"acho que Emerson escreveu algures que uma biblioteca é uma espécie de caverna mágica cheia de mortos. e esses mortos podem renascer, podem voltar à vida quando abrimos as suas páginas." [BORGES, Jorge Luis in Este ofício de poeta]

Sexta-feira, 29 de Novembro de 2013
Autor da semana: Alexandra Lucas Coelho

 

Alexandra Lucas Coelho nasceu em Dezembro de 1967. Estudou teatro no I.F.I.C.T. e licenciou-se em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou dez anos na rádio continuando ainda hoje a colaborar com a RDP. Desde 1998 é jornalista no Público. A partir de 2001 viajou várias vezes pelo Médio Oriente / Ásia Central e esteve seis meses em Jerusalém como correspondente. Foram-lhe atribuídos prémios de reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e o Grande Prémio Gazeta 2005. [ler mais]

 

Alexandra Lucas Coelho vence Grande Prémio de Romance da APE

 

 

E a Noite Roda foi escolhido por unanimidade ao fim de três reuniões do júri.

O romance E a Noite Roda de Alexandra Lucas Coelho (Tinta da China) é o vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) relativo a 2012. O prémio, que tem o valor de 15 mil euros e é co-promovido pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, foi atribuído por unanimidade.

José Correia Tavares, Ana Marques Gastão, Clara Rocha, Isabel Cristina Rodrigues, Luís Mourão e Manuel Gusmão compuseram o júri, que já se reunira por duas vezes antes de tomar uma decisão final, esta segunda-feira.

E a Noite Roda, história de amor entre uma jornalista catalã – Ana Blau, a narradora – e um jornalista belga, batia-se com mais cinco finalistas:O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, de Mário de Carvalho, Jesus Cristo Bebia Cerveja, de Afonso Cruz, A Rapariga Sem Carne, de Jaime Rocha, e O Banquete, de Patrícia Portela.

“Se já tinha ficado muito surpreendida por ter sido nomeada”, disse a autora ao PÚBLICO, “fiquei completamente abismada quando soube que tinha ganho”. E acrescenta que se sente “muito honrada” não apenas por admirar “todos os escritores que já o receberam”, mas também os que integraram este júri, e ainda os autores cujos livros concorriam directamente com o seu. “Admiro-os muito a todos e gostava de partilhar de alguma forma o prémio com eles”.

Alexandra Lucas Coelho explica que deixou os quadros do PÚBLICO no início deste ano, onde se mantém como cronista e colaboradora, e que quis “fazer uma opção de vida que passava por tentar escrever livros”. Daí que este prémio não pudesse ter chegado em melhor hora. “É um enorme incentivo para mim, e em particular para o romance que estou agora a escrever, que se chamará Deus Dará e que irá situar-se inteiramente no Rio de Janeiro.

A repórter e romancista fez ainda questão de agradecer à sua editora, a Tinta-da China, e em especial a Bárbara Bulhosa, a primeira pessoa a quem deu a ler o livro. “A Tinta-da-China é a minha casa e fico muito contente que com este livro tenha recebido o seu primeiro prémio na ficção”, disse Lucas Coelho, que já tinha publicado na mesma chancela vários livros de reportagem e de viagens: Caderno Afegão (2009),Viva México (2010), Tahrir! (2011) e, já este ano, Vai, Brasil. A estes títulos soma-se ainda o seu livro de estreia,Oriente Próximo, que saiu em 2007 na Relógio D’Água.

Licenciadaem Comunicação Socialpela Universidade Nova de Lisboa e várias vezes premiada enquanto repórter – recebeu designadamente o Grande Prémio Gazeta, em 2005 –, Alexandra Lucas Coelho disse à Lusa, por ocasião do lançamento deste livro, que “o que diferencia o jornalismo da literatura, é a possibilidade de fazer com os materiais tudo o que quiser”, mas que o que continua a movê-la é o mesmo interesse pelo real que a levou ao jornalismo.

E a Noite Roda ganhou a 31.ª edição do Grande Prémio de Romance e Novela da APE, que já distinguiu autores como Vergílio Ferreira, José Saramago, Agustina Bessa-Luís ou António Lobo Antunes, e que cujo vencedor mais recente fora Ana Teresa Pereira com O Lago.[publico.pt]

 



publicado por bibliotecadafeira às 11:01
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 8 de Novembro de 2013
Autor da semana: Pierre Lemaître

 

 

Pierre Lemaître nasceu em Paris. Foigalardoado com o Prémio Le Point do Romance Policial Europeu em 2010. Os seus romances foram várias vezes premiados e estão traduzidos em treze línguas. Três deles estão a ser adaptados ao cinema: Robe de mariéeCadres noirs e Alex. [wook.pt]

 

 

  

Pierre Lemaitre vence prémio Goncourt

 

Au revoir là-haut, um romance histórico situado na primeira guerra mundial, convenceu o júri do mais prestigiado prémio literário francês, mas só à 12ª ronda.

O prémio Goncourt foi atribuído esta segunda-feira ao romance Au revoir là-haut , de Pierre Lemaitre, um autor de 62 anos com prestígio consolidado no domínio da ficção policial.

Nesta sua primeira incursão no romance histórico, Lemaitre situou a acção na primeira guerra mundial e escolheu como protagonistas dois jovens soldados, Albert e Édouard, sacrificados por um oficial ambicioso e cínico.

Criado há 110 anos, em1903, aactual dotação pecuniária do Goncourt não é propriamente exorbitante : o vencedor recebe apenas uma nota de dez euros. Mas o prestígio do prémio tem uma influência considerável nas vendas dos livros. Os premiados dos últimos anos têm vendido uma média de 400 mil exemplares, cerca de cinquenta vezes a tiragem média de um romance em França.

O júri, presidido por Edmonde Charles-Roux,preferiu Au revoir là-haut aos três restantes finalistas desta edição de 2013: Nue, de Jean-Philippe Toussaint, L'invention de nos vies, de Karine Tuil, e Arden, primeiro romance de Frédéric Verger. E o rival mais difícil de bater foi mesmo o estreante : só à 12ª votação é que o desempate se desfez e o livro de Lemaitre ganhou, com seis votos contra quatro.

Antes de se abalançar a escrever esta extensa ficção histórica – editado pela Albin Michel, o livro tem quase 600 páginas –, Pierre Lemaitre, admirador confesso de Alexandre Dumas, era já autor de vários romances policiais, traduzidos em mais de vinte países. [publico.pt]

 

  

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 11:39
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 5 de Novembro de 2013
Prémio José Saramago 2013 atribuído ao escritor angolano Ondjaki

 

À oitava edição o Prémio Literário José Saramago foi para Ondjaki, prosador e poeta que nasceu em Luanda em 1977, autor do romance Os Transparentes, publicado pela Caminho em 2012 e que é um retrato de Angola. O prémio foi esta terça-feira anunciado na sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa. Numa cerimónia em que a poeta angolana Ana Paula Tavares, e um dos membros do júri, fez o elogio do autor e da obra distinguida.

O prémio instituído pela Fundação Círculo de Leitores, no valor de 25 mil euros, que é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos à data da publicação do livro, e cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.

Na acta do júri, Ana Paula Tavares escreve que com Os Transparentes "o escritor angolano cumpre o que há muito se anunciava: a construção de um grande livro fiel a linhagens literárias mais antigas e que pode ler-se na travessia das linguagens de cada um".

"A língua portuguesa ganha o tom, liga todas as mensagens, renova-se sem concessões e aparece fresca e milagrosa como as águas à solta do rés-do-chão do lugar central do romance", acrescenta ainda Ana Paula Tavares, para quem este é um livro de maturidade do autor. "O seu encanto pela infância continua presente, mas já estamos no registo adulto do olhar crítico e mordaz que é lançado sobre o tempo, a História e as respetivas legitimações políticas. A ironia e o humor continuam a caracterizar a escrita de Ondjaki, tornando a leitura de Os Transparentes muito fluida e agradável, sobretudo quando o romance obriga o leitor a se confrontar com uma criolização mais radical e criativa da língua portuguesa."

O júri do Prémio José Saramago foi, também nesta edição, presidido pela directora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes, e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela "presidenta" da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura. Por escolha da presidente Guilhermina Gomes, integraram também o júri Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos. [publico.pt]

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:30
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 1 de Novembro de 2013
Autor da semana: João Bouza da Costa

 

João Bouza da Costa nasceu em Lisboa (1954) e passou a infância em África (Luanda). Tem levado uma vida anticíclica, sempre a fugir dos acontecimentos históricos: deixou Angola quando nesta se iniciava a gesta independentista (1963), abandonou Portugal logo após a revolução de Abril (em setembro de 74) e escapou da Alemanha em 89, pouco antes do grande êxtase coletivo da queda do Muro. [ler mais]

 

«Travessa d’Abençoada» de João Bouza da Costa vence Prémio P.E.N. de Narrativa

 

O romance de estreia de João Bouza da Costa, «Travessa d’Abençoada», editado pela Sextante, venceu o Prémio P.E.N. de Narrativa para o ano de 2012.

A sinopse de «Travessa d’Abençoada» é a seguinte:

«Uma criança autista escuta os sons de dois corpos entregues ao sexo e convoca os seus deuses contra a derrocada do tempo. Um tradutor apropria-se, coxeando, da sua cidade, enquanto a música inunda a noite e a sua mulher se debate com a memória. Um velho preso no labirinto da raiva enfrenta a morte caído numas escadas. Pessoas de uma pequena travessa de Lisboa, vinte e quatro horas da vida no mundo» [diariodigital.pt]

 

 

Títulos, deste autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 13:25
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2013
Autor da semana: Alice Munro

 

Alice Ann Munro, apelido de solteira LaidlawHue hue (Wingham, Ontário, 10 de julho de 1931) é uma escritora canadiana de contos, considerada uma das principais escritoras da atualidade em língua inglesa. Foi galardoada com o prémio nobel da literatura em 2013. [ler mais]

 

 

Um Nobel para Alice Munro é um Nobel para o conto

 

Contista canadiana, a quem chamam o Tchekov dos nossos dias, venceu o Nobel da Literatura. Japonês Haruki Murakami e bielorrussa Svetlana Alexievich terão de aguardar pela próxima oportunidade.

Nascida na província canadiana de Ontário em1931, aescritora Alice Munro venceu nesta quinta-feira o Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela Academia Sueca, que nela reconheceu um “mestre do conto contemporâneo”. Munro recebera já alguns dos mais importantes prémios literários, incluindo, em 2009, o prestigiado Man Booker International Prize, e era há muito uma candidata recorrente ao Nobel da Literatura.

Mas quando o secretário permanente da Academia Sueca, Peter Englund, se dirigiu aos jornalistas para anunciar o Nobel da Literatura de 2013, o nome de que se falava era o da jornalista de investigação e prosadora bielorrussa Svetlana Alexievich, que tinha acabado de ultrapassar o japonês Haruki Murakami nas cotações das casas de apostas.

Quando recebeu o Man Booker International Prize, o júri justificou a escolha afirmando que a autora, “embora seja essencialmente conhecida como contista, mostra a profundidade, sabedoria e precisão que a maior parte dos ficcionistas só consegue alcançar numa vida inteira a escrever romances”. Foi Cynthia Ozick, ela própria uma talentosa contista, que, reconhecendo a consumada mestria de Munro na história breve, lhe chamou há alguns anos o Tchekov do nosso tempo, uma aproximação que, desde então, muitos críticos têm glosado.

Tal como nos contos do mestre russo, o enredo é relativamente secundário nas histórias desta canadiana, povoadas de personagens e assuntos triviais, e cuja força está muitas vezes no súbito impacto de um momento iluminante e revelador. Quase todos os seus contos têm como cenário a região sudoeste da província canadiana de Ontário, o que tem levado a que seja comparada a outros ficcionistas cujas obras se centram na vida de pequenas cidades, como Sherwood Anderson, Flannery O'Connor ou Carson McCullers.

A notícia do Nobel chegou ao Canadá de noite, quando Munro dormia. A autora contou à televisão canadiana CBC que foi acordada pela filha: “Sabia que era uma das candidatas, mas nunca pensei que fosse ganhar.”

Munro disse ainda que ganhar o prémio é “formidável” e mostrou-se feliz por o mundo descobrir a sua escrita.

Nascida numa família de criadores de raposas, Alice Munro começou a escrever na adolescência, tendo publicado o seu primeiro conto, The Dimensions of a Shadow, em 1950, quando frequentava a universidade. Ao mesmo tempo, ia ganhando dinheiro em empregos ocasionais, trabalhando em restaurantes, na apanha de tabaco, ou como bibliotecária.

A sua primeira colectânea de histórias, Dance of the Happy Shades, saiu em 1968 e foi um sucesso imediato, tendo ganho o mais importante prémio literário canadiano e recebido o elogio unânime da crítica. O livro seguinte,Lives of Girls and Women (1971), é ainda hoje o seu único romance, e não falta quem ache que se trata, na verdade, de uma sucessão de contos articulados entre si.

Munro publicou mais de uma dúzia de colectâneas de histórias curtas, muitas delas editadas em Portugal pela editora Relógio d’Água, incluindo a mais recente, Amada Vida (Dear Life, 2012), traduzida pelo poeta José Miguel Silva.

Outros livros de Monro disponíveis em edição portuguesa são O Progresso do Amor (The Progress of Love, 1986), O Amor de Uma Boa Mulher (The Love of a Good Woman, 1998), Fugas (Runaway, 2004), A Vista de Castle Rock(The View from Castle Rock, 2006) e Demasiada Felicidade (Too Much Happiness, 2009). [publico.pt]

  

Títulos, deste  autor, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 09:46
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 6 de Setembro de 2013
Autor da semana: Ana Maria Machado

 

Ana Maria Machado 

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. [ler mais]

  

Brasileira Ana Maria Machado ganha Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon

 

Nome da vencedora foi divulgado na cerimónia de abertura da 15.ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo em que participam autores portugueses. A escritora Lídia Jorge estava entre os finalistas.

A escritora brasileira Ana Maria Machado é a vencedora da 8.ª edição do Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura com o romance Infâmia. O anúncio foi feito no Brasil, na terça-feira à noite, na abertura da 15.ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo.

O prémio no valor de 150 mil reais (47 mil euros) é atribuído de dois em dois anos ao melhor romance em língua portuguesa publicado no Brasil nesse período. Atribuído pela Universidade de Passo Fundo, no estado do Rio Grande do Sul, é um dos prémios literários com mais notoriedade no Brasil, existe desde 1999 e o vencedor da última edição foi João Almino, com o romance Cidade livre.

Entre os finalistas candidatos ao prémio este ano estavam a portuguesa Lídia Jorge (A noite das mulheres cantoras, Leya) e os brasileiros Daniel Galera (Barba ensopada de sangue, Companhia das Letras); Luiz Ruffato (Domingos sem Deus, Record); Paulo Scott (Habitante irreal, Alfaguara); Alberto Martins (Lívia e o cemitério africano, editora 34); Ricardo Lísias (O céu dos suicidas, Alfaguara); Noemi Jaffe (O que os cegos estão sonhando?, editora 34); João Gilberto Noll (Solidão continental, Record) e Eliane Brum (Uma duas, Leya).

 

Ana Maria Machado nasceu em 1941 e é autora de livros para crianças e adultos. Infâmia (editado no Brasil pela Alfaguara) tem duas histórias paralelas: a de um embaixador na reforma, Manuel Serafim Soares de Vilhena, que vê a sua vida alterada depois do desaparecimento de uns documentos antigos; e de Jorge, o fisioterapeuta do embaixador. As narrativas dos dois protagonistas baseiam-se  em factos reais. Este livro já tinha estado entre os finalistas da edição do Prémio Jabuti do ano passado.

O Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon, criado pela Prefeitura Municipal de Passo Fundo, está ligado às Jornadas Literárias que se realizam há mais de 32 anos numa parceria entre a autarquia e a universidade. A 15.ª edição, coordenada pela professora Tania Rösing, tem como tema Leituras jovens do mundo e começou terça-feira à noite. Até terminar, a 31 de Agosto, vai levar a Passo Fundo 101 escritores e intelectuais de 11 nacionalidades.

Entre eles está o português José Afonso Furtado, o ex-director da Biblioteca Calouste Gulbenkian, que participa quinta-feira numa conferência a quatro vozes que tem por tema Convergência das mídias. Tem por companheiros de palco o espanhol Cesar Coll, professor de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona; Massimo Canevacci, professor de Antropologia Cultural e de Arte e Culturas Digitais na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Roma, e o brasileiro Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.

Paralelamente a estas jornadas decorre o 12.º Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Património Cultural, ondem participam também portugueses. Albano Figueiredo, da Universidade de Coimbra, fará na sexta-feira a conferência Leituras em intercâmbio - novos (e velhos) desafios, a que se segue uma discussão que volta a contar com José Afonso Furtado, autor dos livros Uma cultura da informação para o universo digital (ed. Fundação Francisco Manuel de Melo) e Os livros e as leituras (ed. Livros e leituras). Nesse dia, Furtado vai dividir o palco com a académica brasileira especialista em literatura comparada Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha, o romancista brasileiro e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa Miguel Sanches Neto, e o espanhol José Antonio Cordón García, da Universidade de Salamanca, numa discussão à volta do tema A leitura e os jovens, trânsitos culturais. 

Os escritores brasileiros Ignácio de Loyola Brandão, José Castello e Marcelino Freire estão entre os convidados destas jornadas. [publico.pt]

 

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 15:55
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2013
Músico da semana: Justin Timberlake

 

 

Justin Randall Timberlake (Memphis, Estados Unidos, 31 de janeiro de 1981) é um cantor-compositor, ator e empresário. Alcançou a fama nos anos 90 ao tornar-se um membro da boyband *NSYNC. 
Com seus dois primeiros álbuns solo, Justified (2002) e FutureSex/LoveSounds (2006), estabeleceu-se como um dos cantores mais bem sucedidos, com cada um vendendo mais de sete milhões de cópias mundialmente. [ler mais]

 

 

 

Justin Timberlake brilha nos MTV Video Music Awards

 

Cantor norte-americano levou quatro prémios para casa, incluindo o de Melhor Vídeo do Ano, e participou no regresso aos palcos dos 'N Sync.

Justin Timberlake foi a grande estrela da noite de domingo na gala dos MTV Video Music Awards 2013. Em Nova Iorque, o cantor norte-americano foi distinguido com quatro prémios, incluindo o de Melhor Vídeo do Ano, para «Mirrors», e o troféu especial de carreira - o Michael Jackson Video Vanguard Award. 
O artista de 32 anos protagonizou outro dos grandes momentos da cerimónia, ao participar no breve regresso aos palcos da sua antiga banda, os 'N Sync. Com JC Chasez, Chris Kirkpatrick, Joey Fatone e Lance Bass, Timberlake cantou três êxitos da boy band - «Gone», «Girlfriend» e «Bye Bye Bye». [tvi24.iol.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 18:52
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 22 de Julho de 2013
Prémio BES Revelação já tem vencedores

Diogo Evangelista, Nádia Ribeiro e André Romão são os vencedores deste prémio para jovens artistas.

Os três vencedores vão receber uma bolsa de 7500 euros cada para produzir as obras para uma exposição que será apresentada no Museu de Serralves em Outubro.

Diogo Evangelista, Nádia Ribeiro e André Romão, com projectos sobre a memória e o tempo, são os vencedores da edição de 2013 do Prémio BES Revelação.

O júri deste ano, que fez uma escolha por unanimidade, foi composto por Guillaume Désanges, curador independente que trabalha em Paris, Marina Fokidis, directora da Kunsthalle Athena, em Atenas, Nav Haq, curador no MHKA, Antuérpia, e Filipa Ramos, curadora independente portuguesa que trabalha e vive entre Londres e Milão. O prémio, entregue anualmente pelo Banco Espírito Santo e pela Fundação de Serralves, premeia artistas até aos 30 anos.

Diogo Evangelista (n. 1984) apresentou a concurso um projecto de vídeo, falsamente documental, em que parte de imagens fotográficas encontradas, bem como de material impresso e vídeos, para reflectir sobre os "arquétipos de deserto, sonho, ilusão, utopia e paraíso", explica o artista citado pelo comunicado de Serralves. O projecto associa "o planeta Marte a um paraíso perdido, representado pelas ilhas de Mauna Kea, no Havai, Faial, nos Açores, Nova Guiné, na Indonésia e Lanzarote, nas Ilhas Canárias".

Nádia Ribeiro (n. 1984) apresentará em Serralves uma série de imagens que estemunham a degradação de um conjunto de flores, recorrendo a diversos processos fotográficos, assim sublinhando a relação da fotografia com a temporalidade, explica o mesmo comunicado.

André Romão (n. 1984) venceu com um vídeo que cola todos os fragmentos do friso ocidental do Pártenon, espalhados por vários museus da Europa, testemunho do desmembramento da história do Ocidente. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 13:45
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 3 de Julho de 2013
José Luís Peixoto ganha prémio em Itália

O escritor português, de 38 anos, venceu a primeira edição do Prémio Salerno Livro d’Europa, em Itália, com a obra Livro, publicado em Portugal pela Quetzal, em 2010.

O romance, recentemente publicado em Itália pela Einaudi, foi o escolhido entre outros quatro títulos finalistas, de autores europeus com menos de 40 anos.

O júri que decidiu o prémio, com um valor pecuniário de 5 mil euros, foi “constituído por 50 leitores e 50 personalidades ligadas ao meio editorial italiano”, esclarece em comunicado a Quetzal.

José Luís Peixoto(n. Galveias, Ponte de Sor, 1974) afirmou-se “contente” por ter sido o primeiro distinguido com o prémio italiano. Em declaração à Agência Lusa, o escritor disse que “as notícias destes prémios correm sempre bem”. E acrescentou: “Foi muito bom [ter sido reconhecido], tanto mais que este foi um livro muito importante para mim. É um livro que parte de um tema que é sensível de tratar, e que para mim foi um pouco ambicioso abordar porque não o vivi, que é a emigração para França, e dessas migrações que tocaram muito as pessoas”. Num período em que os portugueses voltam a projectar o seu futuro passando pela emigração, o escritor referiu que Livro “tem infelizmente essa actualidade”.

Livro foi também finalista do Prémio Femina, atribuído em França. E Cemitério de Pianos (2006) está na primeira lista do Prémio Impact Dublin, a que concorrem obras publicadas em língua inglesa, nomeadas por livreiros de todo o mundo.

José Luís Peixoto venceu em 2001 o Prémio Saramago com o romance Nenhum Olhar, e foi depois também distinguido com os prémios Daniel Faria e Cálamo Outra Mirada, ambos em 2008.

O Prémio Salerno Livro d’Europa teve agora, como outros finalistas, a francesa Jakuta Alikavazovic (autora de La Bionda e il Bunker, na tradução italiana), o suíço romanche Arno Camenisch (Dietro la Stazione), o italiano Paolo Di Paolo (Mandami Tanta Vita) e a alemã Judith Schalansky (Lo Splendore Casuale delle Meduse). [publico.pt]

 

Títulos disponíveis, deste autor, na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 17:41
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 17 de Junho de 2013
Salman Rushdie ganha Prémio Hans Christian Andersen

 

O escritor britânico Salman Rushdie foi distinguido com o Prémio Literário Hans Christian Andersen "por documentar a importância das viagens e dos encontros culturais no nosso tempo e assim enriquecer a literatura universal".

O júri do galardão, instituído por uma fundação privada em conjunto com a Câmara Municipal de Odense, na Dinamarca, destacou que Rushdie é "um autor incomparável" e elogiou "a sua mescla de realismo global e fantasia de conto de fadas", que o aparenta com o célebre escritor dinamarquês (1805-1875) de histórias para crianças.

O prémio, no valor de 500 mil coroas dinamarquesas (67 mil euros), será entregue a Rushdie a 17 de agosto de 2014, numa cerimónia em Odense, terra natal do autor de O Soldadinho de ChumboA Pequena Sereia e A Roupa Nova do Rei.

O escritor anglo-indiano, nascido em Bombaim, em 1947 e educado na Grã-Bretanha, é mundialmente conhecido desde que o ayatollah Khomeini, do Irão, lançou contra ele, em 1989, uma fatuah (um édito religioso condenando-o à morte), por considerar o seu romance Os Versículos Satânicos uma blasfémia contra o Islão.

Na sua curta história, este galardão atribuído bienalmente distinguiu até agora o brasileiro Paulo Coelho, a britânica J.K. Rowling e a chilena Isabel Allende.

A escolha exclusiva de autores que obtiveram grande êxito de vendas originou, em diversas ocasiões, críticas no mundo literário dinamarquês, que pôs em causa os méritos literários de alguns dos galardoados. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 14:39
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 28 de Maio de 2013
Escritor Mia Couto ganha Prémio Camões

 

O vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o escritor moçambicano autor de livros como Raiz de Orvalho,Terra Sonâmbula A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991.

O júri justificou a distinção de Mia Couto tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, segundo disse à agência Lusa José Carlos Vasconcelos, um dos jurados.

A obra de Mia Couto, “inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”, acrescentou Vasconcelos. Além disso, conseguiu “passar do local para o global”, numa produção que já conta 30 livros, que tem extravasado as suas fronteiras nacionais e tem “tido um grande reconhecimento da crítica”. Os seus livros estão, de resto, traduzidos em duas dezenas de línguas.

Do júri, que se reuniu durante a tarde desta segunda-feira no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional, fizeram também parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989), os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.

Também em declaração à Lusa, Mia Couto disse-se "surpreendido e muito feliz" por ter sido distinguido com o 25º. Prémio Camões, num dia que, revelou, não lhe estava a correr de feição. “Recebi a notícia há meia hora, num telefonema que me fizeram do Brasil. Logo hoje, que é um daqueles dias em que a gente pensa: vou jantar, vou deitar-me e quero me apagar do mundo. De repente, apareceu esta chamada telefónica e, obviamente, fiquei muito feliz”, comentou o escritor, sem adiantar as razões.

O editor português de Mia Couto, Zeferino Coelho (Caminho), ficou também “contentíssimo” quando soube da distinção. “Já há muitos anos esperava que lhe dessem o Prémio Camões, finalmente veio”, disse ao PÚBLICO, lembrando que passam agora 30 anos sobre a edição do primeiro livro de Mia Couto em Moçambique, Raiz de Orvalho.

O escritor não virá à Feira do Livro de Lisboa, actualmente a decorrer no Parque Eduardo VII, porque esteve na Feira do Livro de Bogotá, depois foi para o Canadá e só recentemente voltou a Maputo. Zeferino Coelho espera que o autor regresse a Portugal na rentrée, em Setembro ou Outubro.

No entanto esta distinção não o vai desviar do seu novo romance, sobre Gungunhana, personagem histórico de Moçambique. "O prémio não me desvia. Estou a escrever uma coisa que já vai há algum tempo, um ano, mais ou menos, e é sobre um personagem histórico da nossa resistência nacionalista, digamos assim, o Gungunhana, que foi preso pelo Mouzinho de Albuquerque, depois foi reconduzido para Portugal e acabou por morrer nos Açores”, disse  Mia Couto, à agência Lusa. “Há naquela figura uma espécie de tragédia à volta desse herói, que foi mais inventado do que real, e que me apetece retratar”, sublinhou.

Nascido em 1955, na Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo). Integrou, na sua juventude, o movimento pela independência de Moçambique do colonialismo português. A seguir à independência, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompe os estudos e vira-se para o jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna,Tempo e Notícias, e também a Agência de Informação de Moçambique (AIM), de que foi director.

Em meados da década de 1980, regressa à universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.

"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.

Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impor o seu estilo muito próprio.

“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”

Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), O Outro Pé da Sereia (2006), Jesusalém (2009), ou A Confissão da Leoa (2012). A propósito dos seus últimos livros, o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem. [...] [público.pt]

 

Mia Couto foi o autor da semana, neste blog, a 13 de abril de 2012.

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 11:55
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 23 de Maio de 2013
A escrita concisa de Lydia Davis valeu-lhe o Man Booker Prize International 2013

 

A escritora americana Lydia Davis é sobretudo conhecida pelos seus pequenos escritos e breves narrativas. Esta quarta-feira à noite numa cerimónia em Londres recebeu o Man Booker International Prize.

Nasceu em 1947 e vive em Nova Iorque, onde além de ser conhecida e influenciar uma nova geração de escritores, traduz Proust e é professora de escrita criativa. A americana Lydia Davis recebeu o quinto Man Booker International Prize que distingue escritores vivos de todo o mundo. A sua obra desafia a classificação genérica e a escritora tem sido descrita como “mestre de uma forma literária" que advém em grande parte "da sua invenção”, lembrou o júri. A cerimónia de entrega do prémio foi quarta-feira à noite no Victoria & Albert Museum de Londres.

O júri também referiu as obras originais e filosóficas de Lydia Davis, embora curtas, exigiam tempo, talento e esforço e elogiou a habilidosa eficácia da sua escrita e a profundidade contida em poucas linhas. “A sua obra tem a precisão e a brevidade da poesia.” As suas histórias são por vezes surpreendentemente curtas não se estendendo por mais de duas ou três páginas, nota. Talvez por isso foi considerada "pouco esforçada", como ela própria conta com humor.

“Recentemente recusaram-me um prémio literário porque disseram que eu era preguiçosa.” Agora já não, anunciaram os membros do júri – Júri Sir Christopher Ricks (que preside), Elif Batuman, Aminatta Forna, Yiyun Li e Tim Parks – que a descrevem como uma inovadora e influente escritora.

Lydia Davis, que vive em Nova Iorque e é professora de escrita criativa na Universidade de Albany, é também conhecida por traduzir da língua francesa importantes clássicos como Madame Bovary de Gustave Flaubert de Du côté de Chez Swann, de Proust.

O prémio tem o valor de 60 mil libras (cerca de 70 mil euros) e é atribuído de dois em dois anos a um escritor no mundo por uma obra original em língua inglesa ou traduzida em inglês. É a quinta vez que ele é atribuído, depois de em 2005 o prémio ter distinguido o escritor albanês Ismail Kadaré, em 2007 o romancista nigeriano Chinua Achebe (entretanto falecido este ano), em 2009, a canadiana Alice Munro e em 2011 o americano Philip Roth em 2011.

Como devem os seus escritos ser classificados?, interroga-se o presidente do júri. Talvez não devam. Foram chamados de histórias mas são igualmente miniaturas, anedotas, ensaios, parábolas, fábulas, textos, aforismos ou ainda orações ou simplesmente observações, salienta Sir Christopher Ricks na declaração sobre a escolha que deixou de fora os outros nove escritores finalistas: Vladimir Sorokin, Marie N'Diaye, Yan Lianke, Marilynne Robinson, Aharon Appelfeld, Peter Stamm, Intizar Husain, Josip Novakovich ou U R Ananthamurthy. 

Um romance apenas – The End of the Story (1995) – integra a sua obra essencialmente composta de colecções de contos como Break it Down (1986),Almost no Memory (1997), e outras. Lydia Davis foi editada em Portugal pela Relógio d’Água.

Ao jornal brasileiro Folha de São Paulo, a escritora disse numa entrevista: “Tento ser tão concisa quanto posso ao expressar o que quero. Mas vale lembrar que Proust também acreditava na concisão. Se uma frase dele pode durar várias páginas, isso não significa que ele tenha dito mais do que necessitasse.” [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 15:18
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 17 de Maio de 2013
Autor da semana: Ondjaki

 

Ondjaki é o pseudónimo do escritor angolano Ndalu de Almeida, (Luanda, 1977).

Estudou em Luanda e concluiu licenciatura em sociologiaem Lisboa. Possuiexperiência na área do teatro e da pintura.

Em 2000, obtém o segundo lugar no concurso literário António Jacinto realizado em Angola, e publica o primeiro livro, Actu Sanguíneu.

Depois de estudar por seis mesesem Nova Iorquena Universidade de Columbia, filma com Kiluanje Liberdade o documentário Oxalá cresçam pitangas - histórias da Luanda.

As suas obras foram traduzidas para diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês.

Foi laureado pelo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2007, pelo seu livro Os da Minha Rua. Recebeu, na Etiópia, o prémio Grinzane por melhor escritor africano de 2008.

Em Outubro de 2010 ganhou, no Brasil, o Prémio Jabuti, na categoria Juvenil, com o romance AvóDezanove e o Segredo do Soviético. [ler mais]

 

 

 

 

Ondjaki vence prémio brasileiro de literatura para crianças e jovens

 

O livro A Bicicleta Que Tinha Bigodes, do autor angolano Ondjaki, foi escolhido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil brasileira como o melhor título destinado a crianças e jovens, relativo a 2012. Esta obra já tinha sido distinguida em Portugal com o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância.Ondjaki ficou satisfeito com esta nova distinção vinda do Brasil. “Fico contente. Por mim e por Angola. Ainda vivo essa fase de que partilho os meus prémios com o meu país ou com as crianças do meu país. É a segunda vez que sou distinguido com este prémio, e a emoção é a mesma. Emoção e honra. É bonito ver um livro angolano chegar a outras culturas”, disse ao PÚBLICO via email, a partir de Angola.  
A história parte da ideia de um concurso da Rádio Angola que iria oferecer uma bicicleta à criança que escrevesse a melhor redacção. “Mas isso é só uma desculpa”, disse o autor ao programa Ler+, Ler Melhor no início do ano passado. ( “A história é sobre a fantasia, a amizade e o acto da escrita”, acrescentou. São três crianças da mesma rua que procuram “o tio Rui” para as ajudar a redigir os textos para o concurso. Ele “é escritor e inventa estórias e poemas que até chegam a outros países muito internacionais”. Os bigodes da bicicleta (o guiador) fazem mesmo lembrar os dele.

Uma das crianças confessa às outras que não conseguiu fazer a redacção, mas escreveu uma carta. E levou-a à Rádio Angola. Ondjaki foca-se mais na busca do objectivo do que no sucesso. Por isso, quando fala na história, diz que as crianças ao longo do livro “vão desconseguindo”. Mas não se pense que é uma narrativa triste. O autor descreve-a assim: “É feliz, bonita, em torno da amizade, da criatividade. E não só entre as crianças, mas entre as crianças e os mais velhos.”

Ainda que haja universos comuns entre a sua infância e aqueles que busca nos seus trabalhos, este livro, diz o autor, é “o menos autobiográfico”. Mesmo se na sua própria história há uma rua de Angola, três crianças, uma avó, um escritor. “Eu vi tudo isso.”

No final, uma dedicatória: “O corpo deste texto é um abraço de amizade e de saudade: ao Luís Bernardo Honwana – esta minha Isaura é em homenagem à tua…; obrigado pela tua voz, pelo Cão Tinhoso, pelos olhos da tua Isaura; e ao Manuel Rui – tu sabes: (quase) todos nós, dos anos 80, somos um pouco a ficção e a realidade do teu Quem me Dera Ser Onda; obrigado pelo teu olhar também, em voz de contar e de dizer as nossas brincadeiras de rua, mais as estigas nas bermas da nossa língua toda desportuguesa...”

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil é a secção brasileira do International Board for Young People (IBBY) e atribui prémios desde 1975. O autor já tinha sido distinguido em 2010 na categoria romance, com Avó Dezanove e o Segredo do Soviético, também editado pela Caminho. “É um prémio de prestígio. Há uma comissão muito diversificada de leitura e avaliação. E são pessoas muito generosas que o fazem voluntariosamente”, escreveu Ondjaki na noite de quarta-feira.

Na categoria escritor revelação, a fundação distinguiu a escritora Tatiana Salem Levy, brasileira de ascendência portuguesa, que publicou o livro Curupira Pirapora, com ilustração e trabalho gráfico de Vera Tavares.

O livro, que remete para o folclore nacional brasileiro, recuperando a figura do Curupira – protector das florestas brasileiras –, foi editado em 2012 pela Tinta da China. [publico.pt]

 

 

 

 

  

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.

 



publicado por bibliotecadafeira às 16:48
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 16 de Maio de 2013
Nuno Júdice ganha prémio Rainha Sofia

 

O poeta português Nuno Júdice ganhou hoje o 22.º prémio Rainha Sofia de poesia ibero-americana, sucedendo assim a Ernesto Cardenal, da Nicarágua, a quem tinha sido atribuído o galardão no ano passado, de acordo com o "El País".

O escritor de 64 anos, que irá receber 42.100 euros, é homenageado com o prémio espanhol pelo conjunto da sua obra poética, desenvolvida há mais de três décadas, que constitui uma contribuição relevante ao património cultural ibero-americano.

O júri foi constituído por 18 personalidades ibero-americanas da área da filologia, da literatura e do ensaio literário, nas quais se incluíram os escritores portugueses António Lobo Antunes e José Manuel Mendes.

Até hoje, o prémio Rainha Sofia, que é entregue há 22 anos, só tinha sido entregue a uma portuguesa: Sophia de Mello Breyner, em 2003. [expresso.pt]


Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 17:23
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 29 de Abril de 2013
Jerónimo Pizarro vence Prémio Eduardo Lourenço

 

Enquanto o poeta Gastão Cruz e a escritora Inês Pedrosa falavam na Universidade de los Andes, em Bogotá, na Colômbia, sobre a sua vida e a sua obra, o comissário da representação portuguesa na Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBO), o académico e investigador Jerónimo Pizarro estranhamente saía da sala para atender telefonemas. No final da sessão foi resolvido o mistério: o especialista em Fernando Pessoa, colombiano com nacionalidade portuguesa, estava a receber telefonemas de Portugal a anunciar-lhe que lhe tinha sido atribuído o Prémio Eduardo Lourenço, que está na nona edição, tem o valor de 10 mil euros e é atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).

Embora Jerónimo Pizarro, 36 anos, não soubesse muitos pormenores sobre o prémio e ainda estivesse a recuperar da surpresa quando o PÚBLICO falou com ele em Bogotá, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, justificou à agência Lusa que o comissário da presença portuguesa na FILBO, tem sido "um incansável investigador, trabalhador e divulgador de Portugal na Colômbia" e "da cultura de Portugal no espaço ibero-americano", justificou.

Jerónimo Pizarro é professor da Universidade dos Andes, titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa. "Também tem este aspecto interessante de estar muito ligado à obra de Fernando Pessoa, que é manifestamente uma das inspirações principais do professor Eduardo Lourenço e, além disso, representa uma abertura à América Latina, que ainda não tinha havido oportunidade de fazer aqui, nos Prémios Eduardo Lourenço", concluiu o reitor à Lusa.

"Considero o Eduardo Lourenço o maior ensaísta da língua portuguesa e a figura que representa o pensamento português no século XX. Um prémio que homenageia a figura do Eduardo Lourenço só pode ser uma máxima distinção", disse ao PÚBLICO Jerónimo Pizarro, algumas horas depois.

O prémio anual, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI, foi instituído em 2004, para distinguir personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, diz a Lusa. Além do reitor da Universidade de Coimbra, o júri que decidiu na sexta-feira a atribuição do Prémio Eduardo Lourenço era formado, entre outros, pela vice-reitora da Universidade de Salamanca, Maria Serrano, pelo vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento, pelo físico Carlos Fiolhais e Simonetta Luz Afonso, a museóloga que já dirigiu o Instituto Camões.

A sessão de entrega do prémio terá lugar no dia 7 de Junho, na Guarda, inserido nas comemorações dos 90 anos de Eduardo Lourenço e no âmbito de uma conferência sobre "Portugal e o seu Destino". O Prémio Eduardo Lourenço teve a sua primeira edição em 2004 e já distinguiu Maria Helena da Rocha Pereira, catedrática jubilada da Universidade de Coimbra na área da Cultura Greco-Latina, o jornalista espanhol Agustín Remesal, a pianista Maria João Pires, o poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, o penalista Jorge Figueiredo Dias, os escritores César António Molina e Mia Couto, e o teólogo José María Martín Patino. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:24
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 10 de Abril de 2013
Prémio Jellicoe para as "utopias" de Gonçalo Ribeiro Telles

 

O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi esta quarta-feira distinguido com o Nobel da Arquitectura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, pela federação internacional do sector.

 

O prémio, segundo a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP), "representa a maior honra que a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA) pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão de Arquitectura Paisagista".

Gonçalo Ribeiro Telles estava, “evidentemente”, muito satisfeito como prémio e disse ao PÚBLICO que espera que chame a atenção para muitos dos problemas que o levaram a receber o prémio: "Problemas que têm preenchido a minha vida e que eram entendidos como utopias.” Depois, ri-se, e diz que o prémio é uma “couraça”, uma defesa que lhe vai permitir continuar a dizer o mesmo, agora com reconhecimento internacional.

Da sua vida profissional, o arquitecto paisagista destaca o estabelecimento em 1983 das reservas agrícola e ecológica nacionais, “figuras de planeamento que deviam estar incluídas com mais sapiência no ordenamento do território” e “a defesa de uma agricultura em função do território e da instalação das pessoas”.

Ribeiro Telles diz que temos “uma paisagem policultural de grande valor e expressão”, mediterrânica, que sofreu “anos e anos de uniformização como se não houvesse uma história”. “Houve uma ocupação do território abusiva e uma degradação do solo para benefício da especulação urbana e das culturas extensivas”. Ribeiro Telles denunciou, e continua a denunciar com a mesma energia, “a eucaliptização do país” e quando falamos de floresta ou de política para a floresta, uma palavra que não é nossa, prefere falar de “mata”, de “silvicultura”, “agricultura”, “regadio”, “montado”, “souto”. “Tudo isso é apagado por uma visão economicista”. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 17:01
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 18 de Março de 2013
Toyo Ito é o novo Pritzker e o prémio vai outra vez para um arquitecto japonês

O arquitecto japonês Toyo Ito, de 71 anos, é o novo Prémio Pritzker de Arquitectura, anunciou no domingo a Fundação Hyatt, o mecenas que dá aquele que é conhecido como o Nobel da profissão.

Ito é o sexto arquitecto japonês a receber aquela que é a mais importante distinção na área da arquitectura, depois de Kenzo Tange em 1987, Fumihiko Maki em 1993, Tadao Ando em 1995 e a dupla Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa em 2010.

O presidente do júri, Lord Palumbo, explicou a escolha deste ano, citado pelo comunicado do Pritzker: “Ao longo da sua carreira, Toyo Ito foi capaz de produzir um corpo de trabalho que combina inovação conceptual com edifícios soberbamente executados. Criando uma arquitectura fantástica há mais de 40 anos, ele fez com sucesso bibliotecas, casas, parques, salas de concerto, lojas, edifícios de escritórios e pavilhões, tentando, de cada vez, alargar os limites da arquitectura. Um profissional de talento único, dedicou-se ao processo da descoberta que encontra nas possibilidades que há em cada encomenda e em cada sítio.”

Toyo Ito, que em 2002 recebeu em ex aequo com o arquitecto português Álvaro Siza o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, comentou assim o prémio, citado pelo comunicado: “A arquitectura está limitada por vários constrangimentos sociais. Tenho desenhado arquitectura procurando fazer espaços mais confortáveis, tentando libertar-me de todos as restrições, nem que seja por um momento. Mas, quando um edifício está terminado, eu torno-me consciente, de uma forma dolorosa, da minha desadequação, e isso transforma-se em energia para o desafio do próximo projecto. Assim, eu nunca terei um estilo fixo e nunca estarei satisfeito com o meu trabalho.” 

 

Edifícios intemporais 
O comunicado do júri continua, dizendo que Ito é um criador de "edifícios intemporais", que ao mesmo tempo desafiam novos caminhos: "Os seus projectos de arquitectura têm um ar de optimismo, leveza e alegria, e estão impregnados de uma qualidade única e de uma universalidade." O júri deu-lhe o prémio por estas razões "e pela síntese que faz da estrutura, do espaço e da forma, criando espaços inovadores, pela sensibilidade à paisagem, por emprestar aos seus desenhos uma dimensão espiritual e pela poética que transcende todos os seus trabalhos". [ler mais]

 

Títulos sobre arquitectos japoneses, disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:35
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 7 de Março de 2013
Gonçalo M. Tavares nomeado para prémio norte-americano


 

"A Máquina de Joseph Walser" é um dos 25 livros nomeados para o Prémio de Melhor Livro de Ficção Traduzido nos Estados Unidos em 2012. 

O livro de Gonçalo M. Tavares, "A Máquina de Joseph Walser", figura entre as 25 obras nomeadas para o Prémio de Melhor Livro de Ficção Traduzido nos Estados Unidos em 2012, atribuído pelo blogue 'Three Percent' , com o patrocínio da Amazon. O prémio tem o valor pecuniário de cerca de 3800 euros, a repartir pelo autor e o tradutor.

"Consideramos estas duas qualidades (a autoria e a tradução) inseparáveis. Ou seja, um grande livro com uma má tradução não vencerá, assim como não vencerá um mau livro com uma tradução espetacular", refere o blogue 'Three Percent', a propósito dos prémios que atribui desde 2007.

Rhett McNeil é o responsável pela tradução para inglês do livro de Gonçalo M. Tavares, publicado nos Estados Unidos pela Dalkey Archive Press e que em Portugal está editado pela Caminho.

 

Segunda nomeação internacional

Entre os 25 nomeados de 19 países, encontram-se obras escritas originalmente em 13 línguas diferentes. Para além do livro de Gonçalo M. Tavares, encontra-se ainda outra obra traduzida do português, "Um Sopro de Vida, da brasileira Clarice Lipector.

Os finalistas serão anunciados a 10 de abril e a atribuição dos prémios ocorrerá a 4 de maio, em Nova Iorque.

A nomeação surge depois "Aprender a Rezar na Era da Técnica", outra obra de Gonçalo M. Tavares, ter surgido entre os 154 livros de 44 países nomeados para o irlandês IMPAC Dublin Award. [expresso.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 15:54
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2013
Hélia Correia vence Prémio Correntes d’Escritas

 

O livro A Terceira Miséria (edição Relógio d’Água) valeu a Hélia Correia o Prémio Literário Correntes d’Escritas – Casino da Póvoa, anunciado na manhã desta quinta-feira na Póvoa de Varzim, a abrir o programa oficial da 14ª edição deste festival literário.

 O júri do prémio – constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, José Mário Silva e Patrícia Reis (que esteve ausente da reunião final do júri realizada na quarta-feira, mas enviou o seu voto) - considerou que o livro de Hélia Correia, “mais do que um conjunto de poemas, é um longo poema construído a partir da matriz clássica europeia para reflectir sobre questões fundamentais do Ocidente”.

O prémio, no valor de 20 mil euros, era este ano destinado à poesia, em alternância com a literatura.[publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 12:52
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013
Hélia Correia distinguida com Prémio Vergílio Ferreira 2013 pela Universidade de Évora

 

O Prémio Vergílio Ferreira 2013, instituído pela Universidade de Évora, foi atribuído à autora de Lillias Fraser pelo conjunto da sua obra.

Este prémio de natureza universitária, foi criado em 1997 para homenagear o escritor que lhe dá o nome e pretende distinguir o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes, no âmbito da narrativa e do ensaio. Tem carácter anual e vai ser entregue a Hélia Correia numa cerimónia pública, na sala de actos da Universidade de Évora, a 1 de Março, data da morte de Vergílio Ferreira.

 Nascida em Fevereiro de 1949, Hélia Correia é licenciada em Filologia Românica e professora de Português do ensino secundário, tendo também feito um curso de Pós-graduação em Teatro Clássico. Além da dedicação à escrita, nas áreas da ficção, como A Terceira Miséria (2012), poesia e teatro, Hélia Correia também fez diversas traduções. A escritora recebeu o Prémio PEN Club 2001, atribuído a obras de ficção, pelo romance Lillias Fraser, e, em 2006, o Prémio Máxima de Literatura, pela obra Bastardia.

O Prémio Vergílio Ferreira, no valor de cinco mil euros, foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, seguindo-se Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Agustina Bessa-Luís, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, Luísa Dacosta, Maria Alzira Seixo e José Gil (em 2012). [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 10:39
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2013
Músico da semana: Mumford & Sons

 

 

Mumford & Sons é uma banda britânica de folk rock formada em 2007, surgindo de um fenómeno que alguns da media local chamavam de “cena folk do oeste de Londres”, junto com artistas como Laura Marling, Johnny Flynn e Noah and the Whale.

O grupo gravou um EP, Love Your Ground, e começou uma turnê no Reino Unido para ganhar audiência para sua música, ganhando suporte para um eventual álbum. O álbum de estreia, Sigh No More, foi lançado no Reino Unido em outubro de 2009, e em fevereiro de 2010 nos Estados Unidos. O disco chegou à segunda colocação da UK Álbum Chart e chegou ao Bilboard 200 na América. [ler mais]

 

 

 

 

  

Mumford & Sons continuaram a invasão britânica dos Grammys

 

Numa cerimómia de celebração da indústria e aparato coreográfico, Adele passou o testemunho aos Mumford & Sons, que venceram o Grammy para Álbum do Ano.

À 55ª edição, já sabemos o que esperar dos Grammys. Uma festa da indústria musical que se deseja grandiosa em ecrã televisivo, celebradora da sua história e das suas estrelas e conservadora perante um universo musical que, na última década se transformou radicalmente.

Na cerimónia no Staples Centerem Los Angeles, na noite de domingo, transmitida pela CBS, tivemos, em resumo, aparato coreográfico: Taylor Swift deu o mote, logo a abrir, com We are never ever getting back together em modo Cirquedu Soleil.

Auto-celebração: várias estrelas em palco para homenagear os desaparecidos MCA, dos Beastie Boys, Levon Helm, dos The Band, e o mito reggae Bob Marley. Ah, e claro, os premiados: os Black Keys festejaram três vezes nas categorias rock, os Mumford & Sons, por Babel, levaram o Grammy mais desejado, o de Álbum do Ano, e os Fun. acumularam as distinções de Melhor Novo Artista e Canção do Ano, por We are young.

No ano passado, Adele foi a rainha da noite, no que foi a confirmação da ascensão da britânica ao topo do estrelato nos Estados Unidos. Este ano, aBritish Invasion, notoriamente mais serena que a original protagonizada por Beatles ou Rolling Stones, teve continuidade. E foi a própria Adele, ela mesma vencedora de um Grammy na noite de ontem para Melhor Performance Pop a Solo (para a versão ao vivo de Set fire to the rain), que passou o testemunho. Foi das suas mãos que Marcus Mumford, dos Mumford & Sons, recebeu o galardão de Álbum do Ano – Babel, com 1,7 milhões de cópias, foi o quarto álbum mais vendido nos Estados Unidos em 2012. . “Pensámos que não iríamos ganhar nada porque os Black Keys têm varrido tudo, e merecidamente”, declarou, bem-humorado, o vocalista.
Antes do início da cerimónia, um tema dominava ainda as conversas. Dias antes, a CBS emitira um memorando aos artistas, recomendando, neste mundo pós mamilo exposto por Janet Jackson no Super Bowl de 2010, contenção na exposição de pele às câmaras. As transparências dos vestidos de D’manti ou da Destinys Child Kelly Rowland, tal como o ombro e a coxa de Jennifer Lopez, foram uma pequena subversão das regras e geraram alguns comentários quando da passagem na passadeira vermelha. Mas Grammys e subversão são, claramente, palavras que não combinam. Ainda para mais este ano Kanye West, o mais célebre espalha brasas em cerimónias televisivas, não esteve presente no Staples Center – coube a Jay-Z recolher os três Grammys (Melhor Colaboração Rap por No church in the wild; Melhor Performance Rap e Melhor Canção Rap para Niggas in Paris) que lhes rendeu a colaboração no álbum Watch the throne.
Num espectáculo televisivo há muito padronizado, o que nos lega mais um cerimónia dos Grammys? Enquanto curiosidade, temos o ar embevecido de Gotye ao receber o prémio de Gravação do Ano, para Somebody that I used to know, das mãos de um Prince de capuz. Na categoria “directamente para o Youtube” entrarão os Black Keys, acompanhados por duas lendas de Nova Orleães, a Preservation Hall Jazz Band e o mítico Dr John, vestido no seu melhor fato e chapéu de feiticeiro, na interpretação de Lonely boy. Ou Alicia Keys a tocar bateria na sua Girl on fire e o sempre fervilhante Jack White. E certamente Justin Timberlake, que apresentou Suit & tie, primeiro single do seu novo álbum (Jay-Z deu uma ajuda), e revelou outra das novas canções,Pusher love girl, acompanhado por uma big band, JT and the Tenessee Kids, e inserido num cenário de big band dos anos 1940 – para o efeito ser total, os telespectadores viram durante alguns minutos a imagem deixar as cores e passar a sépia e preto e branco.
No caso de Justin Timberlake, assistiu-se ao profissionalismo cool, pensado ao pormenor, nele habitual. No caso de Frank Ocean, uma das revelações do ano com o épico soul/r&b channel orange – primeiro vencedor de uma nova categoria, Melhor Álbum Contemporâneo de Urban Music -, tivemos o oposto. De fato amarelo e fita na cabeça a condizer, arriscou uma versão modificada deForrest gump, falhou um par de notas e o louvor ficou reservado, mais que para a interpretação, para a vontade de introduzir alguma dose de risco na cerimónia.
Os Grammys 2013, os Grammys de sempre. Celebrou-se o sangue novo da indústria exangue. E registaram-se fotos de família nas homenagens a nomes que a ajudaram a construir. Aconteceu no encontro intergeracional de Elton John, T Bone Burnett e Mavis Staples com Brittany Howard, dos Alabama Shakes, ou membros Mumford & Sons, para recordar Levon Helm, o baterista da The Band, ao som de The Weight. Aconteceu quando Sting, Bruno Mars, Rihanna, Ziggy e Damian Marley se uniram para recordar o nome mais famoso do reggae. Ou, já no final, com o apresentador LL Cool J a chamar Chuck D, dos Public Enemy ou Tom Morello, dos Rage Against the Machine, para evocar Adam “MCA” Yauch, com No sleep till Brooklyn. Enquanto cantavam, a CBS passava os créditos finais da transmissão. “Business as usual”. Para o ano há mais. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:48
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2013
Autor da semana: Eduardo Palaio

 

Eduardo Palaio nasceu em Sintra, em 1942.
Em 1961 iniciou a sua atividade artística, pelo desenho de humor tendo publicado trabalhos, como colaborador, no Mundo Ri, sob a direção de José Vilhena.
Em 1966 expõe pela primeira vez trabalhos de desenho e pintura. [ler mais]

 

 

Eduardo Palaio recebe Prémio Camilo Castelo Branco


O escritor Eduardo Palaio recebe, no dia 22, às 10:30, na Casa de Camilo,em S. Miguel de Seide, em Famalicão, o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, no valor de 7.500 euros.

Eduardo Palaio venceu por unanimidade a 21.ª edição do prémio com a obra "Caixa Baixa", conforme foi anunciado em junho último.

"Caixa Baixa" reúne cinco contos históricos de Eduardo Palaio e já tinha valido ao autor o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, em 2010.

O júri do Grande Prémio do Conto foi constituído por Domingos Lobo, Francisco Duarte Mangas, Serafina Martins e Fernando Miguel Bernardes.

Instituído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o patrocínio do Município de Vila Nova de Famalicão, este prémio distingue anualmente uma obra em língua portuguesa, de um autor nacional ou de um país da lusofonia.

Eduardo Palaio iniciou a sua atividade artística pelo desenho de humor, publicando trabalhosem Mundo Ri, sob direção José Vilhena, e em 1966 expôs, pela primeira vez, trabalhos de desenho e pintura.

Nos anos 1970 e 1980, publicou regularmente "cartoons" num semanário e, entre 1982 e 2000, apresentou nove exposições individuais de pintura e participou em várias coletivas. É autor de nove murais no concelho do Seixal.

Antes de "Caixa Baixa", publicou as obras "5 Séculos de Tipografia", "Peregrinação de Artur Vilar", "Botas, buques e bicicletas, Comer fora, Faz sentido", "Pinta-o às Bolinhas Azuis" e "Uma História para os Meninos".

Desde a sua instituição, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco distinguiu escritores como Mário de Carvalho, Teresa Veiga por duas vezes, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria e José Eduardo Agualusa. [dn.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 15:22
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013
Escritora Hilary Mantel ganha prémio Costa

 

É caso para dizer “tragam mais prémios”. O júri não teve dúvidas na hora de justificar por que razão atribuía o prestigiado Costa Book of the Year a Bring Up the Bodies, de Hilary Mantel: “É simplesmente o melhor livro.” A escritora inglesa, que para muitos reinventou o romance histórico com o humor negro que todos lhe reconhecem, ganhou terça-feira, por unanimidade, o mais importante dos prémios da galáxia Costa, batendo os outros quatro concorrentes. O romance que lhe valeu agora 30 mil libras (35 mil euros), o mesmo com que ganhou o seu segundo Man Booker no ano passado, é o segundo de uma trilogia que tem por pólo de atracção Thomas Cromwell, o filho de um ferreiro que ascendeu à condição de duque de Essex, tornou-se o braço direito de Henrique VIII e acabou no cadafalso. A trilogia de Mantel, que neste segundo livro se centra, sobretudo, na figura de Ana Bolena, uma das muitas mulheres do rei de Inglaterra, e na sua família, foi já muito premiada. O livro que a abre, Wolf Hall (ed. Civilização), garantiu à autora o seu primeiro Man Booker. A sequela deu-lhe o segundo (foi a primeira mulher a receber esta distinção duas vezes), mais um Costa. O último, que vai chamar-se The Mirror & the Light e cuja publicação no Reino Unido está prometida para o próximo ano, gera, como seria de esperar, muitas expectativas. Respondendo aos que a criticam por ganhar prémios de mais e abafar outros escritores talentosos, Mantel disse ao receber o prémio que não tenciona pedir desculpa. “Obrigada aos jurados por não terem deixado que ninguém lhes dissesse como deviam fazer o seu trabalho.” Em palco, e segundo a BBC, a escritora acrescentou ainda: "Não estou arrependida, estou feliz e farei questão de tentar escrever mais livros que mereçam mais prémios." O júri dos prémios Costa, que anualmente distinguem livros de autores a viver no Reino Unido e na Irlanda, em cinco categorias (poesia, literatura infantil, biografia, romance e primeiro romance), precisou de uma hora para deliberar. Aos jornalistas, a presidente do júri, Jenni Murray, revelou que chegou a ser tido em consideração que Bring Up the Bodies tinha já recebido o Man Booker, mas isso acabou por não pesar na hora de escolher o livro do ano. “Não podíamos permitir que o número de vezes que já foi premiado afectasse a nossa decisão”, disse Murray, elogiando a escrita de Mantel: “A sua prosa é tão poética, tão bela, tão inserida no tempo a que se refere que sabemos exactamente onde estamos e com quem estamos. Mas é também incrivelmente moderna. Moderna na sua análise da política. Todos sentimos que havia coisas [no romance] que tinham ficado na nossa cabeça e nas quais vamos pensar durante muito tempo.” Na corrida ao livro do ano dos prémios Costa, Mantel deixou para trás James Meek, Stephen May e Joff Winterhart. “Já escrevia há muitos anos e, ou não era sequer referida nos prémios, ou era uma eterna candidata”, disse Mantel, citada pelo diário britânico The Independent. “As coisas mudaram muito. Sinto que a minha sorte mudou, mas isso não é verdade. O que mudou foi aquilo em que estou a trabalhar” – a trilogia à volta de Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII quando o monarca decide romper relações com Roma para poder casar com Ana Bolena. Apesar de estar já a escrever o último livro, Mantel garante que ainda não se cansou do protagonista: “Devia ter percebido que Thomas Cromwell era maior do que eu. É como se tivesse renascido com vontade de conquistar.” Pela primeira vez na história dos prémios Costa, que começa em 1971 com os Whitbread Literary Awards, os vencedores nas cinco categorias são mulheres: o prémio para a biografia foi atribuído a um romance gráfico, Dotter of Her Father’s Eyes, escrito por Mary Talbot e com ilustrações do seu marido, Bryan; o romance de estreia distinguido pertence a Francesca Segal (The Innocents); Sally Gardner ganhou na literatura para crianças com Maggot Moon; e Kathleen Jamie na poesia com The Overhaul (cinco mil libras para cada).

Bring Up the Bodies vai ser publicado em Portugal pela Civilização esta Primavera. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 15:36
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2013
Vasco Graça Moura, Camané, Daniel Jonas e Miguel Gomes distinguidos com Prémio Europa

 

Os escritores Vasco Graça Moura e Daniel Jonas, o realizador Miguel Gomes, e o fadista Camané foram distinguidos com o Prémio Europa - David Mourão Ferreira 2010-2012, anunciou hoje o Instituto Camões.

e acordo com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (CICL), estas são as personalidades galardoadas nas duas categorias que compõem o prémio: Mito e Promessa

Este galardão, atribuído pelo Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão-Ferreira da Universidade de Bari Aldo Moro e do CICL, foi criado em homenagem ao autor português David Mourão Ferreira (1927-1996).
O objetivo é contribuir para a divulgação da língua e da cultura portuguesa nos países da União Europeia e do Mediterrâneo, segundo o instituto.
Na categoria Mito, que visa galardoar a carreira de uma personalidade eminente da cultura lusófona que se tenha distinguido no campo das letras e das artes, os premiados foram o escritor e poeta Vasco Graça Moura e o fadista Camané.

Na categoria Promessa, que premeia obras de uma personalidade emergente no campo artístico, os distinguidos são Daniel Jonas, na literatura, e Miguel Gomes, no cinema.
Em edições anteriores, este prémio distinguiu Manoel de Oliveira e Frederico Lourenço, Mário Soares e Jacinto Lucas Pires.

Esta distinção, lançada em 2006 e atribuída de dois em dois anos, teve o patrocínio e o apoio da Câmara Municipal de Bari, da Regione Puglia, da Fondazione Cassa di Risparmio di Puglia, das Embaixadas do Brasil e de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Oriente e da TAP, envolvendo várias entidades nacionais e estrangeiras.
A cerimónia de entrega do Prémio Europa - David Mourão-Ferreira 2010-2012 realiza-se em Itália no dia 2 de Maio, na Aula Magna da Universidade de Bari Aldo Moro.

O CICL é um instituto público tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que tem por missão propor e executar a política de cooperação portuguesa e a política de ensino e divulgação da língua e cultura portuguesas no estrangeiro. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 18:00
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013
Autor da semana: Maria do Rosário Pedreira



Maria do Rosário Pedreira (Lisboa, 1959) é editora e escritora.

Desempenha actualmente funções no grupo Leya, depois de ter passado pela editora QuidNovi, pela Temas & Debates e pela Gradiva. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Universidade de Lisboa em 1981, foi professora de Português e Francês (durante cinco anos), actividade que a influenciou decisivamente a escrever para um público jovem. [ler mais]

 

 

  

Prémio para a poesia de Maria do Rosário Pedreira

 

O Prémio Literário Fundação Inês de Castro distingue este ano Maria do Rosário Pedreira, pelo seu livro "Poesia reunida - A ideia do fim" (Quetzal Editores), anunciou a fundação no seu site oficial.

A obra distinguida reúne os volumes anteriormente publicados pela autora, "A Casa e o Cheiro dos Livros", "O Canto do Vento nos Ciprestes" e "Nenhum Nome Depois", além do inédito "A Ideia do Fim". Maria do Rosário Pedreira é editora, dedicando-se hoje à descoberta e divulgação de novos autores portugueses. A sua poesia está representada em numerosas antologias e revistas portuguesas e estrangeiras, tendo recebido diferentes prémios literários.

O júri do prémio - composto por José Carlos Seabra Pereira (presidente), Mário Claúdio, Fernando Guimarães, Frederico Lourenço e Pedro Mexia - decidiu ainda distinguir a obra de Almeida Faria com o Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2012. Para além de romancista, Almeida Faria é autor de ensaios, contos e peças de teatro.

A cerimónia de entrega do prémio irá realizar-se no dia 2 de março, na Quinta das Lágrimas,em Coimbra. Apremiada vai receber um troféu de prata e pedra, da autoria do escultor João Cutileiro.

Esta é a sexta edição do prémio anual, que antes distinguiu Pedro Tamen, Teolinda Gersão, José Tolentino de Mendonça, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares pelo livro "Uma viagem à Índia" (2011). [dn.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 16:53
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2013
Arquiteto Souto de Moura distinguido com Prémio Wolf

 

O arquiteto Eduardo Souto de Moura foi anunciado hoje em Telavive como um dos galardoados com o Prémio Wolf, atribuído pela fundação homónima israelita, noticia a AP.

A atribuição deste prémio foi justificada com os contributos do arquiteto português para o ofício e as ideias da arquitetura.

Os vencedores deste prémio são considerados fortes candidatos aos prémios Nobel, uma vez que um em cada três dos distinguidos ao longo de 34 anos nas áreas de química, física e medicina vieram a ser galardoados com aqueles prémios.

Foram ainda premiados mais sete cientistas dos EUA, Alemanha e Áustria, que vão dividir cem mil dólares em cada uma das categorias em que a distinção é atribuída.

Desde 1978 que têm sido atribuídos cinco ou seis prémios anualmente no campo das ciências, designadamente agricultura, química, matemática, medicina e física.

Nas artes, há uma rotação anual entre as disciplinas de arquitetura, música, pintura e escultura.

Este prémio já tinha sido atribuído a outro português, o também arquiteto Álvaro Siza Vieira, em 2001.

O Presidente israelita, Shimon Peres, vai entregar os prémios em maio. [dn.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 16:58
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012
Prémio Leya 2012 para Nuno Camarneiro

À quarta edição o Prémio Leya (100 mil euros) vai pela segunda vez para um autor português: Nuno Camarneiro, de 35 anos, vence com Debaixo de Algum Céu.

Camarneiro tinha já uma obra publicada com a Leya, intitulada No Meu Peito Não Cabem Pássaros. A obra vencedora deverá ser publicada em Março e foi escolhida “por unanimidade” por um júri presidido por Manuel Alegre. Na conferência da manhã desta segunda-feira estiveram também Isaías Gomes Teixeira, presidente executivo da Leya, e João Amaral, director-coordenador das Edições Gerais da Leya. 

O prémio, no valor de 100 mil euros, é dado pelo grupo editorial Leya, um dos maiores grupos editoriais portugueses que reúne mais de uma dezenas de editoras e chancelas de Portugal, Angola, Moçambique e Brasil. O objectivo do prémio é distinguir um romance inédito escrito em português

O último prémio foi atribuído à primeira obra de João Ricardo Pedro, autor do romance O Teu Rosto Será o Último, um engenheiro electrónico, de 38 anos, que estava desempregado. O prémio, de 100 mil euros e que é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa, foi criado em 2008 e nas duas primeiras edições foi conquistado pelo brasileiro Murilo Carvalho e pelo moçambicano João Paulo Borges Coelho. 

Enquanto analisa os inéditos, o júri não sabe por quem foram escritos, se são homens ou mulheres, se são iniciados ou consagrados. Só depois de a obra estar escolhida é que se abrem os envelopes com a identidade de quem concorreu. O júri do Prémio LeYa 2012, presidido por Manuel Alegre, é ainda constituído pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, por José Carlos Seabra Pereira, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo. [publico.pt]



publicado por bibliotecadafeira às 12:05
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2012
Autor da Semana: Richard Zenith

Richard Zenith é natural de Washington DC, obteve a licenciatura em Letras (BA) na University of Virginia. Viveu na Colômbia, no Brasil e em França antes de se radicar em Lisboa, em 1987. Trabalha, em regime de freelancer, como escritor, tradutor, investigador e crítico. Fala e escreve Inglês, Português, Italiano, Francês e Espanhol. Conferencista sobre Fernando Pessoa, tradução literária e outros temas. Editor da secção portuguesa de www.poetryinternational.org entre 2003 e 2005, continua a colaborar para o sítio como tradutor. 
Colabora com a Assírio & Alvim desde 1998, ano em que publicou a sua edição do «Livro do Desassossego», de Bernardo Soares. De lá para cá tem sido o responsável pela edição de muitos livros de Fernando Pessoa nesta editora, sendo o mais recente «Teoria da Heteronímia», de 2012, em colaboração com Fernando Cabral Martins.[ler mais]

 

Richard Zenith vence Pessoa 2012

 

Escritor, tradutor e crítico literário, Richard Zenith é responsável pela tradução para inglês de autores como Camões, Sophia de Mello Breyner ou Antero de Quental. E, claro, de Fernando Pessoa.
Tem 56 anos, nasceu em Washington mas vive em Portugal (Carrapateira) há 25 anos, os últimos cinco já com dupla nacionalidade, e é um dos mais consagrados tradutores das obras de autores portugueses.

Richard Zenith, hoje distinguido com o Prémio Pessoa 2012, já tinha sido premiado anteriormente pelo Penn Club, pela Gulbenkian ou pela Academy of American Poets pelos seus trabalhos de tradução de autores como Luis de Camões, Sophia de Mello Breyner ou António Lobo Antunes. E, claro, de Fernando Pessoa um dos autores maiores da cultura portuguesa e de quem Zenith é um dos maiores divulgadores.

Este ano, Richard Zenith foi um dos curadores da exposição "Fernando Pessoa, Plural como o Universo", que decorreu entre fevereiro e maio na Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra, que passou antes pelo Rio de Janeiro e São Paulo, foi um marco na divulgação da vida e obra do autor do "Livro do Desassosego". E um recorde absoluto de visitantes. [expresso.pt]

 


Paixão pelo conhecimento

Este ano, o júri do Prémio Pessoa decidiu distinguir Richard Zenith. Na ata que justifica a escolha, salienta-se o facto de o autor ter "posto o conhecimento acumulado ao longo de décadas ao serviço disciplinado e metódico de uma paixão". "Com lucidez, Richard Zenith é, não apenas um editor da obra pessoana, um explicador da heteronímia, mas também o grande tradutor da sua poética para a língua inglesa", acrescenta.

A atribuição, pela primeira vez do Prémio Pessoa a um cidadão português nascido no estrangeiro foi explicado pelo júri. Francisco Pinto Balsemão sublinhou que "não catalogamos os portugueses em diferentes categorias. Richard Zenith é tão português como qualquer um de nós". Para o júri, Zenith "tornou-se cidadão de Portugal, por dedicação e louvor a uma obra, a de Fernando Pessoa, uma literatura, a nossa, e uma língua, a portuguesa".

Numa iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, o prémio tem o valor de 60 mil euros e visa destacar personalidades da Cultura, Artes ou Ciência cuja obra, num determinado ano, tenha obtido destaque no panorama nacional.

O júri foi, este ano, constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente) e Faria de Oliveira (vice-presidente). É ainda composto por Clara Ferreira Alves, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, António Barreto, Rui Baião, Rui Vieira Nery, Diogo Lucena, João Lobo Antunes e José Luis Porfírio. Viriato Soromenho Marques integrou, pela primeira vez, o elenco de jurados. [expresso.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 18:00
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 27 de Novembro de 2012
Valter Hugo Mãe é o grande vencedor do Prémio Portugal Telecom 2012

 

O romancista Valter Hugo Mãe, o poeta Nuno Ramos e o contista Dalton Trevisan são os vencedores da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, que foi anunciado em S. Paulo, nesta segunda-feira à noite.

Valter Hugo Mãe é o grande vencedor da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor português recebeu esta noite numa cerimónia que decorreu no Auditório Ibirapuera, em S. Paulo, no Brasil, o prémio na categoria de melhor romance com a A Máquina de Fazer Espanhóis e também foi o vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012.

"Muito obrigado. É uma honra ser finalista com todos esses escritores com quem fui finalista, estava convencido que Bernardo Kucinski [académico brasileiro que escreveu K., um primeiro romance que se passa na época da ditadura e que recebeu uma menção honrosa] ia ganhar", disse o escritor português, emocionado quando recebeu o prémio de melhor romance das mãos do vice-presidente da PT Brasil, Abílio Martins.

Mais tarde voltou ao palco para receber o grande prémio da noite. "Tenho de falar devagar para não me comover. Cresci a escrever muito, mas não achava que ser escritor era algo que eu pudesse ser. Agradeço que subitamente eu possa estar mais perto de vocês, mas se calhar mais perto de mim", disse o escritor.

Também eram finalistas na categoria de romance o brasileiro Michel Laub, com Diário da Queda (que irá ser publicado em Portugal pela Tinta da China no próximo ano) e o brasileiro de ascendência argentina, Julián Fuks, com Procura do Romance.

O artista brasileiro multimédia Nuno Ramos venceu a categoria de poesia com a obra Junco. O escritor, que já foi vencedor do Prémio Portugal Telecom 2009 com Ó, agradeceu à mulher, Sandra, que fez os desenhos deste livro, "uma espécie de cena original de tudo o que ele faz". Na categoria de poesia concorriam ao prémio o poeta português Gastão Cruz, com o livro Escarpas e Zulmira Ribeiro Tavares (Vesúvio), e ainda jovem poeta mineira Ana Martins Marques (Da Arte das Armadilhas).

O Prémio Camões 2012, o escritor brasileiro Dalton Trevisan, vencedor das edições de 2003 e 2007 do Prémio Portugal Telecom e que este ano concorreu com o livro de contos O Anão e a Ninfeta, foi o vencedor na categoria de conto e de crónica. O escritor, que não se deixa fotografar desde os anos 60 e vive isolado em Curitiba, não esteve no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, mas enviou a representante da editora Record. Além de Dalton Trevisan, eram candidatos os brasileiros Sérgio Sant’Anna que recebeu o prémio em 2004, com O Livro de Praga; João Anzanello Carrascoza, com Amores Mínimos; e Evando Nascimento, com Cantos do Mundo.

A cerimónia, que decorreu no auditório no edifício projectado pelo arquitecto Oscar Niemeyer, teve apresentação do cantor e músico Arnaldo Antunes (ex-Titãs) e da actriz brasileira Maria Fernanda Cândido e foram recordadas as várias obras premiadas ao longo dos dez anos do galardão.

O valor atribuído aos vencedores de cada categoria é de 50 mil reais (18.500 euros), o mesmo valor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012. [publico.pt]


Títulos disponiveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 14:30
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012
National Book Award para obra sobre vingança, etnia e violência

 

Um romance sobre a demanda de um filho que tenta vingar a violação da mãe, uma nativa americana da tribo Ojibwe, venceu quarta-feira à noite o National Book Award de ficção. A autora de The Round House, Louise Erdrich, recebeu este prémio literário dedicado a escritores norte-americanos pela primeira vez.

The Round House é o segundo tomo de uma trilogia de Erdrich, de 58 anos, uma autora conceituada e com uma carreira de mais de três décadas e que quarta-feira à noite agradeceu, feliz, como notava a Associated Press, a distinção em parte na língua da tribo Ojibwe (de que é em parte descendente), dedicando o prémio "à graciosidade e resistência dos povos nativos". "Este é um livro sobre um enorme caso de injustiça em curso nas reservas [índias]. Obrigada por lhe darem um público mais alargado", disse ainda, citada pelo New York Times.
Louise Erdrich é autora de obras como Filtro de amor, A rainha da beterraba ou Pegadas, todas editadas em Portugal pela D. Quixote, mas também de Vida de sombras, editado este ano pela Clube de Autores. Competia, entre outros, na shortlist do National Book Award de ficção, com Junot Díaz (This Is How You Lose Her) ou Dave Eggers (A Hologram for the King).
O National Book Award, este ano na sua 63.ª edição, premeia apenas obras da autoria de cidadãos norte-americanos e os seus vencedores recebem 10 mil dólares (cerca de 7800 euros) e uma estatueta de bronze. A competição de 2012 incluía muitos veteranos e muitos nomes menos conhecidos do grande público.
O prémio distingue ainda obras nas categorias de não-ficção, literatura juvenil e poesia. O vencedores em 2012 foram, respectivamente, Katherine Boo com Behind the Beautiful Forevers, a história dos respigadores nos bairros de lata junto aos mais luxuosos hotéis de Bombaim, William Alexander pelo livro Goblin Secrets e Bewilderment, poemas de David Perry. [publico.pt]

 

Títulos disponíveis na biblioteca municipal.



publicado por bibliotecadafeira às 14:30
link do post | comentar | favorito

a biblioteca na Internet
homepage
catálogo
catálogo rcbe
facebook
contactos
mais sobre mim
pesquisar
 
Fevereiro 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28


posts recentes

Autor da semana: Alexandr...

Autor da semana: Pierre L...

Prémio José Saramago 2013...

Autor da semana: João Bou...

Autor da semana: Alice Mu...

Autor da semana: Ana Mari...

Músico da semana: Justin ...

Prémio BES Revelação já t...

José Luís Peixoto ganha p...

Salman Rushdie ganha Prém...

Escritor Mia Couto ganha ...

A escrita concisa de Lydi...

Autor da semana: Ondjaki

Nuno Júdice ganha prémio ...

Jerónimo Pizarro vence Pr...

Prémio Jellicoe para as "...

Toyo Ito é o novo Pritzke...

Gonçalo M. Tavares nomead...

Hélia Correia vence Prémi...

Hélia Correia distinguida...

Músico da semana: Mumford...

Autor da semana: Eduardo ...

Escritora Hilary Mantel g...

Vasco Graça Moura, Camané...

Autor da semana: Maria do...

Arquiteto Souto de Moura ...

Prémio Leya 2012 para Nun...

Autor da Semana: Richard ...

Valter Hugo Mãe é o grand...

National Book Award para ...

tags

todas as tags

arquivos

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

links
subscrever feeds