No âmbito da programação de artes plásticas, a biblioteca municipal apresenta, amanhã, 30 de Novembro, pelas 17.30h, a exposição "Vibrantes" de Helena Dias.
horário:
segunda a sexta: 09h30 às 19h00
sábado: 10h00 às 17h00
patente até 19 de janeiro 2014
Diogo Evangelista, Nádia Ribeiro e André Romão são os vencedores deste prémio para jovens artistas.
Os três vencedores vão receber uma bolsa de 7500 euros cada para produzir as obras para uma exposição que será apresentada no Museu de Serralves em Outubro.
Diogo Evangelista, Nádia Ribeiro e André Romão, com projectos sobre a memória e o tempo, são os vencedores da edição de 2013 do Prémio BES Revelação.
O júri deste ano, que fez uma escolha por unanimidade, foi composto por Guillaume Désanges, curador independente que trabalha em Paris, Marina Fokidis, directora da Kunsthalle Athena, em Atenas, Nav Haq, curador no MHKA, Antuérpia, e Filipa Ramos, curadora independente portuguesa que trabalha e vive entre Londres e Milão. O prémio, entregue anualmente pelo Banco Espírito Santo e pela Fundação de Serralves, premeia artistas até aos 30 anos.
Diogo Evangelista (n. 1984) apresentou a concurso um projecto de vídeo, falsamente documental, em que parte de imagens fotográficas encontradas, bem como de material impresso e vídeos, para reflectir sobre os "arquétipos de deserto, sonho, ilusão, utopia e paraíso", explica o artista citado pelo comunicado de Serralves. O projecto associa "o planeta Marte a um paraíso perdido, representado pelas ilhas de Mauna Kea, no Havai, Faial, nos Açores, Nova Guiné, na Indonésia e Lanzarote, nas Ilhas Canárias".
Nádia Ribeiro (n. 1984) apresentará em Serralves uma série de imagens que estemunham a degradação de um conjunto de flores, recorrendo a diversos processos fotográficos, assim sublinhando a relação da fotografia com a temporalidade, explica o mesmo comunicado.
André Romão (n. 1984) venceu com um vídeo que cola todos os fragmentos do friso ocidental do Pártenon, espalhados por vários museus da Europa, testemunho do desmembramento da história do Ocidente. [publico.pt]
Exposição "Livro-mundo" até 6 de Novembro, na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.
O pintor Júlio Resende morreu esta quarta-feira, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos. O corpo do artista ficará em câmara-ardente na igreja paroquial de Valbom.
Júlio Resende, nascido no Porto a 23 de Outubro de 1917, frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e de Paris, tendo iniciado a sua actividade artística como ilustrador em semanários infantis e na imprensa diária ainda quando era jovem.
Em 1946, ano em que apresentou a sua primeira exposição em Lisboa, José Resende obteve uma bolsa de estudo no estrangeiro do “Instituto para a Alta Cultura”, tendo sido nesta sua passagem pela Europa, em especial por Paris e Madrid, onde teve contacto com as obras de Picasso e Goya, que Júlio Resende despertou para a pintura abstraccionista.
"Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha proporcionado o primeiro passo. Aurora Jardim, figura conhecida nos meios literários e jornalísticos do Porto, intercedera junto do pintor Alberto Silva que dirigia, então, a Academia Silva Porto, para que eu viesse a frequentar as lições de pintura aí ministradas. Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras", escreveu o pintor, no site Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende, instituição onde está reunido um espólio de cerca de dois mil desenhos que Júlio Resende reuniu ao longo da sua carreira.
Na década de 1950, o pintor fixa-se no Porto, partilhando o tempo entre a arte e o ensino. Por influência da região, a gente do mar passou a constituir o tema dominaste da sua pintura, tendo apresentado a sua obra em exposições individuais em países como Espanha, Bélgica, Noruega e Brasil. Por vários anos, foi o representante de Portugal em exposições colectivas nas Bienais de Veneza, Ohio, Londres, Paris e São Paulo, nesta última destacando-se em 1951, quando venceu o Prémio Especial da Bienal. Em 1959, volta a surpreender, conseguindo uma menção honrosa, e dez anos depois, vence o Prémio Artes Gráficas na Bienal de Artes de S. Paulo, com ilustrações do romance "Aparição".
Nos anos 1960, Resende interessou-se ainda por projectos de decoração e arquitectura, colaborando na decoração do Palácio da Justiça de Lisboa, para onde realizou seis painéis em grés. No Porto, criou dois painéis cerâmicos para o Hospital de São João e ainda o gigantesco painel de azulejos "Ribeira Negra" existente à saída do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís I. Os painéis acabariam mesmo por se tornarem num dos seus trabalhos mais apreciados.
Júlio Resende foi nomeado Membro da Academia Real das Ciências, Letras e Belas-Artes Belgas, em 1972, e em 1982 recebeu as insígnias de Comendador de Mérito Civil de Espanha atribuídas pelo Rei de Espanha.
Em Portugal foi distinguido com o Prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) em 1985. [publico.pt]
O pintor inglês Lucian Freud morreu esta quarta-feira à noite, aos 88 anos, em Londres. O artista plástico morreu na sequência de uma doença súbita, disse William Acquavella, das Acquavella Galleries, galerista de Freud, citado pelo New York Times. Neto do célebre psicólogo Sigmund Freud, Lucian emigrou, com a família, da Alemanha para Inglaterra no início dos anos 30 para fugir ao regime nazi, tendo adquirido naturalidade britânica em 1939.
Ingressou no mundo da arte cedo, iniciando os estudos na Central School Of Art, em Londres, cidade onde morreu nesta quarta-feira à noite, aos 88 anos.
Lucian Freud aproximou-se, numa primeira fase, da estética do surrealismo, mas durante os anos 1950 muda de registo estilístico. Começa a pintura de retratos, geralmente de nus humanos acompanhados de objectos, recorrendo à técnica de impasto.
"Eu pinto as pessoas não pelo que elas parecem, não exactamente como elas são, mas como elas deviam ser", disse o autor das pinturas "Naked Man With The Rat" e "After Cézanne".
Vinculado a uma linguagem figurativa, centrada na representação do corpo humano, pintou familiares e amigos no seu atelier durante décadas. Numa entrevista por ocasião de uma exposição do pintor no Centro Georges Pompidou, em Paris, em 2010, Freud sublinhava a importância da confiança e da intimidade com os modelos e das atmosferas. Uma ideia que atravessou a sua carreira, a atender a uma entrevista datada de 1974: "Trabalho a partir das pessoas que me interessam e com as quais me preocupo, em espaços em que eu vivo e conheço".
Num estudo sobre a cena artística londrina dos anos 60, o crítico de arte John Russell destacava na obra de Freud a relação entre o pintor e o corpo pintado, associando-a à "mais clássica relação do século XX, a do inquisidor e o inquirido".
Lucian Freud preferia a designação de biólogo – a sua outra profissão – à de artista, ressalvando a sua distância dos pintores românticos e da própria herança da psicanálise, desenvolvida pelo avô. Ao longo de uma carreira de cerca de 60 anos, o artista concentrou-se na representação da fisionomia humana, relegando para segundo plano a psicologia.
"Eu quero que a pintura seja carne. Para mim o quadro é a pessoa", disse em 2010, acrescentando que, embora apreciasse o orgânico, não lhe chegava reproduzi-lo. A "intensificação do real" foi o caminho que escolheu para pintar o "lado animal" do corpo humano.
Além do nu reflexivo – salientado numa exposição permanente de corpos obesos, desproporcionados e enrugados - que domina a obra do pintor, nascido em Berlim a 8 de Dezembro de 1922, o neto mais célebre de Sigmund Freud interessou-se ainda pela intertextualidade com pinturas de artistas como Cézanne, Watteau e Chardin, cujos quadros reinterpretou à sua maneira.
Em Portugal, "Naked Girl with Egg", uma obra da autoria do pintor britânico, pode ser vista, desde a passada sexta-feira, na Fundação EDP, no Porto, no âmbito da exposição "My Choice", composta por obras da colecção do British Council seleccionadas por Paula Rego. [publico.pt]
O artista português, radicado no Brasil, Artur Barrio, venceu o Prémio Velázquez das Artes Plásticas 2011, no valor de 125 mil euros, anunciou esta terça-feira a ministra da Cultura espanhola, Ángeles González-Sinde. O Prémio Velázquez, considerado o Cervantes das Artes Plásticas, é concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha desde2002 acandidatos propostos pelas academias de belas artes, museus de arte moderna e contemporânea, associações de críticos de arte e outras instituições de artes plásticas. O júri presidido por Ángeles Albert de León, directora geral das Belas Artes e Bens Culturais, e constituído por Doris Salcedo, Prémio Velázquez do ano passado, Pedro Lapa, director artístico do Museu Berardo, em Lisboa, Sheena Vanessa Wagstaff, curadora da Tate Modern, em Londres, entre outros, destacou no trabalho do português "a construção de uma poética radical, que produz uma relação e um eco com as situações políticas e sociais." "O seu trabalho, desenrolado através de acções, performances, instalações, vídeo, explora o efémero e o transitório, interessando-se pelos efeitos simbólicos e a aparição de uma beleza inesperada", escreveu o júri num comunicado, citado pelo "El País". [publico.pt]
A biblioteca municipal, no âmbito da programação de artes plásticas vai apresentar, a 14 de Maio de 2011, às 17h00, a exposição de escultura de Paulo Neves.
Para conhecer melhor a sua obra e o seu percurso poderá consultar o site: www.paulonevesescultor.com.
A exposição vai estar patente até 3 de Julho de 2011 e pode ser visitada de segunda a sábado, das 12h00 às 23h00 e domingo das 15h00 às 23h00.
O pintor Ângelo de Sousa, uma das figuras marcantes da pintura portuguesa do último meio século, morreu ontem na sua casa no Porto, aos 73 anos, vítima de cancro.
Doente e afastado da sua arte desde há já vários meses, desapareceu agora um artista que foi "um dos protagonistas da contemporaneidade artística portuguesa, que se distinguiu sobretudo pelo seu experimentalismo e pela procura incessante de novas linguagens", disse ontem ao PÚBLICO João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS).
Ângelo César Cardoso de Sousa nasceu em Maputo (então Lourenço Marques), capital de Moçambique, em 1938. Em 1955 mudou-se para o Porto para frequentar a Escola de Belas-Artes, onde se formou em Pintura. Integrou, na década de 60, nesta cidade, o grupo "Os Quatro Vintes" (com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues). Criou depois uma obra pessoal e única, que se expressou principalmente na pintura, mas que cultivou muitas outras formas e disciplinas artísticas, como o desenho, a escultura, a fotografia, o cinema e o vídeo amador.
Para sintetizar o sentido da obra de Ângelo de Sousa, João Fernandes cita, de memória, o título de um quadro seu: Algumas formas ao alcance de todos. "Ele sabia criar formas e cores, que colocava ao alcance de todos nós, como ninguém o tinha feito até aí. Deixa uma obra pioneira, não só no contexto português, mas também a nível internacional, que um dia será devidamente reconhecida em todo o mundo", acrescenta o director do MACS - em cuja colecção a obra de Ângelo de Sousa está devidamente representada.
Paralelamente à sua carreira de artista, e depois de ter frequentado, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, a State School of Art e a Saint Martin"s School of Art, ambas em Londres, Ângelo de Sousa leccionou na ESBAP, onde se jubilou, no ano 2000, com a categoria de professor catedrático.
Desde o início da década de 60 realizou inúmeras exposições individuais e participou em colectivas em Portugal e muitos outros países.
Entre os vários prémios com que foi distinguido, assinalam-se o da Bienal de Arte de S. Paulo (1975), no Brasil, e o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian/Arte (2007), em Lisboa. [publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal.
A obra do mestre José Rodrigues, no panorama das Artes Plásticas portuguesas das últimas décadas, tem sido diversas vezes reconhecida através dos prémios "Artista do Ano", em 1990, e a condecoração com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1994, assim como a participação em bienais internacionais como representante de Portugal.
Entre as suas obras mais conhecidas destaca-se o cubo da Praça da Ribeira, no Porto. O mestre também adquiriu e recuperou uma antiga fábrica de chapéus (a Fábrica Social), situada na freguesia de Santo Ildefonso, no Porto, que lhe serviu de atelier durante 20 anos e onde instalou uma fundação com o seu nome. O edifício integra ateliers, salas de exposições, permanentes e temporárias, e um auditório.
O prémio, que já vai na quinta edição, pretende reconhecer o contributo de um determinado artista para a arte e cultura em Portugal. A cerimónia de entrega do prémio está marcada para o dia 10 de Dezembro, na Póvoa de Varzim. [dn.pt]
O artista plástico Francisco Tropa vai ser o representante de Portugal na próxima edição da Bienal de Veneza, a decorre entre os dias 4 de Junho e 27 de Novembro de 2011.
Esta participação nacional terá curadoria do comissário Sérgio Mah, director artístico da PHotoEspaña, Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, de 2008 até 2010.
A notícia foi avançada pela revista L+Arte. A proposta de participação feita pela Direcção-Geral das Artes estará no gabinete da ministra da Cultura para aprovação final.
Francisco Tropa começou a expor individualmente em 1991 na Galeria Monumental, Lisboa. O seu trabalho suscitou, desde cedo, o interesse e o apoio activo de diferentes agentes do contexto artístico, tendo sido seleccionado para o Prémio União Latina na Fundação Gulbenkian e na Culturgest (1996 e 1998). Ganhou o Prémio da 7ª Bienal das Caldas da Rainha (1997), realizou uma exposição individual na Fundação de Serralves (1998), representou Portugal (em conjunto com Lourdes Castro) na Bienal de São Paulo (1998), participou na Bienal de Melbourne, na Austrália (1999), e na Manifesta em Liubliana (2000).
Francisco Tropa tem até dia 27 uma exposição na galeria que o representa, a Quadrado Azul, em Lisboa. [publico.pt]
As inscrições para a 14ª edição do concurso Jovens Criadores´10 encontram-se abertas, até ao próximo dia 26, destinadas a artistas em início de carreira, até aos 30 anos, de nacionalidade portuguesa ou residentes no país, para as áreas de Artes Digitais, Artes Plásticas, Banda Desenhada, Dança, Design de Equipamento, Design Gráfico, Fotografia, Ilustração, Joalharia, Literatura, Moda, Música, Teatro e Vídeo.
Nesta edição, o concurso reserva ainda uma sub-área de artes plásticas, intitulada «Res Publica», por ocasião das Comemorações do Centenário da República, que este ano se celebra. Os participantes têm aqui a oportunidade de submeter Trabalhos no campo da arte pública, inspirados no tema «A República».
Os interessados deverão consultar o regulamento no site da iniciativa, do Clube Português Artes e Ideias, onde podem encontrar também a ficha de inscrição. Os projectos seleccionados por parte de júris especializados em cada área artística serão apresentados na Mostra Jovens Criadores´10.
Do corpo de artistas seleccionados é escolhida uma delegação que representará Portugal na próxima edição da Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo ou da Mostra de Jovens Criadores da CPLP.
Desde 1996, a Mostra Jovens Criadores já se realizou em Lisboa, Guarda, Aveiro, Braga, Porto, Coimbra, Santa Maria da Feira, Silves, Amarante, Montijo, Odivelas e Évora, tendo sido plataforma de lançamento e confirmação de criadores que têm contribuído para uma renovação do panorama artístico nacional. Pelo certame, já passaram nomes como Alexandra Moura, André Murraças, André Sier, Cristina Filipe, Gonçalo M. Tavares, João Fazenda, João Garcia Miguel, João Pedro Vale, José Luís Peixoto, Rudolfo Quintas, Soraya Vasconcelos ou Tiago Guedes. [diariodigital.pt]
No âmbito da programação de artes plásticas, a biblioteca municipal inaugurará, no próximo dia 22 de Maio às 17h30, a exposição "Narrativa de fugas: o corpus umbilicus na cesura dos tempos" de Alexandra de Pinho.
O artista plástico Gabriel Abrantes, 25 anos, é o vencedor da 8ª edição do Prémio EDP Novos Artistas, que visa distinguir valores emergentes da arte contemporânea.
O júri, que esteve hoje reunido, também decidiu atribuir uma menção honrosa a Mauro Cerqueira, 27 anos.
S/ título (da série Dromos) acrílico sobre tela 200x300cm, 2008-9
(1)Carla Zaccagnini, publicado no catálogo da colecção
Alexandra de Pinho