Gonçalo M. Tavares é o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol 2011 com a obra “Uma viagem à Índia”. O prémio no valor de 25 mil euros será entregue em data a anunciar, revelou a agência Lusa.
“Uma Viagem à Índia”, editado pela Caminho, já tinha recebido, em Junho, o Grande Prémio de Romance e Novela atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), em conjunto com o Ministério da Cultura (MC). O livro foi ainda distinguido com o Prémio Melhor Narrativa Ficcional 2010 da Sociedade Portuguesa de Autores e com o Prémio Especial de Imprensa Melhor Livro 2010 Ler/Booktailors.
É a história de Bloom, "herói individualista", contada em prosa sobre uma grelha estrutural adoptada de "Os Lusíadas", de Luís de Camões.
Entre os finalistas do Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol 2011 encontravam-se Hélia Correia (“Adoecer”), João Tordo (“O Bom Inverno”), Pedro Rosa Mendes (“Peregrinação de Enmanuel Jhesus”) e Valter Hugo Mãe (“A Máquina de Fazer Espanhóis”).
O júri, presidido por Vasco Graça Moura, considerou “a maneira inovadora como o autor explora as relações entre a forma romance e a matriz épica, bem como a hábil trama narrativa e a estruturação da acção”, lê-se na acta a que a Lusa. O júri é constituído ainda por Guilherme d’Oliveira Martins, em representação do Centro Nacional de Cultura; José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores; Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários; Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas; Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril.
O vencedor do Prémio Fernando Namora/Estoril Sol do ano passado foi “Ilusão (ou o que quiserem)”, de Luísa Costa Gomes. O prémio de 2010 será entregue à autora, segunda-feira, pelo Presidente da República, Cavaco Silva. [publico.pt]
Títulos disponíveis na biblioteca municipal
Uma Torre de Babel com 25 metros de altura, construída em espiral com 30 mil livros de todas as línguas, foi erigida numa praça do centro de Buenos Aires por iniciativa da artista argentina Marta Minujin.
"A ideia é unir todas as raças através do livro", explicou a artista sobre a sua obra monumental que será inaugurada, próxima na quarta-feira, e "existirá" na praça San Martin até ao final do mês.
A artista decidiu criar esta Torre de Babel, porque Buenos Aires é a Capital Mundial do Livro 2011, proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A partir de quinta-feira, os seus sete andares podem ser subidos gratuitamente por grupos de até 100 pessoas e a visita será acompanhada por uma banda sonora criada por Marta Minujin, que dá a ouvir a palavra "livro" em todas as línguas do mundo.
Perto de metade dos livros que serviram de "tijolos" para a construção da torre foi oferecida por 50 embaixadas em Buenos Aires, mas a outra metade vem de doações de milhares de pessoas mobilizadas graças a uma campanha pública para esta "obra de participação maciça", nas palavras da artista.
No último dia de exposição da peça, 28 de Maio, os visitantes podem escolher um livro na língua da sua preferência e levá-lo.[jn.pt]
"O Anjo Branco" foi livro mais vendido de 2010.
A conclusão baseia-se em dados da empresa de estudos de mercado GfK e das cadeias de livrarias Fnac, Bertrand e Bulhosa, precisou a editora. Desde que foi lançado, a 24 de Outubro, "O Anjo Branco" soma, até agora, 135 mil exemplares impressos, tendo-se também tornado o romance histórico de Rodrigues dos Santos de venda mais rápida.
Depois de publicar vários outros romances que se tornaram também instantaneamente best-sellers, como "O Codex 632" (2005), "A Fórmula de Deus" (2006), "O Sétimo Selo" (2007), "A Vida Num Sopro" (2008) e "Fúria Divina" (2009), José Rodrigues dos Santos é, segundo a sua editora, "o escritor mais vendido da década 2001-2010 em Portugal", tendo as suas obras vendido mais de um milhão de exemplares e estando publicadas em 17 línguas.
'Funk & Soul Covers', segundo livro de Joaquim Paulo na Taschen, contém mais de 500 capas de discos de 'funk' e 'soul', além de entrevistas e um 'single' com dois temas raros.
Se durante os anos 60 e 70 a sociedade norte-americana viveu profundas transformações sociais que marcaram intensamente a história, a música negra produzida na época acompanhou bem de perto toda esta revolução. Não é de admirar, por isso, que ainda hoje se considere que os anos 60 e 70 foram a época dourada do funk e da soul. Agora, essa história ganha vida através das capas dos discos de vinil, reunidas no livro Funk & Soul Covers, da autoria de Joaquim Paulo e editado pela editora alemã Taschen.
Este é, aliás, o segundo livro do português na Taschen, depois de ter lançado há dois anos Jazz Covers, graças ao qual recebeu o Prix du livre de Jazz 2008 da Académie de Jazz, em Paris.
Para esta nova obra, o autor quis "vincar muito a ligação à sociedade e às mudanças que esta atravessou nos anos 60 e 70", contou ao DN Joaquim Paulo. Daí que entre as mais de 500 capas de discos presentes nesta obra se encontrem "discos que foram seleccionados que pertencem a algumas correntes artísticas ligadas a movimentos cívicos, desde os Black Panthers ao Malcolm X, aos filmes da Blaxploitation e às bandas sonoras produzidas, ou até alguns discos mais obscuros de editoras importantes, como a Stax", explicou.
Assim, o autor tomou como pontos de partida para a criação deste Funk & Soul Covers "a raridade, a importância histórica, o impacto visual da capa e, claro, o facto de gostar muito do disco", refere nesta obra, que é lançada em português nos países de expressão portuguesa e mundialmente traduzido para francês, inglês, alemão e italiano.
Das mais de 500 capas de discos que podem ver-se neste livro, todas pertencem à colecção pessoal de Joaquim Paulo, que tem cerca de 25 mil exemplares. "Foi um vício que me foi incutido pelo meu primo, que comprava imensos discos e eu desde miúdo só via aquele espírito de comprador compulsivo. Cresci com uma referência destas, ele era também um grande fã de funk e jazz, por isso as primeiras coisas que ouvi em casa passaram muito por este tipo de música", contou.
Segundo o autor, o período da revolução musical vivida nas décadas de 60 e 70 do século XX foi acompanhado pelo grafismo das capas dos discos: "Agora ao falar com algumas pessoas ligadas a editoras de funk e soul da altura, e também com produtores, todos me dizem que havia ali uma comunhão de interesses, a indústria discográfica dava uma liberdade que permitia aos designers gráficos e aos fotógrafos fazer coisas que hoje são impensáveis."
Além das capas de discos que à sua maneira contam a história da época dourada do funk e da soul, neste livro pode ler-se entrevistas com David Ritz, autor norte-americano de biografias de Ray Charles ou Marvin Gaye; Larry Mizell, produtor da editora Blue Note durante os anos 70; e Gabriel Roth, da editora Daptone Records, cujo estúdio serviu para as gravações de Back to Black, de Amy Winehouse. Uma edição limitada desta obra contém um single de sete polegadas com temas raros dos The Barons e J. Hines & The Fellows.
Apesar de actualmente se viver numa era em que a música é consumida digitalmente, Joaquim Paulo não deixa de ter uma "visão romântica": "Espero que o vinil resista, não só porque é um objecto muito bonito mas porque permite ouvir música de forma muito orgânica. Tem um apelo físico que o CD não tem", salientou. [dn.pt]
A Google fez as primeiras concessões aos autores e editores europeus relativamente aos direitos de autor, na tentativa de amolecer a oposição de vários países da União Europeia relativamente ao seu projecto para digitalizar e colocar em linha os milhões de livros publicados mas que já não estão disponíveis para venda nas livrarias.
Realizou-se a primeira sessão da audição que a Comissão Europeia está a fazer sobre este projecto da empresa que está por detrás do motor de busca mais usado da Web, que tem a oposição jurada da Itália e da Alemanha, por exemplo.
A oferta da Google, destinada a acalmar os receios de que crie um monopólio de direitos de autor, é que os livros publicados e ainda comercializados na Europa não poderão ser vendidos em formato electrónico pela Google nos Estados Unidos – a não ser que exista uma autorização expressa dos detentores dos direitos de autor, adianta a agência AFP.
Esta oferta foi feita numa carta enviada este fim-de-semana pela Google a várias organizações nacionais de editores europeus, que fizeram soar os sinais de alerta face ao acordo conseguido pela empresa da Califórnia com os editores e autores norte-americanos.
O acordo assinado pela Google em Outubro previa que a empresa pudesse vender, sem ter de solicitar autorização, livros europeus que não estivessem disponíveis no mercado norte-americano.
Ora este compromisso levantou uma onda de receios na Europa. A Associação de Editores Italianos estimava, na sexta-feira, que este preceito “viola vários pontos da Convenção de Berna sobre os Direitos de Autor", que afirma a necessidade de um acordo prévio para toda a utilização das obras.
Agora, a Google oferece a garantia de que “os livros que estiveram estiverem disponíveis para venda na Europa serão considerados como comercialmente disponíveis [nos Estados Unidos]”, adianta a AFP, que teve acesso ao documento, discutido ontem em Bruxelas. “Estes livros só poderão ser propostos aos utilizadores americanos do Google com autorização expressa dos detentores dos direitos de autor”, estipula o comunicado da Google.
Mais, a empresa convida dois representantes europeus – um ligado aos editores e outro aos autores – para a direcção do serviço de registos de direitos de autor que o acordo assinado com editores e autores norte-americanos já previa, para fazer a gestão dos direitos de autor (a Google deverá receber 37 por cento dos lucros ligados à comercialização de obras digitalizadas, e os editores e autores 63 por cento). [publico.pt]
O novo livro de Miguel Sousa Tavares, «No Teu Deserto», vai estar a partir de hoje nas livrarias nacionais.
Editado pela Oficina do Livro, Miguel Sousa Tavares trabalha há um ano e meio em «No Teu Deserto», que tem 128 páginas.
Autor: Orhan Pamuk
Nacionalidade: Turquia
Website: www.orhanpamuk.net
Orhan Pamuk nasceu na Turquia, em 1952. Começou por se interessar pelas artes plásticas, começou por estudar Arquitectura, mas acabou por se licenciar em jornalismo pela Universidade de Istambul, profissão que nunca exerceu. Grande estudioso e leitor insaciável, escreve desde os 23 anos, uma actividade que o tornou conhecido em mais de 50 países e lhe valeu inúmeros prémios e distinções. Em 2006 foi agraciado com o Nobel da Literatura. A sua obra é seguida com o maior interesse tanto no mundo ocidental como na própria Turquia, onde os seus livros são sempre bestsellers, apesar das suas posições críticas em relação à política do seu país.
Livros editados em Portugal:
-A Casa do Silêncio, Istambul-Memórias de uma Cidade, Neve, O meu nome é vermelho, A vida nova, Os jardins da memória, A cidadela branca.
Sugerimos a leitura de:
ISTAMBUL-MEMÓRIAS DE UMA CIDADE e A CASA DO SILÊNCIO