyer deixa no mundo inteiro, com o seu génio e a sua capacidade de invenção e de reinvenção a qualquer tempo." [publico.pt]

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Quarta-feira, 9 de Maio de 2012
Prémio Príncipe das Astúrias das Artes para Rafael Moneo

 

O espanhol Rafael Moneo recebeu nesta quarta-feira o prémio Príncipe das Astúrias para as Artes. Mesmo a calhar para o autor da catedral de Los Angeles e da ampliação do Museu do Prado, em Madrid, que faz 75 anos no mesmo dia.

Moneo foi escolhido entre 39 candidaturas nas mais diversas áreas da arte, apresentadas por 25 países. Portugal concorreu com a pintora Paula Rego. Outro pintor, Jasper Jones, o designer Philippe Starck, a cantora mexicana Chavela Vargas, o Teatro Bolshoi e Frank Gehry, o arquitecto norte-americano que desenhou o Museu Guggenheim de Bilbau, também eram candidatos.
De acordo com a acta do júri, presidido pelo espanhol José Lladó y Fernández-Urrutia, Moneo foi escolhido por ser um arquitecto "dimensão universal, cuja obra enriquece os espaços urbanos com uma arquitectura serena e esmerada". "Mestre reconhecido no âmbito académico e profissional, Moneo deixa uma marca própria em cada uma das suas criações e, ao mesmo tempo, combina estética com funcionalidade, especialmente nos espaços interiores diáfanos que servem de enquadramento impecável para as grandes obras da cultura e do espírito", lê-se na acta.
Moneo, que também projectou o Museu Romano de Mérida e o famoso Kursaal – o auditório e centro de congressos em forma de cubo à beira-mar, em San Sebastián –, recebeu já alguns dos mais importantes prémios de arquitectura do mundo, incluindo o Pritzker, em 1996 (é o único espanhol a tê-lo), o Mies van der Rohe, de 2001, e o RIBA (Royal Institute of British Architects), em 2003.
Criado em 1981, o prémio que distingue os que contribuíram “de forma relevante para o património cultural da humanidade” volta assim a escolher um arquitecto, depois de Francisco Javier Sáenz de Oiza, Óscar Niemeyer, Santiago Calatrava e Norman Foster. Na edição do ano passado o prémio foi para o maestro Riccardo Muti.
Este é o primeiro dos oito Prémios Príncipe de Astúrias a serem concedidos este ano. Nas próximas semanas serão atribuídos os prémios de Ciências Sociais, Comunicação e Humanidades, Investigação Científica e Técnica, Letras e Cooperação Internacional. Os galardões do Desporto e da Concórdia só são conhecidos em Setembro.
Os prémios, no valor de 50 mil euros, serão entregues no Outono numa cerimónia presidida pelo Príncipe das Astúrias. Os laureados têm ainda direito a uma escultura, criada e doada expressamente por Joan Miró para estes galardões, um diploma e uma insígnia. [publico.pt]



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Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012
Prémio Pritzker 2012 é chinês

 

Pouco conhecido fora do seu país, Wang Shu mostra com a sua obra que o que se constrói na China "é mais do que a produção em massa da banalidade", diz um dos membros do júri.

O prémio Pritzker 2012 foi atribuído a uma obra que "abre novos horizontes ao mesmo tempo que ressoa com o lugar e a memória" - foi com estas palavras que o júri daquele que é considerado o Nobel da arquitectura justificou ontem a escolha este ano do arquitecto chinês Wang Shu.
Jovem, com apenas 48 anos, e com obra construída unicamente na China, Wang Shu - que fundou com a sua mulher, Lu Wenyu, o atelier Amateur Architecture Studio - é um arquitecto relativamente pouco conhecido fora do seu país.
"É bastante inesperado", comenta Ricardo Carvalho, crítico de arquitectura do PÚBLICO. Mas, lembra, "também Eduardo Souto de Moura [o arquitecto português que recebeu o Pritzker de 2011] era conhecido apenas num certo meio, entre arquitectos, e Wang Shu tem um pouco o mesmo perfil. São prémios a falar de uma outra visão sobre o mundo, de uma qualidade local e não necessariamente que sirva a qualquer lugar."
Trata-se de um prémio que "tem claramente a ver com o momento chinês", e que é, ao mesmo tempo, "uma crítica a esse momento". Isto porque, quando se olha para a obra de Wang Shu, percebe-se claramente que "no contexto chinês ela é muito diferente da espectacularidade e do kitsch" de muito do que se tem construído naquele país, "é muito mais arcaica, com a ambição de ser perene".
O júri do Pritzker - presidido por lorde Palumbo e que integrava, entre outros, o arquitecto chileno Alejandro Aravena, o chinês Yung Ho Chang, a britânica Zaha Hadid, Pritzker de 2004, e o australiano Glenn Murcutt, Pritzker 2002 - assume isso mesmo: "O facto de ter sido escolhido um arquitecto chinês supõe um importante passo no reconhecimento do papel que a China vai desempenhar no desenvolvimento dos ideais arquitectónicos. Além disso, o êxito do urbanismo chinês nas próximas décadas será importante não só para a China mas para o mundo inteiro."
Aravena di-lo claramente: "Há questões significativas ligadas ao recente processo de urbanização na China - se deve ser ancorado na tradição ou se deve olhar para o futuro. Como em qualquer grande arquitectura, o trabalho de Wang Shu consegue transcender esse debate produzindo arquitectura que é intemporal, profundamente enraizada no seu contexto e no entanto universal." E Yung Ho Chang reforça a mesma ideia ao afirmar que a obra de Wang "mostra que a arquitectura na China é mais do que a produção em massa da banalidade que responde ao mercado e de reproduções do exótico."
Para se conhecer a arquitectura de Wang Shu é necessário ir à China e, sobretudo, à região de Hangzhou, onde está a maioria dos trabalhos - entre os mais conhecidos conta-se o Museu Histórico de Ningbo, um edifício em pedra, com pequenas aberturas rasgadas de forma incerta, e uma estrutura "quebrada" em vários pontos. É um edifício com "uma dupla condição", descreve Ricardo Carvalho. "Tem formas perfeitas mas ao mesmo tempo parece quase inacabado." [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 13:54
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Terça-feira, 15 de Novembro de 2011
Dupla de jovens arquitectos portugueses premiada na Galiza

A dupla de arquitectos portugueses José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano, com o projecto de um Bar no Jardim 9 de Abril, em Lisboa, foi segunda-feira premiada na quinta edição dos Prémios de Arquitectura Ascensores Enor.

 

 

Os arquitectos foram distinguidos na categoria Ascensores Enor de Portugal, numa cerimónia que decorreu em Vigo, Espanha, tendo recebido um prémio pecuniário de quatro mil euros.

A dupla José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano (com 31 e 33 anos, respectivamente) integraram um conjunto de 69 projectos portugueses a concurso nesta quinta edição dos prémios, tendo chegado seis à final.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, o arquitecto José Maria Cumbre explicou que o Bar no Jardim 9 de Abril “é um espaço que procura não constituir uma barreira entre aquilo que é o jardim e as vistas que se estabelecem a partir” daquele local.

“Procura ser parte do jardim e da vista, no entanto, criando um espaço de estar que é ambíguo entre o exterior e o interior. Basicamente procura, através da sua impermeabilidade, transparência e leveza, não constituir uma barreira visual ao Jardim 9 de Abril”, descreveu.

Questionado pelos jornalistas sobre a forma de fazer arquitectura em tempos de crise, o jovem arquitecto foi peremptório: “esforço, dedicação e o amor enorme à profissão, contando com uma equipa de colaboradores que também pensam da mesma maneira”.

Na opinião de José Maria Cumbre, “os momentos de crise criam um espaço de enorme reflexão, não só na vida profissional como na vida pessoal”, antecipando que irão surgir “novas estratégias, novas lógicas conceptuais e de projectar”.

Para o jovem arquitecto, “é uma enorme honra” ver o trabalho do seu gabinete “reconhecido”, salientando a satisfação em “perceber que é possível conseguir fazer-se arquitectura de uma forma bastante cuidada e rigorosa, mesmo tendo um atelier de dimensões tão reduzidas”.

“É bom poder partilhar o nosso trabalho e vê-lo ser reconhecido no meio de tantos arquitectos cujos trabalhos são de tanta importância e qualidade, como é o caso de Eduardo Souto de Moura, que foi aqui homenageado”, sublinhou.

Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker 2011, foi distinguido com o galardão de Mérito e Excelência na quinta edição dos Prémios de Arquitectura Ascensores Enor.

Nas outras categorias, o vencedor do Grande Prémio de Ascensores Enor foi o arquitecto espanhol Juan Domingo Santos, com a obra do Museu da Água, em Granada.

No caso de Madrid, a distinção foi para o edifício dos laboratórios químicos e o campus externo da Universidade de Alcalá de Henares, em Madrid, projeto do arquiteto Hector Fernández Elorza.

Para o júri, a melhor obra arquitectónica da Galiza foi o Parque Arqueológico de Arte Rupestre, do atelier RVR e, no caso de Castela e Leão distinguiram as salas de aula da Faculdade de Biologia e Ciências Ambientais da Universidade de León, do atelier de arquitectura espanhol DMG.

O galardão da melhor obra de arquitectura jovem foi para o Ginasio 704, em Barcelona, da autoria de David Lorente, Josep Ricart, Xavier Ros e Roger Tudó. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 13:16
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Terça-feira, 4 de Outubro de 2011
Zaha Hadid vence Prémio Stirling pela segunda vez consecutiva

A arquitecta britânica, de ascendência iraquiana, venceu o Prémio de Arquitectura Stirling 2011 com a escola The Evelyn Grace Academy, em Brixton. Esta foi a primeira vez que uma escola foi distinguida com o prémio e o segundo ano consecutivo de Zaha Hadid, que no ano passado foi escolhida com projecto do MAXXI - Museu Nacional das Artes do Século XXI, em Roma.

O nome de Zaha Hadid terá surpreendido muitos, uma vez que o velódromo olímpico, projectado pelo atelier de arquitectura Hopkins, era apontado como o favorito ao prémio que distingue o melhor edifício novo europeu construído ou projectado no Reino Unido. Na shortlist estava ainda o renovado Royal Shakespeare Theatre, em Stratford-upon-Avon.

Depois de sete escolas terem constado das lista de finalistas do prémio do Royal Institute of British Architects (RIBA), no valor de 20 mil libras (cerca de 23 mil euros), este ano a The Evelyn Grace Academy, a sul de Londres, tornou-se na primeira construção do género a ser premiada. O júri descreveu o edifício como um “zig zag altamente estilizado de aço e vidro” que “faz com que os estudantes corram pela escola todas as manhãs”.

Angela Brady, presidente da RIBA e que presidiu ao júri, elogiou a forma imaginativa como Zaha Hadid desenhou o projecto, que foi “habilmente inserido num local extremamente apertado”.

Com 11 mil metros quadrados, a The Evelyn Grace Academy foi projectada para acomodar quatro escolas e um total de 1200 alunos. As “escolas dentro da escola” estão organizadas horizontalmente para evitar a circulação dos alunos entre os andares, sendo que as duas escolas de ensino médio ocupam o primeiro e o segundo andar, as do ensino secundário ficam no terceiro piso, enquanto as instalações desportivas e outras, como laboratórios, ficam no térreo. Embora casa escola tenha acesso independente, todas podem ser alcançadas pelo sistema de circulação central, que passa pela entrada principal. Uma das características mais elogiadas pelo júri é o aproveitamento do espaço, no qual destacam a construção da pista de atletismo projecta no meio da escola e que passa por baixo de uma ponte que une o edifício.

“A The Evelyn Grace Academy é um exemplo excepcional do que pode ser conseguido quando investimos cuidadosamente num bem desenhado edifício escolar”, disse Angela Brady à BBC.

Para Zaha Hadid esta distinção por uma escola é a prova de que a arquitectura tem um impacto no bem-estar e na educação. “Eu penso que não há dúvidas de que o ambiente tem um impacto em toda a gente, seja numa escola, em casa ou nos hospitais. O bem-estar e a arquitectura estão ligados, não há dúvida”, disse à BBC Zaha Hadid, que em 2004 tornou-se na primeira mulher a vencer o Pritzker, considerado o Nobel da Arquitectura.[publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 14:33
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Terça-feira, 20 de Setembro de 2011
Prédio do Porto venceu prémio de arquitectura

O edifício Living Foz, no Porto, um projecto de Paulo Fernandes Silva, do atelier dEMM, venceu o prémio internacional Leaf Awards 2011 na categoria Young Architect of the Year.

 

Para o arquitecto de 28 anos, o prémio, anunciado na sexta-feira em Londres, "é muito importante porque demonstra o reconhecimento do que se faz da habitação", disse à agência Lusa, sublinhando que os "trabalhos comerciais são raramente premiados".
O edifício de 40 apartamentos distribuídos por sete andares tem varandas a toda a volta e é rodeado por uma área de jardim. Com uma forma geométrica, o prédio parece composto por um conjunto de placas sobrepostas de forma irregular, criando reentrâncias e desacertos. É o resultado "de uma nova abordagem na arquitectura dentro do que se faz na habitação", explicou Paulo Fernandes Silva, que trabalhou neste projecto com os arquitectos Isabela Neves e Tiago Soares Lopes. Segundo o arquitecto, formado na Escola Superior Artística do Porto, um dos aspectos que o júri destacou foi precisamente o "princípio geométrico das fachadas" e a forma como este se estende aos arranjos exteriores, "criando espaços de circulação, de afastamento e de paragem".
A construção do prédio esteve envolvida em polémica. Os vizinhos contestaram a volumetria da obra e a Câmara do Porto chegou a decretar o embargo da empreitada, no final de 2010, na sequência de uma decisão judicial. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 16:30
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Sexta-feira, 15 de Julho de 2011
Ricardo Bak Gordon vence Prémio Ibérico de Arquitectura 2011

O arquitecto português Ricardo Bak Gordon (n. 1967, Lisboa) venceu, ex-aqueo com a dulpa espanhola Luis Mansilla e Tuñón, o Prémio FAD 2011, na categoria Arquitectura com o projecto “2 Casas em Santa Isabel”, construídas em Campo de Ourique, em Lisboa.

O júri, composto por oito pessoas, e liderado pela arquitecta italiana Benedetta Tagliabue, enalteceu a obra, construída em plena zona urbana de Lisboa, na Rua Saraiva de Carvalho, notando que “a disposição estratégica dos pátios confere um alto grau de intimidade à casa e oferece aos edifícios vizinhos os valores espaciais intrínsecos do edifício”.

Em entrevista ao PÚBLICO, Ricardo Bak Gordon nota que este é o prémio ibérico de maior prestígio e que o facto de ter sido atribuído a um português significa que a arquitectura portuguesa continua a ser indispensável ao debate arquitectónico internacional.

Três arquitectos portugueses já antes tinham vencido este prémio na categoria Arquitectura, criado em 1958 em Barcelona, e que distingue obras construídas em Espanha e Portugal: João Luís Carrilho da Graça com o Pavilhão do Conhecimento (1999), Eduardo de Souto Moura com o Estádio Municipal de Braga (2005) e João Maria Trindade com a Estação Biológica do Garducho em Mourão (2009).

Sobre as “2 Casas em Santa Isabel”, Ricardo Bak Gordon diz que, para ele pessoalmente, a relevância da obra começa no facto de “se construir no interior de um quarteirão em Lisboa” e de se desafiar a matriz das cidades europeias – com rua, praça e quarteirão – que têm o interior dos quarteirões como cidades ocultas, cidades dentro de cidades, onde predomina a ideia de que é difícil construir.

O que daí resulta, continua, é que esses interiores de quarteirão “ficam mal construídos, insalubres ou votados ao abandono”. “Este trabalho procura voltar a recolocar o debate arquitectónico sobre o interior dos quarteirões e o potencial que têm para se constituírem como lugares, a somar a outros, de desfruto da cidade”, insiste. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 16:42
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Terça-feira, 12 de Julho de 2011
Anish Kapoor e Judi Dench vencem Praemium Imperiale

O escultor inglês de origem indiana Anish Kapoor e a actriz britânica Judi Dench foram dois dos laureados dos Prémios Praemium Imperiale, um dos mais altos galardões culturais japoneses, que distingue anualmente cinco personalidades do mundo artístico.

O pintor norte-americano Bill Viola, o arquitecto mexicano Ricardo Legorreta e o músico japonês chefe de orquestra Seiji Ozawa receberam igualmente a prestigiosa distinção, atribuída às várias disciplinas artísticas. Os vencedores foram anunciados no final do dia de segunda-feira simultaneamente em Londres, Paris, Roma, Nova Iorque e Tóquio.

O prémio, no valor de 15 milhões de ienes (aproximadamente 130 mil euros), distingue as personalidades que se tenham destacado "pelo impacto que intencionalmente tiveram nas artes e pelo seu papel enriquecedor na comunidade global". A distinção é uma iniciativa da Japan Art Association, apoiada pela família imperial japonesa. O Prémio Praemium Imperiale destina-se às áreas da pintura, escultura, arquitectura, música e teatro/cinema.

O prémio para os jovens artistas foi dividido pela primeira vez por duas organizações britânicas, a The Royal Court Young Writers Programme e a Southbank Sinfonia, as duas situadas em Londres. A distinção, no valor de 21.500 euros, foi anunciada na segunda-feira numa conferência de imprensa em Londres. Criado em 1997, o prémio dos jovens artistas distingue anualmente uma organização ou instituição que favoreçam a integração dos jovens nas profissões artísticas.

O Reino Unido foi assim o grande vencedor da edição dos prémios deste ano, somando aos dois artistas, Kapoor e Dench, as duas instituições. A rainha de Inglaterra felicitou os vencedores numa recepção que aconteceu depois do anúncio no Buckingham Palace.

O Prémio Praemium Imperiale é entregue deste 1989, sendo já um marco no mundo das artes. A cerimónia de entrega dos prémios está marcada para o dia 19 de Outubro em Tóquio. [publico.pt]

 

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Segunda-feira, 4 de Julho de 2011
Universidade Lusíada distingue Souto de Moura com “Honoris Causa”

 

A Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada do Porto vai distinguir o arquitecto Eduardo Souto de Moura com o doutoramento "Honoris Causa" no próximo dia 14 de Julho.

A cerimónia de atribuição do doutoramento a Souto de Moura, galardoado este ano com o Prémio Pritzker, a maior distinção mundial na área da arquitectura, conhecido como o Prémio Nobel da área, decorrerá pelas 16horas no auditório das instalações da Universidade Lusíada do Porto.

Nascido no Porto, a 25 de Julho de 1952, Souto de Moura faz parte do núcleo de profissionais da "Escola do Porto", ao lado de Fernando Távora e Siza Vieira, tendo-se licenciado em 1980 pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.

Eduardo Souto de Moura tem vindo a leccionar nalgumas das mais conceituadas escolas de arquitectura desde o início dos anos 1980. Ao longo da sua carreira passou pela Faculdade de Arquitectura do Porto e, depois, por Paris-Belleville, Harvard, Dublin, Zurique e Lausanne.

Recebeu, entre outros galardões, o Prémio Internacional "Pedra na Arquitectura" para a casa, em Braga, concedido pela Feira de Verona, e o prémio da secção portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).

Na escolha, o júri do Prémio Pritzker 2011 sublinhou a "inteligência e seriedade" do trabalho do arquitecto português, que passou a figurar junto a um grupo de outros anteriores eleitos como Frank Gehry, Tadao Ando e Renzo Piano.

A cerimónia de entrega do Pritzker decorreu em Washington a 3 de Junho último, com a presença de anteriores galardoados e do presidente norte-americano, Barack Obama.

Obama elogiou na altura o arquitecto português, sublinhando, no seu discurso, que Souto de Moura "redefiniu as fronteiras da sua arte", a arquitectura, servindo simultaneamente o "bem público", comparando-o Thomas Jefferson, com um dos "pais" dos Estados Unidos. [publico.pt]

 

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Segunda-feira, 18 de Abril de 2011
Siza Vieira vence prémio de Arquitectura do Douro

 

O arquitecto Siza Vieira ganhou esta segunda-feira o prémio de Arquitectura do Douro, com o armazém de envelhecimento de vinho desenhado para a Quinta do Portal e instalado entre as vinhas da paisagem classificada pela UNESCO.

“É sempre muito agradável. Fica-se satisfeito. O ego eleva-se”, afirmou o arquitecto, logo após a entrega do prémio, em Vila Real.
Lançado em 2006 pela Estrutura de Missão do Douro (EMD), o concurso tem como objectivo estimular as boas práticas de arquitectura na paisagem classificada pela UNESCO em 2001.
Pretende ainda incentivar a excelência no ordenamento do território e na intervenção urbanística e arquitectónica em paisagens.
Com um investimento de quatro milhões de euros, o edifício de Siza Vieira foi inaugurado pelo primeiro-ministro a 6 de Outubro de 2010 e abarca as três áreas de actividade da quinta, a vinha, vinificação e turismo.
Uma das grandes preocupações do arquitecto foi a integração e harmonização da estrutura na paisagem duriense, recorrendo por isso aos materiais usados no Douro, como o xisto, a pedra com que se fazem os muros de suporte dos socalcos, bem como a cortiça.
O edifício possui uma área de implantação de 2050 metros quadrados e uma área de construção de 4722 metros quadrados de betão e aço.
“É um edifício de trabalho sujeito a regras muito claras e a um programa. Com uma linha de desenvolvimento do projecto muito apoiada e no meio de um campo cultivado. Assim, no meio de uma paisagem maravilhosa. Quem faz a paisagem é sobretudo a agricultura”, salientou Siza Vieira.
O enólogo da Quinta do Portal, Paulo Coutinho, disse que o armazém permite ter as “condições ideais para um envelhecimento lento e adequado aos moscatéis e todas as categorias de vinho do Porto”.
“É sem dúvida uma nova maneira de estar no armazenamento e envelhecimento de vinhos”, frisou Paulo Coutinho.
O ambiente é “limpo e saudável” e há “a garantia de que o envelhecimento está a ser feito nas condições ideais”.
Apesar de há mais de um século a família Mansilha se dedicar à produção de vinhos, a empresa “Quinta do Portal”, que se estende pelos concelhos de Sabrosa e Alijó, foi constituída apenas em 1994, dedicando-se desde então aos vinhos do Porto, do Douro, Moscatel e espumantes.
O júri atribuiu ainda duas menções honrosas à Adega do Vallado, da responsabilidade do arquitecto Francisco Vieira de Campos da "Menos é Mais - Arquitectos Associados", e à Capela de Travassos, do arquitecto Paulo Moura, ambas localizadas no Peso da Régua.
O júri do prémio foi composto por representantes da EMD, da Direcção Regional de Cultura do Norte, do Turismo de Portugal, da Ordem dos Arquitectos e pelo arquitecto António Belém Lima.
Belém Lima venceu a última edição, com o Museu da Vila Velha, em Vila Real. [publico.pt]

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



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Terça-feira, 5 de Abril de 2011
Marta Pedro vence Prémio Fernando Távora 2011

Um projecto de viagem de investigação com o título “A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Lloyd Wright: Da viagem de 1905 ao legado na arquitectura moderna japonesa” valeu à arquitecta Marta Navarro Pedro (n. Coimbra, 1980) o Prémio Távora 2011, uma bolsa no valor de seis mil euros, lançada pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OA/SRN).

A vencedora é licenciada pelo Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (2005) e trabalha actualmente em Tóquio, onde se radicou em 2005, sendo professora convidada na Universidade Meiji. Na capital japonesa, Marta Pedro colaborou com o atelier do arquitecto Toyo Ito. Em Coimbra, trabalhou no projecto do Pavilhão para o Jardim de Santa Cruz, em colaboração com Cecil Balmond. 
Com “A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Lloyd Wright”, Marta Pedro propõe-se realizar uma viagem de estudo dos edifícios e lugares que marcaram a obra e o legado do arquitecto norte-americano no Japão, e a influência que ele deixou na arquitectura moderna neste país.
O Prémio Távora 2011 foi anunciado esta noite, na Câmara Municipal de Matosinhos, no decorrer duma sessão cujo programa incluía uma conferência pelo arquitecto espanhol Luís Moreno Mansilla, com o título “Un paseo por la mirada”. Mansilla é um dos membros do júri do prémio deste ano, ao lado do realizador Manoel de Oliveira, como convidado, dos arquitectos João Mendes Ribeiro (em representação da Casa da Arquitectura, em Matosinhos), e Margarida Vagos Gomes (OA/SRN), e ainda de António Magalhães Basto (por indicação da família Távora).
No texto em que justifica o prémio, e depois de enaltecer o número – 36, o mais elevado desde que a bolsa foi criada – e “a qualidade da generalidade das propostas concorrentes, pelo potencial que encerram como propostas de investigação no âmbito da arquitectura”, o júri afirma que o projecto de Marta Pedro se distingue dos restantes “por evidenciar, tal como na obra de Fernando Távora, a síntese (possível) entre tradição e modernidade, através da leitura da obra de Frank Lloyd Wrigth no Japão. Esta viagem transcende o tempo e o espaço para nos propor uma dimensão híbrida entre a arquitectura tradicional japonesa e a história da arquitectura moderna, traduzida de forma clara na arquitectura intemporal de Frank Lloyd Wright”.
O Prémio Távora foi criado em 2005, pela OA/SRN, em homenagem à obra e à lição de Fernando Távora (1923-2005). Nas edições anteriores, foram premiados projectos dos arquitectos Armando Rabaça, Cristina Salvador, Maria Moita, Sílvia Benedito e Nelson Mota. 
Marta Pedro fará a apresentação do resultado da sua viagem de investigação numa conferência a realizar em Matosinhos a 3 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura. [publico.pt]



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Segunda-feira, 28 de Março de 2011
Souto Moura vence "Nobel" da arquitectura

 

 

O arquitecto do Porto ganhou o prémio que já distinguiu nomes como Oscar Niemeyer e Frank Gehry.

Eduardo Souto Moura venceu o prémio Pritzker 2011, considerado como o "Nobel da arquitectura". De acordo com a organização, a distinção foi entregue ao arquitecto do Porto pelo "rigor e precisão na arquitectura", assim como pela "sensibilidade" na inserção das obras no seu contexto.

Curiosamente, o anúncio foi feito por um site especializado na área - "Scalae". A informação ainda não está disponível no site oficial do prémio Pritzker. [dn.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



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Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011
Porto arrecada três prémios mundiais de Arquitectura

Se se traçar uma linha que vá da esquina da Rua de Correia de Sá com a Avenida da Boavista, no Porto, até à Rua de Ofélia Cruz Costa, na Agudela (Matosinhos), o traço que se fizesse não teria mais de 20 quilómetros de extensão. Nesta curta distância, porém, encontram-se três dos edifícios do ano de 2010, ontem revelados pelo site Arch Daily, que se apresenta como "o site para arquitectos mais visitado do mundo".

Num dos extremos da linha está o Edifício Vodafone, dos arquitectos José António Barbosa e Pedro Lopes Guimarães, distinguido na categoria de Arquitectura Institucional. No outro, está a Closet House, de Marta Costa e Henrique Pinto, que arrebatou o prémio para o melhor projecto de interiores. E, pelo meio, no Parque da Cidade do Porto, esteve em 2008, durante a Queima das Fitas, um bar temporário da autoria de Diogo Aguiar e Teresa Otto, que venceu na categoria Hotéis e Restaurantes.
Estes são os três edifícios portugueses premiados pelos leitores daquele site, havendo ainda a coincidência de serem todos produto da chamada Escola do Porto. José António Barbosa, Pedro Lopes Guimarães, Marta Costa, Diogo Aguiar e Teresa Otto estudaram todos na Faculdade de Arquitectura do Porto. "Sem bairrismos ou regionalismos, isto é o reconhecimento de uma instituição que ensina Arquitectura com grande qualidade, pondo ênfase no desenho, no empenho e no trabalho", disse ao PÚBLICO José António Barbosa, um dos autores do Edifício Vodafone: um prédio que parece saído de um terramoto, resultado de um concurso lançado em 2006 entre 50 gabinetes de arquitectura.
O arquitecto recebeu a notícia enquanto fazia fisioterapia (partiu uma perna, o que, em algumas culturas, significa boa sorte) e viu a distinção como um prémio pelo "muito sofrimento físico e intelectual que um projecto destes implica". "Foram muitas noites em claro", contou.
O mais surpreendente dos prémios foi o atribuído a Diogo Aguiar e Teresa Otto pelo bar da Associação de Estudantes da Faculdade de Arquitectura na Queima das Fitas de 2008. Venceram numa categoria em que havia resorts luxuosos e grandes nomes da arquitectura mundial em competição - e, revela Diogo Aguiar, na sequência de uma brincadeira de amigos, que divulgaram o projecto num blogue. Daí para a frente funcionou o efeito viral das redes sociais na Internet até chegar à lista dos finalistas do Arch Daily. A base do projecto são 420 caixas de plástico que custam, na IKEA, dois euros cada (o edifício Vodafone custou cerca de 12 milhões), iluminadas, à noite, por luzes LED.
A terceira dupla premiada é constituída por Marta Costa (Arquitectura) e Henrique Pinto (Tecnologia Audiovisual, Automação e Domótica). Transformaram uma casa de 44 metros quadrados num lar útil e habitável, com todas as comodidades, rentabilizando espaços com o recurso à tecnologia. "É o resultado de muitas experiências que fomos fazendo", disse Marta Costa ao PÚBLICO. [publico.pt]



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Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010
Álvaro Siza Vieira distinguido com Prémio Trienal

 

O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi distinguido com o Prémio Trienal Millennium bcp pelo contributo para a cultura arquitectónica nas últimas décadas. A Trienal de Arquitectura de Lisboa anunciou o vencedor da segunda edição do galardão durante uma cerimónia realizada no Museu da Electricidade, na presença do Presidente da República, Cavaco Silva (foto). O prémio máximo da Trienal visa distinguir um arquitecto português ou estrangeiro que se tenha "destacado de forma consistente pela importância da sua obra no contexto internacional e pelo contributo que esta representa para a cultura arquitectónica das últimas décadas". O prémio, que não tem um valor pecuniário envolvido, consiste numa escultura criada por um artista plástico. Este ano foi desenhada por Rui Chafes, e intitula-se Nós somos as casas, inspirada no tema geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, "Falemos de Casas/Let"s Thalk About Houses". [dn.pt]



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Quinta-feira, 11 de Novembro de 2010
Siza Vieira vence Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura

O arquitecto Álvaro Siza Vieira é o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano, acaba de anunciar a ministra da Cultura.

“Siza Vieira é uma das referências mais marcantes da arquitectura e da cultura contemporâneas”, realçou a ministra Gabriela Canavilhas, lembrando alguns dos galardões já ganhos pelo arquitecto.
No ano passado, o autor de obras como o pavilhão de Portugal na Expo-98, o Museu de Serralves e o projecto de renovação do Chiado, recebeu a medalha de Mérito Cultural do ministério agora tutelado por Canavilhas. O seu longo currículo de prémios inclui, por exemplo, em 1998, a medalha de ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madri e o prémio Prince of Wales da Harvard University, assim como o Prémio Pritzker em 1992, “considerado o maior prémio mundial de arquitectura”.
Siza Vieira recebe esta tarde, na Universidade Técnica de Lisboa, o grau de doutor honoris causa.
Para Gabriela Canavilhas, a escolha por unanimidade dos seis membros do júri do nome de Siza Vieira para o prémio Luso-Espanhol “é o reconhecimento público” da contribuição do arquitecto para o panorama artístico e cultural português.
O prémio, que vai já na terceira edição e que inclui um troféu de Fernanda Fragateiro e 75 mil suportados pelos Estados português e espanhol, será entregue na cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro. 
Nas edições anteriores o galardão, que distingue uma personalidade que tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços culturais entre os dois países, foi entregue ao poeta e tradutor português José Bento em 2006 e em 2008 ao espanhol Perfecto Cuadrado, professor de Filologia Galega e Portuguesa na Universidade das Ilhas Baleares e tradutor de diversas obras portuguesas para castelhano, incluindo a de Fernando Pessoa.
O júri é este ano constituído, em representação do Estado português, pelo arquitecto Manuel Graça Dias, o escritor João de Melo e a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves, e pelo lado espanhol pela arquitecta Fuensanta Nieto, a jornalista Pilar del Río, e o jornalista José Manuel Diego Carcedo. [publico.pt]



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Quinta-feira, 4 de Novembro de 2010
Portugueses nomeados para prémio mundial

Quatro projectos de três gabinetes de arquitectura portugueses estão nomeados para o World Architecture Festival (WAF), o maior concurso de arquitectura do mundo que terá lugar no Centro de Convenções Internacionais de Barcelona, de 3 a 5 de Novembro.

A lista de nomeados dos melhores projectos mundiais do concurso inclui participantes de mais de 80 países, entre os quais os gabinetes portugueses Manuel Ventura & Associados, Promontório e Lema Barros + Castelo Branco. O painel do júri internacional é composto por 65 elementos, entre arquitectos e críticos reconhecidos internacionalmente. Os nomeados serão depois sujeitos a uma eleição para escolher o vencedor da respectiva categoria.

A terceira edição da WAF tem como tema principal as "transformações". Os seminários e as exposições que serão apresentados vão relacionar a maneira como o ambiente construído pode ser transformado através de uma combinação que tem em conta o compromisso com o cliente, a imaginação, o desenvolvimento tecnológico e o trabalho em equipa profissional.

Manuel Ventura & Associados contou com duas nomeações. O Hospital Cuf Porto, na categoria Edifícios de Saúde, concorre com prestigiados gabinetes mundiais. O outro projecto nomeado de Manuel Ventura & Associados é o Edifício Dynamic, em Braga, na categoria comércio e serviços.

O gabinete Lema Barros + Castelo Branco Arquitectos está nomeado com o projecto Monumento Centro Museológico Linhas de Torres, na categoria Projectos Futuros dentro da área da Cultura.

Na categoria de Shopping, o gabinete de arquitectura Promontório conseguiu a nomeação do centro comercial Vivaci, na Guarda, entre projectos de Espanha, Singapura, China, Bélgica, França, Japão, Turquia e Áustria. [dn.pt]



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Segunda-feira, 18 de Outubro de 2010
Portugueses vencem concurso na Trienal de Arquitectura

Um trabalho de cinco arquitectos portugueses venceu o concurso internacional "A House in Luanda", integrado na segunda edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Dos 599 candidatos de vários pontos do mundo, depois limitados a 30, saiu vencedor o projecto coordenado por Pedro Sousa e idealizado também por Tiago Ferreira, Tiago Coelho, Bárbara Silva e Madalena Madureira.

O concurso, realizado em parceria com a Trienal de Arquitetura de Luanda, visou a criação de uma habitação de cem metros quadrados com capacidade para acolher um agregado familiar utilizando meios escassos e com espaço para uma horta e animais. A Trienal assinalou que este "foi o concurso internacional de ideias mais participado de sempre em Portugal".

Foi também revelado o vencedor do concurso "Falemos de Casas: Projecto Cova da Moura", para estudantes de Arquitectura e Arquitectura Paisagista. O vencedor foi um grupo de alunos da Universidade Autónoma de Lisboa, sendo atribuídas menções honrosas a alunos do Instituto Superior Técnico, a um segundo grupo da UAL e a alunos do Instituto Superior de Agronomia. [dn.pt]



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Terça-feira, 14 de Setembro de 2010
Projecto de Carrilho da Graça distinguido com o Piranesi Prix de Rome

O projecto do arquitecto João Luis Carrilho da Graça para o núcleo arqueológico do Castelo de São Jorge, em Lisboa, foi distinguido com Piranesi Prix de Rome 2010. O júri italiano considerou que a intervenção demonstra "uma grande clareza na qualidade da solução adoptada, tanto na relação física entre arquitectura e arqueologia, bem como na relação entre intervenção volumétrica e paisagem", explica o texto de divulgação do prémio.

O trabalho de Carrilho da Graça (de que é co-autor o arquitecto paisagista João Gomes da Silva) foi seleccionado entre um grupo de 18 obras nomeadas, do qual constavam projectos de Rafael Moneo, Gigon & Guyer, Vasquez Consuegra, Paredes & Pedrosa. O núcleo arqueológico reúne vestígios de três épocas muito diferentes: o período islâmico, do qual existem duas casas, a Idade do Ferro (do século VII a.C ao século III a.C.) e ainda as ruínas do Palácio dos condes de Santiago (século XV a XVIII), que ruiu com o terramoto de 1755. Na zona das casas islâmicas a opção do arquitecto foi criar uma estrutura de casa, com dimensão aproximada à que teriam as originais, mas com um sistema que não toca nas ruínas, não interferindo portanto com o material arqueológico.
O Piranesi Prix de Rome, adianta ainda o comunicado, foi criado em 2003 “como reconhecimento à alta formação clássica e em continuidade com a experiência académica francesa do Grand Prix de Rome (criado inicialmente para pintores e escultores, em França, no século XVII) – e este ano, pela primeira vez, foi dedicado a projectos de arquitectura construídos. Um dos objectivos é distinguir trabalhos de valorização do património arqueológico através de um projecto contemporâneo. O prémio não tem valor monetário. [publico.pt]



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Quarta-feira, 8 de Setembro de 2010
Prémio AICO distingue jovens arquitectos portugueses

Os arquitectos Pablo Rebelo, Pedro Pita, Ricardo Oliveira, Filipe Cardoso e João Charters Monteiro foram distinguidos com o Prémio AICO, iniciativa integrada no congresso Architecture International Congress at Oporto, evento organizado pela Jofebar e pela Darco Magazine.

Na categoria Habitação, os vencedores deste ano foram os arquitectos Pablo Rebelo, Pedro Pita e Ricardo Oliveira, graças ao projecto da Casa do Souto, em Resende, habitação esta com um volume de betão com três torções. Segundo os responsáveis pelo Prémio AICO, esta casa "implanta-se a poente, próxima da entrada e no ponto mais exposto ao sol, numa intervenção reduzida ao menor impacto, contemplando o souto do seu estado original".

Já na categoria Equipamento, especialmente destinada a estudantes de arquitectura, foram distinguidos em ex aequo dois projectos, curiosamente os dois situados em Mértola. Eles foram o Museu da Mina de São Domingos e o Museu Mineiro de São Domingos

O primeiro é da autoria do estudante de arquitectura Filipe Cardoso. Segundo a organização, o projecto deste estudante coloca o Museu da Mina de São Domingos "como última ruína do percurso mineiro, numa torre, conceptualmente caracterizada como um monólito, um elemento que se impõe no território".

Já o projecto do Museu Mineiro de São Domingos, da autoria de João Charters Monteiro, foi distinguido na categoria de Equipamento, uma vez que "procura ser ambicioso do ponto de vista da implantação, na sua espacialidade e correspondente materialidade".

Ao todo foram avaliados 30 projectos arquitectónicos que concorreram ao Prémio AICO, dos quais restaram os três referidos projectos. Os vencedores na categoria de Habitação foram contemplados com uma recompensa de dois mil euros, enquanto os vencedores na categoria de Equipamento receberam mil euros.

O júri que decidiu premiar os referidos arquitectos é composto por Frederico Valsassina, Luís Palhão e Tiago Pimentel, presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos. Os critérios de avaliação passam pelo "conceito arquitectónico", a "qualidade do projecto", "a originalidade e criatividade", sem esquecer a "inovação na aplicação dos diversos materiais" e na "qualidade das soluções técnicas". [dn.pt]

 



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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010
Reino do Bahrein conquista Leão de Ouro da Bienal de Veneza

O reino do Bahrein, que participou pela primeira vez na bienal de arquitectura de Veneza, conquistou o Leão de Ouro, anunciou a  organização na cerimónia de entrega dos prémios, em Veneza, Itália.

O projecto Reclaim , criado por vários grupos de arquitectos que integram o Bharein Urbain Research Team foi considerado, pelo júri, um trabalho onde "as formas transitórias de arquitectura são apresentadas como dispositivos capazes de afirmar o mar como um espaço público: uma resposta excepcionalmente simples".

O júri do evento atribuiu ainda o Leão de Ouro de melhor projecto na exposição a Junya Ishigami Associates, do Japão. O Leão de Prata distinguiu o projecto de um jovem arquitecto pertencente ao atelier de Kersten Geers na Bélgica. Kasuyo Sejima, a comissária- -geral da mostra e a arquitecta japonesa detentora do atelier, SANAA, foi outra das premiadas. Conquistou o prestigiado prémio Pritzker, o mais importante nesta área a nível mundial.

O arquitecto holandês Rem Koolhaas, 66 anos, autor da Casa da Música do Porto, recebeu também na cerimónia, o Leão de Ouro honorário da 12.ª Bienal de Arquitectura de Veneza.

Na altura, perante dezenas de jornalistas e público especializado, afirmou que o galardão constitui um "encorajamento para prosseguir" o trabalho na arquitectura, área em que se tem evidenciado com obras como a Biblioteca Pública Central de Seattle, nos EUA.

A organização do certame atribuiu também, a título póstumo, um Leão de Ouro ao arquitecto japonês Kazuo Shinohara, falecido em 2006, figura de grande influência na arquitectura japonesa.

Sob o título People Meet in Arquitecture, a mostra reuniu este ano 53 países e mais 46 projectos de arquitectos de todo o mundo.

A representação portuguesa, da qual constava o nome de Siza Vieira, não obteve qualquer distinção neste evento.

Depois de escolhidos os vencedores , a 12.ª Exposição Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza abre as portas ao público e prolonga-se até 21 de Novembro. [dn.pt]



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Terça-feira, 27 de Julho de 2010
Zaha Hadid é a favorita do Prémio Stirling

Prémio de arquitectura para o melhor novo edifício europeu construído ou projectado no Reino Unido já tem shortlist. 

Duas escolas construídas em Londres, três museus europeus e uma casa-escritório em Shoreditch são os finalistas candidatos ao Prémio de arquitectura Stirling 2010 a ser atribuído, no dia 2 de Outubro, ao melhor edifício novo europeu construído ou projectado no Reino Unido. 

O atelier da arquitecta britânica de ascendência iraquiana Zaha Hadid é um dos seis nomeados daquele que é o mais importante prémio de arquitectura britânico, atribuído pelo Royal Institute of British Architects (RIBA). A shortlist foi divulgada ontem e Zaha Hadid foi escolhida pelo seu projecto do MAXXI - Museu Nacional das Artes do Século XXI, em Roma, e na casa de apostas é a favorita. Nomeados estão também os ateliers do arquitecto britânico David Chipperfield e de Julian Harrap pelo Neues Museum, em Berlim, e também o atelier de Rick Mather pelo acrescento do Museu Ashmolean, em Oxford. 

Por fim, o atelier Theis and Khan foi escolhido por uma casa-escritório em Londres (Bateman's Row) e duas escolas levaram também a que o atelier DSDHA (pela Christ's College School) e o atelier dRMM (pela Clapham Manor Primary School) estejam nomeados. 

O vencedor deste prémio, criado em homenagem ao arquitecto britânico Sir James Stirling (1926-1992), receberá 20 mil libras (23 730 euros). Em quinze anos da história do prémio foram escolhidos pela primeira vez projectos de arquitectura de dois edifícios escolares. "Estes edifícios representam aquilo que todas as escolas deviam ser: bem iluminadas, com o espaço bem distribuído e bem equipadas, de forma a que todos os estudantes possam prosperar", disse Ruth Reed, presidente da RIBA na apresentação da lista dos finalistas. 

A casa de apostas britânica William Hill dá a arquitecta Zaha Hadid como favorita, seguida de Rick Mather e de David Chipperfield. O vencedor do ano passado foi o atelier Rogers Stirk Harbour pelo Centro Maggie, em Londres. [ipsilon.publico.pt]



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Segunda-feira, 14 de Junho de 2010
Siza Vieira galardoado com Prémio Cristóbal Gabarrón de Artes Plásticas 2010

 

O arquitecto português Álvaro Siza Vieira foi hoje galardoado com o Prémio Internacional de Artes Plásticas 2010 da Fundação Cristóbal Gabarrón, que quis distinguir “o magistério, a relevância internacional e a inspiração poética” da sua obra.

O júri do prémio destaca a defesa que Siza faz de uma arquitectura “transparente e respeitosa com o ambiente onde se enquadra”, elogiando a sua capacidade de desenvolver uma “poética comovedora dos edifícios, a partir do trabalho com espaços e luz”.
Prova disso, destaca, são o edifício da Universidade do País Basco, que estará terminado este ano, ou o Centro Meteorológico da Aldeia Olímpica de Barcelona (1992), o Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela (1993), o edifício da Reitoria da Universidade de Alicante (1997) e o da Fundação Serralves (1999).
Ao prémio, que alcança este ano a nona edição, concorreram 31 candidaturas de vários países.
Este é o primeiro dos nove galardões atribuídos anualmente pela fundação que inclui ainda Artes Cénicas, Ciência e Investigação, Desporto, Economia, Letras, Pensamento e Humanidades, Restauração e Conservação e Trajectória Humana.
Em edições anteriores o galardão foi atribuído a nomes como James Rosenquist (2002), Peter Eisenman (2003), Sir Anthony Caro (2004), Richard Serra (2005), Yoko Ono (2006), Markus Lüpertz (2007), Martín Chirino (2008) e Jan Fabre (2009).

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



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Segunda-feira, 26 de Abril de 2010
Arquitecto Armando Rabaça vence Prémio Távora 2010

O projecto de realização de uma viagem à terra natal de Le Corbusier (1887-1965), La Chaux-de-Fonds, na Suíça, e a outros locais representativos da sua obra valeu ao arquitecto Armando Rabaça (n. Coimbra, 1968) a 5.ª edição do Prémio Távora.

O júri deste prémio destinado a projectos de investigação através da viagem - forma de a Ordem dos Arquitectos/Secção Regional do Norte (OASRN) homenagear Fernando Távora - considerou que esta proposta se distinguiu das outras três dezenas em concurso "por utilizar a investigação das fontes primárias de Le Corbusier como ponto de partida para (re)construir a promenade architectural" deste vulto do modernismo.
"De La Chaux-de-Fonds à Voyage d"Orient - A promenade architecturale e o espaço/tempo na concepção arquitectónica de Le Corbusier" é o título do projecto de Rabaça, que este justifica por considerar que "a herança de Le Corbusier integra ainda hoje as bases disciplinares da arquitectura" e que há nela ainda muitos aspectos "que continuam por estudar".
O valor do prémio sobe este ano de cinco mil para seis mil euros e o vencedor fará a sua conferência a 4 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura, em Matosinhos.
Armando Rabaça licenciou-se no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e de Tecnologia da Universidade de Coimbra (1997), instituição a que continua ligado como professor de Projecto. Foi co-autor, com Gonçalo Canto Moniz e Nuno Morais, da obra para os Primeiros Núcleos do Museu Municipal de Aveiro. Na sua carreira profissional, actualmente sediada em Coimbra, já trabalhou com Pedro Maurício Borges e João Mendes Ribeiro.
O júri do Prémio Távora 2010 foi constituído por Rui Vilar, presidente da Gulbenkian, e pelos arquitectos Nuno Brandão Costa, João Paulo Rapagão, Ana Tostões e Maria Manuel Oliveira. A Casa da Arquitectura (Matosinhos) associou-se também como nova parceira do prémio, ao lado da OASRN e da autarquia matosinhense. [publico.pt]

 



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Segunda-feira, 29 de Março de 2010
Prémio Pritzker entregue a Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa

 

O Prémio Pritzker, o mais conceituado galardão de arquitectura do mundo, foi atribuído aos arquitectos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa. O júri elogia o uso que Sejima e Nishizawa fazem da luz e das transparências nos edifícios que desenharam um pouco por todo o mundo - do Japão à Holanda, passando pela Alemanha, Inglaterra, Espanha ou França. São os autores do edifício do New Museum de Nova Iorque (2007) e estão a desenvolver o projecto para o pólo multifuncional Serralves 21, que deverá albergar as reservas da Fundação de Serralves.

A dupla de arquitectos pertence à firma SANAA e representa a quarta vez que profissionais japoneses recebem o Pritzker - os três primeiros foram Kenzo Tange (1987), Fumihiko Maki (1993) e Tadao Ando (1995). O vencedor de 2009 foi o suíço Peter Zumthor e o prémio distinguiu recentemente Zaha Hadid (2004) ou Jean Nouvel (2008).
O júri, que revelou hoje a sua escolha, elogia Sejima e Nishizawa pela "criação de edifícios que interagem de forma bem sucedida com os seus contextos e com as actividades que contêm, criando uma sensação de preenchimento e riqueza de experiências”. Outro adjectivos para se aplicarem ao seu trabalho: “delicado, poderoso, preciso, fluido e engenhoso”, lê-se na agência Reuters.
A directora executiva do Pritzker, Martha Thorne, acrescenta ainda que a arquitectura desta dupla “explora as ideias de leveza e transparência e força as fronteiras destes conceitos a ir até novos extremos”.
Sejima e Nishizawa são responsáveis pelo Pavilhão de Vidro do Museu de Arte de Toledo, Ohio (2006), pelo New Museum de Nova Iorque (2007), o O-Museum em Nagano (Japão) e o Museu do Século XXI de Arte Contemporânea em Kanazawa (também no Japão, 2004), o De Kunstline Theatre na Holanda (2007), a Escola Zollverein de Gestão e Design em Essen (Alemanha, 2006) e o edifício temporário no relvado do Pavilhão Serpentine, em Londres. Também desenharam o Rolex Learning Center, na Escola Politécnica Federal em Lausanne, Suíça (nas imagens) em 2009.
Em comunicado, Sejima disse estar honrada pela distinção, com vontade de inspirar novas gerações. "Tenho estado a explorar [a ideia de] como posso fazer arquitectura que transmita uma sensação de abertura, o que penso que é importante para uma nova geração de arquitectos",
O prémio consiste num medalhão de bronze e em cem mil dólares. Este ano será entregue em Ellis Island, em Nova Iorque.

Pritzker em Serralves
Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa propuseram-se e ganharam o concurso internacional para a construção de Serralves 21, um projecto que deve estar pronto em 2012 (depois de uma primeira data a apontar 2010) e que fará crescer Museu de Arte Contemporânea de Serralves através de um pólo multifuncional a construir em Matosinhos, na zona industrial têxtil da Senhora da Hora.
Era necessário fazer crescer o espaço em consonância com o crescimento da colecção de Serralves e, por 25 milhões de euros, ganhar-se-á mais espaço para as reservas de Serralves, compostas por peças de diferentes origens, formatos e exigências de conservação. Para responder a estas necessidades, Sejima e Nishizawa propuseram construir uma estrutura em pavilhões, densa e compacta, em que os edifícios estarão ligados por um piso subterrâneo de 7500 metros quadrados. Aí ficarão as reservas do museu e as colecções privadas.
À superfície, os edifícios serão ligados por ruas pedonais e jardins interiores e terão uma recepção comum, galerias de exposição, um edifício multifuncional para actividades didácticas, áreas de comércio ligado à arte e fixação de indústrias criativas e para serviços administrativos. [publico.pt]

 



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Terça-feira, 23 de Março de 2010
Biblioteca de Deusto é o novo ícone de Bilbao

 

A Biblioteca de Deusto é neste momento um dos mais procurados destinos turísticos de Bilbao, juntamente com o Museu Guggenheim. Desenhado por Rafael Moneo, o edifício recebeu em pouco mais de um ano cerca de 350 mil pessoas.

Um ícone arquitectónico de Bilbao. Mais um, comprovando que a arquitectura é suficientemente forte para transformar uma cidade. Depois do Guggenheim, agora é a biblioteca de Moneo que seduz os turistas espanhóis e estrangeiros na cidade basca. Com cinco andares, o edifício acolhe cerca de um milhão de volumes, sendo os livros antigos, datados entre os séculos XVI e XVIII (mais de 70 mil exemplares), os mais procurados. [diariodigital.pt]

 



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Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
Prémio de Arquitectura Enor para dois edifícios portugueses

O Laboratório Chimico do Museu das Ciências em Coimbra e o Mercado Público da Comenda foram escolhidos 'ex aequo' .


A IV edição dos prémios de Arquitectura Ascensores Enor distingiu dois edifícios portugueses: o laboratório Chimico do Museu das Ciências de Coimbra e o Mercado Público da Comenda, no Alentejo.

Os prémios, atribuídos por esta entidade espanhola, escolheram ex-aequo dois espaços portugueses recentemente intervencionados a nível arquitectónico.

O júri explicou que a escolha do Laboratório Chimico deveu-se à sensibilidade que o trabalho demonstrou com aquilo que preexistia no local, o que permitiu "gerar uma arquitectura carregada de emoções".

O laboratório Chimico de Coimbra, mandado edificar pelo Marquês de Pombal em 1772 e é um dos mais antigos da Europa.

Relativamente ao Mercado da Comenda foi valorizado o "cuidado na relação com o espaço urbano" e a sua contribuição para "a qualificação do ambiente".

Segundo António Balsinha, director da Enor em Portugal, estes projectos, que foram escolhidos num total de 11 finalistas portugueses, "vêm confirmar o excelente momento que a arquitectura nacional atravessa".

O prémio, no valor de quatro mil euros, foi repartido pelos arquitectos responsáveis pelas intervenções: João Mendes Ribeiro, Carlos Antunes e Désirée Pedro (Laboratório Chimico) e Telmo Cruz, Maximina Almeida e Pedro Soares (Mercado de Comenda).

Os projectos vencedores, bem como os finalistas e os seleccionados, serão coligidas num livro em português e espanhol.

Este ano os Enor tiveram cem candidaturas portuguesas.[dn.pt]
 



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Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009
Arquitecto português ganha Prémio do Público em concurso do Museu Guggenheim de Nova Iorque

O arquitecto português David Mares, de 26 anos, venceu hoje o Prémio do Público num concurso internacional de design de abrigos, promovido pelo Museu Guggenheim de Nova Iorque, com um modelo que conjuga aço, madeira e cortiça.
O abrigo, que está instalado em Vale de Barris, perto de Setúbal, conquistou 64.875 votos dos cibernautas, de acorco com a última contagem disponível na página de Internet do Guggenheim de Nova Iorque.

O trabalho, que David Mares fez "numa semana de férias", segundo revelou à Agência Lusa em Setembro, era um dos dez finalistas escolhidos entre cerca de 600 participantes oriundos de 68 países, tendo o arquitecto concorrido "apenas por desportivismo". [rtp.pt]

 



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